sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Na fila

Ao recordar pessoas que já partiram “para as estrelas” dá para pensar como é inútil tanta depressão (viver no passado), tanta ansiedade (expectativas quanto ao futuro, que futuro?) e passamos a valorizar o presente, que como o próprio nome diz, é uma dádiva e só temos que agradecer a cada dia que despertamos.

Porque, afinal…estamos todos na fila...

A cada minuto alguém deixa este mundo para trás. Não sabemos quantas pessoas estão na nossa frente.

Não dá pra voltar pro “fim da fila”.

Não dá pra sair da fila.

Nem evitar essa fila.

Então, enquanto esperamos a nossa vez:

Vamos fazer valer a pena cada momento vivido aqui na Terra.

Ter um propósito.

Motivar pessoas!

Elogiar mais, criticar menos.

Fazer um “ninguém” sentir-se um alguém ao nosso lado.

Fazer alguém sorrir.

Fazer a diferença.

Fazer amor.

Fazer as pazes.

Fazer com que as pessoas se sintam amadas.

Ter tempo para nós.

Tornar grandes pequenos momentos.

Fazer tudo o que houver para fazer e ir além.

Viver novas experiências.

Provar novos sabores.

Nunca arrepender-se por termos tentado além do que devíamos, por termos valorizado alguém mais do que merecia, por termos feito mais ou menos do que era possível.

Tudo está no lugar certo.

As coisas só acontecem quando têm quem acontecer.

Relevar.

Não guardar mágoas.

Guardar apenas a aprendizagem.

Libertar o rancor.

Transbordar de amor.

Doar amor.

Amar, mesmo quem não merece.

Amar, sem querer receber nada em troca.

Amar, pelo simples facto de vibrarmos amor e sermos amor.

Mas sempre, vamos amar-nos a nós próprios antes de qualquer coisa.

Sei que não é fácil, mas vale a pena tentar. Vamos preparar-nos para partir a qualquer momento. Não sabemos qual o nosso lugar na fila, então preparemo-nos para deixar aqui apenas boas lembranças.

As nossas mãos vão embora vazias. Não dá para levar malas, nem bens...

Então, vamos estar preparados DIARIAMENTE para levar connosco somente aquilo que temos guardado no coração.

Com amor,

EU  https://www.youtube.com/watch?v=PWqEPKduGm8

 

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Ser ou Não Ser… Feliz!

Tristeza(s), Ansiedade(s)

Ainda na sequência do meu estado de espírito “angustiado” ao viver neste mundo-hospício, egoico, dou comigo a pensar que, se calhar sempre o foi, eu é que costumo ser ALIENada…

Um mundo com muitos loucos e muito risco. Cada um de nós achando que está certo naquilo que escolheu viver, mas ninguém quer respeitar o DIREITO que o outro possui de SER. É uma loucura estar no meio deste caos, afinal causado por cada um de nós, que vivemos a nossa história acreditando que sabemos viver.

Lembro-me daquele filme “Voando sobre um ninho de cucos”, ambientado numa clínica psiquiátrica: conta a história de um indivíduo de espírito livre que acabará por fugir da prisão e lidera os pacientes numa rebelião contra a equipa opressiva chefiada por uma enfermeira-chefe calculista e que aplicava tratamentos pouco ortodoxos.

Recentemente escutei o seguinte: hoje em dia, é preciso coragem para sermos nós próprios!

É verdade, o mundo está a virar uma manada. A maioria, com baixa autoestima, precisa da validação dos outros para saber como atuar.

Um mundo onde prolifera a ansiedade que é uma das questões que mais prejudica atualmente a qualidade de vida das pessoas. Estou enjoada deste mundo, tenho que confessar. Dá vontade de gritar, chorar, ou apenas adormecer e esquecer.

Há dias telefonou uma amiga que me disse “tu também és ansiosa” e deu para ficar a pensar no assunto. Afinal sou… oh então, afinal somos todos nós. Engano-me a mim mesma ao pensar que sou uma pessoa calma no meio do caos. Impossível! Aliás, ultimamente, são muitas as vezes que saio do sério, por causa de circunstâncias externas, obviamente. Todos vamos sendo defraudados diariamente neste sistema implantado, se não estivermos atentos; por exemplo, basta ver faturas de eletricidade pouco explícitas ou confusas, taxas por tudo e por nada, operadores de telecomunicações a roubar descaradamente, etc. …um mundo onde uns são “filhos de Deus”, outros são os bastardos…

Sem falar, a nível particular, da dor pela perda de pessoas queridas ao longo do caminho a que chamamos Vida, da profunda tristeza de saber que alguém está com uma doença terminal, familiar ou não, da frustração de encontrarmos pessoas que se dizem amigas e são enganadoras ou sem escrúpulos, prejudicando-nos de alguma forma… Então, nos perguntamos: vale a pena estar aqui? Ou, de um modo mais otimista: para quê stressar, enquanto estamos vivos e com saúde? Tudo é apenas uma fase, e há que ter paciência. Nada dura para sempre, (in)felizmente - dependendo da situação, melhor que não dure!

Sou feliz porque decidi SER FELIZ, e contra esse facto não há argumento!  É que deixei de aceitar menos do que aquilo que mereço! (aprendendo sempre)

Estas são palavras de Osho:

"Para ser feliz é necessário uma enorme coragem. Ser infeliz, qualquer um pode ser. Ver negatividade nas coisas é fácil, mas para ver beleza e alegria nas coisas mais simples é necessário uma grande alma."

A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina ‘cor’, que significa "coração". Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem.

O caminho do coração é o caminho da coragem. É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador. A cabeça é um homem de negócios. Ela sempre calcula – ela é astuta. O coração nunca calcula nada.”

https://www.youtube.com/watch?v=eiDiKwbGfIY

“Os humanos inventaram a bomba atómica, mas nenhum rato no mundo inventaria uma ratoeira” Albert Einstein

 

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Em modo RESET

Se aquela teoria é válida de que a nossa vida se transforma a cada sete anos, estou numa dessas fases, tenho que aproveitar. E sinto transformações, esta vontade de 'limpar', fazer um reset em tanta coisa, em mim e fora de mim.

Mudanças são boas. Há pessoas que adoram a rotina, tudo sempre igual a vida toda, não é o meu caso, nunca! Há mesmo quem diga que buscar o equilíbrio é como ficar estagnado, assim como quando uma balança fica equilibrada. Então, tenho andado enganada, afinal devo ser desequilibrada qb.

Adoro quando há mudanças, que considero ser uma coisa boa. Sendo otimista, acredito que quando algo muda é sinal de transformação, significa que o que foi deixou de ser, e que o melhor pode estar por vir.

Quando há transformação houve aprendizagem. Tenho aprendido muito com dissabores, pois a vida nunca é 100% perfeita. Se andarmos pelas redes sociais, até parece que é, com tanta gente mostrando aquilo que parece, mas não é, a maior parte das vezes. Muita gente é apenas “show-off”, e se convivermos de perto é quando vamos descobrindo os podres disfarçados…assim é o normal, dentro da anormalidade: o ser humano em tempos modernos!

Porém…acredito que posso bloquear pessoas. Eu acredito e me permito pedir às pessoas que deixem a minha casa. Eu acredito em evitar as pessoas tóxicas. Porquê? Porque ninguém vai fazer-me sentir mal no meu próprio espaço. Só por isso!

Com a idade avançando, cada vez mais seletiva, só desejo estar rodeada de pessoas do bem, com boas vibes e com quem me sinto bem, gente que eu quero admirar e de quem posso me orgulhar de ser amiga.

Um bocado enjoada do mundo, é como me sinto muitas vezes, ultimamente. Apetece parar, ficar só e apenas comigo. Estamos com tanta gente no dia-a-dia, ou mesmo se pouca, e nos esquecemos de estar connosco. Essas pausas comigo mesma ajudam também a mudar o mood quando as coisas não estão fáceis e tenho é vontade de fugir para bem longe de tudo o que não interessa.

Descubro que parar e não fazer nada é tão produtivo. Sejam minutos, uma hora ou mais, sabe tão bem! Ficar na bolha (só minha), abrandar, respirar fundo…sem nada na cabeça, limpar o lixo mental que provocaram em mim, sem julgamentos, longe da paranoia ou psicopatia generalizada. É como fazer um reset, tal como fazemos com os computadores quando algo não corre bem, vão abaixo e não sabemos o motivo… 

Melhor até, seria fazer esse restart diariamente, para que todas as atualizações necessárias sejam feitas. Depois destas pausas, parece que os sistemas se conectam de novo com mais energia e seguimos com as nossas tarefas, algumas inadiáveis. Tudo pode melhorar, e a vida segue!

Fora esses momentos na bolha, sei que à minha frente há sempre um caminho, posso escolher por onde ir, se devagar ou mais depressa e está tudo certo, e há sempre a opção de poder voltar para trás. E outro caminho aparecerá diante de mim. Assim como poderei sempre encontrar novas pessoas com valor e que me acrescentem algo. Vida fluindo.

Sinto-me com muita energia para iniciar um novo ciclo. E, quando tiver iniciado de verdade, quem sabe, adotarei também um novo look… Quando há mudanças dentro de nós, por vezes temos necessidade igualmente de mudar alguma coisa externamente, por exemplo, mudar o corte de cabelo, ou o guarda-roupa, ou adquirir algo novo para o lar…

Carpe Diem!