quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Conhece o teu valor!

Um pai antes de morrer disse ao filho: “este é um relógio muito antigo do teu bisavô, tem mais de 200 anos. Antes de ficares com ele vai ao café da rua e tenta vendê-lo para ver quanto vale.” O filho lá foi. Quando voltou disse que o conseguia vender por 10€ lá no café. Então o pai disse: “agora vai à relojoaria e faz a mesma coisa”. O jovem assim fez e na relojoaria conseguiu uma oferta de 30€ pelo relógio. O pai disse: "agora vai ao museu e mostra lá esse relógio". Quando ele voltou disse ao pai: "no museu ofereceram 500.000€ pelo relógio. O pai então disse: “eu queria que aprendesses que o lugar certo valoriza o teu valor da maneira certa. Não fiques irritado por não te valorizarem no lugar errado. Quem sabe o teu valor é quem o aprecia, nunca fiques num lugar que não combina contigo". Uma história bem elucidativa. É que eu sei, por experiência própria, como é degradante conviver com alguém que não repara, não aprecia, nada de especial em nós. Seja no trabalho, em casa, em qualquer lugar. Geralmente isso acontece com pessoas que são de caráter duvidoso, as que transferem a sua ignorância para o outro: o parceiro, o colega ou o subalterno, até pode suceder com um familiar – aliás, normalmente, somos espelho uns dos outros - pois, ao subestimarem alguém, faz com que se sintam com mais poder. Os chamados podres poderes.
Por exemplo, é grande a diferença entre chefes e líderes. São estes, os líderes, que fazem muita falta no mundo. Feliz de quem trabalha sob a orientação de um bom líder, será meio caminho andado para uma interação sadia, poder haver organização na empresa e dar bons resultados. Há pessoas subordinadas que, com o tempo, se habituam a esse clima de subjugação. E depois, é vê-las a acumular em si doenças de todo o tipo, ou chegar mesmo a uma depressão, sem saberem os reais motivos. Eu não consigo sujeitar-me mais a isso, e com a idade estou ainda mais rigorosa. Aliás, uma das minhas características é tratar o outro como me trata a mim. Se, por acaso, eu chegar a ser indelicada com alguém - ou, como se costuma dizer: se me saltar a tampa alguma vez – podem crer que já terei engolido algum sapo antes... Sei e gosto de dar valor a quem o merece, então aprecio muito quem souber reconhecer algo em mim, como mereço, algo que me distingue da maioria ou que eu saiba fazer bem. Só desta forma poderei evoluir, e ficar de bem com a Vida, pois dependemos uns dos outros neste Lugar chamado Mundo. "(...)Enquanto os homens exercem seus podres poderes/Morrer e matar de fome, de raiva e de sede/São tantas vezes gestos naturais(…)" - Caetano Veloso. (Eu me confesso: em feliz countdown)