Ouviu esta canção e pensou nele… que lhe enviava letras
de músicas a falar de amor e de planos, todos os dias… mas era só isso! depois, a realidade era bem diferente, nem sempre amorosa… ela sentiu isso ao fim de alguns dias:
“Por você, por você
Por você, por você (…)
Por você, por você (…)
Eu mudaria até o meu nome
Eu viveria em greve de fome
Desejaria todo dia
O mesmo homem…” (na música era “mulher” mas inverteu a situação)
Eu viveria em greve de fome
Desejaria todo dia
O mesmo homem…” (na música era “mulher” mas inverteu a situação)
Com certeza, o compositor desta canção estava sentindo muito
amor por alguém quando a escreveu, não há outra explicação para o desenrolar da
melodia, tão insinuante, um estágio puro e simples de amor. Ele
continua...
“Eu
aceitaria a vida como ela é
Viajaria a prazo pro inferno
Eu tomaria banho gelado no inverno…”
Viajaria a prazo pro inferno
Eu tomaria banho gelado no inverno…”
Há quem diga que para tudo há limites, mas então qual será
o limite do amor?
Não estava a pensar no amor fraternal, maternal ou
aquele que se aprende sobre 'amar o nosso próximo'. Estava a falar do amor que surge
“de repente” - ou de mansinho, como quem não quer nada? já nem sabe… a falar daquele
que transcende o entendimento, o que sentimos por alguém estranho a nós,
que pouco ou mal conhecemos, mas que nos leva a desejar profundamente.
Um amor que os olhos não veem porque foi a alma que viu… Um
amor que faz sorrir porque transborda, invade e toma conta.
Há limites para
amar? Trabalho, distância, tempo, situação financeira, cansaço, problemas por resolver, chuva, frio... Não,
não há, se o amor for de verdade e se for nutrido, bem cuidado, em todos os
momentos.
Se o esforço for recompensado pelo carinho, pela atenção, o saber escutar, o respeito pelo outro…
Não há limite para o amor, se o desejo de
conhecer o outro ultrapassar o físico, pois não é só de pele que se alimenta o
desejo, mas também se deseja a alma... doce, livre e feliz.
Quem limitar o amor está fadado a viver pela metade. Mas
ela, ah, ela queria viver inteira!
Já tinha constatado que entregar-se ao amor era como saltar em queda
livre. Mas não desiste de AMAR, a vida inteira. A sensação é única, os sentidos ficam aguçados, há medo, frio na
espinha, vontade de parar, mas não tem volta, será necessário ir até o final,
num passeio lento, apreciando cada forte emoção, respirando fundo, chorando,
sorrindo, aprendendo, vivendo como se não houvesse final. Perde-se o controlo
sobre muitos dos nossos atos.
Alguém poderá dizer "mas isso aí é paixão!" Pode ser! E,
sendo apenas paixão, com certeza não irá resistir aos momentos menos bons, ao
descuido, a algumas diferenças e indiferença, à incoerência, a pequenas coisas que deviam ser feitas ou ditas, e foram esquecidas, propositadamente ou não, e às vezes até são abusivas e podem minar a
relação muito depressa...
E quem pode dizer que o amor tem limites? Se cada um dos
dois o inspirar e alimentar todos os dias, se algo for construído com verdade e muita vontade, só terá tendência a crescer, não a morrer...
Ela acredita na providência “lá de cima” que nos
coloca justamente onde deveríamos estar, que traz e leva pessoas da nossa vida,
que todos os dias opera pequenos milagres na nossa rotina, e que tudo nos chega como
presentes.
Muitas vezes não os reconhecemos, mas são presentes que
devemos aceitar, pois cada um deles forma um pouquinho da nossa história e, de
presente em presente, o futuro vai sendo desenhado do jeito que é para ser.
https://www.youtube.com/watch?v=2pEvwze3Ewk