Não vive sem música, que parece estar-lhe no sangue. Não pode ouvir alguns acordes, seja em que lugar for, e logo o espírito e a perna ficam irrequietos. Ir a um bar e ouvir música sentada? Coisa chata!
Que pena nunca ter aprendido a tocar
um instrumento. No lugar onde vive, e arredores, vai seguindo alguns músicos
que conhece e aprecia, e tenta descobrir outros em novos lugares.
Com o verão a despedir-se em breve,
decidiu ir num barco para uma festa sunset durante quatro horas. Eram grupos de
pessoas de nacionalidade portuguesa, pensava que poderia ser um mix, mas não…então
ela era ali a única sozinha, olhada como gringa, já é normal quando se dirigem
a ela em Inglês…havia inclusive uma despedida de solteiro, e todos estavam super divertidos ao som do DJ.
Dançou animada, sem
parar. O resto da gente bebe sem parar, isso sim, para se soltar e mostrar uma
felicidade que vai até cair, por vezes. Ela se acha sortuda, não precisa
disso. A música é a sua droga, o seu álcool a correr nas veias. E dá para
esquecer o mundo que não presta.
Mal o sol se pôs por
detrás das rochas, mais tarde a festa passou a ser ao luar, com a meia-lua a
iluminar e a deixar o mar cor de prata. Enquanto dançava naquele canto junto
aos rochedos se perguntava como se sentiria a fauna marinha durante aquelas
horas. Estariam estremunhados sem conseguir descansar?
O barco parado ali era como uma pequena rave party em alto mar, avistando-se as luzes ao longe na cidade de onde zarpou.
Adorou a ideia. Tinha sido um belo dia de sol, de barco, de lua e estrelas, e muita música boa para terminar o dia. Que mais podia desejar?
Que em breve o R-E-S-E-T(embro) seja o feliz início de uma nova fase, a crer que o melhor ainda está por vir. Ela merece, e não aceita menos do que isso. Chega de coisas e pessoas básicas, sem interesse, sem acrescentar nada...
Quando o barco
atracou à chegada, já tarde da noite (10:30), ainda se sentia com vontade de ir
“bater perna” para outra festa dos anos 80 no centro da vila. Vontade não
faltava, mas... já estava satisfeita, e bastava de solitude no meio dos
festivaleiros.
Foi um verão recheado
de concertos e festas, e mais virão provavelmente, caso o tal vírus não ataque de
novo.
https://www.opheliacatamaran.com/pt-pt/
"Ela tem uma alma de sereia e um coração naufragado" 3-9-2022
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