Gringa do SOL porque parece gringa e porque ama o SOL... que aquece o seu coração. Quase o diário de uma gaja só com os seus devaneios e imaginação à solta, como ela...
quarta-feira, 30 de abril de 2025
O Apagão - 28/4/25
A Europa escureceu, principalmente em Portugal e Espanha. E não foi uma tempestade solar, nem ataque cibernético da quinta dimensão, no final ninguém confirma o que realmente aconteceu. Foi um “blecaute”. Um apagão. Puf. Acabou. Como quando falta a luz numa sessão de teatro e ouve-se o público a respirar medo no escuro.
E então, o que aprendemos? Nada. Absolutamente nada. Continuamos a caminhar como bezerros obedientes rumo ao matadouro digital. Ai de quem disser que o dinheiro de papel ainda é necessário — será chamado de retrógrado, teórico da conspiração ou... conservador fascista!
A modernidade, essa entidade psicótica que nos governa, quer tudo eletrónico. Tudo invisível. Tudo “hackeável”.
Portugal e Espanha ficaram totalmente às escuras. Sem Wi-Fi. Sem banco. Sem pão. Sem desculpa técnica plausível. E o povo? Refém! Refém de uma lógica imbecil que diz: “Confie no sistema.” Mas qual sistema? O sistema que te apaga e nem diz por quê?
Entretanto, a verdade sobressai: o povo começa a ter saudade das coisas antigas. Tempo de voltar ao antigamente. Ficou impossível ao urbanoide pedir comida por telefone, ou pedir um TVDE. Pessoas em carne e osso reunem-se no café da praceta. Talvez a falar sobre um novo modo de pensar, em viver no campo com um fogão a lenha, de modo sustentável com um pequeno ou grande terreno cultivável em volta da casinha térrea, poder semear ou plantar a própria comida, usar a energia solar, guardar as sementes em latas de biscoitos, coar a água num pano de cozinha, voltar a usar o rádio de pilhas, etc. Quem tiver a felicidade de ainda viver assim nem sequer se apercebeu do apagão, e provavelmente riu-se da desgraça urbana quando alguém lhes conta o sucedido.
Estamos em guerra. Uma guerra disfarçada de eficiência. Uma guerra onde quem deve controlar o algoritmo é DEUS. ELE é a única presença indispensável, é quem nos guia. E nós, não passamos de um NIF explorado pelo sistema. Alguma vez paramos para pensar nisto?
Os jovens são ensinados a deslizar o dedo ou a carregar nas teclas das máquinas, em vez de aprenderem a plantar batatas... E se os aparelhos pararem de funcionar? Vamos comer likes? Vamos tomar banho de realidade virtual?
É necessário ensinar aos jovens nas escolas o essencial: cavar a terra, plantar comida, fazer fogo, purificar água, construir abrigos e extrair energia de fontes naturais. Não para fugir da tecnologia, mas para não morrer de fome enquanto ela se reinicia.
Este apagão não trata apenas da falta de energia. É revelação. É profecia. É o Universo a dizer: “Vocês esqueceram-se do que é óbvio, urbanoides idiotas!”
E se amanhã ou daqui a pouco houver outro blecaute, vamos pedir ajuda à Alexa(?)
Depois de uma pandemia esperou-se que cresceríamos de forma mais humana, que teríamos reconhecido a importância do amor, da solidariedade, da caridade, da certeza da nossa vulnerabilidade, mas… ainda estamos muito aquém. Houve (de novo) gente a desrespeitar a liberdade do outro, a esgotar o que poderia dar para todos, pessoas demasiado intolerantes, chegando a tornar-se agressivas, verbal ou fisicamente. Continuamos apenas a querer sobreviver e venha apenas “a nós o vosso reino”. Este apagão mostrou o quão rudimentar está este mundo, e apagado de valores, uma selva informatizada! Será que nunca vamos aprender que o sucesso está na capacidade de partilhar, cooperar, entreajudar?
Afinal, o que é ser humano? O que é ser civilizado? O que é ser diferente de todos os outros animais? O que somos, quem somos? Apenas carne ambulante, vazios de tudo e cheios de nada. Devíamos SER para o que fomos feitos e de que fomos feitos: AMOR!
(ai o amor, dá pano para mangas, fica para um próximo texto). "All we need is Love"... "Imagine all the people..."
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