segunda-feira, 25 de julho de 2016

Borboleteando...

A minha vida de borboleta, pousando aqui e ali, tem me permitido conviver com todo o género de pessoas, desde mais novas até bem mais velhas do que eu, e tem servido para ir aprendendo muito nesta “faculdade da vida” onde o ser humano precisa saber conviver e… todos diferentes, todos iguais…
Ficando fora da minha residência, em férias ou em viagem, pessoas amigas convidam para ficar em casa delas e eu aceito com muito gosto, porque durmo bem em qualquer lugar e sempre é melhor ter companhia do que estar só longe da terra natal; às vezes, amigas partilhando uma estadia em local de veraneio, por exemplo, e digo-vos: não é nada fácil.
A convivência mesmo com as pessoas que amamos torna-se difícil ao fim de alguns dias, ou semanas, até com a própria mãe, falo por experiência própria. Diz-se que “peixe e visitas cheiram mal ao fim de 3 dias!” (Benjamin Franklin)...Começamos a ficar ansiosos por voltar para o nosso espaço, o nosso cantinho onde temos e fazemos as coisas à nossa maneira.
E então, quando já nos habituámos a viver sozinhos(as) durante vários anos, ainda mais difícil se torna. Adquirimos as nossas manias, paranoias (posso confessar que a minha é andar sempre de esfregona a limpar o chão onde piso, principalmente o da cozinha), e certos hábitos, saudáveis ou não, quem sabe...
Posso mencionar alguns exemplos: há quem prefira dormir no escuro total e portas fechadas, e manter-se na casa fechada durante todo o dia; eu adoro uma casa arejada e cheia de luz, dormir no terraço ou no quintal, se for preciso e se a noite estiver convidativa…
Tenho a minha maneira de alimentar-me e de lidar com os alimentos, de forma saudável (acho eu); desatino se encontrar uma cebola que ficou cortada - por que não se gastou logo toda de uma vez na sopa ou no refogado? se vir uma lata de conservas aberta dentro do frigorífico… uma torneira avariada e que ninguém conserta(?)...a tampa da sanita sempre aberta...e outras coisas do género fazem-me muita confusão. E se reclamar do facto, “o outro” poderá achar uma treta, aceitará ou não as minhas teorias, e alguém pode sair melindrado com estes "pormenores", importantes para uns e para outros não.
Eventualmente sentir-nos-emos na obrigação de limpar a sujeira (para não dizer outra palavra mais feia) e teias de aranha que encontramos, pois na nossa casa não existe aquilo… há quem faça ruídos que perturbam o sono à noite, ou outros durante o dia… e não vou mencionar mais detalhes aqui que poderão ferir suscetibilidades, pois não estou a queixar-me de nada, pelo contrário, sou uma sortuda por ter acumulado belas amizades. No entanto, espero sempre que haja um mínimo de bom senso (seja em que idade for), e parece que isso ficou démodé…Aparentemente há é uma alienação tal que já ninguém repara em pormenores da boa convivência que costumam ou deviam ser importantes.

De acordo com Aristóteles, a amizade apenas é possível entre iguais e entre aqueles com a sabedoria e a vontade necessárias para satisfazerem as suas exigências (...)

Conclusão: ficar sozinho é que é bom? o melhor será aprender a arte de conviver e de ser paciente, com sabedoria para priorizar o que é mais importante na vida, aquele 'pequeno detalhe' ou a boa amizade?...

Lar Doce Lar! (finalmente)

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