segunda-feira, 26 de março de 2018

E então...?

Ainda no seguimento do meu texto relações/ralações, calhei de encontrar este artigo escrito pelo Dr. Drauzio Varella, médico oncologista, cientista e escritor brasileiro, onde está tudo dito como se (man)ter uma relação a dois saudável. Não partilho aqui o link porque é tanta publicidade pelo meio quando tentamos ler este tipo de artigos que ‘enche o saco’, então apenas transcrevo o respetivo texto, que merece ser lido:
“Para que serve uma relação…?

“Uma relação tem que servir para tornar a vida dos dois mais fácil”.
(…) Algumas pessoas mantêm relações para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a si mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça. Todos fadados à frustração. Uma armadilha.
Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.
Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo, enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio, sem que nenhum dos dois se incomode com isso.
Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada uma pessoa bonita a seu modo.
Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.
Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro, quando o cobertor cair.
Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.”
Apenas e só isso! Porém, na prática nada parece assim tão simples… e daí tanta gente solta.
Cada vez há mais pessoas a preferirem viver sozinhas, tanto homem como mulher. Onde anda o nosso ou a nossa “mais que tudo”? Com tanto egocentrismo, que até dói, mas até entendo - quando as pessoas já passaram por uma ou mais relações anteriores que as fizeram sofrer - anda tudo a viver na defensiva… E assim vai-se encontrando por vezes umas aves raras que nem se tocam do ridículo ou do mal que fazem a si próprias/os, e aos outros, eventualmente… Vê-se de tudo: mulheres que aceitam qualquer coisa com medo(?) de estar sós (felizmente há também muitas que não aceitam), cada vez mais homens que arranjam uma forma de ‘encostar-se’ (literalmente) a mulheres com uma vida já desafogada e assim é mais cómodo (inversão de papéis, é justo...)…e por aí fora...Vidas frustradas, quantas, todos sabemos…
Curiosamente reparo, quando passo por um casal, lá vão os dois de cara sisuda, mesmo de mão dada; se passa um pequeno grupo de mulheres, todas elas vão divertidas com algo, com risos na cara! Notam-se estas diferenças, quem quiser reparar…
Mesmo de propósito! Tinha eu preparado este rascunho quando fui dar uma caminhada até ao molhe, aproveitando a trégua da chuvinha chata. Passaram dois jovens ciclistas em sentido contrário, um seguramente estaria perto dos 20 anos, outro não sei se chegava aos 30. Falavam alto, sei lá porquê, e quase me apeteceu ir atrás para poder apanhar o resto da conversa entre homens. Só ouvi o mais velho “não é que eu queira ficar sozinho; claro que quero ter alguém na minha vida; mas não quero uma gaja toda rebentada!”…
Fiquei a pensar no adjetivo, rebentada?! Parece que andamos todos rebentados com a vida, daí que estamos todos na defesa, em qualquer idade! Já há muita gente que se rebenta ou deixa rebentar-se demasiado cedo, ai que horror.
Neste mundo que ficou doente, indecente, já ninguém quer apaixonar-se por ninguém. Fica mais prático andar na curtição, viver o momento fugaz, ou seja, usar e ser usado. Onde andam os cavalheiros (os de antigamente), aqueles que batalhavam pelo amor de uma mulher, batalhar no bom sentido, porque nada na vida deve ser uma luta, ou fica cansativo, apenas um esforcinho para algo valer a pena!... Quando de repente lhes ofereciam flores, ou mandavam um piropo simpático (agora a tudo se chama assédio sexual, raisparta), quando lhes escreviam bilhetinhos ou cartas de amor… ‘pequeninas’ grandes coisas que faziam uma mulher sorrir, e apaixonar-se… chamem-me antiquada, ou o que quiserem…
Atualmente está tudo em desuso… com esta mania das mulheres quererem comandar o mundo (nada contra, mas cada macaco no seu galho), são eles que desistiram e ficaram os frágeis, os que (receosos) deixaram de ter iniciativa e esperam (sentados, digo eu)…
Posso estar enganada, ou serei exagerada, mas falo do que vou registando ao meu redor… E…vendo tanto gajo por aí, parvo e desinteressante (me perdoem os doces homens, os inteligentes e/ou interessantes), para que uma mulher quer um homem, se não for para agradá-la e fazê-la feliz, em todos os aspetos, dando-nos vontade de retribuir igualmente…
Há quem não goste de estar só, mas também não está com paciência para aturar ninguém… como ficamos? A continuar assim, mais vale mesmo rebentar com tudo e fazer um reset neste mundo doido…
                              “Ninguém é de ninguém mesmo quando se ama alguém”

quinta-feira, 22 de março de 2018

A vida é uma soda… já dizia Fócrates!

Sabem que mais…? estou a precisar de automotivação
Há dias em que temos vontade de dormir e esquecer o mundo lá fora; ora por causa do vento e frio que nunca mais acaba, e nem dá vontade de caminhar ou andar de bicla; ora porque há pessoas abestalhadas e não podemos mandá-las à outra parte (dita o bom senso)… eventualmente poderemos evitá-las, felizmente…
Há dias assim, estamos dispostos a matar alguém, no dia seguinte é de tréguas, tréguas da chuva, tréguas do vento, tréguas do nosso pensamento. Lá teremos que fazer as pazes com a nossa pessoa, e com a parte negra dos outros.


Ando com vontade de marear, porque isto em terra tá que tá! Farta de conviver com terráqueos ignorantes e que andam a dar cabo disto tudo (para não dizer aqui palavrões)!

É que nem eu me aguento às vezes, quando dou por mim a dar demasiado valor ao lado negro das pessoas e das situações. Devemos estar atentos a todas as pessoas ‘esquisitas’, mas sem nos focarmos nelas, pois corremos o risco de enlouquecer junto, ou ainda deixarmos de conseguir ver o seu lado bom, o lado que nos pode trazer coisas positivas, ensinamentos, motivação.
Perdemos demasiado tempo a contestar, a reclamar e a lamentar quando poderíamos seguir em frente de imediato. 
Na época atual em que as pessoas são tão egocêntricas, e muitas vezes solitárias, pergunto-me se alguém consegue viver sem afeto.
Acho que sim, quando penso em gente (incluindo crianças) que é continuamente agredida ou mal tratada, ou está sozinha no mundo; muitas pessoas não têm afetos e ainda assim conseguem sobreviver.
Também acho que sim, quando penso nos sem-abrigo, sem ninguém e sem nada, mas ainda assim, vivos.
E acho que não, quando oiço falar em suicídio, em depressão… Concluo então que muitos conseguem viver sem afetos, mas nem todos…
O ser humano é um animal muito peculiar…

Então... o que nos move?

O que é que nos faz continuar a andar, o que nos faz lutar??? Somos nós próprios, é o nosso amor, o amor que sentimos por nós e por quem nos quer bem também, é o AMOR que temos à vida, é o SOL a bater-nos no rosto, é a brisa que sentimos na pele, são os pequenos momentos que nos preenchem, é a felicidade que já sentimos tantas vezes e que queremos voltar a sentir, é o querer, é o dar vida, é o VIVER, é o fazer os outros felizes, é SORRIR.
Somos seres maravilhosos, então vamos deixar para trás as coisas más e pensar no que nos move. Vamos lembrar-nos das pequenas coisas que nos fazem bem, que nos fazem felizes. As sensações agradáveis, os pequenos prazeres e pensar neles com muita força.
Tão...tão... tão...meio down... acontece!
Vou desligar, partir para outra: ler um livro!
A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. Fernando Pessoa.

segunda-feira, 19 de março de 2018

Dia do Pai

Este o meu Pai que já partiu para outra dimensão, onde espero esteja tranquilo, envolto em LUZ. Fez o que soube e o que pôde… Sinto GRATIDÃO por me ter dado esta Vida.

Há FILHOS tristes porque nem chegaram a conhecer o seu PAI, outros que ficam revoltados para toda a vida porque foram rejeitados pelo seu progenitor, outros que são estragados com demasiados mimos, e na separação dos pais vivem numa espécie de guerra todos os dias, tudo isso porque vivemos num mundo demasiado imperfeito, e desequilibrado, uma bola de neve sem fim…

Ser um grande Pai não significa ser perfeito
Ser um Pai de verdade significa ser humano, dedicado e respeitoso
Maturidade não vem com a idade
Maturidade vem com a aceitação das responsabilidades…

Dedico este texto a todos os Pais de verdade, com os votos de Feliz Dia dos Pais

(…) “Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é expor-se a todo o tipo de dor, principalmente o da incerteza de agir corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo.”
- José de Sousa Saramago (1922 – 2010)

quinta-feira, 15 de março de 2018

Sombras...

(Aviso: este texto é interdito a menores de… qualquer idade!)

Um dia ouvi contar a história da amiga de uma amiga que, quando era jovem e (mais) bonita, devorava tudo e todos. E penso: não sendo por dinheiro, seria ninfomaníaca?... Pois gabava-se que uma vez acordou com um na cama, na hora do almoço foi transar com outro, e ao fim da noite “adormeceu” com um terceiro… Caramba, haja energia, e libido!... Nada contra. Mulher pode ter igualmente apetites e taras como o homem, por que não, desde que não tenha o coração preenchido...Aquilo lava-se e está pronto para outra (dizia ela). Hoje em dia vive só com os seus bichinhos e não quer nem se interessa por ninguém…

O que é a leitura das sagas “50 Sombras de Grey” (da autora britânica E.L. James) ou “Pede-me o que quiseres” (da alemã Megan Maxwell), comparado com essa e outras histórias que (des)conhecemos, as Sombras reais de cada um de nós?...
Confesso: aprecio literatura erótica, e os respetivos filmes. Li estas duas trilogias, primeiro a das Sombras e mais tarde a outra, quase deixando esta a meio porque comecei a pensar que era mais do mesmo, mas não, o das Sombras aborda mais o sadismo/masoquismo, a dominação/submissão, enquanto “pede-me tudo e mais alguma coisa” aborda essencialmente o voyeurismo e o swing. As duas obras são bem conseguidas em mostrar-nos o que existe no mundo do erotismo onde tudo é aceite, onde os desejos mais escondidos podem ser satisfeitos, e onde o limite é o prazer máximo. Sem querermos imitar nada daquilo, ou sabe-se lá…entusiasma-nos (e intriga-nos) saber que o verdadeiro amor pode misturar-se com cenas mórbidas e excitantes, e nessas leituras quase participamos das mesmas, sentindo um formigueiro ou nervoso miudinho, por eventualmente estarmos 'em pecado' ao ler/viver algo que, segundo as regras sociais e do decoro, não deveríamos…

Esta a minha opinião, de alguém que se sente muito “normalinha” (quando curto literatura erótica ou sei das histórias de amigas ou amigas de amigas). Fui ver o primeiro filme das Sombras e, como normalmente acontece, o filme fica sempre aquém do livro, muito fraquinho. Já nem fiquei com vontade de ver o segundo, mas... se eu assar perto de algum cinema onde esteja esse filme, por que não?

Contrariamente à ideia de que o uso dessas técnicas sádicas e masoquistas, ou práticas BDSM, é mais apropriado para "amores" de ocasião, ou amores que estão em fase terminal, que precisam de uma injeção de "novidade" para se manterem vivos, nestas duas histórias há finais felizes.  Porque, eventualmente para quem queira apenas experimentar ‘sensações fortes’ sem sentimento associado, tudo acabará mais dia menos dia, pois acredito que o que sustenta uma relação no que diz respeito ao sexo, é sexo gostoso, natural (próprio da Natureza), com intimidade, com respeito, com apreço, com toneladas de carinhos…

Enfim, a literatura erótica está a espalhar-se (a normalidade começa a enjoar, é o que parece) e tem dado a volta à cabeça de muita gente, inclusive a quem já não lê um livro há que tempos…Porém, quem quiser arriscar e tentar algo com o seu parceiro ou parceira, convém que se prepare para tudo, ou primeiro vá ‘apalpando terreno’…
A propósito, li um texto hilariante, de uma amiga de amigo, a quem pedi para reproduzi-lo aqui (desculpe a linguagem, quem for mais ‘sensível’). Ri muito.  Fico sem saber se aconteceu mesmo, ou se é um episódio (bem contado, por sinal) de "uma sombra" da vida dela, uma sátira sobre o livro "As 50 sombras de Grey".

Eis:
50 SOMBRAS DE BAI-ME À LOJA
- ou seja
VAI DAR BANHO AO CÃO
"... apesar de ele, o meu marido e homem, dizer que era uma chachada para gajas "mal fodidas", eu li o livro à mesma.
Nos intervalos do trabalho, na casa de banho, na cama, quando ele já estava a dormir. E, pronto, depois deu-me para isto!
Fomos passear ao shopping ou centro comercial, como costumamos fazer aos sábados. Vesti os meus leggings giros, as botas de salto alto, aquele top da Zara que ele diz que me faz as mamas boas. E andávamos por lá, a ver se encontrávamos umas calças para ele levar para o trabalho.
Quando fomos comer à Pizza Hut, comecei a enfiar a palhinha na boca devagar, a metê-la e a tirá-la, enquanto olhava para ele.
- Tá tudo bem? Assim vais engasgar-te!, perguntou, com a boca ainda meia cheia de uma côdea de pizza.
Respirei fundo e fui passando o dedo nas mamas. Nada. Empernei com ele, tentei esfregar-lhe o salto entre as pernas mas acabei por lhe dar, sem querer, um chuto nos tomates.
- Porra, tu não estás boa hoje! Põe-te quieta!
No cinema, ele meteu o braço por cima do meu ombro. Peguei-lhe na mão e enfiei o indicador dele na boca. Ia começar a sugar devagarinho quando ele deu um salto na cadeira, tirou o braço de rompante e sussurrou:
- Que nojo pá! Tás a chupar-me a mão para quê? Ainda há bocado fui cagar!
Não desisti.
Durante o filme meti-lhe a mão na pila, por cima das calças, e comecei a esfregar. Ele até começou meio a querer inchar mas, depois, quando os gajos começaram a disparar no filme, tirou-me a mão e agarrou-se ao balde das pipocas.
- Não estou a usar roupa interior..., sussurrei-lhe de forma sensual.
- Quê?! Não percebi nada do que disseste.
- Esquece, tá!
Não era ali que a coisa ia acontecer.
Fomos para casa e, no carro, comecei a afagar-lhe a nuca e a morder-lhe o pescoço.
- Tu hoje queres festa! Estás que não te aguentas!, disse ele, metendo-me a mão entre as pernas - tem calma que a gente já trata disso!, acrescentou.
Quando chegámos a casa, ainda me rocei na parede, de costas, rabo empinado, mas ele foi-se logo enfiar na casa de banho.
- Desculpa lá, tenho de ir "ao WC" outra vez. Deve ter sido da chanfana que comi ao almoço.
Aproveitei a espera para sacar do kit completo.
Lingerie preta, as ligas, tudo! Acendi umas velas no quarto, pus a máscara veneziana que encomendei na internet e deixei o chicotezinho de tiras de couro na mesinha de cabeceira.
- O quê, que "raio de merda" é isto?!
- Pensei que hoje podíamos experimentar qualquer coisa diferente...
- Mas isto é uma casa de putas ou quê?! Onde é que foste buscar estas merdas? Andas a "comer" algum Gajo que gosta de levar chibatadas, é? Olha, eu vou mas é dormir à casa da minha mãe. Amanhã a gente conversa.
Já estou arrependida de ter lido o raio do livro."

E assim ficou alguém desconsolado/a, a chuchar no dedo… estão a ver no que dá estas coisas…? 
Ah pois é… 

sexta-feira, 9 de março de 2018

Visita rapidinha à cidade berço

Foi uma vez num sábado e voltou domingo; foi um passeio rápido pela cidade que ela nunca aprendeu a amar, porque foi levada bem pequenina para as terras quentes do ultramar. E o inconsciente não perdoa, foi arrancada de lá sem entender nada, e nunca mais haverá uma terra como aquela. Foi um sonho. 
Sem raízes, agora estará bem em qualquer lugar, desde que haja calor humano à sua volta, e onde o clima seja ameno a maior parte do ano.

Não sente falta de “ir à cidade”, mas quando passa por lá surpreende-se com as mudanças, tanta coisa nova, tornou-se a verdadeira turista no lugar que a viu nascer. Sim, está bonita aquela cidade que foi considerada, já pela terceira vez, o melhor destino europeu. Porém, como nesta vida tudo tem o seu reverso, boa/ótima para os turistas, e cada vez pior para quem lá mora. Salários continuam baixos, há falta de lugar para morar, etc. (...) Enfim, sem mais comentários.

A sua cidade é e sempre foi famosa pela gente hospitaleira que a habita, os portuenses, além daquela pronúncia do norte inconfundível. O sotaque dela é que continua a ser uma mistura de “tudo um pouco”, que ficou da convivência prolongada com pessoas angolanas, brasileiras e, mais recentemente, com novas amizades de outras nacionalidades com quem tenta manter uma conversação pausada, para que lhe entendam. Aliás, morando num país onde o estrangeiro nem precisa se esforçar muito, desde que se saiba falar Inglês… quem tem mesmo que falar pausado é a amiga inglesa, ou a sueca, ou… quem não vai entender mesmo nada é ela. Falta de prática. Mas isso não interessa nada, a mímica dá sempre muito jeito ou, eventualmente, pergunta-se ao Dr. Google no telemóvel, caso seja algo imprescindível. 
Vai travando conhecimento com pessoas divertidas e generosas com quem passa bons momentos. Semelhante atrai semelhante, dizem. Falar inglês com povo italiano ou espanhol, nem pensar… ou, como diria minha amiga brazuca, nem fu*&%$ndo…!

Menos de 24h para ver a cidade é insuficiente, mas sentia-se feliz. Ia pernoitar ao pé de pessoas amigas que já não via há algum tempo e gostaria de lhes dar um abraço, porém reconhecia que esse momento ia saber a pouco. Ou via todos ou não via ninguém. Então preferiu que não soubessem que ela andava por aquelas bandas. Ao anoitecer de sábado decidiu calcorrear o centro e descobrir novidades, parando para tomar uma cerveja belga no lindo espaço, moderno e intimista, do Mercado do Bom Sucesso. 
Mais tarde, gostaria de ter ido abanar o capacete para a Baixa (zona ribeirinha ou dos Clérigos) onde está la movida portuense, até seria capaz de fazer uma direta, houvesse companhia para alinhar nisso… depois dormiria no comboio de volta ao sul, por que não? Porém… deu preguiça sair de casa com tanto frio. Refastelou-se no sofá e ficou a ver um bom filme na TV, e ainda havia muitos canais para zapear

Vai se informando aqui e ali sobre o que há de novo na sua terra, quer experimentar tudo o que puder quando tiver mais tempo, e entretanto encontrou muita informação reunida aqui: http://observador.pt/2017/02/09/20-razoes-que-fazem-do-porto-o-melhor-destino-europeu/
(muito bom, qualquer turista pode aproveitar as dicas)

Domingo, antes de partir, ainda deu mais umas voltinhas pela cidade, aproveitando o SOL e o bom tempo que especialmente fazia naquele fim de semana, como se a cidade sub-repticiamente lhe dissesse “deixaste-me, mas também brilho aqui para ti, quando quiseres, por isso volta sempre que te apetecer!”.

Voltará. E aprenderá a gostar daquela cidade onde há lugares que lhe trazem lembranças saudosas. Tudo faz parte da vida. Bib’ó PORTO carago!

Marisol (alter ego, a portuense desnaturada)

quinta-feira, 8 de março de 2018

8 de março

Dia da Mulher

Um dia recebi este texto e, partilhando-o agora, quero homenagear hoje (e sempre) as mulheres com M - de Maravilhosas - de todas as idades e feitios, em especial aquelas que em pleno século XXI ainda vivem com medo, sendo maltratadas e escravizadas pelos seus (pseudo) companheiros... sem falar daqueles países onde é um risco nascer mulher... :-(
SER MULHER é ser:
💗Uma boneca ao nascer

💗Princesa aos 15

💗Bela aos 25

💗Passional aos 35

💗 Inesquecível aos 45

💗 Uma dama aos 60

💗Especial aos 75 

💗Formosa toda a vida…!!!

💗Ser mulher é chorar as dores da vida em silêncio e sorrir em apenas um segundo...

💗É tropeçar, cair e voltar a caminhar...

💗Ser mulher é ser eleita para trazer vida ao mundo...

💗"A mulher foi feita da costela do homem. Não da cabeça, para ser superior. 
Nem aos pés, para ser pisada. Mas do lado para ser igual, debaixo do braço para ser protegida e ao lado do coração para ser Amada!" 

Então… feliz do HOMEM que sabe valorizar e tratar uma MULHER com a sensibilidade que ela merece! (e vice versa) …será FELICIDADE garantida, digo eu.

segunda-feira, 5 de março de 2018

Pessoas. Polaridades.

A vida tem coisas incríveis e tem me ensinado muito, felizmente…

Quando posso ou me lembro, gosto de ver aquele programa da SIC “Alta Definição” aos sábados de tarde. São convidados artistas de todas as áreas, gente conhecida VIP – se fosse em Português seriam PMI – que vêm ali expor abertamente os seus sentimentos, intimidades e gostos pessoais, muitas vezes choram, pois afinal somos todos feitos de farinha do mesmo saco. Somos humanos, uns mais do que outros, obviamente. 

Este tipo de entrevistas atrai a parte de mim que agora me diz que devia ter me formado na área da psicologia. Também acho que devia ter sido professora. OK paciência, agora já era. Nesta fase da minha vida só me apetece ser o que me apraz SER, e o que me faça levitar, se possível for, sentindo a “insustentável leveza do ser”. Certamente há e haverá contrariedades pontuais, mas haja perseverança e esperança, não há mal que sempre dure… Querer é poder, um dos meus lemas. Se não quero muito, então também não posso, e desisto facilmente.

Como sou assim positiva, até demais às vezes, custa-me ver quem sofre e quem vê sempre o lado negativo da vida, sem esperança… Incrível como as coisas acontecem em nossa vida. Há pessoas que conhecemos ao longo da vida e eventualmente nunca mais as veremos, foi algo casual, outras ficam para sempre. Por umas até nos apaixonamos, a querer ou sem querer; outras pouco ou nada nos dizem. Por que isso acontece, não dá que pensar? Será que atraímos o oposto ou o semelhante? Por que coisas ruins acontecem com pessoas boas? E por que gente sem escrúpulos parece ter mais sorte?!

Quero crer que, no âmbito da Energia Universal, as oportunidades são as mesmas para Todos; o que faz a diferença é se somos recetores resistivos ou capacitivos diante das situações. Tal como na eletricidade, quando a devolução é negativa o recetor é resistivo; se é devolução positiva, o recetor é capacitivo.

Tento compreender por que umas pessoas irradiam energia positiva e outras, negativa. Daí resultar aquela primeira impressão quando conhecemos alguém. Pessoas positivas são amorosas, felizes, compassivas, amáveis e solidárias. Têm uma vibração acolhedora e intuitivamente sentir-nos-emos seguros, felizes e relaxados em torno delas.
Pessoas negativas  têm uma vibração desanimadora: são críticas, infelizes (vivem a reclamar de tudo) e gostam de colocar os outros para baixo. Intuitivamente vamos sentir-nos inseguros, infelizes e tensos em torno delas. E aceitar as pessoas como elas são não nos obriga a conviver com elas, por mais amor que lhes tenhamos, pela nossa sanidade mental.
Se nos lembrarmos que a energia tem polaridade (opostos), e que onde há um tipo de energia poderemos balançar o pêndulo para o outro lado, temos então o poder de passar do negativo para o positivo instantaneamente. Por exemplo:

- Façamos o que nos faz felizes. 
O que nos anima? O que nos faz sentir bem e realizados? Vamos fazer isso e mais do mesmo.

- Sintonizemos a mente / o corpo. 
Se tivermos um pressentimento sobre algo, sigamos a nossa intuição. Às vezes temos a mania de querer usar a lógica, e quando vamos contra a nossa sabedoria intuitiva estamos sujeitos a sentir-nos infelizes, ressentidos, frustrados, culpados, tristes, com raiva...

- Vamos escolher ver o lado bom das pessoas. 
Algumas pessoas são simplesmente horríveis de lidar. Não há como contornar isso. No entanto, não temos que baixar a nossa vibração (em pensamentos, palavras e ações) para o nível delas também. Temos que permanecer acima de toda essa negatividade e, em vez de criticar, culpar ou julgar uma pessoa, vamos elogiá-la em algo, ter compaixão com a dor interior que a leva a comportar-se mal, ou simplesmente deixá-la ir!

- Temos que saber que podemos controlar a nossa própria energia. 
Depende inteiramente de nós até que ponto somos ou não influenciados pela energia dos outros. Como disse Eleanor Roosevelt: "Ninguém poderá fazer você sentir-se inferior sem o seu consentimento." A mesma filosofia se aplica quando alguém nos faz sentir irritados, tristes, inúteis, etc. Somos nós que escolhemos a forma como reagir à opinião dos outros.

- A sensação de depressão e ansiedade pode surgir de repente, mas podemos evitar identificar-nos com ela. 
Quantas vezes dizemos "Estou com raiva" ou "Estou triste"? Em vez de dizer dessa maneira, que encarna a emoção, melhor experimentá-la assim: "Estou a sentir-me triste" ou "Estou a sentir raiva"… Nunca incorporar esses sentimentos, apenas experimentá-los e deixá-los ir. Vamos encarnar apenas sentimentos positivos, do género "Estou feliz"…

- Falar sobre o que pode dar certo em vez do que pode dar errado.
Recentemente, os cientistas provaram que emoções e pensamentos negativos persistentes afetam o corpo. As pessoas ficam propensas às doenças. Temos que sentir bem-estar, optar pelos pensamentos positivos e concentrar-nos no futuro que desejamos criar - um futuro baseado no amor, felicidade, abundância e liberdade. Evitemos falar de um futuro baseado no medo, dor, escassez e problemas. Exige algum esforço, mas podemos treinar a nossa mente nesse sentido.

- Em qualquer situação, imaginemos os dois polos da energia. 
Sempre que nos encontremos numa situação da qual não gostamos, vamos elevar mentalmente a nossa energia tão alto quanto as nossas crenças permitirem. Quanto mais fizermos isso, mais elevada será a nossa vibração; na parte alta está a energia positiva que fará com que tudo na nossa vida corra bem. Na parte inferior é a energia negativa, a baixa vibração que faz com que tudo na vida de algumas pessoas seja uma série de problemas e lutas…
Dedico este texto a pessoas minhas amigas que confidenciam sentir-se em baixo muitas vezes, seja por que motivo for, e eu (como amiga) tenho pena de não poder ajudar, talvez seja preferível recorrer a ajuda de um bom profissional. Quanto a mim, vou aprendendo que a vida é feita de constantes mortes quotidianas, lambuzadas de sabor amargo e doce. Cada fim prevê um outro começo. Cada ponto final abre espaço para uma nova fase.

“O que flui, flui. O que termina, termina. E o que tiver que ser, será. E se não for, tudo bem. Porque eu só tenho espaço e energia na minha vida para pessoas e coisas que me façam feliz.”