sexta-feira, 27 de abril de 2018

FelicIDADEs

Boatos
Na era de ou da informação desenfreada, mal de quem acredita em tudo, é que é tanta (des)informação – ou seja: falsa, na maioria das vezes - que acabamos por não acreditar em mais nada; incluindo a treta das correntes via redes sociais (antes era por e-mail mesmo), de qualquer teor, em que eu (naive tantas vezes já fui) apago logo ou passo-as somente a quem mas enviou, e fica por aí mesmo. Sorte ou falta dela, que volte à origem, haja pachorra!
Mi engana ki eu gosto!
Mas ler um boato como este a seguir não desagrada de todo, convenhamos (recebido por whatsApp):

*FINALMENTE  UMA  NOTÍCIA  BOA* 
*OMS reclassifica conceito de Jovem / Idoso*

Anteriormente, uma Instituição Inglesa  (Friendly  Society Act) definiu, em 1875, que "Idosos" eram indivíduos a partir de 50 anos...

Diante da evolução da qualidade dos alimentos, das atividades físicas, hoje praticadas pela maioria das pessoas, e do avanço do número de pessoas que escolheram melhorar a alimentação, o que deu mais qualidade, e aumentou a expectativa de vida das pessoas, a Organização Mundial de Saúde (OMS) fez uma nova avaliação do conceito de “ser Jovem, ter Meia-idade, e ser Velho”:

01)  *Menor de idade:*  0 a 17 anos;

02)  *Jovens:*  18 a 65 anos;

03)  *Meia Idade:*  66 a 79 anos;

04)  *Idosos:*  80 a 99 anos;

05)  *Idosos de Longa Vida:*  maiores de 100 anos.

Que felicIDADE, sermos JOVENS mais tempo! Porém, a verdade é que, com o passar dele (do tempo), ou dessa coisa chamada idade, acontece uma coisa BOA, entre outras: vamos nos conhecendo cada vez melhor, e aos outros que nos rodeiam. Isto é, para alguns, porque há gente que gosta de enganar-se ou distorcer a realidade, (in)conscientemente, mas já sabemos que neste mundo nunca nada é 100% perfeito.

Por exemplo, vou descobrindo que sou desorganizada e desorientada. Desorganizada porque fico em stress '1 semana antes' só para fazer uma malita e ausentar-me alguns dias em passeio, modo mini férias. Que horror. 
Sou desorientada porque mesmo com GPS ou com a indicação prévia de um lugar, e se na dúvida tiver que escolher, sigo sempre para o lado errado…

Acontece, pois... Ninguém é perfeito, e eu faço parte dessa imperfeição, apesar de meu nome ser “nobody”…
Bom fim de semana, que se espera já seja primaveril, com ou sem chuvinha, para “regar o juízo”…:D


segunda-feira, 16 de abril de 2018

TEMPO, Mudanças, o Antes e o Depois

Este fim de semana tivemos uma sexta-feira 13 que era simultaneamente o dia do Beijo. Sorte de quem os tem, beijos bons e gostosos, todos os dias; azarito de quem não beija nem é beijado, ou apenas terá amostras de beijitos… É que meio-termo não aprecio, ou é ou não é!

Se agora há o dia de tudo, por que não do beijo também? 365 dias não chegam então para tanta coisa que faz parte da nossa vida! Dos beijos é todos os dias, como dos filhos, dos pais, enfim… quem inventou estas coisas deve ter tido o objetivo de nos deixar a pensar que coisas boas existem, no meio de tantas feias ou maléficas. 

Não me recordo de Antes haver este tipo de lembranças, o dia de tudo… era um dia a seguir ao outro e já está. Empurrando a vida com a barriga, muita gente, muitas vezes. O Antes já está tão longínquo que, de repente, parece que o planeta virou ao contrário e estamos agora a ver coisas nunca antes vistas.

Antes:
Os filhos vinham ‘sem querer’, às dezenas (não havia anticoncepcional), o homem era o sustento do lar, mulher não precisava trabalhar. Os filhos ajudavam em casa e mais tarde seguiam ou não a arte do pai; desde cedo, cada um ia trabalhar e ganhar a vida, ninguém pensava em tirar cursos e, por mais que os filhos mostrassem habilidades, “não faziam mais do que a sua obrigação”…As famílias mantinham-se assim unidas.

Atualmente:
A família anda desmembrada, cada um para seu lado a fazer pela vida. O casal pensa primeiro em ter uma situação desafogada para decidir ter um filho ou, no máximo, três (se tiver posses, claro); a criança nasce e já pertence ao clube favorito do pai, tem conta bancária a crescer para, aos 18, já poder ter a vida feita, comprar um carro bom ou apartamento. Olha que maravilha! E muitos ainda se queixam, andam em psicólogos, por algum motivo será, exigindo tudo e mais alguma coisa, pois “não pedi para nascer”, dizem eles… Muitos ainda se casam e, se não der certo, voltarão na boa para casa do pai ou da mãe, ou dos dois (se ainda coabitarem) e querem é continuar a ter a “papinha toda feita.”
Evidentemente há exceções, mas reza a história atual que é mais ou menos isto.

Relação pais/filhos: hoje em dia até se tornou exagero. Qualquer ‘traquezito’ que a princesinha ou pequeno príncipe derem, é a coisa mai’ linda e mais cheirosinha que existe no mundo. E assim crescem as crianças, e eu fico a imaginar a futura humanidade, com essa autoestima tão elevada que por aí vai, teremos um mundo melhor, ou continuará a haver gente mal cheirosa a governar-nos como se não passássemos de meros números…?
Antes: A mulher chegava à idade casadoira e ai dela se não se casasse! Seria logo apelidada de tudo e mais alguma coisa, ou se não tivesse filhos…

Atualmente: Mulheres optam pela ‘produção independente”, escolhem o homem lindo e rico (de preferência, juntar o útil ao agradável) e vai de fazer um filho, quer seja consentido ou não, a lei depois obriga o progenitor a assumir, se necessário for… e querem continuar livres, deixando o filho nos pais para continuar a curtir, etc. e viva a liberdade!

Além da produção independente, ainda há agora também elas na paranoia pelos jogos de futebol, que antes era só apanágio do sexo masculino. Ficam até mais incomodativas do que eles hahaha

Antes: Levávamos um livro quando queríamos ir para a sanita ‘relaxar’…nem que fosse do Tio Patinhas!

Atualmente: Andamos sempre com o telemóvel a tiracolo, e até nesse momento de privacidade (bem ou mal) cheirosa vamos dando uma olhada nas novidades/fofocas, futilidades, sem perder pitada. Que stress!

Imensas coisas poderiam ser aqui enumeradas quanto às diferenças 'repentinas' num período de aprox. 40/50 anos, correndo o risco de tornar-se uma lista inacabável e exaustiva.

Ainda sobre o Antes e o Depois, às vezes me pergunto se o mundo era mais feliz antigamente, quando não havia carro para cada elemento da família, não havia telemóvel para saber se o familiar chegava a horas ou não, e por aí fora… Como é que se vivia sem este stress? Era possível que não houvesse solidão de idosos, como tanto se fala hoje em dia…a família estaria sempre reunida, então eram tempos de felicidade, temos que concluir.
A solidão é uma ‘doença’ dos tempos modernos. Cada um para seu lado, vivendo egocentricamente e falando para as máquinas.

O texto a seguir, cujo autor desconheço, mas parece pertencer a alguém brasileiro, relata a verdade nua e crua dos dias de hoje. Obviamente, há sempre exceções.

“Era uma vez uma geração que se achava muito livre. Tinha pena dos avós que casaram cedo e nunca viajaram para a Europa. Tinha pena dos pais, que tiveram que camelar em empreguinhos ingratos e suar muitas camisas para pagar o aluguer, a escola e as viagens em família para pousadas no interior.
Tinha pena de todos os que não falavam inglês fluentemente.
Era uma vez uma geração que crescia quase bilingue. Depois vinham noções de francês, italiano, espanhol, alemão, mandarim. Frequentou as melhores escolas. Entrou nas melhores faculdades. Passou no processo seletivo dos melhores estágios. Foram efetivados. Ficaram orgulhosos, com razão. E veio pós, especialização, mestrado, MBA. Os diplomas foram subindo pelas paredes.
Era uma vez uma geração que aos 20 ganhava o que não precisava. Aos 25 ganhava o que os pais ganharam aos 45. Aos 30 ganhava o que os pais ganharam durante a vida toda. Aos 35 ganhava o que os pais nunca sonharam ganhar. Ninguém os podia deter. A experiência crescia diariamente, a carreira era meteórica, a conta bancária estava cada dia mais bonita.
O problema era que o auge estava cada vez mais longe. A meta estava cada vez mais distante. Algo como o burro que persegue a cenoura ou o cão que corre atrás do próprio rabo.
O problema era uma nebulosa na qual já não se podia distinguir o que era meta, o que era sonho, o que era gana, o que era ambição, o que era ganância, o que era necessário e o que era vício.
O dinheiro que estava na conta dava para muitas viagens. Dava para visitar aquele amigo querido que estava em Barcelona. Dava para realizar o sonho de conhecer a Tailândia. Dava para voar bem alto.
Mas… sabe como é? Prioridades. Acabavam sempre ficando, ao invés de sempre ir. Essa geração tentava convencer-se de que podia comprar saúde em caixinhas. Chegava a acreditar que uma hora de corrida podia mesmo compensar todo o dano que fazia diariamente ao próprio corpo. Aos 20: ibuprofeno. Aos 25: omeprazol. Aos 30: rivotril. Aos 35: stent.
Uma estranha geração que tomava café para ficar acordada, e comprimidos para dormir. Oscilavam entre o sim e o não. Você dá conta? Sim. Cumpre o prazo? Sim. Chega mais cedo? Sim. Sai mais tarde? Sim. Quer destacar-se na equipa? Sim.
Mas para a vida, costumava ser não:
Aos 20 eles não conseguiram estudar para as provas da faculdade porque o estágio demandava muito.
Aos 25 eles não foram morar fora porque havia uma perspetiva muito boa de promoção na empresa.
Aos 30 eles não foram ao aniversário de um velho amigo porque ficaram até às 2 da manhã no escritório. Aos 35 não viram o filho andar pela primeira vez. Quando chegavam, ele já tinha dormido, quando saíam ele não tinha acordado. Às vezes choravam no carro e, descuidadamente, começavam a perguntar-se se a vida dos pais e dos avós tinha sido mesmo tão ruim como parecia.
Por um instante, chegavam a pensar que talvez uma casinha pequena, um carro popular dividido entre o casal e férias num hotel fazenda pudessem fazer algum sentido.
Mas não dava mais tempo. Já eram escravos do câmbio automático, do vinho francês, dos resorts, das imagens, das expectativas da empresa, dos olhares curiosos dos ‘amigos’.
Era uma vez uma geração que se achava muito livre. Afinal tinha conhecimento, tinha poder, tinha os melhores cargos, tinha dinheiro. Só não tinha controlo do próprio tempo.
Só não via que os dias estavam passando. Só não percebia que a juventude se estava escoando entre os dedos e que os bónus do final do ano não comprariam os anos de volta.”

E resumindo, tinha que vir hoje aqui blogar apenas para não deixar em branco o dia do tão apetecido beijo, que foi sexta passada e será todos os dias, apesar de me faltarem...Quem está longe das pessoas amadas é assim (azarito). Até outro dia!
“Não te beijo e tenho ensejo
Para um beijo te roubar;
O beijo mata o desejo
E eu quero-te desejar.”
 António Aleixo, in "Este Livro que Vos Deixo..." 

terça-feira, 10 de abril de 2018

BBB

É admirável quem tem sempre matéria ou conteúdo para nos animar (ou não) todos os dias, comentadores de rádio, blogueiros, facebukianos e afins…não parece nada fácil, haja inspiração e inteligência qb… Eu às vezes páro, sem saber o que mais inventar (no bom sentido), mas não desisto, claro. Insisto, isso sim.
Neste meu ‘slow blogging’ (aos poucos, e sem querer repetir-me), acabei de encontrar um rascunho datado de janeiro, que parece ter ficado por publicar… estranho… ando  a perder coisas pelo caminho, mas desde que não perca qualidades, tudo bem... Pois aqui vai agora.

Vida BBB

É assim que deve ser a vida: Boa Bonita e Barata! Fiquei inspirada para vir blogar, depois de um dia lindo, solarengo, apesar de frio. Durante as minhas caminhadas ou passeios de bicicleta penso em tanta coisa, do passado, presente e futuro. Alguns textos que leio no Facebokas, de amigos - virtuais ou não - também são inspiradores para mim.
Penso que o Universo é maravilhoso e só precisamos estar tranquilos e atentos para entender as mensagens, por que motivo conhecemos certas pessoas, ou por que nos acontecem determinadas coisas… ou como de repente estamos a fazer algo que seria impensável há uns anos atrás…
Esta nossa vida é curiosa e pelo caminho tenho encontrado pessoas lindas, sem as quais não seria feliz, agradeço todos os dias; e também por outras – algumas, calhaus com dois olhos – que têm o poder de mostrar-nos o que não queremos para nós. O balanço é positivo, por isso me sinto abençoada. É porque mereço, ora!
Gostei de um texto escrito e partilhado por um amigo, sobre a vida de antes e de agora (citado no meu blogue “proibido proibir”). Quanta diferença existe, porém a vida não deixa de ser interessante. Pertenço a uma geração da descoberta da liberdade e isso deu muito gozo, e muita alienação também. Há sempre quem não saiba respeitar os seus próprios limites. Hoje em dia todos se julgam livres, ou querem sê-lo, mas tudo não passa de ilusão, basta estar ligado “ao sistema” e são só regras e obrigações! E somos continuamente enganados.
Sinto-me especial nesta minha vidinha BBB. Não é qualquer pessoa que gosto de acompanhar, tem que ser especial, quase igual a mim. Ou não vai aturar-me, e vice-versa. Considero-me da geração nem-nem, nem jovem nem velha. Não é fácil entender isto. Há gente que se entrega à idade com todas as suas convenções, e isso para mim não existe. A idade é um conceito que alguém decidiu inventar, pois podemos encontrar pessoas velhas com 18 anos, e gente alegre e jovem aos 90!
Pode ser um tema interessante, o “antes e depois”. Mais escreverei a seguir, mal arranje tempo. Beijo-vos..

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Estorinha de segunda-feira

Apesar de às vezes encontrar-se com pessoas amigas, adorar ir dançar e curtir no meio de gente estranha e alegre, desde a tarde até à noite de uma tarde de domingo, na maior parte do seu tempo - bem ocupado (diga-se de passagem) - ela vai preferindo estar em sua própria companhia; lá anda ela por aí com os seus devaneios, pensamentos vários e simultâneos… (seria bom parar de pensar e ficar apenas no “nada”?… conseguir ignorar o que nos rodeia…deve ser uma paz!)
Imagina que deve haver quem a ache estranha, quem se der ao trabalho de reparar: a maior parte do tempo sozinha por aí, faça chuva ou faça sol, deve ter algum defeito, só pode, pensarão… então não é também o que lhe vem logo à mente quando se apercebe que há um novo vizinho a morar só, no mesmo piso? Hmmm homem só, entra e sai… estranho! E parece estrangeiro…
Afinal, somos todos ‘farinha do mesmo saco’, todos estranhos, pensa ela. Todos temos pensamentos acerca dos outros, e que nem sempre correspondem à realidade. Fantasiamos sempre muita coisa, quantas vezes errada. Quem é louco para preferir estar sozinho? Ela, por exemplo! Pois parece que a maioria das pessoas opta por estar mal acompanhada do que viver só. E os outros, serão os misantropos? Algum ou alguns motivos terão para andarem sós. Ou nasceram estranhos, ou já levaram muita 'pancada' da vida e da gente, e agora só querem é PAZ!

E o que interessa isso? Cada um seja o que quiser ser. Há quem diga que quanto mais velhos somos, também maiores se tornam as probabilidades de encontrarmos a pessoa da nossa vida ou, pelo contrário, de ficarmos sozinhos para sempre. Temos uma sensibilidade tão mais educada, damos tanta importância a pormenores, que depois não se chega lá com marketing e publicidade enganosa. Apenas com transparência.

AMAR dá muito trabalho, exige tempo, dói. Porém, não existe nada que valha mais a pena do que encontrar aquela pessoa em cujos braços poderemos adormecer, tranquilamente, como faz um bebé no colo da sua mãe. 
Na falta desse amor, contentemo-nos com o maravilhoso amor/amizade

O Tempo passa.
A vida acontece.
A distância separa.
As crianças crescem.
Os empregos vão e vêm.
O amor fica mais frouxo.
As pessoas não fazem o que deveriam fazer.
O coração parte-se.
Os pais morrem.
Os colegas esquecem os favores.
As carreiras terminam.
Os filhos seguem a sua vida como lhes ensinaram (ou não).
MAS...os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo e quantos km estão entre eles.
Um amigo nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade, torcendo por nós, intervindo em nosso favor e nos esperando de braços abertos, abençoando a nossa vida!
E quando a velhice chega, não existe coisa melhor do que um "papo" entre velhos amigos/as... as histórias e recordações dos tempos ou momentos vividos juntos, das viagens, das férias, das noitadas, dos "engates"...Ahh!!! tempo bom que não volta mais...
Não volta, mas pode ser lembrado numa boa conversa numa espreguiçadeira em tempo de lazer, debaixo da sombra de uma árvore, deitados na rede de uma varanda confortável ou numa esplanada de um barzinho ou restaurante, regada a bom vinho, não com desconhecidos mas com velhos amigos.
Quando iniciámos esta aventura chamada VIDA, não sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam mais adiante, nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros. 
Triste de quem não fez amizades, seja por que motivo for... 

(dedico este texto a quem sente a minha ausência do blogue, então hoje tinha que vir aqui citar e escrevinhar algo...)