Gringa do SOL porque parece gringa e porque ama o SOL... que aquece o seu coração. Quase o diário de uma gaja só com os seus devaneios e imaginação à solta, como ela...
quinta-feira, 17 de abril de 2025
Feliz tempo de Páscoa!
Páscoa, Natal, festas religiosas que associamos a famílias e ou amigos reunidos a comer o apetitoso cabrito ou borrego (apesar de haver cada vez mais gente a desistir da carne), o folar, as amêndoas, os chocolates, o bacalhau, o camarão ou o polvo, a aletria, o arroz doce, etc., ou seja: a boa gastronomia portuguesa associada a cada festividade, pascal ou natalícia... Ainda me lembro, antigamente, nesta época era normal e praticamente obrigatório o jejum na Páscoa. E só se ouvia um tipo de música sacra, qualquer outra era proibida em público. A Semana Santa é a última semana da Quaresma, período em que os fiéis cristãos devem permanecer por 40 dias em penitência e períodos de jejum. Diz que a Bíblia ensina muita coisa, nunca me deu para gostar de a ler. Cada pessoa interpreta-a à sua maneira. E o mundo está como está, doente, até se desconfia da religião; há pessoas que já nem batizam os filhos bebés; vão se perdendo tradições, aos poucos, nem ninguém se penitencia por nada. Tudo ao molhe e fé em Deus, vale tudo! Até dançar homem com homem e mulher com mulher, ou mais do que isso... (a música do Tim Maia ficou obsoleta). Homens de saias, mulheres a mostrar nudez pela rua fora, se lhes apetecer... nem vale a pena enumerar tudo o que há de modernices agora, e ninguém faça qualquer julgamento. O que se quer são os feriados, as festas aqui e ali, feiras e feirinhas...E vamos descrendo de muita coisa que nos ensinaram...
Será que os afilhados ainda levam o ramo à madrinha? Nunca convivi com a madrinha que apenas me deu um nome que começo agora a gostar, porque alguém me diz que é bonito, diferente LOL talvez...Tenho uma sobrinha afilhada, a quem talvez não ensinaram essa tradição, e eu acabei por me desligar também. Nem um "feliz páscoa" há. Se calhar serei eu a tia/madrinha desnaturada. Paciência. Gostaria de sentir que numa família os mais novos honram os mais velhos, não tem que ser ao contrário. E não sou eu que vou ensinar. (Aos meus filhos eu ensinaria, se os tivesse).
A Páscoa judaica (Pessach), que significa “passagem”, comemora a libertação do povo hebreu da escravidão no Egito. A festa relembra a travessia do Mar Vermelho e a passagem do anjo da morte pelas casas dos hebreus, poupando os seus primogénitos. A celebração ocorre na primavera, marcando o Êxodo, com o consumo de ervas amargas e pães sem fermento, simbolizando as dificuldades enfrentadas no Egito.
A Páscoa cristã, por sua vez, celebra a ressurreição de Jesus Cristo, representando a passagem da morte para a vida eterna. Para os cristãos, Jesus é o Cordeiro Pascal, que se sacrificou pela salvação da humanidade. A festa simboliza a vitória sobre o pecado e a promessa de vida nova.
Apesar das diferenças de significado, ambas as celebrações da Páscoa simbolizam a esperança e a renovação. Enquanto a Páscoa judaica celebra a libertação física e espiritual de um povo, a Páscoa cristã celebra a promessa de salvação e vida eterna para toda a humanidade.
Para os seguidores do espiritismo, onde passei a incluir-me, a Páscoa representa um período de introspeção sobre a evolução espiritual e a mensagem de Jesus, desvinculando-se de dogmas ou rituais específicos.
Porém, ainda estamos tão longe de um novo mundo sonhado, sem guerras, sem a exclusão de povos. E pior: o horror começa dentro de muitos lares, onde crianças são maltratadas, familiares brigam e deixam de se falar, por qualquer motivo, por ciúme, ganância, rancores ou raivas, ignorância, em suma: o desamor que desune.
Lembro-me de assistir à Vigília Pascal que é considerada a mais importante celebração litúrgica, representando a vitória da luz sobre as trevas. Mas há ainda uma grande parte do mundo dominada pelas trevas, infelizmente.
""O desejo de Deus para nós, a exemplo de Jesus, é que sejamos luz neste mundo de trevas, pois, como nos advertiu São João evangelista, “o mundo jaz no maligno” (1Jo 5,19). Ora, “a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más” (Jo 3,19)"
Falo por mim. Reconheço que ainda nos falta muito para entender e viver o real sentido da Páscoa, este momento que nos permite assumir as nossas afinidades e agir com compaixão junto aos nossos semelhantes. Não é fácil, quando há mágoas enraizadas e não existe a humildade necessária para olhar nos olhos e pronunciar as palavras mágicas. Desejo a todos: uma santa Páscoa, com paz no coração!
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