segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Festa do Sol-pôr e da Lua

Não vive sem música, que parece estar-lhe no sangue. Não pode ouvir alguns acordes, seja em que lugar for, e logo o espírito e a perna ficam irrequietos. Ir a um bar e ouvir música sentada? Coisa chata!

Que pena nunca ter aprendido a tocar um instrumento. No lugar onde vive, e arredores, vai seguindo alguns músicos que conhece e aprecia, e tenta descobrir outros em novos lugares. 

Com o verão a despedir-se em breve, decidiu ir num barco para uma festa sunset durante quatro horas. Eram grupos de pessoas de nacionalidade portuguesa, pensava que poderia ser um mix, mas não…então ela era ali a única sozinha, olhada como gringa, já é normal quando se dirigem a ela em Inglês…havia inclusive uma despedida de solteiro, e todos estavam super divertidos ao som do DJ.

Dançou animada, sem parar. O resto da gente bebe sem parar, isso sim, para se soltar e mostrar uma felicidade que vai até cair, por vezes. Ela se acha sortuda,  não precisa disso. A música é a sua droga, o seu álcool a correr nas veias. E dá para esquecer o mundo que não presta.

Mal o sol se pôs por detrás das rochas, mais tarde a festa passou a ser ao luar, com a meia-lua a iluminar e a deixar o mar cor de prata. Enquanto dançava naquele canto junto aos rochedos se perguntava como se sentiria a fauna marinha durante aquelas horas. Estariam estremunhados sem conseguir descansar?

O barco parado ali era como uma pequena rave party em alto mar, avistando-se as luzes ao longe na cidade de onde zarpou.

Adorou a ideia. Tinha sido um belo dia de sol, de barco, de lua e estrelas, e muita música boa para terminar o dia. Que mais podia desejar?

Que em breve o R-E-S-E-T(embro) seja o feliz início de uma nova fase, a crer que o melhor ainda está por vir. Ela merece, e não aceita menos do que isso. Chega de coisas e pessoas básicas, sem interesse, sem acrescentar nada...

Quando o barco atracou à chegada, já tarde da noite (10:30), ainda se sentia com vontade de ir “bater perna” para outra festa dos anos 80 no centro da vila. Vontade não faltava, mas... já estava satisfeita, e bastava de solitude no meio dos festivaleiros.

Foi um verão recheado de concertos e festas, e mais virão provavelmente, caso o tal vírus não ataque de novo.

https://www.opheliacatamaran.com/pt-pt/

"Ela tem uma alma de sereia e um coração naufragado"    3-9-2022