sexta-feira, 29 de maio de 2015

Já cheira a Verão...

Ela sente-se como peixe na água. Os fins de tarde ensolarados na praia nos últimos dias de maio, quase 8h da noite e o sol ainda tão quente a beijar-lhe o corpo, os mergulhos nas ondas daquele mar com temperatura amena enchem-na de prazer. Ela pergunta ao Universo por que é que não nasceu naquela região do país, porque é que tinha que ser no norte, onde o tempo é frio a maior parte do ano e a vida torna-se mais cinzenta.

Foram cinco meses naquela cidade à beira-mar, com muitas alegrias, sozinha ou acompanhada. Um lugar que ela já poderia ter conhecido há mais tempo, tivesse tirado o curso apropriado para trabalhar e morar na região. Agora não ficou fácil, os mais novos precisam lançar-se no mundo do trabalho e não há como competir com eles.
Tempo de primavera, noites de luar com cheiro de mar, e ainda a fragrância que emana das árvores e das flores, são tantas cores e perfumes, algumas parecem sorrir, outras parecem abraçar quando ela passa… todas dizem: Feliz Primavera para ti!

A aventura está a chegar ao fim, talvez ainda volte, mais dia menos dia. O destino atraiu-a para lá. Por algum motivo. Ela tem que descobrir. Nada acontece por acaso. Já podia ter ido embora há um ou dois meses atrás, porém tudo se propiciou para que ficasse e pudesse ter mais momentos prazerosos.

Bem-vindo Junho! Grandes coisas estão por vir, eu creio!

domingo, 24 de maio de 2015

A vida é tão rara

Tenho estado ausente, já tinha saudades de escrever; o motivo é a vida que nos surpreende de repente… 
Sou assim, ligo e me desligo de vez em quando. Já desisti de tentar encontrar sempre uma razão para tudo, simplesmente as coisas acontecem e temos que aproveitar o momento.
Pessoas como eu sofrem mais. Mas aprendem com as deceções, crescem, evoluem, amadurecem. Nada é estático na nossa vida. Nada é à toa. Tudo acontece por algum motivo, porque a gente sonhou, porque o Universo escutou. Ou porque há sempre algo para a gente aprender.
Sou uma pessoa tudo ou nada. Não suporto meios termos. Sou de paixões loucas e amores calmos, tudo ao mesmo tempo! E com a mesma pessoa! (se ela aguentar) 

Preciso de ter o conforto de um ombro amigo e a urgência de um beijo que não pode esperar. Fujo da rotina. Preciso do inesperado, e ao mesmo tempo da estabilidade. Preciso de quem me descanse e de quem me desencaminhe. Preciso dos risos e das lágrimas. Preciso de me sentir viva e de sentir que faço viver. Preciso de quem me ame e de quem se apaixone por mim todos os dias. Sim, preciso de amar desmesuradamente e de me apaixonar perdidamente. Todos os dias. 

Como diz o poeta, ninguém é feliz sozinho. É verdade, preciso de Alguém… E alguém precisará de mim?...

Pronto, divaguei um pouco, e só para dizer que gostaria de ser muito mais assídua aqui no meu blog, mas nem sempre dá, a vida me espera lá fora (e há sempre tanta coisa para tratar)!



segunda-feira, 4 de maio de 2015

Somos felizes e não sabemos...

Alvoroço na pacata estação

Uma estação de pouco movimento fora da época de verão, aquela que faz a ligação entre a região de turismo do país e a capital. Na tarde daquele dia estavam algumas pessoas à espera do comboio e no bar da estação alguns velhinhos ocupavam o seu tempo ocioso na conversa ou a jogar cartas.
Eis quando chegou um grupo de 3 mulheres divertidas acompanhando um homem de 2,05m que ia viajar, notava-se pela “pequena” mala de viagem que transportava (pequena em comparação com o tamanho dele, é claro)… e foi um “sururu”!

Os quatro deviam ter chegado de um almoço regado a bom vinho e um bom bacalhau, ou peixe fresquinho, estavam todos muito divertidos. Não sabiam quando voltariam a encontrá-lo e festejavam a despedida, muito animadas “Charuto! Charuto! Charuto!” exclamavam elas enquanto ele atravessava para a outra linha do comboio. Até pareciam as cheerleaders do jogador de básquete no tempo em que ele tinha sido muito famoso, nos anos 80.

De repente, uma delas gritou “hey esqueceste aqui a tua mala” e pega numa grande que se encontrava ali à mão, aparentemente abandonada, toda lampeira atrás dele, para entregá-la. Diz ele “não é minha” e toda a gente começou a rir. Ela voltou a colocá-la no mesmo sítio, e poucos minutos depois chegou o seu dono, um rapaz oriental. 

Mas… esta é que devia ser a dele, é uma mala grande! – foi um dos comentários no meio daquela galhofa. Foi um frenesi repentino naquela estação, até o momento do comboio chegar, e elas continuaram eufóricas a vê-lo partir, enquanto o dono do bar vinha oferecer mais 1 copo de vinho às três, que um dos senhores pagava… 

Ficaram divertidas a recordar os bons momentos passados, especialmente quando ele não cabia no carro, no assento ao lado da condutora (nos assentos traseiros, nem pensar), e era preciso puxar o banco todo para trás, no máximo, para ele ir deitado e poder caber… muito se riram!


Três ladies no Strip Club

Eram 3 mulheres sem saber onde ir passear naquela noite, uma delas era iraniana mas a morar na Suécia há muitos anos, e tinham se conhecido há poucos dias durante a sua estadia de uma semana. Deram-se bem as três, livres e com idades aproximadas, havia muita coisa em comum para partilhar, mesmo sendo na língua inglesa, quando fica mais difícil dizer tudo o que se quer.

Era um dia de semana e no bar de strip havia poucas pessoas, além das muitas strippers femininas e apenas um stripper masculino. Ele sentou-se na mesa com elas, era simpático e bom conversador, mas a bebida dele custou € 25,00! “Bolas, melhor não chamar ninguém para a nossa mesa”. Foi à conclusão que chegaram. No entanto, queriam saber mais detalhes sobre aquele modo de vida, pois uma delas até já tinha lido “Bruna Surfistinha”, agora queria conhecer a versão masculina. 
Foi uma noite divertida, as garotas dançavam bem no varão e despiam-se no final, mas era sempre a mesma coisa. Foi uma noite diferente, a não repetir tão cedo.

São pequenas histórias, momentos como estes, quando 3 amigas se encontram (íntimas, ou que acabaram de conhecer-se) - e então uma delas sendo brasileira, oh my Gosh - que desfazem a monotonia do dia-a-dia, e tornam a vida diferente e especial. 
Muitas vezes esquecemo-nos de ser felizes, e é preciso tão pouco…
https://www.youtube.com/watch?v=OkSyXfsXSzo