Gringa do SOL porque parece gringa e porque ama o SOL... que aquece o seu coração. Quase o diário de uma gaja só com os seus devaneios e imaginação à solta, como ela...
segunda-feira, 14 de abril de 2025
A dança
Noite de lua cheia, 13 de abril -
De um dia para o outro surgiu um convite para ir a um evento - Ecstatic dance - no meio da natureza e a uns escassos 4km da cidade onde algumas pessoas, cerca de 50, vivem em comunidade, em espaços construídos por elas, ou em tendas, tudo planeado de modo sustentável. Os visitantes também podem pernoitar nas suas caravanas, temporariamente, se quiserem ir conhecer como ali se vive, não para passar férias. Um lindo lugar, único e tranquilo, com todo o conforto necessário, para eles (como uma tribo). Um espaço enorme, muitas árvores, algumas centenárias, outras emanando um aroma delicioso, muitos passarinhos a cantar alegremente, um pequeno lago para os sapos barulhentos (que afastam os insetos), uma piscina natural, chuveiros e WCs bio “com vista”, “smoking area”, um “espaço comum” tipo sala de estar onde se (con)vive “na boa”. Nada de TV ou algo que se pareça com o que o resto dos comuns mortais faz. Um lugar perfeito para fugir do stress diário!
Sempre tive curiosidade em saber como é viver assim em comunidade, e até imaginava um dia também juntar-me a uma deste tipo. Mas não, é lindo de visitar, passar talvez alguns dias, uma semana, mas o conforto faz-me falta, normalmente. Entre o estilo hippie e o citadino vou me ajeitando a um modo de ser e viver que traga a paz necessária para adaptar-me a um mundo caótico.
A dança começou após o por de sol, liderada por uma dupla de rapazes que usando um sistema de som, handpan e vários outros instrumentos, cantavam, batucavam e dançavam também. Durou das 19 às 22:00 aprox. Eram umas 40-50 pessoas, as residentes e as que vieram de fora, parecendo ser na faixa etária dos 20 aos 50, talvez nesta se incluindo uma bela senhora francesa com um corpinho e ar de ter sido sempre dançarina, dada a sua desenvoltura e sensualidade ao dançar com o seu parceiro. Quatro ou cinco seriam os mais velhos, incluindo eu. Nacionalidades diversas, a minoria portuguesa, dançavam todos descalços e com ar feliz ou, pelo menos, sorridente; eu e outro rapaz éramos os únicos com meias.
Fora da tenda gigante alguém fazia uma enorme fogueira e alguns se sentaram em volta dela a seguir, para descontrair, em amena conversa, com alguns sons de flauta ou jovens a trautear algum som. Entre as árvores a lua espreitava, majestosa. Mais além, no pequeno lago um coro de coaxar de sapos quebrava o silêncio da noite, ainda fria, no início de uma primavera que tarda a chegar.
A Ecstatic Dance (dança extática) é uma experiência de dança livre. É para toda a gente e todas as idades, uma oportunidade de as pessoas se conectarem com os seus corpos, corações e almas. Com as suas diversas culturas indígenas, em antigas tradições e rituais, a América Central adotou a dança extática como forma de celebração. Através de danças alegres, que variam desde um toque mais lento ao agitado, entra-se na linguagem universal do movimento e lembra-nos que todos fazemos parte de uma rede interligada mais ampla, capaz de transcender limitações e desfrutar da alegria de viver.
As regras da dança extática: estar presente (sem telemóveis ou máquinas fotográficas); “encarnar o espírito” (sem falar ou comunicar verbalmente); mente limpa (sem substâncias tóxicas, como o álcool ou estupefacientes); ser consensual (fazer contacto visual e confirmar um “SIM”, respeitar o espaço dos outros, braços cruzados ou desviar o olhar significa “NÃO”); ligação à terra (deixar o calçado fora do espaço de dança); ser livre, dançar livremente, sem qualquer julgamento, apenas deixar fluir...
Enquanto dançava, eu lembrava-me: 13 de abril, precisamente há 28 anos, era o dia seguinte a um dia especial - 12/4/1997 - quando me casava (numa segunda tentativa) com alguém que, agora falecido infelizmente, teria se encaixado tão bem neste tipo de evento. Um detalhe: o dia de casamento teve que ser dia 12 porque era um sábado. O nº 13 era sempre o seu preferido. Ele era também um ser especial, agindo fora da normalidade, que sempre se sentiu incompreendido, ajustando-se com dificuldade às regras da sociedade. Em pensamento, eu estava ali a dançar com ele; acredito que ele teria vivido de modo saudável e mais tempo num ambiente deste tipo. Afinal, no passado ele já usava a ecstatic dance para expressar-se, e não sabia que era esse o nome. Onde quer que fosse e dançasse, as pessoas paravam de repente e tinham que dar-lhe todo o espaço para ele manifestar-se livremente através da sua performance criativa em termos de movimento corporal. Foi assim uma vez em Serralves. Era um ser “fora da caixa”, todos o sabiam.
Foi tão bom celebrarmos o 12/13 de abril desta forma, Joyns Brinkoptik! (um dos seus heterónimos).
Viva a Música! Vivam as tribos!
https://www.cristalandlagos.com/
sexta-feira, 11 de abril de 2025
Recolhimento emocional
Acabei de encontrar um texto inacabado na lista de rascunhos, terei esquecido de o completar e partilhar, então faço-o agora, que está sempre a tempo:
"Decidi há já algum tempo abdicar de apps de encontros (desinteressantes) e/ou qualquer tipo de interação física. Claro que também a pandemia ajudou, mas o que me levou a tomar esta decisão foi uma necessidade de recolhimento emocional, de me resguardar do dispêndio de energia que é, muitas vezes, o jogo da conquista ou da sedução. Naturalmente, nem sempre existe aquela conexão necessária, ou uma reciprocidade a nível físico ou mental. E tem sido um processo muito enriquecedor perceber que, no tempo que me dedico, só cabe quem realmente importa. Por paradoxal que possa parecer, nunca me afligiu não ter um relacionamento. Não é que eu não o queira (e nem sou apologista de se ficar só para sempre; acho que o ser humano e social não foi feito para a solidão), mas não faço - para já - qualquer esforço ativo para tal. Ganhei em saúde mental, em paz interior, em respeito por mim, pelo meu corpo, pelas minhas prioridades. Apetece-me estar sossegada. De vez em quando é bom.
Depois do silêncio, o que mais se aproxima de expressar o inexprimível é a música, sem a qual não vivo."
Ninguém sabe explicar
Não existe uma regra a ser seguida
Algumas pessoas amam o que não podem ter
Outras amam somente quando passam a ter.
Uns amam o que inventam
Outros inventam algo para amar
Alguns ainda dizem "EU TE AMO"
Sem nenhuma verdade no olhar
Outros não falam por falta de coragem
Ou apenas não podem levar adiante um amor não permitido
Já que o amor é tão puro
Por que existem amores proibidos?
Quem ordenou que o coração tem que pertencer a uma só pessoa?
Não sei a resposta para tantas questões amorosas
Mas sei do meu amor e amores
Destes tenho certeza que sempre foram os mais verdadeiros sentimentos
Por isso não quero durante a minha vida toda procurar por respostas
Só quero mesmo continuar a sentir e viver
Cada um dos meus amores intensamente, sem controlo e sem limites
Quero apenas viver esta arte de AMAR !
(e assim continuo) * carpe diem *
quarta-feira, 9 de abril de 2025
Apetece-me...
Ser feliz. E não é de agora. Sinto isso há muito tempo, desde que me conheço como gente.
O segredo da felicidade pode variar para cada um de nós - seres que não pedimos para nascer e que depois temos que morrer - mas as pessoas felizes costumam ter hábitos e formas de pensar diferentes do restante da sociedade. Estatisticamente há alguns hábitos próprios de pessoas altamente felizes e bem-sucedidas, entre outros:
1. Saboreiam o momento -
Em vez de andarem stressadas com qualquer coisa ou só focadas no passado, no futuro ou na negatividade presente ao redor, as pessoas que estão mais satisfeitas com a vida param para apreciar a beleza e as pequenas e incríveis coisas da vida, como por exemplo: cheirar as flores pelo caminho; apreciar o chilreio dos passarinhos nas árvores; cumprimentar um gatinho ou um doguinho; apenas sentar à beira-mar; apreciar um belo luar ou por de sol...
2. Meditam diariamente -
Dizem que a meditação é uma das formas mais eficazes de encetar o caminho de quietude e atenção plena, o que, por sua vez, dá à mente a rutura necessária de todas as preocupações e ansiedades que a ocupam. E para isso bastam apenas alguns minutos. O grande problema é que, neste ritmo moderno da vida, as pessoas desaprenderam a concentrar-se, ou a ter uma atividade de cada vez.
3. Não se apegam aos rancores -
Perdoar e esquecer é absolutamente necessário quando se trata de ser feliz. Manter um rancor significa que estamos presos à raiva, ao ressentimento, à dor e a outras emoções negativas que são obstáculos para a felicidade. Ao soltar essas emoções, livramo-nos da negatividade, dando mais espaço para que as emoções positivas entrem.
4. Gastam dinheiro com os outros (se o houver) -
Ter um bom carro e uma grande casa numa ilha deserta não faz ninguém feliz. Há quem descubra que gastar dinheiro com os outros realmente faz a pessoa mais feliz. As conexões sociais são necessárias. Uma verdadeira amizade exige investimento. Nem sempre se trata de dinheiro, mas exige muito do nosso tempo. Pessoas verdadeiramente felizes gastam tempo – e dinheiro – com os seus relacionamentos.
5. Ocupam-se, mas não se apressam -
Pesquisas mostram que o sentimento de “pressa” pode levar ao stress e à infelicidade. Ao mesmo tempo, há pessoas que se esforçam para encontrar um meio-termo e ocupam-se apenas o suficiente. Aliás, alguns estudos sugerem que um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal é fundamental, uma vez que o tédio pode ser prejudicial.
6. Rodeiam-se das pessoas certas -
A felicidade é contagiosa. Isso significa que, quando nos cercamos de outras pessoas que são felizes e solidárias, isso poderá criar autoconfiança, aumentar a nossa criatividade e simplesmente pode divertir-nos mais. Por outro lado, sair com pessoas negativas significa que apenas somos outro membro de um grupo triste, e isso vai tornar-se cansativo, nada divertido.
7. Não gastam energia em coisas pequenas -
As pessoas que estão felizes concentram a sua energia e esforços apenas em coisas que são verdadeiramente importantes e que estão sob controlo. Perder tempo com coisas de somenos importância e que não se consegue controlar vai acabar por levá-las à infelicidade. Ou seja: é necessário dominar a arte de deixar as coisas fluírem.
8. Celebram o sucesso de outros e o seu -
Não é segredo que manter relações saudáveis e uma vida social rica contribui imenso para a felicidade. Porém, pessoas felizes nutrem e melhoram os seus relacionamentos através de atitudes “ativas e construtivas“, que inclui gostar de celebrar o sucesso de quem estiver ao seu redor.
9. Tratam todos com respeito e bondade -
Tanto a bondade como a felicidade contagiam. Estudos revelam que testemunhar atos de bondade faz-nos sentir bem.
10. São otimistas -
Sabemos que coisas más ou “azaritos” acontecem a todos, até mesmo com as pessoas mais felizes e bem-humoradas do planeta. No entanto, uma pessoa feliz não se queixa nem reclama constantemente, nem deixa o pessimismo instalar-se. Ela permanece otimista, concentrando-se em soluções para o problema e refletindo sobre o que há na sua vida para agradecer.
11. São pró-ativas em relacionamentos -
As evidências sugerem que a maioria das relações pessoais – especialmente casamentos – esfria ao longo do tempo, mas quem é realmente feliz trabalha na manutenção de um relacionamento que vale a pena.
12. Dormem o suficiente -
A privação do sono pode afetar negativamente a nossa saúde, produtividade e capacidade de lidar com situações stressantes. Confirma-se que a qualidade do sono é absolutamente necessária para a felicidade.
13. Passam o tempo na natureza -
A natureza tem um efeito calmante, faz-nos desacelerar, respirar profundamente e absorver o presente. Pesquisadores confirmam que somos mais saudáveis, mental e fisicamente, quando estamos a interagir com a natureza; há mudanças no cérebro e no corpo.
14. Veem os problemas como desafios -
As pessoas felizes mudam o seu diálogo interno para que, quando houver um problema, o vejam como um desafio e uma oportunidade para melhorar as suas vidas. Apenas devem seguir em frente e eliminar completamente a palavra “problema” da mente.
15. Sentem que merecem recompensas -
“Recompensar-se” pode soar como uma estratégia autoindulgente e superficial, mas não é. Alguém feliz pensa assim “Quando nos damos recompensas, sentimo-nos energizados e satisfeitos, o que aumenta o nosso autocontrolo e ajuda a manter os nossos hábitos saudáveis“...
16. Expressam gratidão -
Pesquisas realizadas mostram que quem trabalha diariamente para cultivar uma atitude de gratidão melhora o seu humor e energia, e reduz substancialmente a sua ansiedade. Então, agradecer todas as manhãs, ou escrever num diário as pequenas coisas pelas quais se agradece, dizer aos seres amados e colegas de vez em quando palavras mágicas como “obrigado” ou “desculpa”, são exemplos a seguir.
17. Sonham grande -
As pessoas mais felizes sonham grande e costumam trabalhar arduamente para transformar os sonhos em objetivos alcançáveis. Normalmente são comprometidas e disciplinadas e conhecem as suas prioridades. Permitem-se dizer “não”, cuidam da saúde, saem da zona de conforto e aceitam o facto de eventualmente terem que começar de novo.
18. Passam algum tempo sozinhas -
Embora os relacionamentos sejam importantes para a felicidade, toda a gente precisa de algum tempo a sós. Isso dá a oportunidade de entender as preocupações e ansiedades, se as houver, refletir sobre o que há para agradecer, e tornar a seguir qualquer sonho ou desejo.
19. Não inventam desculpas -
Para muita gente, é fácil culpar os outros pelas suas falhas, e isso não lhes permite seguir em frente e conseguir ultrapassá-las. Pessoas felizes assumem a responsabilidade pelos seus erros e usam o fracasso como uma oportunidade para mudar a vida para melhor.
20. Têm uma mentalidade focada em crescimento -
Quando se trata de personalidade, há indivíduos com mentalidade estática e outros com mentalidade focada em crescimento. Estes acreditam que podem melhorar com pequenos esforços, algo que os deixa felizes, porque estão mais aptos a superar ou lidar com desafios. Pessoas com uma mentalidade estática acreditam que são quem são e não há nada que possam fazer acerca disso. Acaba por ser um problema, porque isso impede que cresçam ou mudem.
21. Gastam dinheiro em experiências e não em coisas materiais -
Várias pesquisas mostram que as pessoas são mais felizes ao adquirir experiências em vez de coisas materiais. Isso ocorre porque as experiências tendem a melhorar ao longo do tempo e as pessoas revivem-nas mais vezes; podem ser únicas e envolvem interação social. Por outro lado, citando: “o materialismo pode ter efeitos negativos, pode esgotar a felicidade, ameaçar a satisfação com os relacionamentos, prejudicar o meio ambiente, torna-nos menos amigáveis, simpáticos e empáticos, e menos inclinados a ajudar os outros e a colaborar com as comunidades às quais pertencemos” (fim de citação).
22. Têm um ritual matinal -
Os rituais matinais são tranquilizadores e preparam o ambiente para o dia que está a começar. Pode ser meditar, agendar o dia, fazer uma caminhada, ler um livro inspirador, escrever um diário ou no blogue, fazer um café da manhã saudável ou ler emails, o importante é criar um ritual.
23. Cuidam de si mesmas -
Como o corpo e a mente estão conectados, se não nos cuidarmos fisicamente, sofreremos mental e emocionalmente. É importante fazer exercícios regularmente e encontrar maneiras saudáveis de aliviar o stress, dormir bem todas as noites, e manter uma dieta bem equilibrada, por exemplo. Sabem cuidar de si, sem esperar a aprovação de ninguém, ou desaprovação.
24. Usam os seus pontos fortes -
Estudos mostram que quanto mais usarmos os nossos pontos fortes no dia-a-dia, mais felizes e satisfeitos nos tornaremos.
25. Envolvem-se em conversas profundas e significativas -
Pessoas felizes ignoram futilidades e envolvem-se em conversas profundas. Numa pesquisa realizada, um perito no assunto escreveu que “os participantes mais felizes passaram mais tempo a conversar uns com os outros, uma descoberta que não surpreende, dada a base social da felicidade”. Etc.
Eu me confesso: feliz! Sejam todos também!
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