quarta-feira, 18 de maio de 2022

Tempo para tudo

Vai ser noite de lua cheia.

Fim de tarde, ela sai do trabalho e não resiste a ir dar um mergulho no mar. O tempo está quente, já parece verão, coisa boa! Depois senta-se numa hamburgueria e pede um “Aperol Spritz” que vai experimentar pela primeira vez. Sente-se ótima, relaxada, ainda no início da semana.

Por vezes, gosta de ficar só. Porque será que há pessoas que têm tanto medo da solidão?

Verdade que deve ser triste sentir-se só uma vida inteira, será um sentimento de quem nunca se encontrou a si próprio(a), ou tem medo de encontrar-se...

Faz bem ficar só, muitas vezes, longe do rebuliço do mundo. Para nos reencontrarmos, permitir-nos perceber o que merecemos ou não na nossa vida, depois de eventualmente termos aberto espaço a pessoas que nada ou pouco acrescentaram. E cansaram.

Sabe bem ter momentos de solidão até que se encontre alguém que seja uma companhia de corpo e de alma, alguém que acrescente, que nos estimule e nos ajude a crescer a nível emocional e espiritual. Tem que existir alguém no Mundo que nos complemente.

Há tempo para tudo: companhias superficiais, outras que nos dizem muito e nos divertem; não solidão (ou solitude, no sentido poético) em todos os momentos, mas o suficiente para sentir o prazer da própria companhia, para reconectar-se com as energias positivas. O tempo necessário para autoconhecimento, para fazer as pazes consigo próprio(a), assimilar certos sentimentos, filtrar emoções e cuidar de eventuais dores…

Excetuando esses momentos solitários, o mundo está a precisar demais de:

alguém que deixa o outro melhor,

que tem palavras que confortam,

alegram, acalmam, incentivam;

de alguém que faz bem;

aquele alguém que leva paz,

alguém que ouve 

sem pressa nem julgamento,

e com quem se pode contar,

alguém que se importa de verdade.

 “Só a solidão tem o poder de nos devolver a nós mesmos e de nos fazer perceber que os contactos são extremamente importantes, mas que apreciar a própria companhia é um privilégio e uma necessidade da alma.” (Alexandro Gruber)

https://www.youtube.com/watch?v=Zo8yRmXN6CQ

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