sábado, 20 de dezembro de 2025

Ainda dezembro...

 Final countdown...

O último mês do ano chega sempre com uma mistura de luz, memórias, alegria e tristeza… Para alguns, é um mês de aconchego quando a família se reúne com afetos e com tempo. Para outros, é um tempo que dói um pouco mais. Lembranças de quem já partiu, ou de algo que aconteceu ao longo do ano e que não foi a melhor das sensações… Para mim tem sido sempre este misto de emoções, desde o tempo em que se deixava a meia na chaminé para receber o presente do Pai Natal que ia descer durante a noite, e de manhã era a surpresa.

Mesmo sendo um Natal agridoce para a maioria das pessoas, ao mesmo tempo há uma energia especial no ar que nos faz querer dar o nosso melhor para nutrir os que mais amamos, particularmente quem também nos nutre e nos eleva… apetece dizer aos amigos e familiares, longe ou perto, o quanto são importantes na nossa vida.

E, dessa forma, um dos meus compromissos para 2026 é ser ainda mais firme e consciente nas minhas relações, naquelas que me nutrem e nas que me drenam… Mês de balanço, de profunda reflexão sobre a influência e a importância das relações na nossa vida… Porque as nossas relações influenciam profundamente a nossa saúde, não só no aspeto emocional… mas também na saúde física e mental.

Quando se fala de saúde social, é assim: - como nos sentimos perto dos nossos amigos e familiares? - qual a qualidade dos afetos ao nosso redor? - o quanto essas relações nos nutrem, ou nos cansam?... Nesta época, estamos mais sensíveis e tudo fica mais evidente. Há momentos que nos aquecem o coração, e há outros em que nos sentimos sós, mesmo com alguém "colado" a nós ou com muita gente ao nosso redor. Há memórias que abraçam, e há outras que ainda precisam de cura. Nada disto significa que falhamos algures ou com alguém, ou vice-versa. Significa apenas que somos humanos. E que as relações fazem parte da nossa essência e da nossa história.

Pensamentos para o início do Novo Ano: - Com quem é que me sinto realmente valorizada e respeitada? - Onde ou com quem posso ser EU, sem medo de desapontar quem quer que seja? - Quem me faz respirar mais fundo? – Ou, onde ainda tenho de colocar limites para manter a minha paz?...

Portanto, tornou-se essencial cuidar sempre da minha saúde mental e física, que dependem da saúde social: aproximar-me mais de quem me nutre; criar pequenos momentos, mas verdadeiros, onde eu possa sentir o amor real; permitir-me manter a distância de relações que só sugam energia; honrar a minha verdade, mesmo quando a família ou qualquer outro contexto pedem outra coisa; escolher presença em vez de obrigação!

E cada passo que dou na direção da minha verdade é também um passo de cura emocional.

Porque ninguém desabrocha sozinho. Os laços certos, mesmo que poucos, sustentam-nos mais do que imaginamos. Importante cuidar das nossas relações com o mesmo amor com que cuidamos de nós. Sem querer exigir perfeição, dezembro é ainda assim o mês perfeito para me permitir escolher o que realmente me faz bem. Com Consciência, e Amor. Feliz Ano Novo! (fui)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Ganhei o dia!

 

LOL

Hoje ganhei o dia ao ler uma notícia importante para a minha/nossa existência e que, ao mesmo tempo, me divertiu tanto. 

Já que o mundo está esta merd@, feito essencialmente para nos fazer chorar, o negócio é começar a RIR, ou seja, ligar o botão QSF ou... "PQP o mundo que o meu nome não é Raimundo!"...
Há os barulhentos e os silenciosos (Ninja) kkk O que eu aprendo ultimamente, viva a informação total ao alcance de um só clique.
Falando em cheiro, sempre se disse, quanto mais se mexe mais vai cheirar mal... Então temos que ser espertos e procurar onde há o ar mais puro, inspirar, expirar, faz tão bem ver pessoas a correr todos os dias, cuidar da saúde física e mental... Tão bom saber que há pessoas que são exemplos, que devem ter alguém que se orgulha delas...

Na minha agenda para 2026: exercício físico, a prioridade!... E reforçar a decisão: não vou andar a gastar dinheiro em psicoterapeutas ou afins, para depois ter que andar a tratar de quem nem quer saber, pois só quer é atazanar!

Já estou diplomada em conviver com seres desequilibrados, desde que nasci, e nem sabia, pois tive que me conhecer primeiro como gente para entender muita coisa. E depois há os outros que aparecem pelo caminho, tipo carma (dizem), então a gente tem que se autoproteger. Deixá-los a falar sozinhos. Parece um mundo autista, cada um a falar para si próprio/a sem o menor interesse no que o outro diz. Reparo isso também quando se é atendido em certos serviços públicos, perguntamos algo e a pessoa responde com total desinteresse sem sequer olhar na cara do cliente ou paciente. Também há o autismo governamental, já agora, quem quer saber de quem afinal? No mundo onde impera o ego, cada um vai seguindo as suas próprias conveniências, nada mais.

Ainda ontem aconteceu algo desse género num grande supermercado, fiz uma simples pergunta e a pessoa nem olhou para mim ao responder; e já aconteceu outra vez num hospital privado. Caminhando rua acima fui a matutar no assunto. Que bosta de mundo, desumanizado. Mesmo no seio de cada lar, quantos, cada qual com suas teorias. Todos falam, falam, e não dizem nada. Ou falam ao mesmo tempo, e ninguém quer escutar o outro. Fica difícil para quem já evoluiu o suficiente ter que descer o nível ao confrontar quem nunca se esforçou por evoluir, por preguiça ou porque se tornou confortável viver assim durante anos, décadas de escassez de todo o tipo, mental e não só.

Estava eu assim divagando na minha caminhada higiénica quando de repente cruza-se comigo uma jovem com ar tão querido sorrindo com os olhos, que pensei logo "só pode ser estrangeira"...Imagino eu, porque outras vezes isso aconteceu e eram pessoas de outra nacionalidade, claramente. Aquele cumprimento sorridente me deixou feliz e me relembrou que ainda existe humanidade interessante por aí e nunca se deve perder a fé em algo melhor a caminho.

Desejo um natal bem cheiroso para quem me lê ou me segue, e para os outros também!

sábado, 6 de dezembro de 2025

Época de Natal

 

Tempo de alegria, de amor… e de reflexão

O Natal costuma ser apresentado como um tempo de luz, união e esperança. Fala-se de alegria, de amor, de família reunida.
Porém, no mundo doente em que vivemos, nem sempre a realidade acompanha a tradição. Há quem viva - ou queira viver - relações profundamente doentias, mascaradas de “amor”.

Há relações em que a pessoa emocionalmente desequilibrada, tóxica, transforma o que podia ser carinho em constantes ataques de “raiva”, confunde amor com posse, ou cuidado com controlo. Inventa situações irreais, põe palavras na boca do outro, em suma, procura motivos para criar discussões, usando insultos e linguagem de baixo nível como forma de domínio. Atira tudo à cara, sem pensar. Destroça a paz do outro. E, logo de seguida, como num ciclo já ensaiado, é capaz de chorar, vitimizar-se, dizer que ama, pedir desculpas, prometer que “não vai acontecer mais”. Só que acontece sempre. Basta uma pequena frustração, um “não”, um limite. Basta que as suas necessidades egocêntricas deixem de ser satisfeitas.

Quando já não é amor - é invasão. A pessoa tóxica, incapaz de aceitar o fim ou a distância saudável, recusa-se a “largar o osso”. Insiste em perturbar. Invade. Persegue. E a invasão vai além da relação: amigos e familiares da vítima são também incomodados com mensagens e telefonemas, e nem conhecem a pessoa em questão. Contactos esses que foram apanhados sem permissão. Trata-se claramente de violação da privacidade. Um abuso emocional e psicológico. E o "amor" pode, sim, acabar em caso de polícia!

O Natal lembra-nos amor, mas amor não é isto. Amor não sufoca, não ameaça, não controla, não manipula. Amor de verdade apenas confia em si próprio e no outro, apenas isso - a confiança, a cumplicidade, tão necessárias e que é preciso construir. Falar assertivamente, e deixar o outro também falar. Evitar pedir desculpas repetidas porque amor não precisa de ferir para depois tentar remediar.

Este texto é um lembrete de que ninguém merece viver num ciclo de abuso só porque alguém promete “mudar”. Natal é tempo de luz - e, para muitos e muitas, essa luz começa quando têm a coragem de se afastar da escuridão.

Amor é dor,
Amor é prazer;
O Amor faz viver,
Mas de tanto Amar posso morrer!
Amor é um sonho.
Amar é ilusão.
"Te Amo!" eu quero ouvir,
Mas se ouço, essas palavras soam falsas ao meu ouvido.

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Hello December!

 

Dezembro chega sempre envolto numa magia particular. Há quem diga que é apenas mais um mês, mas a verdade é que, quando o Advento começa, algo muda silenciosamente dentro de nós. Acendem-se luzes nas ruas, nos lares e, sobretudo, nas nossas certezas cansadas. É como se o mundo inteiro respirasse fundo e se lembrasse de que ainda existe espaço para a esperança.

Neste tempo em que os dias são mais curtos e o frio se aproxima a passos largos, a luz torna-se símbolo maior. Não apenas a luz decorativa ou festiva, mas a luz que nos recorda que, apesar de tudo, continuamos a acreditar num futuro melhor. Em cada chama acesa, em cada janela iluminada, há uma promessa: a de que o ser humano, com todos os seus defeitos, ainda guarda dentro de si um valor profundo, uma capacidade infinita de recomeçar.

O Advento convida-nos exatamente a isso — a reencontrar sentido. É um tempo de espera, mas também de desejo. A espera por dias mais luminosos, por sentimentos mais genuínos, por relações mais humanas. O desejo de sermos a diferença que tantas vezes procuramos nos outros. E, mesmo que o mundo pareça confuso ou cansado, dezembro lembra-nos que a luz está sempre ali, à distância de um gesto, pronta a reacender a nossa fantasia e a nossa fé na bondade.

Que este mês seja mais do que correria, compras e compromissos. Que seja um tempo de olhar para dentro e descobrir que ainda somos capazes de ternura. Que possamos ser luz para alguém — um sorriso, um abraço, uma palavra que aconchega. Porque o Natal, no seu significado mais profundo, acontece sempre que a humanidade escolhe ser melhor.

Neste dezembro cheio de luz, permitamo-nos acreditar de novo. Que o AMOR é possível, que o mundo pode ser mais justo, mais humano, mais bonito. E que a mudança começa exatamente em cada um de nós, no pequeno gesto que ilumina o caminho dos outros. Festas Felizes!

 

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

1 Respeito, 2 Amor

Moro num oitavo andar e por vezes entra bicharada pela casa dentro. São grilos, borboletas, semana passada foi uma joaninha, que adoro. Apanhei-a na varanda, e disse a ela pra voar e ser feliz, e ela foi... Fiquei feliz por ela. Lembro que antes dizia-se assim “Joaninha voa voa que o teu pai tá em Lisboa”… (coisas antigas, parvinhas LOL)

Curiosamente, se vamos querer saber o significado de tudo, estes insetos são associados a sorte, então tenho que ficar feliz com essa ideia. Há que ficar feliz por qualquer coisa, pois o mundo tá chato, cheio de gente chata, sem noção. Então, é preciso voar (em pensamento), ir para longe, ausentar-se de vez em quando. Quem não voa, morre a cada dia um pouco. Voar no sentido de alargar horizontes, ajustar-se a novas ideias caso seja necessário, porque atualmente o mundo gira tão veloz e quando nos apercebemos já “perdemos o comboio”.

Tanta gente vivendo na correria, para quê? Nessa loucura nem param para pensar que se pode magoar o outro tão facilmente. Gente falando de amor de modo tão banal enquanto vai ferindo com insultos, ou há até mesmo quem mate em nome desse amor… porque antes deste belo sentimento deveria haver o respeito…

O respeito é o alicerce invisível de qualquer tipo de relação. Aquilo que não se vê, mas que se sente todos os dias. É o que define o tom das conversas, a forma como lidamos com conflitos, e até a maneira como reconhecemos a individualidade do outro.

No amor, o respeito é o que mantém a relação saudável quando a paixão dá lugar à rotina. Na amizade, é o que permite que duas pessoas cresçam em direções diferentes e, ainda assim, continuem ligadas. Na convivência diária, é o que evita que a proximidade se transforme em abuso emocional.

No fundo, respeitar é reconhecer a humanidade do outro, e isso é mais profundo do que qualquer declaração de amor. Aceitar que o outro tem vida própria, sonhos próprios e identidade própria. O respeito não é um gesto grandioso. Deveria ser um hábito diário. Quando ele falta, o amor torna-se instável, desgastante e por vezes até destrutivo.

Em suma: o respeito não é apenas uma parte do amor — é a raiz dele. É o que dá estabilidade, profundidade e segurança às relações. É o que transforma conexões frágeis em vínculos verdadeiros.

Porque o amor cresce com carinho, mas mantém-se vivo com respeito.

quinta-feira, 13 de novembro de 2025

A amizade vs o amor

Nem que seja uma vez por ano, no dia de aniversário, é tão bom perceber que há quem nunca se esquece de nós e nos felicita por mais um ano da nossa existência. Os bons amigos são como as estrelas: não as vemos, mas sabemos que sempre estão lá. Decidi não publicar a data na rede social, mas basta alguém lembrar, postar lá algo, e a seguir chega mais uma série delas. Há algo profundamente libertador na amizade. Muitas vezes, nem se encontra na família o que a verdadeira amizade nos oferece. Muito importante: não existe o apego. Talvez porque a amizade verdadeira não pede provas, não exige controlo, não sufoca. Ela existe num equilíbrio raro: cada pessoa é livre, mas ao mesmo tempo profundamente ligada. A amizade acolhe sem prender, escuta sem julgar e acompanha sem impor condições. Na presença de um amigo, sentimos leveza - aquela sensação de que o mundo pode até estar turbulento, mas ali existe PAZ.

Já o Amor, ai o amor, rima com dor! (normalmente, o pseudo amor). Quando maduro, deveria seguir o mesmo caminho da amizade: parceria, respeito, liberdade e crescimento mútuo. Mas nem sempre é assim. Há formas de “amor” que não trazem calma. Pelo contrário, trazem ansiedade, confusão, desgaste e uma sensação de que estamos sempre em dívida, sempre a justificar, sempre a provar algo.

E quando um amor se torna obsessivo ou imaturo, nasce um ciclo perigoso, abusivo, por vezes:

  • A pessoa controla porque tem medo.
  • Exige porque se sente insegura.
  • Pede garantias constantes porque não consegue confiar.
  • Transforma pequenas diferenças em grandes conflitos.
  • Confunde ciúme com cuidado.
  • E confunde posse com amor.

E nós, quando expostos a este tipo de relação, começamos a perder uma coisa essencial: a paz interior. Amor sem paz não é amor — é carência mascarada, medo disfarçado, imaturidade mal resolvida. E, aos poucos, mina a autoestima, limita a liberdade e distorce quem somos.

É aqui que a AMIZADE ganha ainda mais valor.

Os amigos lembram-nos de quem somos quando o amor tóxico tenta apagar-nos. São âncoras de sanidade, de equilíbrio e de verdade. Porque nos conhecem bem. São aqueles que nos devolvem a visão quando a paixão nos deixa cegos. São o espaço seguro onde respiramos quando a relação nos aperta.

A amizade é estável onde o amor obsessivo é turbulento.
A amizade é honesta onde o amor imaturo é dramático.
A amizade é leve onde o amor tóxico é pesado.

E no fim, percebe-se algo simples, mas poderoso: o amor só é verdadeiro quando se parece com a amizade. Quando respeita, quando dá espaço, quando promove paz, quando nutre em vez de consumir. Qualquer relação que rouba serenidade não é amor - é um ALERTA.

Por tudo isso, nunca perderei de vista as minhas boas amizades. Não é apenas saudável, é vital. Elas são o nosso equilíbrio emocional, o nosso espelho sincero e o nosso porto seguro. São prova viva de que é possível amar sem perder a liberdade, dar sem exigir, crescer sem controlar.

No fundo, a amizade ensina-nos a amar melhor — primeiro a nós mesmos, depois aos outros.


terça-feira, 11 de novembro de 2025

Viva eu!

Escolho passar estes dias junto de quem me gerou e fez o melhor que pôde e soube. Há muito muito tempo estava a minha mãe a comer castanhas comigo no quentinho do seu ventre, quando de repente teve que largar tudo e ir para o hospital "deitar-me fora", diz ela. Hoje tivemos de novo um jantar a duas com castanhas, presunto e espumante, brindando à Vida. E, assim, faltam poucas horas para eu (re)nascer, quando o meu conta-quilómetros vai virar os 67, na madrugada do dia 12.

Parabéns a mim! Há previsão de ser o dia mais chuvoso da semana. Este ano não terei o meu verão de São Martinho, como acontece normalmente.  Continuo com boas energias, muita alegria e disposição. Que assim seja na minha caminhada, sempre em frente com SAÚDE, FÉ INABALÁVEL E PAZ no coração! Grata pelo que a Vida me tem proporcionado e por todas as mensagens que sempre recebo. Nem que seja uma vez por ano, há as pessoas que nunca me esquecem - porque devo ter feito alguma diferença na vida delas, acredito - e são essas que tornam o mês de novembro tão especial para mim.

Orgulhosa da minha pessoa, abençoada, acredito ainda que as pessoas certas (ou erradas) aparecem no meu caminho como aprendizagem para o meu SER em construção. Já fiz muita coisa errada, sem pensar, agora penso demais e não me encaixo na era da artificialidade, do faz-de-conta, ficando até receosa de conhecer pessoas. Nunca se sabe quem é capaz de perturbar a nossa paz de espírito, como quem não quer nada...

Olho-me ao espelho e penso: "Que bom, mais uma volta completa ao Sol." Como se fosse uma conquista pessoal, quando, na verdade, sou apenas uma mera passageira desta pedra azul que gira como um pião bêbado pelo espaço. Nesta corrida cósmica desenfreada, a idade é somente um número. Há quem se preocupe tanto com as rugas no rosto, no corpo, mas pior mesmo é deixar criar rugas na Alma.

VIVE! Se não fizeste aos quarenta, faz aos sessenta, aos setenta...

A única coisa que importa é fazer o que se ama! 

Uma mulher que viveu até aos 99 anos disse:

- A vida melhora com o tempo. 

Finalmente entendo o que ela quis dizer.

Vivemos num mundo que nos impõe atitudes e prazos:

Casar e ter filhos dentro de uma certa idade,

Fazer uma carreira dentro de um certo período,

Usar a roupa ‘adequada à idade’,

Reformar-se quando já não tiver mais forças!...

Tudo isso é pura ilusão.

Nos nossos vinte anos estávamos com tantas dúvidas.

Aos quarenta esmagaram-nos com responsabilidades.

Vamos nos divertir, dançar, aos sessenta ou mais. 

Se não brilhávamos antes,

Façamos isso acontecer agora.

A alegria não tem data de validade.

Sonhos não têm idade.

E nunca é tarde demais para recomeçar algo.

Então, vamos desafiar-nos!

Usar cores vivas.

Reservar um voo.

Aprender um novo idioma.

É sempre melhor tarde do que nunca.

                                                             Assinado: Pessoa Sem Idade


terça-feira, 28 de outubro de 2025

Mudou a hora, mas não a vontade...

 

Dias de Outono

27.10.25 - Avisos amarelos por todo o país, as notícias falam de furacões devastadores que invadem destinos paradisíacos como Jamaica, Cuba, Turcas e Caicos, e eu… aqui no meu paraíso, o Mar ali tão pertinho, a duas paragens de comboio, aprox. uns 15 minutos. Viciei-me em ver diariamente a temperatura da água e ainda estando os 20/21° lá vou eu correndo para o “meu habitat” onde me esbaldo e me sinto tão bem. Mudou a hora, mas o vício continua o mesmo, basta ver o sol pela janela e saber que não estará vento além de a água estar “amornada”...

Rio de mim própria com esta loucura que sempre tive pelo mar, e nunca cessa.
De comboio saio quase em cima da areia, sem stress, e sem grande custo.
Hoje já ia um pouco tarde, imaginando que depois voltar pelas 17:20 poderia sentir frio (as 18:20 de antes), então fui assim mesmo, por que não, nem que fosse para me contentar com a vista e com o cheiro de mar durante meia hora e voltaria satisfeita para casa. Mas não, cheguei lá, fui molhar os pés e não pude resistir, deu para mergulhar, nadar um pouco, ficar na praia a fazer um rascunho deste texto, umas 3 horas sem vento, que “nem pinto no lixo”, como sempre! Sabendo que amanhã poderá chover, estou apenas a despedir-me do ainda verão, do jeito que mais me dá prazer. Dentro de água salgada, “descarrego” o que não interessa e levo para casa o meu corpo e mente energizados. A vida a fluir na vibe que tanto amo. Sou uma sortuda.
Fui procurar um nome para este vício em mim. Parece que é biofilia. Afinal, sou uma biófila. Adoro este vício, sem efeitos colaterais, bem pelo contrário.
Amanhã podem chover canivetes. Tendo iniciado a semana desta forma, tão bem, me sinto pronta para aguentar os casos de estudo que a vida eventualmente nos apresenta diariamente. E como ninguém é feliz sozinho, lá dizia o poeta, a gente vai tentando se encaixar de alguma forma com quem cruza o nosso caminho e nos oferece algum tipo de amor. 

Acredito que o prazer, a música e a arte ativam em nós o que há de mais curador. Diminuem o stress e a ansiedade, equilibram o sistema nervoso, libertam dopamina — a hormona do prazer — e devolvem-nos à nossa natureza essencial: - Estar presentes; - Sentir alegria no simples; - Respirar a beleza do agora. Qualquer tipo de prazer é uma forma de cura. Escolhe uma música que te faça sorrir e dança, mesmo que só e por alguns minutos. O corpo lembra-nos da Vida. Resgata um hobby que tenhas abandonado e permite-te brincar de novo. Faz algo só porque te dá prazer — sem objetivos, sem culpa, sem pressa… São os meus conselhos de hoje, para mim, e para ti que me lês.

Porque quando nos permitimos sentir prazer, renascemos por dentro. Reativamos a alegria de viver, a energia criadora, a leveza.

“Coração em paz, alma em alto-mar”. Assim como o mar tem as suas marés, a vida tem os seus altos e baixos. A esperança nos ensina que cada onda traz consigo a oportunidade de uma nova caminhada pela vida fora. Por isso me admiro tanto: sorrio sempre, como se nunca houvesse passado por nenhuma tempestade.  E quero sempre admirar quem me rodeia.


quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Tempo de sobra, tão bom

Na cidade onde vivo há um pavilhão gimnodesportivo municipal bem pertinho de casa. Voltei ao Pilates, duas vezes por semana, e nos restantes 5 dias ainda posso dar-me ao luxo de ir dar uns mergulhos no mar enquanto está bom tempo.

No primeiro dia, ainda com tempo, antes de entrar para a sala, fiquei a apreciar as crianças a praticarem andebol no recinto desportivo. Aquele barulho das bolas a baterem na quadra fizeram-me recuar no tempo, quando em Angola o meu pai treinava os atletas no Sporting de Benguela, e mais tarde quando casei com um também basquetebolista, e ia assistir aos jogos. Foram anos a ouvir aquele barulho. E pensei que sou um caso de estudo. Sempre vivi no meio do desporto e nunca soube as regras de nenhum, apenas estava lá por estar e nunca me interessava por perceber as jogadas. Sou mesmo estranha, uma alienada, nunca me interessando a fundo pelas coisas, deve haver uma explicação para isso, se eu fizer algum tipo de terapia. 

Longe de ser perfeita, até me rio de mim própria. Não me arrependo de nada, mas podia estar na vida bem melhor, se me esforçasse para tal. Admito que sou preguiçosa, comodista. Olho para trás e é apenas o meu passado, tentando agora estar mais atenta, fazer as coisas certas e reconhecer as pessoas que poderão trazer ou acrescentar algo de especial à minha vida, para compensar, pois antes também não soube fazer as escolhas adequadas à minha pessoa.

Sou um caso de estudo, e atraio outros casos de estudo. Vou assim estudando a Vida.

Pilates ontem. Um mergulho no Mar hoje. O Sol. O Amor. As Amizades que valem a pena. A vontade de estar Feliz. Ser Grata por tudo o que tenho… 

A vida é bonita, porque eu a faço assim.

(o mar me inspirou a escrever assim hoje)

Almas bonitas se reconhecem e se atraem. Se a pessoa for genuína acabará por encontrar as pessoas certas ao seu redor, cada uma no tempo certo."



domingo, 21 de setembro de 2025

Dias de Setembro

 

Dia 21/9 Hoje - Dia Mundial da Gratidão

Quero escrever sobre a gratidão que é uma das forças mais poderosas do universo. Quando agradecemos, a nossa vibração eleva-se e nós nos tornamos um íman para coisas boas. Em vez de focar no que nos falta devemos concentrar-nos no que já temos e podemos ver a nossa realidade mudar. A gratidão abre portas para novas oportunidades e atrai abundância, felicidade e equilíbrio espiritual, além de fortalecer a nossa conexão com o Universo e o nosso propósito de vida.
É preciso ter cuidado com o costume de reclamar por tudo e por nada, conheço muita gente assim. Quando reclamamos, estamos literalmente a clamar ao Universo para enviar mais daquilo que nos incomoda. Quanto mais focamos no problema mais energia estamos a dar-lhe; em vez disso, usemos o nosso poder mental, emocional e espiritual a nosso favor. A palavra AGRADECER vem de “deixar a Graça descer”, ou seja, quanto mais gratidão sentirmos, mais bênçãos chegarão até nós. Sejamos um íman de coisas boas focando no positivo, e veremos algo mudar. Amém! Sou grata todos os dias, e não me queixo. Imensamente grata pelo meu percurso de vida, com afetos e desafetos, amores, desamores e outras dores. Tudo tem servido para ter orgulho na pessoa que me tornei e também em quem vale a pena e sempre esteve em conexão comigo, de longe ou de perto.

Setembro, para mim um mês perfeito, tem algumas datas marcantes. Além do onze de setembro que ficou triste e tragicamente lembrado em todo o mundo, outras duas vou citar a seguir.

20/9/1975 - Recorda a minha mãe que nesta data chegámos à metrópole com o nome de retornados, ela com 4 filhos menores, eu a mais velha ainda com 16 a caminho dos 17 anos de idade...Fez agora 50 anos... O pai ainda ficou algum tempo no ultramar pensando que as coisas poderiam eventualmente melhorar, até que teve que fugir um dia no último avião que disponibilizaram para quem não quisesse lá morrer no meio de uma guerra estúpida. Viemos com algum dinheiro escondido que depois nada valia aqui, e na obscuridade acerca de um futuro incerto, depois de 13 anos na linda cidade de Benguela, Angola. Mas felizmente tudo se vai ajeitando na vida, aos trancos e barrancos. Muitos se deram bem porque souberam desvencilhar-se, outros (como os meus pais) pouco conhecimento tinham para saber ir atrás dos apoios concedidos. A vida continuou, com a ajuda de Deus e de pessoas boas.

26/9/2015 – Fazendo dez anos que alguém com quem partilhei 9 anos de vida em comum, e que podia ser tão valioso para o mundo, decidiu partir para outra dimensão, a da paz, que não encontrava aqui na vida terrena.

Não sei se esqueci alguma outra data importante neste mês, penso que não. Ah sim, minha amiga irmã Cris fará aniversário dia 26/9, também. Amo ela e é um sentimento recíproco. Carpe Diem!