Ando afastada do blogue, sim. Há quem sinta a
minha falta, fico contente, nem que seja apenas uma pessoa que vem aqui e nota que não tenho escrito.
Há muito tempo ando para dissertar
sobre aquele provérbio “Diz-me com quem andas e te direi quem és”…
Já deu para reparar que gosto muito de
provérbios. Gosto mesmo, e de gírias, ditos engraçados, aforismos; gosto de frases curtas e que dizem TUDO, pronto, e também das anedotas curtas que (mesmo assim) nunca consigo
lembrar depois…
Há ditados cujo sentido é indubitável, mas outros
nem tanto. Eu mesma tenho boas e verdadeiras amizades que nada têm a ver
comigo. As pessoas podem complementar-se, por que não? Não tenho que ser igual
a ninguém, e vice-versa, e mesmo assim convivermos na boa e com respeito. Não
se pode conhecer as qualidades de um indivíduo pelos amigos que tem ou pelas
companhias que mantém. Normalmente, as pessoas
associam-se a outras que partilham do mesmo modo de estar na vida ou forma de
pensar e, portanto, poder-se-á entender facilmente como o comportamento coletivo de um
grupo de amigos pode definir as qualidades humanas de cada um dos seus
membros. Porém, juízos de valor feitos com base em aspetos superficiais
são, na grande maioria das vezes, preconceituosos e completamente errados. Cada um é como cada qual ou, melhor
dizendo, cada pessoa é um indivíduo e não devemos nunca julgar ninguém apenas com
base numa primeira impressão.
A sabedoria popular oferece muitas provas de como as primeiras
impressões que formulamos são frequentemente enganadoras ou até mesmo
incorretas, e daí muitos julgamentos precipitados.
É verdade que há lobos com pele de cordeiro,
mas não devemos julgar ninguém porque…nem tudo é o que parece, ou: as aparências iludem.
É difícil interpretar a vida, as pessoas. É difícil definir
realidades. Elas não existem simplesmente, não são independentes de nós. Elas são o que cada um de nós quer
que sejam...até que chega o dia em que
percebemos que afinal não eram bem assim.
E muitas vezes nós vemos o que não é... naquilo que nos
parece ser...
E outras vezes é mesmo... aquilo que a nós não nos parecia ser...
E outras vezes é mesmo... aquilo que a nós não nos parecia ser...
“Beber a grandes tragos extingue a sede; beber em pequenos goles prolonga o prazer da bebida.
ResponderEliminarAssim é também com relação ao prazer do amor. E com tudo o mais na vida.”
Provérbio italiano
De facto há quem se lembre de vez em quando sentir no prazer da leitura ou do que escreves a fórmula de saciar a “sede”.
Cabe-te a honra de em pequenas doses saciares essa sede.
Portanto não deixes de manter a vasilha pronta a despejar essas gotas de água que condensadas e conectadas ao pensar consegues a liberdade de encher uma página de belas palavras.
Fico à espera ou aqui passarei... nem que seja “uma pessoa” a ler outra!
Bjão