terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Mensagem inspiradora

Para mim, ou para qualquer pessoa que a leia, e que esteja a fim de sair da sua “zona de conforto”… a mim inspirou-me bastante, por isso aqui partilho…

RISCO
“Maiores riscos podem atrair as maiores recompensas. Cada risco que corremos tanto pode ser a nossa glória, como poderá ser o nosso fracasso. Depende de como encaramos esses riscos. Se avançarmos de fora para dentro, numa perspetiva materialista do risco – do que ele nos vai trazer; se encararmos o risco com controlo, a rever antecipadamente todos os benefícios que daí advirão...
Se avançarmos com a mente embrenhada no resultado, naturalmente que nada vai acontecer, visto que colocámos a nossa energia não na ação em si, mas no seu resultado. O foco está no futuro, portanto. E esse futuro não nos pertence e não gosta que o pressionem, que o prevejam, que o controlem.
E como a nossa própria perspetiva em relação aos resultados é alta, quando a realidade piorar os resultados, eventualmente iremos desiludir-nos.
Olhando por outro prisma. Quando arriscamos porque temos uma grande inspiração; quando realmente vem de dentro; quando estamos no presente e a vida nos pede para que arrisquemos...
Quando estamos tão centrados que não conseguimos conceber fugir do risco...
Quando compreendemos que a sociedade em que vivemos e os homens que a compõem não devem viver nem mais um minuto sem essa nossa realização...
Quando, e apesar do risco não ser tão grande assim, temos vontade de arriscar, por algo que é superior a nós, para que cheguemos melhor às pessoas...
Se o nosso arriscar abrir caminhos, iluminar almas, confortar corações, der sentido à vida, emocionar as pessoas, e principalmente, nos trouxer felicidade...
Avancemos. Está na hora. Tudo vai conjugar-se e harmonizar-se.
Arrisquemos. Sempre foram os bons e grandes riscos que construíram as grandes pontes para o futuro.”
Assim seja! E… importante: sem demasiadas expetativas! Estas não permitirão que vivamos em liberdade, que aceitemos o curso das coisas, e ficamos escravos daquilo que esperamos, pois a realidade é esta: o que tiver que acontecer irá acontecer, estejamos ou não de acordo. Quando tentamos controlar o incontrolável, corremos o risco de sofrer, andar sempre frustrados, com depressão ou ansiedade.
Se tudo fosse sempre cor-de-rosa e como queríamos, esta vida seria sem graça. Não existe alegria sem tristeza, satisfação sem deceção, sucesso sem fracasso. Vamos então soltar-nos e aceitar o que o Universo tem preparado para nós. Às vezes vamos gostar do resultado, outras não, mas afinal é nisso que a vida consiste.
 Quanto mais tranquilidade tivermos, melhor escutaremos o Universo. Carpe diem!

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Proibido proibir

Mesmo adorando a vida… há momentos em que parece já vimos tudo, sentimos tudo o que havia para sentir, ou já nada nos surpreende… nos desiludimos amiúde, e parece não haver mais nada que nos empolgue… especialmente quando se instala a maldita rotina (sei que há pessoas que gostam dela, mas eu não). Quando as coisas precisam ser melhoradas e não se vê ninguém fazer nada. Quando se deixa de dar grande importância ‘ao outro’ porque ficou cansativo “dar pérolas a porcos” ou “dar murro em ponta de faca” (gosto de certas expressões, e de ditados!)
Este frio nunca mais acaba, são para mim dois ou três meses intermináveis, e enquanto hiberno (nos intervalos) penso demasiado e fico neste estado. Sinto que estou a precisar de renovação e ao mesmo tempo quero contribuir para um mundo melhor, quem se junta a mim? Parece-me tudo tão apático ao meu redor, uns andam vendo “a banda passar”, outros comem ou bebem para esquecer, se detonam do jeito que sabem… e eu “em pulgas”… Que quero eu? O que me preenche?
Fora os horários em que ando fazendo cursinhos e mantendo os neurónios ativos (eles gostam e agradecem), vou lendo uns textos super interessantes aqui e ali, e costumo pegar neles para partilhar neste espaço. Este que cito a seguir, por exemplo, sobre a infância ou a juventude. Pouco me lembro dela, mas foi mais ou menos assim para a maioria de nós. Sinto-me uma dinossaura. Quem o escreveu, entre tantos outros textos que diariamente publica, sentirá orgulho que eu partilhe, julgo eu, sem ser necessário mencionar o seu nome. 
A itálico e entre parênteses são notas minhas.

“Quase todos os meus amigos nasceram antes de 1980.
E se pensássemos em tudo o que agora está proibido e é proibido, quase nenhum de nós chegava a este ano de 2018, os nossos quartos tinham componentes na tinta que agora matam, as camas eram pintadas numas cores garridas com tintas cheias de chumbo, nem por isso deixávamos de dar dentadas na cama.
Tudo que era frasco ou bidão de borracha tinha abertura fácil, os armários das cozinhas e despensas estavam todos sem chaves.
Viajar de carro era sem cinto, sem airbags, sem limites de velocidade, sentávamos à frente ou atrás, conforme desse jeito.
Nunca me lembro de ver água engarrafada, bebíamos da torneira mais perto, do rio ou de onde pingasse água, era aí que matávamos a sede.
Partilhávamos tudo e não havia doença que nos assustasse... não partilhávamos as namoradas (talvez os mais hippies, sim).
Nunca pensávamos em dietas porque a brincadeira era na rua, era andar de bicicleta sem joelheiras ou cotoveleiras, tínhamos carros de rolamentos feitos por nós, só nos obrigavam a estar em casa quando o sol se punha, até aí ninguém sabia de nós! Por isso não havia gordos na altura.
Se quiséssemos estar com um amigo, o encontro era na rua ou na garagem da casa dos pais.
Íamos a pé ou de bicicleta para a escola ou para o liceu.
Jogávamos à carica e ao berlinde, às três covinhas, ao prego, à trouxa ou ao canhé. (estes últimos quatro não conheci, mas isso fui eu, que era criada como ‘flor de estufa’; lembro-me bem é de jogar à macaca!)
As miúdas jogavam às madrinhas e saltavam à corda, ou brincavam às casinhas e às enfermeiras, por vezes às cozinhas.
Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.
A malta de hoje, os universitários… já só nos chamam “velhos”, “kotas” e desatualizados... Eles não conseguem imaginar a vida sem computadores. Não acreditam que houve televisão a preto e branco.
Para nós havia 2 Alemanhas, 2 Vietnames, para eles só um de cada um deles. Porém, toda a nossa geração é que produziu muita inovação e várias invenções... fomos treinados para isso!
De facto estamos a ficar velhotes, mas que nunca mais haverá uma infância como a nossa, quase tenho a certeza de que nunca mais! A nossa juventude foi uma sã loucura!”
https://www.youtube.com/watch?v=7Wr-iMoviMA
Verdade. Atualmente, com tanta pseudo liberdade, há tanta proibição, tanto mal falar, tanta crítica e preconceito. E quem não se reprime é o louco. Feliz de quem ainda consegue manter a loucura sã.

EU NÃO QUERO O PRESENTE, QUERO A REALIDADE

Vive, dizes, no presente, 

Vive só no presente.

Mas eu não quero o presente, quero a realidade; 

Quero as cousas que existem, não o tempo que as mede.

O que é o presente? 

É uma cousa relativa ao passado e ao futuro. 

É uma cousa que existe em virtude de outras cousas existirem.

Eu quero só a realidade, as cousas sem presente.

Não quero incluir o tempo no meu esquema. 

Não quero pensar nas cousas como presentes; quero pensar nelas como cousas.

Não quero separá-las de si-próprias, tratando-as por presentes.

Eu nem por reais as devia tratar. 

Eu não as devia tratar por nada.

Eu devia vê-las, apenas vê-las; 

Vê-las até não poder pensar nelas, 

Vê-las sem tempo, nem espaço, 
Ver podendo dispensar tudo menos o que se vê.
É esta a ciência de ver, que não é nenhuma. 

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos" (heterónimo de Fernando Pessoa)

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Monólogos da gringa

Muito frio. Estes são os dois meses que mais custam a passar: janeiro e fevereiro. Só quero hibernar. 
E quando chega março, que alívio! É assim a roda da vida, aproveitemos porque ela gira “dois dias, e um já passou!” …

Tenho certeza absoluta de que surge na cabeça de muita gente, como eu, pelo menos uma meia dúzia de coisas que gostaríamos de ter feito, mas que por algum motivo não fizemos e nos arrependemos disso. E ainda vamos a tempo, por que não?
Surgem aqueles pensamentos “se o tempo voltasse atrás, mudaria alguma coisa? Arrependemo-nos por não ter feito algo?”
Não tomamos certas atitudes por diversos motivos: medo, covardia, burrice, pressa, planos futuros e outras coisas. O pior de todos é esse medo (medo do que pode acontecer, do que vão falar, do que vão pensar)…
Vamos nos dando conta de que passamos a vida toda a lutar por um futuro estável e quando chega esse tal futuro, a vida continua sem estabilidade nenhuma. Não importa o que façamos, a vida parece sempre incompleta. Portanto, melhor não fazer da vida uma luta enfadonha por um bom futuro. Até mesmo porque… será que o futuro existe? A realidade é que temos apenas o presente para viver e não vamos perdê-lo, em busca do tal futuro.

É bom quando a gente entende que a vida humana é um texto que só pode ser escrito uma vez. Não existe outra vida, apenas esta (que nos apercebamos, ou lembremos). Então façamos tudo o que nos der na telha! (sem esquecer o espaço dos outros, evidentemente).

É preferível que nos arrependamos das ações do que das omissões. Vamos fazer! Vamos viver, afirmar a vida como ela é! 
Há muita gente que faz da vida um rascunho, e não devia, porque não haverá tempo de passá-la a limpo.
Vamos sentir-nos cansados, exaustos... mas de tanto pular, gritar, dançar e cantar... 
Façamos a nossa existência tão especial que quando nos perguntarem “Gostarias de viver tudo outra vez, do mesmo jeito?” responderíamos “Sim! Viveria mil vezes, se isso fosse possível!”

'Bora, vamos viver a vida, porque ela é curta. E que no final de cada dia pensemos para nós próprios “Tem valido a pena!”

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Feliz Ano Todo

Lembro-me de 2017 como se fosse há uma semana atrás!... Fora de brincadeira, agora há que atrasar uns 5kg na balança, pois as festas natalícias e afins dão cabo da gente... (acho que até nem exagerei, ando a melhorar… só uns profiteroles no fim de ano, e alguns chocolates, e antes, no natal, em casa da mamy é que foi mais perigoso). Todos sabemos que as mães querem ver os filhos rechonchudos, bem alimentados…
Sempre vi as pessoas fazerem questão de inventar algo diferente ou inovador ao toque das badaladas, como, por exemplo, comer as 12 passas em cima do banco (o de sentar, entenda-se), ter muitas notas (de música, servem?) no bolso, ou estrear umas cuecas (calcinhas, gosto mais) azuis, amarelas ou vermelhas de paixão… Fico até sugestionada e quero fazer tudo isso, tudo ao mesmo tempo se possível, para que o NOVO ANO seja o melhor possível. Porém, com o tempo, tenho reparado na tendência da minha pessoa a ignorar tanta 'treta'. O que constato também é que tantos querem mudar o mundo, mas nem conseguem mudar-se a si próprios, pois esse já seria um bom começo! Se algo está mal, tudo continua igualzinho de ano para ano, até mete impressão.

Pela primeira vez (se bem me lembro) era quase meia-noite e andava por aí, pela rua, sem saber onde parar, mas de repente lá estava eu junto ao mar… banhado por uma luz prateada de lua cheia fantástica!!!! A noite estava maravilhosa. Deu para ver algum fogo-de-artifício e balões a subir no ar, como se fosse São João, ainda é permitido isso? A seguir, um pezinho de dança, para variar…

Que mais posso querer eu para estar bem e sentir-me FELIZ, considerando-me mental e fisicamente saudável, rodeada de música, MAR e LUA/SOL, além de contar com a gente da minha tribo?


Ai esse MAR, adooooro! Dizem que um banho de mar é um descarrego… acredito que sim. Quisera eu ter a coragem de alguns que seguem o ritual de iniciar o primeiro dia do ano com um belo mergulho matinal no mar! Já estive tentada, mas sou mesmo muito friorenta, e ainda pior: ter que acordar cedo!…nunca se sabe, um dia talvez, na companhia de algum maluco ou maluca como eu...Qual passas, qual cuecas, qual quê….!

 Será ela a LUA?
Nas ondas do mar ela costuma entregar os seus problemas e aprende a confiar…
Ela adora ver
o meu corpo de água salgada 
Os seus olhos perdem-se na minha imensidão 
Sou muito além do que possa alcançar a sua visão
Sou calmo, às vezes agitado
Ao amanhecer tenho a companhia de um grande astro dourado 
que às vezes me oferece dias nublados
Ao escurecer tenho comigo a presença dela 
com o seu brilho refletido sobre mim 
deixando a noite ainda mais bela
Sou ártico, sou índico, sou atlântico, sou pacífico
enfeitado por conchas, peixes e corais coloridos
Muitas vezes sirvo de inspiração
para um poema, um verso ou uma canção
Acompanha-me sempre uma grande faixa de areia
e também mitos e lendas sobre tesouros e sereias
Levo as flores que recebo com muito carinho
mas retribuo quando trago para ela muita paz e felicidade
(Eu, Mar)

Sempre, ela só queria ver o mar.