sexta-feira, 15 de novembro de 2024

12-11-2024

66 aninhos de espírito jovem, nunca muda. E confesso, tenho dificuldade em lidar com pessoas da minha idade. Tenho estado feliz com a minha idade, quem me dera desde sempre ter tido o conhecimento que já adquiri. Feliz com a liberdade de SER, e de poder decidir o que quero para a minha Vida e, principalmente, o que não quero. Não sei daqui para a frente, mas seja o que Deus quiser. Deus, ou o meu Universo, tem sido amigável, não posso reclamar. Decidi “de repente” que tinha que estar com os meus colegas queridos, de quem estava afastada desde 2002, quando fui convidada a sair de uma multinacional que poucos mais anos duraria, até fechar as suas portas. Foi muito bom e animado (como sempre) o reencontro, e decidimos voltar a estar todos juntos pelo menos uma vez por ano. Se Deus quiser. Comemorei também com as amigas de longa data – Cris, Sam, Fi, Teresa (outras duas não puderam, por algum motivo) - o início de um novo ciclo que tanto desejo. Em breve, finalmente terei tempo para mais coisas para mim, curtir mais a Vida, estudar mais profundamente temas que me interessam, além da I.A. também a espiritualidade, a ancestralidade… Perde-se uma vida inteira a estudar o que não traz grande valia, e a trabalhar em empregos que não nos dizem nada, e esquecemos o essencial. E assim se perde a Humanidade na mediocridade, no que é básico, porque na verdade, normalmente, não interessa ao sistema um povo com o verdadeiro Conhecimento. Eu confesso, tenho pena de ter pessoas na família que não evoluíram, não sabem nem querem isso, preferem falar sem ter noção do que dizem, e sem se importarem em magoar os outros uma vida inteira. Sem palavras mágicas, nada, que pudesse fazer o milagre de mudar muita coisa. É a escolha de cada um. O meu caminho é outro. Vou aprendendo que nem tudo o que vem de fora merece ou precisa ficar armazenado dentro de nós. Absorver demais as críticas alheias, os problemas de outras pessoas, ou carregar pesos que não são nossos, apenas nos intoxica por dentro. É preciso saber filtrar e escolher com muito cuidado aquilo que merece ficar guardado no nosso mundo interior. Porque muitas vezes o nosso cansaço, a nossa tristeza e a nossa falta de confiança não vem de nós, mas de todo o lixo emocional externo que vamos absorvendo dos outros. Empatia sem discernimento é autodestruição, assim como absorver críticas sem analisá-las é um prejuízo para a própria evolução. Só cresce quem ajuda o outro sem deixar de cuidar de si. Quem sabe ouvir críticas, mas escolhe com cuidado aquilo que realmente lhe ajuda a crescer. Quem sabe que o seu mundo interior é a sua casa e que não deixa qualquer um invadi-la emocionalmente. Aprendo também que o caminho espiritual não tem nada a ver com ser gentil e amigável, mas sim ser REAL e AUTÊNTICO. Saber ter e dar limites. Honrar e respeitar primeiro o meu próprio espaço e depois o dos outros. E neste espaço de autocuidado, a bondade pode surgir por si só. Simplesmente flui. Não por medo, mas por AMOR. Projetos: - dar mais valor a momentos do que a memórias; - amar mais do que reclamar; - fazer da alegria uma rotina; - escolher ser feliz em vez de ter razão… Em suma, cuidar do meu coração, que sempre se entregou demais, e tem que sossegar. Apenas dar valor ao que realmente importa. Nunca é tarde para deixar ir, para aceitar-me, e continuar a estar e SER feliz, com pouco que seja. A única coisa que eu me arrependo sobre envelhecer é que terei menos tempo para viver com as coisas que aprendi. Mas valeu. Hoje verei mais uma lua cheia, os meses voam, não há mais tempo a perder. Envelhecer é obrigatório. Crescer mais sábio é opcional. Viva EU!

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