Voltei. Confesso que já estava com
saudade de sentir-me lida por vocês. Sei que alguém gostará, e isso é que
importa.
A minha amiga já está bem
instalada, foi “um achado” encontrar um apartamento nesta cidade e nesta época!
– e, diga-se de passagem, nada mau! O único inconveniente: trata-se de um terceiro
andar sem elevador, mas… podemos ver sempre o lado positivo, o copo meio
cheio e nunca meio vazio: não se consegue escapar à ginástica diária, acima e
abaixo.
De resto, parece que
finalmente chegou o verão, temperatura calorosa e gostosa. Já vale a pena dar
uns bons mergulhos e refrescar o corpo e a mente, mesmo no final do dia.
E a vida deve continuar
formosa, digo eu, com alegrias, deceções, altos e baixos. Talvez pareça alienada, mas preocupam-me pessoas e
coisas que me deixam triste e (quase) infeliz, mas nada é
mais forte do que a minha alegria e amor próprios…
Junho, um mês de festas; de Serralves em Festa
(agora 50 horas non-stop), dia de Santo
António na capital, dia de São João no (meu) Porto que, longe de casa, não irei comemorar…
porém, não me faltarão motivos e ocasiões para celebrar outras coisas: o facto de estar
viva e com saúde, ter amizades, a natureza que me rodeia…
Há uma coisa que abomino:
sentir pena das pessoas; sei que há quem goste disso, uma maneira de alguém se sentir superior a outrem, de alguma forma, sei lá; eu prefiro ter orgulho nas pessoas que comigo convivem, e estou sempre
disposta a ajudar, seja quem for. Diz-se que só devemos ajudar a quem nos pede a ajuda,
e é verdade. Todos temos a possibilidade de evoluir (espiritualmente), ou quiçá seja um dom com o qual nem todos nascemos, então o que sinto é compaixão.
Este texto de A. Solnado diz tudo:
Este texto de A. Solnado diz tudo:
(…) E
o que é a compaixão? A compaixão é:
– A
dor de uma outra Alma faz ressonância com a minha Alma.
Compaixão
é quando eu consigo olhar para uma pessoa e entender que aquela Alma está
enclausurada dentro de um corpo que não escolhe a Luz.
Mesmo
que essa pessoa esteja em melhores condições económicas e sociais do que eu,
posso ver a tristeza daquela Alma. Basta ser muito ambiciosa, ter um grande ego
e eu consigo logo sentir a dor da Alma que está ali dentro. Porque a Alma no
fundo só quer amor.
E é
a minha Alma que tem compaixão por aquela Alma. E só nessa altura eu estou
preparada para ajudar.
Quando
eu tenho compaixão, posso ter à minha frente a pessoa com as melhores condições
exteriores deste mundo e ainda assim ver uma Alma em sofrimento.
A
partir daí, toda a ajuda que eu der vai ser uma ajuda válida, porque é uma
ajuda interior. Eu vou sempre tentar que a pessoa entenda que não está a
escolher em função da sua energia, em função da sua Alma, que está a fazer
escolhas que não têm a ver com o seu caminho original. E com isso a própria
pessoa pode compreender e mudar as suas escolhas, e finalmente encontrar-se. E
durante o processo, ainda vai sentir -se valorizada, pois foi ela que
conseguiu. A verdadeira ajuda é aquela
de quem tem compaixão, não de quem tem pena. A verdadeira ajuda é aquela em
que eu exerço a minha Alma fazendo com que o outro descubra a dele.
Apenas um desabafo de sexta-feira. Carpe
diem! E bom fim de semana.
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