20+20 = 40 (quarentena)
mas vão ser precisos muitos 40 dias, pelos vistos... quem dera fossem apenas quarenta dias!
Ainda não tinha vindo aqui falar do
vírus, o inimigo invisível que tem matado tanta gente pelo mundo e vai continuar a
fazê-lo, sem se saber ainda exatamente como combater essa ameaça, além do uso de máscaras e
luvas, e o “fique em casa”, isso para quem pode ou é autorizado - claro, há
sempre os “desgraçados” que dão o corpo ao manifesto, para os ‘grandes senhores’
(ou que se julgam) continuarem na sua “quarentena”… Para mim está a ser algo que
nem consigo descrever, nem sei o que pensar. Será o início do tal “reset” na humanidade,
ou desumanidade, do qual já falei anteriormente?
Tinha que acontecer algo, mais dia menos dia. E tem sido algo
invisível a dar uma mensagem à humanidade. Ninguém é autossuficiente: a
arrogância não tem espaço nesse contexto! A saúde de uma pessoa não depende só
dela: A CONSCIÊNCIA DO OUTRO É FUNDAMENTAL.
Estive 13 dias de
quarentena, mais uns poucos “à revelia”, julgando-me também no direito de poder
proteger-me e proteger quem me rodeia. Mas não é bem assim, tudo não passa de
clichés atrativos nas redes sociais, pois a realidade é bem diferente! Assim
continua a mediocridade num “mundo à beira de um ataque de nervos” (aconselho a
ler este bom livro, de Matt Haig), um manual para viver no momento presente.
Felizmente, e se estivermos atentos, o mundo ou o Universo sempre nos apresenta
formas de compensar.
Fico a olhar para o meu guarda-roupa e aí encontro muita
coisa gasta, a maioria do vestuário já não me serve, é tempo de renovação… encontrei a velha mochila que usava para
carregar o peso do mundo dos outros, como ainda continuo a querer carregar,
sempre a tentar ver toda a gente bem (como eu)… As luvas, os sapatos, já não me servem, nem
parecem ter sido meus. Emagreci bastante, mas sinto-me bem assim.
Relógios com ponteiros
parados. Tenho andado esquecida de mudar o meu mundo. Parece que muita gente
continuou e eu fiquei parada. Decido mudar as minhas roupas, fazer uma limpeza
e deitar fora tudo o que não me serve mais. Em todos os contextos da minha vida.
Para quem se
identificar nesta situação, como eu, há um conselho para nós, enquanto ainda é
tempo: não nos esqueçamos da nossa vida. Não deixemos de ser felizes pelos
outros. Isso não é ser egoísta. Sejamos felizes, livremo-nos do que já não nos serve, ou nos faz mal. Vamos permitir-nos sentir novos amores, deixar uma nova vida
entrar, dar novos sorrisos, chorar, gritar, pular, fazer tudo novo e de novo.
Hoje é dia de mudar o mundo, mudar o nosso mundo!
Existe um grande paradoxo nas
sociedades de consumo modernas. Quando o grosso da sociedade nos empurra num
determinado rumo, se essa direção nos deixar infelizes, então tem de existir a
possibilidade de aprendermos a mudar de rumo. Mudar de direção para irmos ao encontro de nós próprios, ao
encontro de uma verdade que pode estar escondida pelas distrações. As nossas
vidas até podem depender desta mudança de rumo.
Parece ter chegado essa
mudança, para todos e para cada um de nós. Vamos trabalhar de forma a ajudar a tornar
o mundo um pouco melhor. O mundo molda o que somos. Tornar o mundo um lugar
melhor também fará de nós melhores pessoas.
Carpe Diem!
https://www.youtube.com/watch?v=vFBnrUUiGFM