terça-feira, 26 de abril de 2016

O dia das mães

Está quase a chegar o dia da Mãe, uma força da mãe-natureza!
Sabem aquela anedota do Joãozinho "Ele chegou a casa, a porta estava aberta, tirou a mochila e o casaco, entrou no quarto da mãe, onde estavam ela e o padrasto no bem-bom. Para disfarçar, mandou o filho ir buscar 2 cervejas e, quando chegou ao frigorífico, ele gritou: Mãe, só há uma!"
Pois é, só ela e mais nenhuma! 

E por que tem que haver um dia para celebrá-la? Saímos das entranhas dela, impossível renegar a sua existência. Por muitos defeitos que eventualmente possa ter, é a nossa progenitora. No entanto, é uma dor de alma saber de tantos casos de casais divorciados em que, por algum motivo, a criança foi retirada da mãe. E vai crescer a ouvir falar mal dela, chega a repudiá-la; não consigo augurar um bom futuro para esse ser mal formado...mais tarde, será uma pessoa mal resolvida a nível emocional, e terá que andar em psicólogos, coitado/a... será que vai saber amar alguém? (o mesmo poderá acontecer em relação a rejeitar um pai)...
Neste mundo tão imperfeito, até para nascer é preciso ter sorte!

Por outro lado, há aqueles filhos que nunca cortam o cordão umbilical e o homem vive colado (às vezes, inconscientemente) à mãe uma vida inteira, a única mulher da vida deles, dificilmente encontrando uma companheira à altura daquela que os gerou. Há também a filha mulher que liga todos os dias à mãe... eu nunca habituei a minha a isso; se um dia não se liga por qualquer motivo, ai Jesus, é logo motivo para preocupação...

O dia da mãe em Portugal celebra-se no primeiro domingo de maio, mas para mim faria mais sentido que continuasse a ser no dia 8 de dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição. Este ano vai calhar junto com o primeiro de maio, o dia do trabalhador, e tem tudo a ver: 
Mãe = mulher forte, batalhadora, sempre em busca do melhor para os seus filhos. Estes sendo uma extensão dos pais, serão (em princípio, ou há o desejo que sejam) aquilo que os seus progenitores não puderam ou não souberam ser. 

No Brasil, a mãe é celebrada no segundo domingo de maio. Porém, agora tudo está sempre ligado ao consumismo exagerado; assim como se celebram as datas históricas com festas populares e barracas de "comes e bebes", para comemorar este tipo de datas somos bombardeados com todo o tipo de publicidade para adquirir uma simples lembrança ou o melhor que houver... mas não existe prenda que recompense aquele ser que nos deu a vida, esse dom sublime com que a maioria das mulheres nasce. Saibamos respeitá-la e amá-la de um jeito que a faça feliz, dando atenção e mimando-a ao longo do ano. E se isso não for suficiente, paciência, fazemos o melhor que podemos e sabemos...
Feliz Dia da Mãe para quem tem a sorte de ainda a ter, ou para quem é mãe.

terça-feira, 19 de abril de 2016

O melhor...procura-se!


Já nem sei o que dizer ou pensar, por isso é melhor eu escrever. Não faço ideia se escrevo bem, acredito que sim, e será que a minha escrita cativa a curiosidade de alguém? Sei lá, e gostem ou não gostem, aqui estou eu, fazendo o que gosto e o que me faz bem ao ego, quem sabe, partilhando coisas "banais"... É ótimo (e importante) fazer o que se gosta, sem qualquer dúvida!
Apesar de deceções, desemprego, ambiente familiar, maus encontros e desencontros, é muito bom continuar a ser nós próprios e gostar do que a vida tem para nos oferecer. Até que ela (a Vida) nos leve ao instante derradeiro. Ui, a falta de sol hoje (e ontem) está a fazer-me mal aos neurónios! Já uma vez mencionei no Facebokas que sofro de heliofilia, descobri isso recentemente...

Diz ele para ela: "uma pessoa que gosta verdadeiramente de outra mora com ela em qualquer lugar" (ou seja, de qualquer maneira), mas ela já não acredita no "amor e uma cabana", já foi o tempo; agora ela gosta de certa qualidade de vida, mesmo com pouco dinheiro, não lhe basta qualquer coisa!

Há quem seja submisso(a) ou mude de vida por amor; há quem renuncie ao dinheiro e bens materiais porque teve a experiência de que esses não trazem a felicidade... há quem nada faça por si próprio nem por ninguém... este mundo é uma variedade de gente e de coisas tão diferentes... e por que fica tão difícil encontrar alguém "à nossa medida"? (para quem quiser encontrar, é claro)...

Às vezes é um desânimo tal que dá vontade de ausentar-me definitivamente... ir para um áshrama, por exemplo... para quem não sabe (e eu também não sabia), será um lugar de paz com gente tranquila em busca do seu EU e de um propósito de vida; vejam o texto que descobri e me atraiu, eu que costumo ver mais os defeitos do que as qualidades nos outros (e pesando na balança, os defeitos pesam sempre mais, infelizmente), ou terei a mania de querer o perfeccionismo, em mim e nos outros (...):

IDEAIS E VIBRAÇÃO DO ÁSHRAMA
Num Áshrama, o Desenvolvimento deve ser em todas as facetas positivas e convivendo sempre com o melhor de si. Estes são os Princípios Subtis que deverão estar sempre presentes:  Conhece-te e julga-te a ti próprio, e não aos outros, convive com o melhor de ti, exige de ti, e tolera os outros observando as suas virtudes e não os defeitos, promovendo a Paz interior e exterior, e Mundial; incentiva o combate à cobiça e ao ego deformado e exagerado; à cupidez, promovendo o Voluntariado, o Serviço e a Fraternidade ativa; desenvolve e utiliza a Super Energia (Kundaliní) – a única que permite alcançar o Supremo Samádhi (Nirbíja) - Iluminação Consolidada, sempre com a máxima Pureza; e o culto por uma Luminosidade Silenciosa, única propícia a permitir ouvir a Harmonia da Subtil Música Interior inspiradora, Elevadora e Contagiadora, com o coração repleto de Amor e os olhos cheios da Luz.

Gostei disto e partilho com quem estiver na mesma onda.
"Ao mudar por um outro, perdes-te a ti próprio. A única viagem é ao teu interior. A partir daí, podes viajar para qualquer lado."

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Mais cenas de filmes...


Uma noite destas estava ensonada, no sofá, fazendo zapping e passei por um filme que parecia desinteressante, mas depressa foi despertando o meu interesse. Ao contrário de muitas pessoas que captam a nossa atenção, parecem tão interessantes ou têm tudo para sê-lo, e de repente nos damos conta de que são tão desinteressantes e será melhor afastar-nos…
Adiante…
”Era um casal nos seus 50s que se tinha conhecido (entre amigos) num barzinho popular da cidade, ele deu-lhe o nº de telemóvel mas ela nunca mais ligava; um dia ele enviou sms “olá”, combinaram um encontro no café e a partir daí nasceu uma atração qualquer…Sem emprego, ela teria que voltar para a sua terra, longe dali, mas ele deu a ideia de ficar em casa dele enquanto decidia se ia ou se ficava, ou se aparecia outro trabalho…
Ele pareceu-lhe pessoa do bem, pacato (até demais)… e ela foi ficando, meio confusa com a situação, pois ele sempre teve um ar meio estranho; no início ainda houve aquela ‘paixonite aguda’ da parte dela, pois ele demonstrava ser uma pessoa amiga e gentil, com certos valores, um homem correto…mas o tempo foi mostrando que a intensidade não era recíproca, ou como ela gostaria, e o interesse foi-se perdendo; começava a vê-lo como um grande amigo, como nunca tivera tido antes – um homem amigo! – pois ia crescendo um carinho recíproco e uma bela amizade…
Mas os meses iam passando e ela queria afastar-se; andavam sempre juntos pela cidade e até poderiam passar bem por um casal amoroso…mas como na vida nem tudo o que reluz é ouro, a realidade era bem diferente: era o primeiro homem que ela conhecia sem libido, algo super estranho para ela; muitas vezes adormecia ou acordava e ficava pensativa “quantos homens gostariam de estar ali a dormir ou a dar umas cambalhotas com ela”…
Um dia decidiu que tinha chegado a hora de sair dali, ficar independente, pois entretanto surgia uma hipótese de trabalho, e quando comunicou ao amigo o seu intento quase “caíram o carmo e a trindade”… ficou ferido, magoado, pensando que ela não o considerava… por que motivo iria viver com gente desconhecida, ficar sozinha e ainda gastar o dinheiro que poderia fazer falta? Tinha razão, mas ela não entendia o que estava ali a fazer, ia ficar a conviver com um amigo quanto tempo mais?

Ele estava de vida organizada, na pré-reforma devia continuar a ter um bom salário, e mencionava sempre o facto de ter muitas casas e propriedades, e ela queria lá saber o quê mais… no entanto, a vidinha era tão limitada e repetitiva, em todos os aspetos, todos os dias, tipo robô, e sem conviver com mais ninguém; ela começava a ter saudade de casa e das amizades que estavam longe. 
Ele 2 anos mais novo do que ela, podendo estar agora na “flor da vida” – com dinheiro e tempo, coisas tão raras para tanta gente - às vezes ficava boquiaberta a olhar para ele e pensava, seria ainda o menino da mamã que nunca cresceu… ou seria um velhinho precoce de 80 anos, daqueles que vivem no meio da aldeia deserta e não conhecem nada, e qualquer coisinha fora do “normal” consideram algo “do outro mundo”… Teria alguma vez amado ou sido amado?
E o que as pessoas fazem ao dinheiro que acumulam? Vão mandar fazer um caixão com gavetas? Porquê levar uma vida tão triste e monótona? Muita confusão naquela cabeça dela, e sabia que não ia aguentar… era uma mulher bonita, vistosa, cheia de vida e amor para dar, aquilo não era vida para ela, com certeza… entretanto decidiu tentar ficar ali mais um ano, o tempo passaria depressa, afinal não deixava de ser um bom amigo (normal ou não) que a ajudara e fazia boa companhia…Provavelmente eram dois seres solitários e egocêntricos que o destino cruzara e tinham que viver aquela história; aprenderiam algo com isso. Mas ela partiria um dia, quer ele gostasse ou não. Parecia que ele não encaixava bem essa ideia, mas não havia entre eles qualquer compromisso, nem futuro, e então?..."

São estes os mistérios insondáveis da mente humana…

Mesmo este tema sendo interessante e podendo bem ser uma história (sur)real – qualquer semelhança com a vida real será pura coincidência, ou não - acabei por adormecer. Quem sabe, um dia o filme passa de novo, como tantos que se repetem, e saberei qual o seu final…

And now I know, I'm better sleeping on my own
'Cause if you like the way you look that much
Oh baby you should go and love yourself
And if you think that I'm still holdin' on to somethin'
You should go and love yourself...

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Olá!

Quem estiver a seguir-me, ou eventualmente gostar de me encontrar aqui e ler-me, ficará com curiosidade, por que de repente levo tanto tempo a blogar… é verdade, é preciso algumas vezes fazer coisas diferentes, há muita vida lá fora: viajar até à terra natal para tratar de assuntos; uma nova bicicleta para usar todos os dias; tudo para tratar em casa, desde cozinhar e lavar, até à arrumação e limpeza (uma mulher nunca para!); livros para ler…
A propósito, curti imenso a leitura do livro “Memórias da Ilha Cinzenta” – o Pico, nos Açores, onde um dia já fui feliz, e fez-me recordar bons momentos e lugares - retalhos da vida de um professor que tem estado a lecionar nos Açores e decidiu ficar a viver lá.

Março chegou ao fim e foi um tempo de dilemas para mim, em que tive que tomar uma decisão “ir ou ficar”, aquele tipo de coisa tão complicada que até nos leva a consultar as cartas do Tarô (para quem acredita), e duas vezes me “disseram” que era preferível ficar. Podia ter decidido de forma mais prática e simples, seguindo o conselho de Agostinho da Silva que dizia que “na vida, tomar uma decisão muito racionalmente ou com base na moeda ao ar, é a mesma coisa”.

E assim continua a vida, um dia de cada vez. Com muita paciência, dá jeito.

Costuma-se dizer que levamos uma vida, assim ou assado. A verdade é que parece que a minha é que está me levando… e às vezes não sei onde ela quer me levar e tenho que por travões… a vida leva-nos onde temos que ir, não dá para fugir. Estou num lugar onde sempre achei que gostaria de viver, se ficarei muito tempo ou não, isso a vida dirá… até lá vou levando… a vida…

Até já!