quinta-feira, 23 de abril de 2020

RESET

Desde março 2020
20+20 = 40 (quarentena)
mas vão ser precisos muitos 40 dias, pelos vistos... quem dera fossem apenas quarenta dias!
Ainda não tinha vindo aqui falar do vírus, o inimigo invisível que tem matado tanta gente pelo mundo e vai continuar a fazê-lo, sem se saber ainda exatamente como combater essa ameaça, além do uso de máscaras e luvas, e o “fique em casa”, isso para quem pode ou é autorizado - claro, há sempre os “desgraçados” que dão o corpo ao manifesto, para os ‘grandes senhores’ (ou que se julgam) continuarem na sua “quarentena”… Para mim está a ser algo que nem consigo descrever, nem sei o que pensar. Será o início do tal “reset” na humanidade, ou desumanidade, do qual já falei anteriormente?

Tinha que acontecer algo, mais dia menos dia. E tem sido algo invisível a dar uma mensagem à humanidade. Ninguém é autossuficiente: a arrogância não tem espaço nesse contexto! A saúde de uma pessoa não depende só dela: A CONSCIÊNCIA DO OUTRO É FUNDAMENTAL.
Estive 13 dias de quarentena, mais uns poucos “à revelia”, julgando-me também no direito de poder proteger-me e proteger quem me rodeia. Mas não é bem assim, tudo não passa de clichés atrativos nas redes sociais, pois a realidade é bem diferente! Assim continua a mediocridade num “mundo à beira de um ataque de nervos” (aconselho a ler este bom livro, de Matt Haig), um manual para viver no momento presente. 
Felizmente, e se estivermos atentos, o mundo ou o Universo sempre nos apresenta formas de compensar.

Nos meus momentos introspetivos, dou comigo a pensar que gostaria de salvar o mundo dos outros, tolice minha!
Fico a olhar para o meu guarda-roupa e aí encontro muita coisa gasta, a maioria do vestuário já não me serve, é tempo de renovação… encontrei a velha mochila que usava para carregar o peso do mundo dos outros, como ainda continuo a querer carregar, sempre a tentar ver toda a gente bem (como eu)…  As luvas, os sapatos, já não me servem, nem parecem ter sido meus. Emagreci bastante, mas sinto-me bem assim.
Relógios com ponteiros parados. Tenho andado esquecida de mudar o meu mundo. Parece que muita gente continuou e eu fiquei parada. Decido mudar as minhas roupas, fazer uma limpeza e deitar fora tudo o que não me serve mais. Em todos os contextos da minha vida. 
Para quem se identificar nesta situação, como eu, há um conselho para nós, enquanto ainda é tempo: não nos esqueçamos da nossa vida. Não deixemos de ser felizes pelos outros. Isso não é ser egoísta. Sejamos felizes, livremo-nos do que já não nos serve, ou nos faz mal. Vamos permitir-nos sentir novos amores, deixar uma nova vida entrar, dar novos sorrisos, chorar, gritar, pular, fazer tudo novo e de novo. 
Hoje é dia de mudar o mundo, mudar o nosso mundo!
Existe um grande paradoxo nas sociedades de consumo modernas. Quando o grosso da sociedade nos empurra num determinado rumo, se essa direção nos deixar infelizes, então tem de existir a possibilidade de aprendermos a mudar de rumo. Mudar de direção para irmos ao encontro de nós próprios, ao encontro de uma verdade que pode estar escondida pelas distrações. As nossas vidas até podem depender desta mudança de rumo.
Parece ter chegado essa mudança, para todos e para cada um de nós. Vamos trabalhar de forma a ajudar a tornar o mundo um pouco melhor. O mundo molda o que somos. Tornar o mundo um lugar melhor também fará de nós melhores pessoas.
Carpe Diem!
https://www.youtube.com/watch?v=vFBnrUUiGFM

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