Vai ser noite de lua cheia.
Fim de tarde, ela sai do trabalho e não
resiste a ir dar um mergulho no mar. O tempo está quente, já parece verão, coisa
boa! Depois senta-se numa hamburgueria e pede um “Aperol Spritz” que vai
experimentar pela primeira vez. Sente-se ótima, relaxada, ainda no início da
semana.
Por vezes, gosta de ficar só. Porque será que
há pessoas que têm tanto medo da solidão?
Verdade que deve ser triste sentir-se só uma
vida inteira, será um sentimento de quem nunca se encontrou a si próprio(a),
ou tem medo de encontrar-se...
Faz bem ficar só, muitas vezes, longe do rebuliço
do mundo. Para nos reencontrarmos, permitir-nos perceber o que merecemos ou não
na nossa vida, depois de eventualmente termos aberto espaço a pessoas que nada
ou pouco acrescentaram. E cansaram.
Sabe bem ter momentos de solidão até que se encontre alguém que seja uma companhia de corpo e de alma, alguém que acrescente, que nos estimule e nos ajude a crescer a nível emocional e espiritual. Tem que existir alguém no Mundo que nos complemente.
Há tempo para tudo:
companhias superficiais, outras que nos dizem muito e nos divertem; não solidão
(ou solitude, no sentido poético) em todos os momentos, mas o suficiente para sentir
o prazer da própria companhia, para reconectar-se com as energias positivas. O
tempo necessário para autoconhecimento, para fazer as pazes consigo próprio(a),
assimilar certos sentimentos, filtrar emoções e cuidar de eventuais dores…
Excetuando esses momentos solitários, o mundo está a precisar demais de:
alguém que deixa o outro melhor,
que tem palavras que confortam,
alegram, acalmam, incentivam;
de alguém que faz bem;
aquele alguém que leva paz,
alguém que ouve
sem pressa nem julgamento,
e com quem se pode contar,
alguém que se importa de verdade.
“Só a solidão tem o poder de nos devolver a
nós mesmos e de nos fazer perceber que os contactos são extremamente
importantes, mas que apreciar a própria companhia é um privilégio e uma
necessidade da alma.” (Alexandro Gruber)
Sem comentários:
Enviar um comentário