Já o Amor, ai o amor, rima com
dor! (normalmente, o pseudo amor). Quando maduro, deveria seguir o mesmo
caminho da amizade: parceria, respeito, liberdade e crescimento mútuo. Mas nem
sempre é assim. Há formas de “amor” que não trazem calma. Pelo contrário, trazem ansiedade,
confusão, desgaste e uma sensação de que estamos sempre em dívida, sempre a
justificar, sempre a provar algo.
E quando um amor se torna obsessivo
ou imaturo, nasce um ciclo perigoso, abusivo, por vezes:
- A pessoa controla porque tem medo.
- Exige porque se sente insegura.
- Pede garantias constantes porque não consegue
confiar.
- Transforma pequenas diferenças em grandes
conflitos.
- Confunde ciúme com cuidado.
- E confunde posse com amor.
E nós, quando expostos a este
tipo de relação, começamos a perder uma coisa essencial: a paz interior.
Amor sem paz não é amor — é carência mascarada, medo disfarçado, imaturidade
mal resolvida. E, aos poucos, mina a autoestima, limita a liberdade e distorce
quem somos.
É aqui que a AMIZADE ganha ainda
mais valor.
Os amigos lembram-nos de quem
somos quando o amor tóxico tenta apagar-nos. São âncoras de sanidade, de
equilíbrio e de verdade. Porque nos conhecem bem. São aqueles que nos devolvem a visão quando a paixão
nos deixa cegos. São o espaço seguro onde respiramos quando a relação nos
aperta.
A amizade é estável onde o amor
obsessivo é turbulento.
A amizade é honesta onde o amor imaturo é dramático.
A amizade é leve onde o amor tóxico é pesado.
E no fim, percebe-se algo
simples, mas poderoso: o amor só é verdadeiro quando se parece com a
amizade. Quando respeita, quando dá espaço, quando promove paz, quando
nutre em vez de consumir. Qualquer relação que rouba serenidade não é amor - é
um ALERTA.
Por tudo isso, nunca perderei de vista as minhas boas amizades. Não é apenas saudável, é vital. Elas são o nosso
equilíbrio emocional, o nosso espelho sincero e o nosso porto seguro. São prova
viva de que é possível amar sem perder a liberdade, dar sem exigir, crescer sem
controlar.
No fundo, a amizade ensina-nos
a amar melhor — primeiro a nós mesmos, depois aos outros.

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