Tristeza(s), Ansiedade(s)
Ainda na sequência do meu estado de espírito “angustiado” ao viver
neste mundo-hospício, egoico, dou comigo a pensar que, se calhar sempre o foi,
eu é que costumo ser ALIENada…
Um mundo com muitos loucos e muito risco. Cada um de nós achando que
está certo naquilo que escolheu viver, mas ninguém quer respeitar o DIREITO que
o outro possui de SER. É uma loucura estar no meio deste caos, afinal causado
por cada um de nós, que vivemos a nossa história acreditando que sabemos viver.
Lembro-me daquele filme “Voando
sobre um ninho de cucos”, ambientado numa clínica psiquiátrica: conta a história de um indivíduo de espírito livre que acabará por fugir da prisão e lidera os pacientes numa rebelião
contra a equipa opressiva chefiada por
uma enfermeira-chefe calculista e que aplicava tratamentos pouco ortodoxos.
Recentemente escutei o seguinte: hoje em dia, é preciso coragem para
sermos nós próprios!
É verdade, o mundo está a virar uma manada. A maioria, com baixa
autoestima, precisa da validação dos outros para saber como atuar.
Um mundo onde prolifera a ansiedade que é uma das questões que
mais prejudica atualmente a qualidade de vida das pessoas. Estou enjoada deste
mundo, tenho que confessar. Dá vontade de gritar, chorar, ou apenas adormecer e
esquecer.
Há dias telefonou uma amiga que me disse
“tu também és ansiosa” e deu para ficar a pensar no assunto. Afinal sou… oh
então, afinal somos todos nós. Engano-me a mim mesma ao pensar que sou uma
pessoa calma no meio do caos. Impossível! Aliás, ultimamente, são muitas as vezes
que saio do sério, por causa de circunstâncias externas, obviamente. Todos vamos
sendo defraudados diariamente neste sistema implantado, se não estivermos
atentos; por exemplo, basta ver faturas de eletricidade pouco explícitas ou
confusas, taxas por tudo e por nada, operadores de telecomunicações a roubar descaradamente,
etc. …um mundo onde uns são “filhos de Deus”, outros são os bastardos…
Sem falar, a nível particular, da dor pela perda de pessoas queridas ao
longo do caminho a que chamamos Vida, da profunda tristeza de saber que alguém está com uma doença terminal, familiar
ou não, da frustração de
encontrarmos pessoas que se dizem amigas e são enganadoras ou sem escrúpulos,
prejudicando-nos de alguma forma… Então, nos perguntamos: vale a pena estar
aqui? Ou, de um modo mais otimista: para quê stressar, enquanto estamos vivos e
com saúde? Tudo é apenas uma fase, e há que ter paciência. Nada dura para
sempre, (in)felizmente - dependendo da situação, melhor que não dure!
Sou feliz porque decidi SER FELIZ, e contra esse facto não há argumento! É que deixei de aceitar menos do que aquilo que mereço! (aprendendo sempre)
Estas são palavras de Osho:
"Para ser feliz é necessário uma enorme coragem. Ser infeliz, qualquer
um pode ser. Ver negatividade nas coisas é fácil, mas para ver beleza e alegria
nas coisas mais simples é necessário uma grande alma."
A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina ‘cor’, que significa "coração". Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem.
O caminho do coração é o caminho da coragem. É
viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É
deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas
perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí
já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o
desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. O coração está
sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador. A cabeça é um
homem de negócios. Ela sempre calcula – ela é astuta. O coração nunca calcula
nada.”
“Os humanos inventaram a bomba atómica, mas nenhum rato no mundo inventaria uma ratoeira” Albert Einstein
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