sexta-feira, 2 de junho de 2017

Junho caloroso, ao formoso

Voltei. Confesso que já estava com saudade de sentir-me lida por vocês. Sei que alguém gostará, e isso é que importa.

A minha amiga já está bem instalada, foi “um achado” encontrar um apartamento nesta cidade e nesta época! – e, diga-se de passagem, nada mau! O único inconveniente: trata-se de um terceiro andar sem elevador, mas… podemos ver sempre o lado positivo, o copo meio cheio e nunca meio vazio: não se consegue escapar à ginástica diária, acima e abaixo.

De resto, parece que finalmente chegou o verão, temperatura calorosa e gostosa. Já vale a pena dar uns bons mergulhos e refrescar o corpo e a mente, mesmo no final do dia.

E a vida deve continuar formosa, digo eu, com alegrias, deceções, altos e baixos. Talvez pareça alienada, mas preocupam-me pessoas e coisas que me deixam triste e (quase) infeliz, mas nada é mais forte do que a minha alegria e amor próprios…

Junho, um mês de festas; de Serralves em Festa (agora 50 horas non-stop), dia de Santo António na capital, dia de São João no (meu) Porto que, longe de casa, não irei comemorar… porém, não me faltarão motivos e ocasiões para celebrar outras coisas: o facto de estar viva e com saúde, ter amizades, a natureza que me rodeia…

Há uma coisa que abomino: sentir pena das pessoas; sei que há quem goste disso, uma maneira de alguém se sentir superior a outrem, de alguma forma, sei lá; eu prefiro ter orgulho nas pessoas que comigo convivem, e estou sempre disposta a ajudar, seja quem for. Diz-se que só devemos ajudar a quem nos pede a ajuda, e é verdade. Todos temos a possibilidade de evoluir (espiritualmente), ou quiçá seja um dom com o qual nem todos nascemos, então o que sinto é compaixão. 
Este texto de A. Solnado diz tudo:

(…) E o que é a compaixão? A compaixão é:
– A dor de uma outra Alma faz ressonância com a minha Alma.
Compaixão é quando eu consigo olhar para uma pessoa e entender que aquela Alma está enclausurada dentro de um corpo que não escolhe a Luz.
Mesmo que essa pessoa esteja em melhores condições económicas e sociais do que eu, posso ver a tristeza daquela Alma. Basta ser muito ambiciosa, ter um grande ego e eu consigo logo sentir a dor da Alma que está ali dentro. Porque a Alma no fundo só quer amor.
E é a minha Alma que tem compaixão por aquela Alma. E só nessa altura eu estou preparada para ajudar.
Quando eu tenho compaixão, posso ter à minha frente a pessoa com as melhores condições exteriores deste mundo e ainda assim ver uma Alma em sofrimento.
A partir daí, toda a ajuda que eu der vai ser uma ajuda válida, porque é uma ajuda interior. Eu vou sempre tentar que a pessoa entenda que não está a escolher em função da sua energia, em função da sua Alma, que está a fazer escolhas que não têm a ver com o seu caminho original. E com isso a própria pessoa pode compreender e mudar as suas escolhas, e finalmente encontrar-se. E durante o processo, ainda vai sentir -se valorizada, pois foi ela que conseguiu. A verdadeira ajuda é aquela de quem tem compaixão, não de quem tem pena. A verdadeira ajuda é aquela em que eu exerço a minha Alma fazendo com que o outro descubra a dele.


Apenas um desabafo de sexta-feira. Carpe diem! E bom fim de semana.

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