sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Circo de feras

Já estava com saudades de vir aqui ao meu cantinho da lamentação, ou exaltação (depende do estado de espírito). Ou fifty-fifty.  

Ando sem tempo. Agora deu-me para chegar a casa, refastelar-me no sofá e assistir às séries da Netflix. O tempo vai passando e quase deixo de comer. Uma novidade para mim, e por enquanto estou a gostar. Até enjoar, claro, como tudo na vida (lol). Está calor demais para andar na rua, que bom chegar em casa, tirar tudo o que nos aperta ou aquece o corpo suado, e ficar como quando se veio ao mundo. Sensação boa!

Ai mundo, se soubéssemos o que nos espera, recusaríamos a vinda logo à nascença, ou suplicaríamos para nos devolverem à origem! Falando nisso, lembrei-me agora e aproveito para contar uma do meu falecido pai: ele queria ter um primogénito rapaz, se assim não fosse já ia avisando que devolveria o produto à fábrica. E assim nasci eu, esta rica peça que “se não existisse, tinha que ser inventada”. Porém, não fui devolvida, tive o amor e mimo dele na mesma (claro). Do jeito que ele podia e sabia dar, sem qualquer experiência.

E falando ainda em Netflix, pergunto a quem me lê: já viram “Eu, Tu e Ela”? ou “Wanderlust”? Gosto deste tipo de temas, tudo o que tem a ver com relacionamentos e a complexidade do ser humano, que às vezes é mais pro desumano, mas vamos vivendo e aprendendo.

“Bota complexo nisso”, também falo por mim, muitas vezes. Tudo podia ser mais bem simples e só complicamos.

Conheço pessoas fantásticas, "de outro mundo" algumas (é verdade), posso considerar-me sortuda nesse aspeto, mas a maioria do que aparece é como se fossem calhaus com dois olhos, lamento dizer.

Vivemos num circo de feras, analisando bem. Viver num mundo assim é para os "cara-de-pau" e há muitos. Pau ou pedra, vai tudo dar no mesmo. Há falta de sentimento verdadeiro pelo outro, e de valores, tudo girando em torno de interesses pessoais ou materiais. Há muita gente infeliz mascarada.
No começo é só "brilho e paetês", há muito entusiasmo, mas passam três meses (a média, geralmente) ou pode passar um ano, as deceções se acumularam, e a gente se pergunta “mas como posso conviver com alguém que nada tem a ver comigo, ou que em nada contribui para a minha felicidade?…” E desistimos. Antes só que mal acompanhado. Falo tanto em termos de amizades como de amores.

O Universo é perfeito e faz com que, mais dia, menos dia, nos afastemos daquilo que não interessa para a nossa VIDA/nosso MUNDO.

No meu Mundo, criado por mim, sou um milagre que a vida renova todos os dias e, como tal, sinto-me na obrigação de dar graças por cada pequena bênção que me acompanha. A esperança é o meu pão de cada dia e a fé alimenta a minha coragem, e fortalece o meu coração.

Quando buscamos riqueza intelectual e espiritual, naturalmente atraímos outros tipos de riquezas... o resto QSF! Bom fim de semana, amiguinhos!

https://www.youtube.com/watch?v=QPWUAQPdZmE

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