Então hoje vou falar dele, do verão, de que tanto gosto.
Quais
mantinhas e pantufinhas e chazinhos quentes com mel e limão, quais roupas até
às orelhas,
quais luvas e cachecóis, eu gosto é do verão, de passear quase nua de roupa na
mão, eu
gosto é da brisa quente a acariciar-me a pele, do fresco do mar nos pés, do dia
até ser noite,
muito tarde.
Não
sei lá para que inventaram esses dias minúsculos de frio e vento e chuva e
noite sem fim...
E ainda tempo quente com praia e música, aiué, nem vos digo nem vos conto!
No fim de tarde de sexta feira fui a um beach festival (festival de praia), são 3 dias com bandas de
jovens portugueses numa praia tranquila e, eu sendo fã dos
Compotas, só fui no primeiro dia quando este grupo atuava. Curto dançar funk e o vocalista é um
show contagiando todos com os seus movimentos e palhaçadas em palco, fazendo novos e ‘velhos’ abanarem as ancas, estes últimos distraídos... (sim, porque velho só é quem quer, ou os trapos).
Recentemente
descobri que ele é filho de uma pessoa que conheço, então o pai também está sempre
presente nos concertos, todo divertido e orgulhoso do seu filho. Pouco sei da sua vida familiar, apenas que os pais são separados, sendo a mãe uma loira toda boa e bonita - do
tipo “como
é que o homem deixou escapar uma mulher destas” - que também vem curtir o filho
e dançar animadamente. Desta vez ele puxou a mãe para subir ao palco no
final e, abraçados, curtiram com outros que se juntaram a seguir, e é muito bom apreciar esta energia palco/plateia dançando na areia, nem que seja uma felicidade efémera. A vida é assim.
Eu ia dançando e
apreciando as cenas.
A mãe chegou já quase no final do show, veio
cumprimentar o ex e, ao mesmo tempo, perguntava algo, talvez onde estaria a
outra filha, uma jovenzita também muito bonita. Costumo ver o pai sempre
acompanhado de uma pessoa, não sei se será amiga ou algo mais íntimo, mas isso nada interessa agora. O que apreciei foi que também as duas se cumprimentaram amigavelmente, tudo na boa. Gente fina é outra coisa. Ai se o mundo pudesse ser sempre assim civilizado… dá-me para estes pensamentos, o que hei-de fazer? Coisas de
gaja.
Comecei o texto a falar no verão e acabei a contar coisas da vida, dos outros
ou da minha, o que importa isso, falo da vida de todos nós que estamos por aqui de passagem, uns com mais dificuldade do que outros… são escolhas, ou talvez não… um
mundo onde há sempre o que apreciar e depois contar, por isso espero nunca me
faltar inspiração ou temas para vir aqui escreviver.
E eu que detesto andar ‘pegajosa’ com
tanto calor, gosto é do verão...
Com este calor... pegajosa, melosa, ofegante... escreviando ao mesmo tempo que se Kuska aqui e ali... e, eu pegajoso a teu brilhante modo de escreveres... Gostei!
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