quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Pensamento(s)

Somos o que comemos e o que pensamos
Em que pensas? (pergunta diariamente o facebokas) e dou comigo a refletir sobre essa questão… Há coisas que nos deixam tristes, se nos pusermos a pensar nelas. E daí comecei a cogitar… logo na escola primária deveriam incluir uma nova disciplina “aprender a pensar” (além da de nutrição), ou seja: aprender como exercer algum controlo sobre o que pensamos. Isso significa estarmos suficientemente conscientes para escolher no que prestar atenção e escolher como construir conhecimento a partir da experiência, pois se não conseguirmos exercer esse tipo de escolha, a vida vai passando (correndo) e cada vez será mais complicado.
Controlar os pensamentos, além de necessário, é fundamental para ter-se uma boa qualidade de vida.
Claro que isso não é nada fácil, longe disso. A maioria das pessoas, em algum momento das suas vidas diárias, passam por sentimentos de ódio, de raiva, de frustração, de culpa, etc. e cabe simplesmente a cada um de nós saber controlar esses pensamentos.

Dá muita tristeza ver pessoas que, aparentemente, tendo tudo para viver uma vida tranquila, são criaturas sem paz, ansiosas, sempre vendo o lado negativo das coisas, criando um inferninho constante em seu redor e (inconscientemente) gostariam de empurrar os outros para lá também. E só fazem é afastar, pois tornam-se ‘pesadas’, dificilmente criarão amizades; e depois queixam-se de solidão, claro, o que torna tudo pior.
E o que podemos fazer? Nada! Pessoas desequilibradas emocionalmente nem se dão conta do seu estado e não estão dispostas a ouvir dos familiares ou pessoas amigas o que há para dizer. Elas mesmo têm que decidir tratar-se e, se tiverem possibilidades, talvez prefiram pagar workshops, ir a consultas em clínicas da mente, fazer regressão a vidas passadas ou hipnose, reiki’s, meditação… agora há uma infinidade de técnicas e/ou modernices com o intuito de curar a mente, tudo caríssimo e ainda com lista de espera! Falta saber se realmente funcionam, se a pessoa volta curada ao fim de um ano, o tempo de tratamento normalmente necessário, dizem.
Acredito que seja muito difícil curar sofrimento entranhado desde a nascença (normalmente, desde o ventre da progenitora) que deixa traumas e origina patologias psíquicas, como: fobias, ansiedade, depressão, transtornos alimentares, transtornos de pânico, etc.

É incrível como os nossos pensamentos nos influenciam e nos definem mais do que qualquer coisa na nossa vida e, portanto, são diretamente responsáveis pela nossa felicidade / tranquilidade / alegria. Temos sempre tendência a pensar que, se tivéssemos mais recursos - por exemplo: dinheiro, tempo... - todos os nossos problemas estariam resolvidos, chegando assim a tão almejada felicidade. Por que então existem tantas pessoas que, apesar de possuírem diversas riquezas materiais, ainda assim são infelizes? E por que existem pessoas que, apesar de quase não possuírem recursos, ainda assim vivem as suas vidas com alegria e felicidade? Pois… falta aquela sensação de estar bem consigo mesmo e com o mundo.

Temos nos habituado a ouvir a expressão “somos o que comemos”, porque a comida é uma
das necessidades mais básicas do ser humano, além de muito importante no fator saúde e doença. Contudo, creio que seremos igualmente o que pensamos, por isso vale a pena manter os bons pensamentos.

Se estou com raiva, por que estou a senti-la? Como me sentiria no lugar da outra pessoa? Essa culpa é minha mesmo ou alguém está a atribuí-la a mim e eu estou a deixar?
Isso é realmente tão importante assim para eu entrar em stress?
Buscar a raiz das nossas emoções pode ser um bom começo para levar-nos a refletir sobre elas e sobre o quanto estamos a deixar-nos ser levados, porque: ou controlamos as nossas emoções ou elas é que nos vão controlar! Como quase tudo na vida, essa deve ser uma batalha diária, que tentaremos vencer pouco a pouco, dia a dia, com a certeza de que a cada passo estamos mais próximos dos nossos objetivos.
Tanta gente que sofre e se ilude porque antes de tudo não se amou primeiro. Porque viveu uma vida inteira atrás de máscaras, enganando-se a si próprio/a e enganando os outros, e quando chegam à idade da velhice nada mais há a fazer, vivem de amargura e solidão; o tempo passou e é irreversível! Pode parecer que amar-se a si próprio seja vaidade ou puro egoísmo, eu penso que se trata mais de sanidade…
Acredito que Universo = Perfeição. Apesar de alguns desequilíbrios ambientais, calor demais, frio demais…o tempo sempre nos afeta, não é verdade? (tinha que dizer isso, apenas um aparte lol). Porém,nada como sentirmo-nos com saúde mental e física, e aceitar que tudo acontece por alguma razão (que o coração desconhece). Até por algum motivo nascemos e estamos aqui…Não deixemos ninguém pisotear nos nossos sentimentos, na nossa moral e na nossa personalidade. Sigamos em frente, sejamos felizes com nós mesmos/as, sem cerimónias, sem pudores e sem preconceitos!

Hoje em dia é muito difícil – ou uma sorte – contar com os outros, muitas vezes até com os da própria família! Há muita gente  sem opinião própria e que se limita a repetir o dia-a-dia aceitando tudo, ou a imitar o comportamento dos demais. Nada de grandes pensamentos, de grandes filosofias. Ficam-se com as vedetas, o futebol, as telenovelas, as revistas cor-de-rosa, com os sorrisos e as caras idiotas da TV. Tudo a pastar, é o que parece às vezes.
Outros fazem da vida uma corrida, em que se atropelam uns aos outros em busca do emprego, do dinheiro, do poder, da carreira. Por isso é que há cada vez mais solidão e doenças mentais. E mais medo. O importante é parecer bem. E aceitar a máquina que nos governa... E assim caminha a mediocridade, e é assim que nos querem, cordeirinhos. Que não usemos a nossa alma = essência. Que não usemos a nossa inteligência. Zombies, é o que parece muita gente.

Tudo pode mudar quando descobrimos (ou pensamos) que é possível ser feliz sozinho/a. E se chegar alguém à nossa vida, que seja para nos transbordar, não apenas completar...


Aceitares-te como és é meio caminho andado para que a realidade não derrote a tua autoestima!

Sem comentários:

Enviar um comentário