sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Doce Março chegando

Estamos quase a entrar em março, um mês em que não faltarão motivos para comemorar. Haverá alguns dias especiais: - o Dia da Mulher; - o Dia do Pai (para quem não é pai, fica em falta o dia do homem, mas parece que existe, no dia 19 de novembro, porém, nunca se ouviu falar aqui); - o dia em que vai começar a Primavera (finalmente) e, este ano, - o dia de Páscoa.
E outras datas importantes haverá, para cada um de nós…

Mulher: uma coisa bela da natureza (assim como alguns homens também, claro)...
O facto de ter sido feita da costela do homem é algo nobre, amoroso, porque a função das costelas no corpo é “abraçar”, envolver o nosso coração e os pulmões, o nosso viver e respirar. Daí se falar tanto sobre a falta que faz o romantismo nos relacionamentos homem-mulher, e assim Deus foi o primeiro romântico da história ao pensar em Eva nascida da costela de Adão.
Que bonito, achei esta teoria interessante, mas ainda há outra, curiosa: geneticamente falando, parece que o homem é que foi criado a partir da mulher, já que todos os fetos são fêmeas antes das 6 semanas de gestação, e por isso é que os homens têm mamilos (ai se os macho men imaginam isso, que já foram menininhas um dia, até lhes dá uma coisinha má!)

Dia do Pai: o meu já não está entre nós, foi cedo demais, mas fica a lembrança saudosa e eterna. Estaria a completar agora 83 anos (27/2).

Primavera (e depois, verão!!!): a estação mais linda do ano, a da alegria, por ser a época em que as flores desabrocham e quando tudo parece ganhar mais vida e cor, acabando-se os dias cinzentos e frios do inverno.

Páscoa: palavra de origem hebraica “pessach” define-se como "passagem" (passagem do povo judeu pelo mar vermelho rumo à liberdade na terra prometida).
Além das amêndoas, outro símbolo da Páscoa é o coelho. O animal tornou-se símbolo porque, em tempos antigos, no hemisfério norte, a celebração era exatamente no fim do inverno e início da primavera, época da fertilidade, quando os animais apareciam nos campos com as suas crias. 
E ainda há o ovo, que representa o começo da vida. Vários povos costumavam presentear os amigos com ovos, desejando-lhes boa passagem para uma vida feliz…

E voltamos sempre àquelas velhas perguntas, mistérios da humanidade: surgiu primeiro o ovo ou a galinha? A mulher saiu do homem, ou este é que saiu da mulher? (das entranhas dela ele sai sim, sem dúvida)... 
E o que interessa pensar nisso agora? Vamos ser felizes e pronto!
Tenham um doce mês de março, bem comemorado, por todos os motivos e mais algum (e bebemorado, quem puder e apreciar um bom vinho)!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Só filmes!...

Esta semana revi um filme de Woody Allen de 1977, com ele próprio e Diane Keaton (maravilhosa!) nos papeis principais: Annie Hall. Alguns filmes dele são chatos com tanto bla-bla-bla, mas ao mesmo tempo faz-nos refletir, pois nunca perde a oportunidade de filosofar sobre as contradições e conflitos humanos e a superficialidade dos sentimentos. Este filme antigo ainda parece dizer-nos muito sobre a nossa época e sobre os relacionamentos. E adorei  aquela piada no final do filme, quando passam em flashback os bons momentos vividos pelo casal antes da sua separação.
Depois de perceber que não há qualquer possibilidade de reconciliação, conta a história do fulano que vai ao psiquiatra e diz "Acho que o meu irmão enlouqueceu, ele pensa que é uma galinha, doutor". "Então, por que não manda interná-lo?" perguntou o médico. E ele responde "Pois é, mas eu preciso dos ovos." LOL
Eu quase podia adaptar esta versão à minha "doutor, acho que a minha irmã enlouqueceu, pensa que é mais normal do que eu" LOL
É verdade, já nem sei se fique chocada ou se ache tudo normal, incluindo-me a mim... É cada cena marada neste mundo, melhor levar as coisas a rir, pois é mais ou menos assim que vejo os relacionamentos, a qualquer nível (amorosos, familiares, amigáveis...), são totalmente irracionais, loucos, absurdos, mas a gente continua a insistir porque precisamos dos ovos.
Este tema vem na sequência do que já escrevi aqui "mundo louco, ou doente" e "relações ou ralações"...É duro querer acreditar no amor e ter que pensar assim, mas tenho que me preservar. Melhor ficar no meu canto e procurar apenas quem me procura ou quem me merece, é justo.
Às vezes cansamos de "dar pérolas a porcos" e a vida continua. É preciso ser forte e saber o que se quer, muito importante. O resto virá por acréscimo, de acordo com o que vai na nossa mente, e de consciência tranquila!
Há outro ditado que se aplica bem aqui: "nem tudo o que reluz é ouro". Encontramos pessoas tão "encantadoras" e, aos poucos, vamos percebendo todos os defeitos e paranoias, e não é fácil conviver com isso, não vale a pena...
Para quê andarmos presos aos ovos... temos é que abrir mão deles e encontrar a nossa "Verdade". Poderemos encontrar uma riqueza de informações sobre nós próprios nos obstáculos diários que aparecem no dia-a-dia. Se encararmos a nossa verdade nesses momentos, encontraremos a chave para uma vida mais gratificante... e então aí é que vemos quem realmente somos!...
Nós - e a nossa vida - valemos muito mais do que aqueles ovos imaginários. Busquemos a verdade dentro de nós, libertemo-nos das ilusões, do limitado, e dos padrões destrutivos.


Love is a danger
Of a different kind
To take you away
And leave you far behind
And love love love
Is a dangerous drug
You have to receive it
And you still can't
Get enough of the stuff

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Uma vida de fada(s) e fado


Conheceram-se por acaso através de uma amiga comum, num dia de verão, em tempo de férias. Eram 3 amigas cinquentérrimas, livres e desimpedidas, mas ele optou por aquela. Era um sexagenário (ou talvez, da nova geração: sexalescente) bem-parecido, simpático, divertido e muito ativo, um empresário de sucesso. Pelos vistos, a mulher tinha resolvido pedir o divórcio e ele não se conformava, estava a atravessar uma fase difícil; porém, tinha o apoio dos filhos e do futuro genro que o acompanhava nessas férias…
Ambos do norte, conheceram-se já nos últimos dias de férias dela. Encantaram-se um com o outro, ela partiu e continuaram a trocar sms carinhosos antes de dormir. Ela gostava daquele tipo de sedução e ficou à espera dele, ainda levou uns 12 dias para ele regressar. Depois, quase todos os dias ia buscá-la a casa  para jantar fora ou ir passear ao fim de semana. Ainda tinha que fazer uns bons quilómetros para vir vê-la, e aparecia num Mercedão preto; ela até ficava sem jeito, pedia para ele esperar na rua de trás, para não dar nas vistas perante a vizinhança curiosa.
Era um homem que gostava de fazer surpresas e nunca parava, mas nos intervalos dos negócios fazia questão de estar sempre com ela. A companhia dela agradava-lhe e talvez fizesse esquecer o drama de “homem bem-sucedido abandonado” (perante o círculo de amigos e não só) e parecia divertir-se com ela. 
Por causa da vida tão agitada, dormia poucas horas, acordava super cedo quando calhava de dormir em casa dela, uma vez ou outra, pois ainda tinha que fazer uma viagem e a presença do senhor engenheiro era sempre necessária nas fábricas (pensava ele, e mal tirava férias ou dias de descanso), apesar de já serem geridas pelos 2 filhos e 1 filha. Uma noite até adormeceu de repente em cima dela… depois muito se riram sobre esse episódio… e ela nem se importava, afinal o sexo não era tudo, a companhia dele era sempre muito agradável.
Tratava-a como uma princesa, e qual é a mulher que não aprecia isso? Entrava numa loja de marca e dizia “escolhe o que gostas, que eu compro para ti”; enchia-a de presentes e de rosas; era só passar alguém a vender aquelas rosinhas a 1 Euro a unidade e ele comprava o ramo todo para ela, no barzinho, no restaurante… ela irradiava de felicidade, e... como é que a mulher dele o abandonou…? Devia ter enjoado de tanta gentileza, e esta nunca tinha conhecido um homem assim na vida dela! Umas com tudo, outras com nada…
Um sábado, marcaram encontrar-se num lugar ‘neutro’, foi buscá-la para passearem no Porsche preto. Pelo caminho ele lembrou-se que se tinha esquecido do corta-unhas e precisava de acertar uma unha (da mão) que incomodava… parou no estacionamento do grande shopping, ela ficou dentro do carro mal estacionado, pois ele voltaria num instante, só ia lá acima a uma parafarmácia ou algo parecido. Porém, chegou logo o casal proprietário da viatura “presa”, e ela não sabia manobrar o Porsche! Sem graça, pediu desculpa ao senhor, mas se tivesse pressa, ele que tentasse tirá-lo do lugar… ele também não sabia lá muito bem, mas ia tentar... até que entretanto apareceu o “amado” todo eufórico com uma rosa vermelha na boca para dar à sua amada (e nada de corta-unhas). Foi um momento muito engraçado, amoroso.

Quando almoçavam ou jantavam fora, dividiam o peixinho fresco e os legumes sempre grelhados, ou a sobremesa. Nada de batatas ou arroz ou massas. Ele tinha muito cuidado com a alimentação, para não engordar, era alto e elegante, e queria que ela seguisse o exemplo: nada de gordurinhas! Até nisso ela aprendeu muito com ele, conseguindo atingir o peso ideal.
Uma vez ele ia em viagem de negócios a Barcelona e levou-a, durante quatro dias, para ela conhecer a cidade enquanto ele andasse ocupado.
Ela chegou a conhecer alguns familiares (menos os filhos…) e amigos dele. Foi bem recebida e bem tratada, pois gostaram de o ver feliz.
Ele já devia prever que não ia ser fácil…com as lágrimas nos olhos uma vez confessou “se um dia tivermos que nos separar, quero que saibas que serei sempre teu amigo”… e ela imaginou logo que o conto de fadas teria o seu fim, pois (para todos os efeitos) estava a sair com um homem ainda casado… e assim foi: em breve, o príncipe anunciaria à princesa que a mulher voltava para casa (ou, se calhar, nunca tinha saído), foi só uma ameaça… Ela deve ter sabido que “o marido” andava feliz por aí a apaixonar-se, com uma mulher mais nova e interessante/bonita, deve ter pensado melhor… e ele aceitou-a de volta, pelos motivos que só ele(s) sabe(m)… Nem deu para acreditar… Foram poucos meses de convívio feliz e agradável… com certeza, os filhos fizeram força para que os pais voltassem a ficar juntos, havia muitos bens ou património em jogo, um status a defender perante os amigos, eram uma família unida e bastante conhecida na terra, e havia uma netinha que o avô adorava…
A princesa andou algum tempo chorosa, inconsolável, sem entender nada, mas tinha que aceitar o desfecho. Ele continuava a ligar e a querer saber dela, queria presenteá-la, recompensá-la… como amigo…mas isso não era mais possível. Todos gostaríamos de ter o melhor dos 2 mundos, mas raramente isso é possível; tinha sido uma história intensa e bonita e foi bom enquanto durou... Assim é a felicidade: são momentos.

Existe apenas uma idade para sermos felizes (...) 
uma só idade para nos encantarmos com a vida, para vivermos apaixonadamente e aproveitarmos tudo com toda a intensidade, sem medo nem culpa de sentir prazer.
Fase dourada em que podemos criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança, vestirmo-nos de todas as cores, experimentar todos os sabores e entregarmo-nos a todos os amores sem preconceitos nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem com toda a disposição de tentar algo de novo e de novo quantas vezes for preciso. Essa idade tão fugaz na nossa vida chama-se PRESENTE e tem a duração do INSTANTE que passa...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

O dia do AMOR


14 de fevereiro: chamam-lhe o dia de São Valentim ou Dia dos Namorados. Eu prefiro chamar-lhe o dia do Amor! Já que há dias para tudo, então o AMOR merece um lugar de destaque na nossa vida. E que ninguém invente o dia do ódio, por favor
E quando falo de amor é de todo o tipo, esse sentimento que deveríamos nutrir por nós mesmos, o que existe na AMIZADE, o que há ou devia haver entre familiares e, em geral, por todos os seres do mundo, especialmente aqueles que atravessam o nosso caminho e nos proporcionam bem-estar e algum conforto a todos os níveis.
Há quem nos chame “amor” diariamente, mesmo sem nos conhecer pessoalmente, ou mal nos conhece; há quem conviva connosco todos os dias e nunca nos chama… mas pelas atitudes podemos sentir que nos ama… 
Sou uma militante do amor (universal), esse é um sentimento bom e que devia existir sempre e em qualquer lugar, pois é a base da nossa felicidade http://www.vagalume.com.br/leandro-sapucahy/militante-do-amor.html

Feliz de quem sente amor na sua família, quem tem amizades boas e verdadeiras, ou tem uma pessoa amada ao seu lado e que retribui. O amor é um sentimento que nunca pode acabar; podem é acabar as razões para continuar a lutar por ele e, quando isso acontece, não se para de amar, simplesmente não se corre mais atrás. Passamos a viver conformados, com a ausência e a tristeza, pois amor que é AMOR não acaba. E eu que não sei viver conformada… todas as pessoas que amo cabem no meu coração, mesmo que tenha havido divergências, e depois ficou a distância e um silêncio prolongado…

O MEC define-o bem nos seus livros:

"O amor é uma coisa muito estranha, que todos os dias nos acorda, depois de sonhos inequívocos, a lembrar-nos que estamos condenados à pessoa que amamos. E ficamos, por estarmos apaixonados, convencidos. Que o nosso inteiro coração, por estar ocupado por ela, está entregue a expandir-se ilimitadamente por causa disso, por uma só pessoa."

"O amor é fodido. Hei-de acreditar sempre nisto. Onde quer que haja amor, ele acabará, mais tarde ou mais cedo, por ser fodido."
"Porque é que fodemos o amor? Porque não resistimos. É do mal que nos faz. Parece estar mesmo a pedir. De resto, ninguém suporta viver um amor que não esteja pelo menos parcialmente fodido. Tem de haver escombros. Tem de haver esperança. Tem de haver progresso para pior e desejo de regressar a um tempo mais feliz. Um amor só um bocado fodido pode ser a coisa mais bonita deste mundo."













segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Que sentido...


Tenho andado arredada destas lides bloguistas e já tinha saudade... pois continuo nas minhas andanças, não há tempo para tudo e às vezes afasto-me do computador. Devo estar a atravessar também uma crise meio existencial...

Um bocado farta de um mundo doido, pois tenho o privilégio de considerar-me uma pessoa com loucura equilibrada (se isso é possível) e, com a idade a passar, parece que ficamos alérgicos a certas aberrações da natureza... Não sei se fique, se vou, se amo, se esqueço... tá complicado! até para querer trabalhar, hoje em dia temos que pensar se vale a pena! só por causa do dinheiro? acho que não... só apetece ficar no meu canto, livre e tranquila, e que ninguém me chateie. Fugindo do que não interessa ou daquilo que não contribui para a minha felicidade.

Ter emprego apenas para pagar as contas já não faz sentido. Quem o faz, porque tem mesmo que ser, muitas contas para pagar...acaba por ter uma vida frustrada, daí tanta gente destrambelhada. Estou numa fase em que preciso é de pensar, criar e inovar. Só precisava de quem alinhasse comigo num projeto qualquer, algo que me/nos realize e faça feliz de alguma forma.
Farta de ficar parada, em ambientes que não estimulam a criatividade e as capacidades (que às vezes nem sabemos que as temos)... o que há mais são anúncios a pedir "comerciais": vender, vender e vender... a quem? só ratinhos atrás de fatias de queijo cada vez maiores, passando uns por cima dos outros...sem escrúpulos, sem dó nem piedade... não serve para mim, não sei vender nada. Se até fujo de quem me quer vender alguma coisa!... já foi o tempo em que gastei tanto mal gasto... o tempo das vacas gordas.

Que bom quem tem um trabalho que faz sentido para o mundo. Viver para ganhar dinheiro e estabilidade deixou de ser um sonho para muita gente; muitos de nós procuramos a REALIZAÇÃO a nível pessoal, e poderá depender (ou não) do aspeto profissional.
Li um artigo que dizia "temos urgentemente que abandonar o velho modelo de viver dois dias e morrer os outros cinco!"  Uma vida de trabalho extenuante, sempre à espera do fim de semana, que voa, e não dá tempo para fazer tudo o que se gosta, ou que nos faça felizes. E são anos e anos assim.

Uns têm dinheiro, outros motivação, era só preciso juntar pessoas amigas, honestas e que se respeitam, reunir as habilidades e fazer algo inovador ou alternativo num mundo viciado em stress à procura de ter mais e mais... vamos SER colaboradores, empreendedores, fazedores de um mundo melhor... neste momento até para uma aldeia deserta eu iria viver em comunidade, quem quer vir comigo?
http://www.idealista.pt/news/imobiliario/habitacao/2015/11/19/29270-andam-a-procura-de-pessoas-e-familias-que-para-viver-numa-eco-aldeia-no-norte-de