segunda-feira, 17 de julho de 2017

Escrevivendo

Fiquei apreensiva de repente, pois será possível que algum dia ficarei sem temas ou motivos para escrever no meu blog?! Ou andarei preguiçosa com este verão super quente? Até me tem tirado a vontade de pegar nos livros e continuar a leitura, mas adoro este tempo, passar pela praia no final da tarde e poder dar um mergulho; as noites cálidas com movimento de gente passeando pela zona ribeirinha ou junto ao mar, música e animação por todo o lado. 
Então hoje vou falar dele, do verão, de que tanto gosto.
Quais mantinhas e pantufinhas e chazinhos quentes com mel e limão, quais roupas até às orelhas, quais luvas e cachecóis, eu gosto é do verão, de passear quase nua de roupa na mão, eu gosto é da brisa quente a acariciar-me a pele, do fresco do mar nos pés, do dia até ser noite, muito tarde.
Não sei lá para que inventaram esses dias minúsculos de frio e vento e chuva e noite sem fim...

E ainda tempo quente com praia e música, aiué, nem vos digo nem vos conto!
 
Em contemplação, antes de ir FUNKar...
No fim de tarde de sexta feira fui a um beach festival (festival de praia), são 3 dias com bandas de jovens portugueses numa praia tranquila e, eu sendo fã dos Compotas, só fui no primeiro dia quando este grupo atuava. Curto dançar funk e o vocalista é um show contagiando todos com os seus movimentos e palhaçadas em palco, fazendo novos e ‘velhos’ abanarem as ancas, estes últimos distraídos... (sim, porque velho só é quem quer, ou os trapos).
Recentemente descobri que ele é filho de uma pessoa que conheço, então o pai também está sempre presente nos concertos, todo divertido e orgulhoso do seu filho. Pouco sei da sua vida familiar, apenas que os pais são separados, sendo a mãe uma loira toda boa e bonita - do tipo “como é que o homem deixou escapar uma mulher destas” - que também vem curtir o filho e dançar animadamente. Desta vez ele puxou a mãe para subir ao palco no final e, abraçados, curtiram com outros que se juntaram a seguir, e é muito bom apreciar esta energia palco/plateia dançando na areia, nem que seja uma felicidade efémera. A vida é assim.
Eu ia dançando e apreciando as cenas.
A mãe chegou já quase no final do show, veio cumprimentar o ex e, ao mesmo tempo, perguntava algo, talvez onde estaria a outra filha, uma jovenzita também muito bonita. Costumo ver o pai sempre acompanhado de uma pessoa, não sei se será amiga ou algo mais íntimo, mas isso nada interessa agora. O que apreciei foi que também as duas se cumprimentaram amigavelmente, tudo na boa. Gente fina é outra coisa. Ai se o mundo pudesse ser sempre assim civilizado… dá-me para estes pensamentos, o que hei-de fazer? Coisas de gaja.

Comecei o texto a falar no verão e acabei a contar coisas da vida, dos outros ou da minha, o que importa isso, falo da vida de todos nós que estamos por aqui de passagem, uns com mais dificuldade do que outros… são escolhas, ou talvez não… um mundo onde há sempre o que apreciar e depois contar, por isso espero nunca me faltar inspiração ou temas para vir aqui escreviver. 

E eu que detesto andar ‘pegajosa’ com tanto calor, gosto é do verão...





1 comentário:

  1. Com este calor... pegajosa, melosa, ofegante... escreviando ao mesmo tempo que se Kuska aqui e ali... e, eu pegajoso a teu brilhante modo de escreveres... Gostei!

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