sexta-feira, 19 de julho de 2019

Amor(es) estúpido(s)


Ouviu esta canção e pensou nele… que lhe enviava letras de músicas a falar de amor e de planos, todos os dias… mas era só isso! depois, a realidade era bem diferente, nem sempre amorosa… ela sentiu isso ao fim de alguns dias:

“Por você, por você
Por você, por você (…)
Eu mudaria até o meu nome
Eu viveria em greve de fome
Desejaria todo dia
O mesmo homem…”                  (na música era “mulher” mas inverteu a situação)
Com certeza, o compositor desta canção estava sentindo muito amor por alguém quando a escreveu, não há outra explicação para o desenrolar da melodia, tão insinuante, um estágio puro e simples de amor. Ele continua... 

Eu aceitaria a vida como ela é
Viajaria a prazo pro inferno
Eu tomaria banho gelado no inverno…”

Há quem diga que para tudo há limites, mas então qual será o limite do amor?

Não estava a pensar no amor fraternal, maternal ou aquele que se aprende sobre 'amar o nosso próximo'. Estava a falar do amor que surge “de repente” - ou de mansinho, como quem não quer nada? já nem sabe… a falar daquele que transcende o entendimento, o que sentimos por alguém estranho a nós, que pouco ou mal conhecemos, mas que nos leva a desejar profundamente.

Um amor que os olhos não veem porque foi a alma que viu… Um amor que faz sorrir porque transborda, invade e toma conta. 
Há limites para amar? Trabalho, distância, tempo, situação financeira, cansaço, problemas por resolver, chuva, frio... Não, não há, se o amor for de verdade e se for nutrido, bem cuidado, em todos os momentos.

Se o esforço for recompensado pelo carinho, pela atenção, o saber escutar, o respeito pelo outro… 
Não há limite para o amor, se o desejo de conhecer o outro ultrapassar o físico, pois não é só de pele que se alimenta o desejo, mas também se deseja a alma... doce, livre e feliz.

Quem limitar o amor está fadado a viver pela metade. Mas ela, ah, ela queria viver inteira!

Já tinha constatado que entregar-se ao amor era como saltar em queda livre. Mas não desiste de AMAR, a vida inteira. A sensação é única, os sentidos ficam aguçados, há medo, frio na espinha, vontade de parar, mas não tem volta, será necessário ir até o final, num passeio lento, apreciando cada forte emoção, respirando fundo, chorando, sorrindo, aprendendo, vivendo como se não houvesse final. Perde-se o controlo sobre muitos dos nossos atos.

Alguém poderá dizer "mas isso aí é paixão!" Pode ser! E, sendo apenas paixão, com certeza não irá resistir aos momentos menos bons, ao descuido, a algumas diferenças e indiferença, à incoerência, a pequenas coisas que deviam ser feitas ou ditas, e foram esquecidas, propositadamente ou não, e às vezes até são abusivas e podem minar a relação muito depressa...

E quem pode dizer que o amor tem limites? Se cada um dos dois o inspirar e alimentar todos os dias, se algo for construído com verdade e muita vontade, só terá tendência a crescer, não a morrer...

Ela acredita na providência “lá de cima” que nos coloca justamente onde deveríamos estar, que traz e leva pessoas da nossa vida, que todos os dias opera pequenos milagres na nossa rotina, e que tudo nos chega como presentes.
Muitas vezes não os reconhecemos, mas são presentes que devemos aceitar, pois cada um deles forma um pouquinho da nossa história e, de presente em presente, o futuro vai sendo desenhado do jeito que é para ser.
https://www.youtube.com/watch?v=2pEvwze3Ewk


sexta-feira, 12 de julho de 2019

Apesar de...


... o dia acordar cinzento, incerto, vale a pena caminhar pela pequena cidade, apreciar os lugares, as coisas, as pessoas que passam, o homem na cadeira de rodas que vai tomar o pequeno almoço na varanda (que sorte a sua de ter alguém a cuidar dele), a cor das flores, o mural da casa pintado por algum artista inspirado…

Vale a pena apreciar assim as pequenas coisas do quotidiano que nos mostram que vale a pena VIVER e SORRIR, e ter ESPERANÇA…

Gratidão a meu Deus/Universo por tudo, tudo mesmo... 
Que eu me mantenha assim no equilíbrio e com força para lutar.
Apesar dos pesares, haverá sempre o SOL e os luares…

Porque, se eu não fosse do jeito que sou, não suportaria tanta coisa com um sorriso no rosto. 
É bom ter amor para oferecer, isso só pode ser um dom.

E, tal como me acontece, tomara que, apesar dos pesares, a gente continue a ter coragem q.b. para não desistir de querer sentir a tal da FELICIDADE.
Que não nos falte a VONTADE de sorrir, apesar dos pesares.
Que sejamos leves. Que sejamos livres de preconceitos. Que nenhum de nós se esqueça da FORÇA que possui. 
Que nunca nos falte FÉ e AMOR.

Saber que, no fundo, apesar de todos os pesares, eu ainda acho essa VIDA tão bonita...

Eu amo a vida, apesar de tudo, ou talvez, por TUDO.
...e que pena um dia ter que ir embora pra sempre…

Sempre G(r)ata!
EU
(miaaaau)


https://www.youtube.com/watch?v=1bwg3mu3Xak

quinta-feira, 11 de julho de 2019

Ditados


Ando afastada do blogue, sim. Há quem sinta a minha falta, fico contente, nem que seja apenas uma pessoa que vem aqui e nota que não tenho escrito. 
Há muito tempo ando para dissertar sobre aquele provérbio “Diz-me com quem andas e te direi quem és”… 
Já deu para reparar que gosto muito de provérbios. Gosto mesmo, e de gírias, ditos engraçados, aforismos; gosto de frases curtas e que dizem TUDO, pronto, e também das anedotas curtas que (mesmo assim) nunca consigo lembrar depois…

Há ditados cujo sentido é indubitável, mas outros nem tanto. Eu mesma tenho boas e verdadeiras amizades que nada têm a ver comigo. As pessoas podem complementar-se, por que não? Não tenho que ser igual a ninguém, e vice-versa, e mesmo assim convivermos na boa e com respeito. Não se pode conhecer as qualidades de um indivíduo pelos amigos que tem ou pelas companhias que mantém. Normalmente, as pessoas associam-se a outras que partilham do mesmo modo de estar na vida ou forma de pensar e, portanto, poder-se-á entender facilmente como o comportamento coletivo de um grupo de amigos pode definir as qualidades humanas de cada um dos seus membros. Porém, juízos de valor feitos com base em aspetos superficiais são, na grande maioria das vezes, preconceituosos e completamente errados. Cada um é como cada qual ou, melhor dizendo, cada pessoa é um indivíduo e não devemos nunca julgar ninguém apenas com base numa primeira impressão.

A sabedoria popular oferece muitas provas de como as primeiras impressões que formulamos são frequentemente enganadoras ou até mesmo incorretas, e daí muitos julgamentos precipitados.

É verdade que há lobos com pele de cordeiro, mas não devemos julgar ninguém porque…nem tudo é o que parece, ou: as aparências iludem.

É difícil interpretar a vida, as pessoas. É difícil definir realidades. Elas não existem simplesmente, não são independentes de nós. Elas são o que cada um de nós quer que sejam...até que chega o dia em que percebemos que afinal não eram bem assim.
 

E muitas vezes nós vemos o que não é... naquilo que nos parece ser...
E outras vezes é mesmo... aquilo que a nós não nos parecia ser...