segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Nascer e Morrer

Lembrei-me que está fazendo hoje precisamente 1 ano que um ente querido do passado decidiu partir. Quero escrever um texto a homenagear essa pessoa, por quem nutri amor, e mesmo que as pessoas deixem de ficar juntas, por algum ou alguns motivos, o amor é um sentimento que nunca morre. Ou não teria sido AMOR! Acho eu.
Pelo que soube dos seus últimos momentos de vida, não quis permanecer nesta dimensão com sofrimento, e partiu para outra, onde espero esteja em paz e sem dor.
Assim como aconteceu com o meu pai, em 1999, também foram uns dois anos de sofrimento desde que a doença apareceu. E todos em volta sofrem igualmente. Não sei qual a dor maior, se da partida, se andar aqui a tentar de tudo para que a pessoa recupere a VIDA, e sem sucesso.
Sem conseguir dar explicação, quero acreditar que há outras vidas para além desta. Que esta é apenas uma passagem, para evoluir (ou não), e voltaremos quantas vezes forem precisas, até atingirmos a LUZ, a perfeição. Segundo os espíritas, esta é só uma escola para uma fase de aprendizagem da nossa alma, que ainda vai seguir muitas outras vidas, com os carmas e tudo o mais. E respeito o Nirvana dos budistas e todas as outras visões do divino que todas as culturas têm e as quais, geralmente, ignoro (no verdadeiro sentido da palavra, ignorância mesmo). E respeito quem tenha a visão de que esta vida é a única que existe, para ser vivida como pudermos (e soubermos), tenha ela sido criada por um deus ou Deus, ou por uma conjunção de fatores químicos e biológicos resultante de factos ocorridos há trilhões de anos e sempre em processo.
Na Declaração Universal dos Direitos do Homem deveria constar mais um direito: “Todos os seres humanos têm o direito de morrer sem dor”. Afinal "damos duro" aqui, a gente estuda, a gente trabalha, ama-se alguém, procria-se e, sem mais nem menos, morre-se? Qual o sentido disto tudo? Não seria bem melhor se soubéssemos logo à nascença qual a nossa missão nesta passagem (para a outra margem)? Acho que é tudo tão difícil pra nós, meros mortais, entendermos.

Havia de ser possível estabelecer uma idade (digamos, 90 anos?) para cumprir a nossa missão, seja ela qual for, e um dia partir sem doença dolorosa… E haverá idade razoável para se viver? Deveria estar escrito na lei natural das coisas: no aniversário da idade X, todos os homens e mulheres desta Terra perecerão. Décimo primeiro mandamento, por exemplo. Todos, sem exceção, ricos e pobres, bons e maus, honestos e corruptos, todos, enfim, sempre morreriam naquela idade, ninguém poderia contestar. Seria justo. Tudo bem, os homens continuariam a dar um jeito de estragar a coisa toda, vendendo privilégios, criando templos no mínimo questionáveis, mas, pelo menos, evitava-se grandes injustiças, como a partida precoce de gente boa e sã, de crianças… de gente que morre de fome todos os dias em certos países…
E mais: todos saberiam que a morte estaria à espreita em exatos anos ou meses ou dias. Todos podiam morrer com a mesma naturalidade com que se nasce. E, portanto, quem não aproveitasse a vida, azar, foi por pura incompetência, não por acomodação ou despreparo. Além do mais, haveria tempo de todos consertarem todos os erros e desacordos e se reconciliarem, para morrerem em paz e deixarem os outros também em paz.
Até para os governos seria conveniente, porque seria possível fazer planos estratégicos, gerir os recursos, calcular as reformas, e dar o privilégio aos velhos de desfrutarem dos seus últimos anos, sem sobressaltos. Poder-se-ia controlar um pouco mais o ritmo de nascimentos e, quem sabe, oferecer a este planeta-laboratório mais recursos naturais, para que, fazendo-se os cálculos acertados, muitas gerações pudessem viver numa boa. E um importante efeito colateral: haveria também uma mudança cultural, não mais sofreríamos tanto com a partida "injusta" dos nossos entes mais queridos, porque a morte seria um ritual solene já previsto desde o nosso nascimento e poderíamos lidar com ela de forma muito mais natural.
"Quando nasceste, ao teu redor todos riamsó tu choravas
Faze por viver de tal modo que, à hora de tua morte, todos chorem, só tu rias." (Confúcio)

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Amor não tem idade

Estes dias deu-me para ouvir Ângela Maria, canções que meu pai já apreciava há muitos anos, e eu até pensava que esta cantora brasileira já tinha partido… mas não, e para grande surpresa minha, esbarrei com a história de vida dela e fiquei encantada. Me encantam histórias de vida, de amor…
A cantora está com 88 anos de idade e vive há 37 anos com um companheiro 33 anos mais novo! Antes de o conhecer, ela com 51 e ele com 18, Ângela havia tido vários maridos e namorados, sofreu muito na mão de todos eles, aguentando humilhações e até agressões físicas. Era constantemente roubada, por eles e por quem administrava a sua carreira e o seu património, perdeu quase tudo, e um dia, desesperada com uma vida sem sorte, tentou o suicídio. Porém, deu a volta por cima anos depois, ficando a viver na pobreza e ganhando muito pouco a cantar em boates ou fazendo serviços domésticos, para complementar a renda mensal e sobreviver.

Em 1979,
com 51 anos e vivendo sozinha, conheceu um homem que mudaria a sua vida: um rapaz de 18 anos mexeu com o coração dela! Estava noivo de uma moça da faixa etária dele, porém gostou dela; já havia saído com mulheres mais velhas e gostava, e então abandonou a noiva e os dois passaram a ter um envolvimento amoroso intenso, o que chocou a todos, e o casal sofreu muito com preconceitos. Ele deu apoio quando ela quase perdeu tudo, ao sofrer um novo golpe de um assessor, dando-lhe forças e arranjando trabalhos de cantora. Eles foram morar juntos com poucos meses de namoro, e essa união conjugal dura até hoje, e no dia em que Ângela fazia 84 anos de idade (e ele com 51) casaram-se oficialmente, no civil e na igreja. A celebração do casamento foi realizada com uma grande festa para os familiares e amigos. Ângela diz estar muito feliz e que ele foi o único homem que lhe mostrou a verdadeira felicidade!

Será que existe um filme com esta história? (pergunto eu). Acho demais! Assim como a história trágica de Edith Piaf que foi transformada em filme. O último companheiro desta grande cantora francesa também era bem mais jovem e havia quem pensasse que vivia à custa dela, foi o que li algures, e parece que a verdade era bem outra: ele tentava ajudá-la a sair dos vícios e pagava-lhe as dívidas...

Ainda hoje existe tanto preconceito com diferenças de idades, e até se fala logo em pedofilia! Se é homem com mulher bem mais nova é porque ele é rico e ela interesseira… se é mulher com homem bem mais novo é porque ele vive à custa do dinheiro ou poder/status dela… Acredito que o amor (de verdade) também pode acontecer. E que há casos e casos. “Deve ser amor, porque o interesse não é nenhum!” AhAhAh

Brincadeiras à parte, o melhor é ignorar opiniões ofensivas e provar (para quem merece a satisfação) que o envolvimento se baseia em valores muito mais importantes do que a idade biológica: amor, admiração, desejo e sinceridade…
Adoro ler e ver filmes com histórias verídicas, lindas como estas. Sou uma romântica inveterada, já escrevi um dia e repito… está no sangue, não há como mudar. E quando o amor é intenso e recíproco, é a melhor coisa do mundo! 

Ninguém se apaixona porque escolhe. É uma chance que a vida oferece.

Ninguém ama porque é uma chance, mas porque é trabalhado e construído, um pouquinho, todos os dias.
Ninguém deixa de amar porque é uma chance. Mas por uma escolha de viver em paz consigo mesmo.  


  
 Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...
Não precisamos da paixão desmedida...
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...
Há certas horas, que só queremos a mão no ombro,
o abraço apertado ou mesmo o estar ali,
quietinho, ao lado...
Sem nada dizer... 
(William Shakespeare)

O conto da sereia

Encontraram-se por acaso num local de férias, ele viu-a dois dias antes de ir embora para o seu país, encantou-se, e fez dela uma sereia…mais tarde, teve um sonho e contou-lhe:



"...estaba yo pescando en una pequeña barca en la costa más meridional del país Luso...

Era un día desapacible, ventoso, de esos en que los marineros prefieren quedarse en puerto y los supersticiosos, en cada ráfaga, creen oír lamentos del más allá.

Los peces no querían picar, así que decidí dejar la pesca para mejor ocasión.

Cuando me disponía a regresar, sentí que algo se agitaba bajo mi barca. Me asomé a mirar y algo me agarró fuertemente de mi brazo y me arrastró al fondo.

Yo creí ahogarme pero entonces ella me besó e incomprensiblemente pude respirar.

Sobre un cuerpo de sirena contemplé la mujer más bella que había visto jamás.

Suavemente me tomó de la mano y me llevó a su cueva repleta de corales que al reflejo de la escasa luz emitían iridiscencias multicolores.
Los peces payasos se movían por toda la estancia haciendo muecas en las que parecían darnos la bienvenida.
En aquel ambiente hicimos el amor durante horas hasta caer exhaustos.

De repente observé que mis piernas habían desaparecido y se habían transformado en una enorme cola de pez.
Ella me observó con alegría y me enseñó a hacer mis primeras piruetas submarinas...

Pasaron unas semanas y ella alumbró seis sirenitas (todas chicas ¡por fin!)
Ellas me decían papa (pa-pa) y en cada sílaba una burbuja graciosa aparecía en sus bocas.

Yo estaba encantado y decidí abandonar mi condición de hombre y quedarme para siempre en aquellos mares de Sur".

10-09-2016

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Opiniões


Opiniões (realmente honestas) de algumas celebridades sobre o casamento:

Alfred Hitchcock: “O marido ideal entende todas as palavras que a esposa não diz.”

Paul Newman: “As pessoas ficam casadas porque querem, não o fazem por terem as portas de casa fechadas à chave.”

Enrique Iglesias: “Não acho que vou gostar mais de uma pessoa só por assinar um papel.”

Patrick Dempsey: "A chave para um bom casamento é aceitar que não vamos mudar a outra pessoa. Para além disso, claro, devemos dizer sempre esta frase: ‘Sim, querida. O que quiseres’.”

Joan Rivers: "Quando nos casamos, eles abrem-nos a porta do carro. Juntos há 18 anos, ele só me abriu a porta do carro uma única vez nos últimos quatro anos – e na altura estávamos numa auto-estrada.”

Dolly Parton: "O amor é algo que nos é enviado do céu para tornar a nossa vida num inferno.” 

Catherine Zeta-Jones: “Para um casamento ser bem-sucedido, todos os homens e mulheres devem ter a sua própria casa-de-banho!”

John Travolta: “Sou um romântico à antiga. Acredito no amor e no casamento, mas não necessariamente com a mesma pessoa.”

Barbra Streisand: “Porque é que uma mulher luta 10 anos para mudar um homem, para depois se queixar que ele já não é a mesma pessoa"

E assim caminha o mundo "normal" da gente. Às vezes me pergunto, quem inventou essa coisa do casamento... Cada um de nós deveria descobrir a fórmula da felicidade, isso sim, e viver de acordo com a que tiver encontrado, com alguém ou sem ninguém.
Estou sozinha neste momento, por opção, depois de dissabores e anormalidades... Um dia ofereceram-me um íman de frigorífico que dizia assim "Muitos homens me querem, mas poucos me merecem" (a minha cara! AhAhAh)

Não é fácil... a vida é só uma (que nos lembremos), então vamos sonhando, o que já é muito bom:


O sonho
"Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passaram por suas vidas."
Desconhecido


"De tanto esperar o amor, ele acabou por amar a espera"  Mia Couto

terça-feira, 13 de setembro de 2016

E o Porto (aqui) à mão...

Por-ti-mão
Por-mim-pé
...
Gosto de brincar com as palavras. Estou a gostar desta cidade, não por que seja assim tão bonita, mas porque é pequena (em relação ao Porto, claro), tranquila, tem uma marginal ribeirinha idílica por onde caminho ou pedalo, apreciando a outra margem com a pitoresca vila de Ferragudo, vejo os barquinhos, às vezes cruzeiros, os peixinhos aos saltos todos contentes com o SOL brilhando, e as gaivotas a persegui-los com ou sem grande esforço. Na avenida junto à praia podemos apreciar o imenso areal e o mar calmo iluminado pela LUA nas belas noites de luar, enquanto percorremos os barzinhos (à noite) com música a bombar e que nos faz dançar, sem querer...
A cidade de Portimão vista do lado de Ferragudo torna-se muito mais interessante. Fica situada entre Ferragudo (e mais além, Carvoeiro) e Alvor com a sua imensa e bela ria, onde há flamingos, e também há vida noturna agitada, muitos bares com (ou de) irlandeses, onde se pode dançar ou divertir-se com karaoke, além dos restaurantes com peixinho fresco. Gente de muitas nacionalidades a viver ou passear por cá. Mais ao longe avista-se Lagos. Esta é uma parte cativante do barlavento algarvio, sem dúvida.
Antigamente gostava muito de Albufeira, era para onde ia muitas vezes passar algum tempo de férias, além de já ter lá trabalhado no passado, durante o verão, quando regressei do Brasil.

Sobre as pessoas deste lugar, há quem ache que o povo algarvio não é muito amigável nem hospitaleiro. Até podem parecê-lo, mas talvez não sejam mesmo, o negócio é só ganhar dinheiro à custa do turismo durante 3 meses, havendo até pessoas que convivem décadas frequentando os mesmos lugares e nem sabem o nome umas das outras, disso já me apercebi…
Há quem pense que os homens algarvios tratam a mulher como descartável, uns têm a sua guardada (?) em casa e vão curtindo aqui e ali, com tanta mulher linda que passa todos os anos pelo Algarve, em especial a mulher nórdica que aqui vem em busca do tão desejado SOL, e quiçá do homem latino y caliente…será???
Quem gostar de curtir apenas, por que não? Cada um seja feliz à sua maneira, nunca se esquecendo de uma coisa:
"A lei do retorno tarda, mas não falha. Nunca faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você. Às vezes a gente até acha que está fazendo a coisa certa e nem nos damos conta que estamos a prejudicar alguém. Por isso, antes de tomar qualquer atitude diante de uma situação que envolva outras pessoas, pare e reflita: e se fosse com você?"

Carpe diem!
https://www.youtube.com/watch?v=_QispY8m_uw

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Uma questão de sobrevivência

Tenho umas histórias doidas para contar aqui e leva-me algum tempo a organizar as ideias e passá-las a escrito, por isso às vezes demoro a blogar…Entretanto, vou estando atenta a notícias dramáticas acontecendo no mundo inteiro ou aqui mesmo ao lado de casa, por exemplo, os incêndios, que acontecem todos os anos durante o verão, geralmente devido a mão criminosa. Como é possível haver alguém tão maléfico? O recente terramoto em Itália...Estamos a dois dias de lembrar o 11 de setembro...

Às vezes parece que o mundo está mesmo nas últimas! É cada notícia, de deixar deprimido quem tiver tendência para tal, ou não consiga desligar-se do que ouve ou do que acontece ao seu redor.
E se estivermos mesmo a caminhar para o fim do mundo? Será que alguém pensa nisso, como eu penso muitas vezes? Estaremos preparados para isso, ou ‘seja o que Deus quiser’?
Eu preferia estar preparada, afinal não somos eternos, ou seja: ninguém ficará aqui para semente…
Mas como preparar-se, para morrer(?) ou para iniciar uma nova era? Este é um assunto que “dá pano para mangas” pois cada um terá a sua teoria ou interpretação das coisas que acontecem, ou intuição… daí cada um estar a viver ‘na sua’, e ao menos que cada um saiba como se desenrascar na hora H...

Devido aos sinais dos tempos, acho eu, muita gente anda destrambelhada e nem se dá conta, sem falar da depressão que é uma doença crónica; cada vez mais há pessoas aderindo a terapias holísticas, ayurvédicas, mandálicas… muito se fala de Reiki, etc. (...) e alguém melhora ou evolui? não me parece. Por aquilo que vou reparando à minha volta, são pessoas que continuam a enganar-se e a querer enganar os outros... Claro que há exceções, são “os iluminados”, e ainda bem, que esses possam passar a palavra, e acredite quem quiser.

Sou adepta da medicina alternativa e há alguns anos consultei um senhor japonês que escolheu Portugal para viver, e já reside cá há bastante tempo. Lembro-me de ele ter-me falado, enquanto analisava o meu estado de saúde, das catástrofes que estão a acontecer, e outras que viriam, resultado da atual civilização podre, capitalista, e até disse que iria escrever um livro “a mochila da saúde” (se bem me lembro) com o intuito de ajudar a humanidade a sobreviver em caso de eventuais catástrofes. Que a NASA guardava muita informação, mas que não era divulgada, por razões óbvias. Nunca me esqueci disso, e fiquei curiosa para ler esse livro.

Recentemente, fazendo pesquisa na internet, soube que em 2012 houve o lançamento do livro “A melhor defesa é o amor” em que o terceiro capítulo intitula-se precisamente “Santa Mochila” (prevenção e sobrevivência), e tem prefácio escrito por Francisco Louçã.
Parece que muita gente gostou de ler, porém, nenhuma editora aceitou publicar essa obra, pois poderia alarmar a população ou pôr em risco alguns negócios… 
E eu pergunto: não seria melhor a gente saber, prevenir…? Aqui entram os iluminados, aqueles que querem divulgar o que sentem ou sabem, e os que querem saber; talvez estes ainda consigam escapar de alguma forma, ou minorar o sofrimento, seu ou dos outros, quando o que acontece não depende da nossa vontade… ou então, entreguemo-nos aos desígnios do Universo!
Fiquei com interesse em saber mais (ter conhecimento) e partilharei aqui ou nas redes sociais tudo o que eu achar pertinente acerca desta matéria, e leia-me quem quiser. 
Agora que os cientistas estão mais atentos aos estudos sismográficos, será que começam a passar mais informação, será possível ter um kit de sobrevivência com validade até “sabe-se lá quando”, adiantará fugir da orla costeira para o alto da serra, no caso de maremotos ou algo do género? E os ricos...constroem bunkers ou fogem para Marte? (...) 
Tantas perguntas pairam no ar… 
Me aguardem!

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Redes Sociais

Males que vêm por bem?
No meu círculo de amizades há umas quatro ou cinco pessoas que não têm Facebook (a rede social mais usada, no meu caso, além de ainda haver o Linkedin e Twitter, onde apenas estou registada, mas não me interesso, e há o Instagram que ainda não tentei)... Costumo dizer que as considero ET’s…porque praticamente toda a gente está no facebokas (como gosto de chamar), nem que alguns tenham apenas se registado e pouco lá vão.

E sabem que mais? Comento esse facto porque a minha mãe com quase 80 anos (serão comemorados daqui a 4 anos) está a querer entrar no Facebook, e neste momento já instalou internet em casa. Tem sido muito engraçado ouvi-la dizer que se sente burra, pois foi uma guerreira a vida inteira a cuidar da casa e dos filhos superando qualquer dificuldade que surgisse, e agora sente-se insignificante perante estas modernices, e chama-nos uns felizardos! Estou longe, mas quando estiver com ela com certeza irei dar-lhe formação na matéria, desde ensinar a conhecer as teclas (vai ter que ser primeiro em word, claro) até saber navegar e conhecer os ‘segredos’ do facebokas. Ela tem andado sozinha nas tentativas e vai fazendo umas asneiras; uma vez, tarde da noite, recebi dela esta mensagem SMS “Olá tudo bem? Quando se está no computador, as pessoas sabem?... Que chatice! Beijinhos e boa noite…” Farto-me de rir, e acredito que ela vai aprender depressa, vai gostar, e sentir-se-á menos sozinha em casa quando puder e souber navegar na rede social, sobretudo vendo as cusquices e as fotos dos filhos (mais as minhas, por sinal ahahaha), e dos dois netos...

Em termos profissionais, as redes sociais podem ser úteis para quem tenha produtos ou serviços que queira ou precise de vender ou comunicar (apesar de haver sites bons como o OLX, entre outros, através do qual já vendi e comprei, e sei de pessoas que até casas conseguem vender ou comprar), e por aí fora…
Em termos pessoais, mantenho a ideia firme de que as coisas boas que as redes sociais podem trazer suplantam as coisas más que muitos gostam de criticar.
Na minha opinião, o Facebook tem mais vantagens do que inconvenientes, desde que seja usado com moderação, nos tempos livres. Sim, porque no dia-a-dia há sempre muita coisa boa (ou não) para se fazer; nem só de internet vive o homem… Há pessoas que às vezes se cansam de tanta futilidade (e cusquice) e um dia desligam-se, mas passado algum tempo lá estão elas a ligar-se novamente. Até eu já pensei nisso, mas pondero e acho que me diverte, posso escolher os amigos que quero, uso a rede social com moderação, acho eu, além de ser uma ‘companhia’ pois lá ‘encontro’ (virtualmente) pessoas amigas, e assim o tempo passa de forma mais agradável. Costumo ignorar o que não tem interesse, e gosto de partilhar tudo o que aprecio ou me faz feliz…
Dando como exemplo a longevidade do ser humano, cada vez maior atualmente - uma boa notícia, mas que tem como consequência nefasta o aumento galopante do fenómeno triste da solidão e do abandono - as redes sociais poderão então funcionar como um mal que vem por bem, podendo ser uma forma de combater esse problema. No fim da vida descobre-se que com as redes sociais, afinal, aquele ditado “mais vale só do que mal acompanhado” deixa de ser verdadeiro… aquela sensação ou ilusão de que quando falamos para a máquina, ou quando partilhamos algo com os outros, nos torna alvo da atenção e do interesse de meio Mundo…

A propósito, lembro-me agora da história da velhinha que acidentalmente deletou (gosto deste estrangeirismo) o ícone do internet explorer e ficou apavorada imaginando “Ah não, deletei a internet! As pessoas vão sair de casa ou do trabalho e entreolhar-se, perguntando ‘e agora?’ Todos sem internet, a Terra vai parar!” Terrível cena apocalítica internética! A senhora escondeu-se no quarto, com medo da perseguição, e só acalmou quando ligou ao filho e este lhe disse que tinha a internet a funcionar em casa, que ela tinha apenas deletado um ícone e toda a civilização ainda estava de pé! Ela pôde suspirar, aliviada; afinal, não tinha desligado a primeira máquina que o homem construiu e que não pode ser desligada! 
https://www.youtube.com/watch?v=EPoUKDuGMLg