Este mundo continua triste, e o tempo igualmente, a
maior parte das vezes. Dá dó ver como esta pandemia veio separar as pessoas que
antes eram amigas e conviviam com alegria. Há quem acredite em tudo, quem
acredite em nada, e ainda quem fique por cima do muro a ver o que vai dar... eu
pertenço a este último grupo. Não está nada fácil. Fico estupefacta, às vezes
indignada, com a paranoia instalada. Muita (des)informação, muita TV nas
cabeças. Vejo pessoas de máscara pela rua - tudo bem - mas com medo (literalmente)
de quem passa desmascarado. Afinal, se o medo continua, por que usam a máscara?
E se formos ao supermercado, as pessoas estão a escolher a fruta e legumes umas
por cima das outras, e tudo bem! Não consigo entender, me desculpem os novos
paranoicos.
Para mim, leiga no assunto, contra este maldito vírus
- que veio para fazer uma limpeza, acredito - ainda é possível nos protegermos,
se usarmos a máscara em lugares públicos, com o devido distanciamento, se
cuidarmos bem do nosso corpo a fim de ter imunidade suficiente para atacar
qualquer vírus; e, muito importante, mais do que nunca é necessário cuidar da
mente, pois viver com medo de tudo é viver pela metade. Quase impossível é
proteger-se do cancro silencioso que anda por aí a matar, que aparece de repente
e muda tudo na vida da gente. Fico assim quando sei que uma amiga com cancro de
mama vai ser operada em breve. Quando nos chega este tipo de notícias, seja de
familiares ou de pessoas amigas, começamos a por tudo em causa e deixa-se de
dar importância a muita coisa.
Divisão de mentalidades cada vez mais acentuada, uns
acreditam piamente nestas vacinas, no que escutam na TV etc., outros estudam a
fundo o problema, com dados concretos, medicina alternativa, homeopática ou
macrobiótica, enfim, várias maneiras de enfrentar o bicho - de preferência
usando métodos naturais, para bem da nossa saúde - mas bora lá tomar
vacina, dizem alguns, desde crianças tomámos todas e ninguém morreu… pois,
sabemos lá…há muita gente maluquinha por aí e não sabemos por que motivo(s)…
além disso, há vacinas e vacinas, com estas sinto-me cobaia... e vírus sempre
haverá no mundo...
Por exemplo, fui operada às amígdalas em criança, como
assim foi com a maioria de nós; recentemente tomei conhecimento que a minha voz
se terá modificado por causa disso (detesto ouvir a minha própria voz, porém,
há quem goste :-). As amígdalas fazem parte do sistema de defesa do
organismo e da mucosa respiratória, e muitas dúvidas podem surgir quando se
trata de cirurgia para retirá-las. Não existe um consenso médico
sobre se esse procedimento faz mal ou não para a nossa saúde, cada caso deve
ser avaliado.
Neste mundo cada vez mais conectado, somos
bombardeados com milhares de informações sobre o que faz bem ou mal para a
nossa saúde. Então atualmente pós-covid, é peritos por todo o lado. Às vezes dá
vontade de viver na ignorância, viver simplesmente, pois atualmente há na verdade (des)informação a mais.
Por isso, vamos ser donos da nossa mente e
do nosso corpo, e sigamos o nosso coração, ou a nossa intuição. Sejamos responsáveis
por nós mesmos. Deus nos deu um cérebro e feliz de quem souber usá-lo.
Saravá e salve-se quem puder!
Desapego.
Soltar. Entregar. Deixar ir.
Deixar partir. Fluir.
Viver no presente. Sem o peso do passado.
Sem expectativas para o futuro.
Saber de nossa finitude.
Saber que somos passageiros.
Sem posses. Sem medo. Sem culpas.
Sem comentários:
Enviar um comentário