Estes dias conheci uma
pessoa, possivelmente (mais) uma futura amiga, que há pouquinho tempo terminou um
casamento de 40 anos. Pensei eu “mais uma para o rol das soltas e divertidas”...
Será? Apesar de inserida numa família bastante tradicional e endinheirada, não
aguentou mais a pressão de anos de ciumeira à toa, que ia piorando ao longo do tempo, ele oito anos mais velho.
Tomou essa decisão após uma grande luta interna, foi-se abaixo, emagreceu, e agora lá está ela, só, na sua
casinha, a querer sair, rir, divertir-se, em suma: VIVER! E... por que tem que ser
assim?
Também, outro dia comentava eu
com um amigo que uma pessoa conhecida tinha deixado dois maridos, e ele
questionou “ou ela é que foi deixada?”… depois argumentou “é que as pessoas
pensam que deixam, mas há muito tempo já foram deixadas…” Pois é, deu que
pensar. O outro já deixou de dar atenção, de dar carinho ou amor, de ser compreensivo
ou competente em vários assuntos, por aí fora, e claro… o outro depois deixa…
não aguenta mais, e às vezes leva anos a deixar, pois nunca mais nada volta a ser o mesmo.
E depois li algo sobre o tema “É
quase uma epidemia ver tantas mulheres inteligentes e atraentes solteiras”… É
verdade! Ultimamente vai crescendo o número de mulheres independentes,
bem-sucedidas, divertidas, inteligentes e solteiras... Por que será que essas mulheres
lindas, incríveis, não encontram alguém para estar ao seu lado? Um dos motivos
será que elas aprenderam a valorizar-se e a ter consciência de si mesmas e de
tudo ao seu redor, e decidiram que não perdem mais o seu precioso tempo com quem
não lhes acrescente nada (e, quantas vezes, só atrapalha).
Outros motivos haverá:
- Não estão desesperadas por
um relacionamento, porque isso deixou de ser o mais importante nas suas vidas; aliás, nunca
estão sozinhas, e esperam o momento certo, até estarem totalmente preparadas.
- Como, durante muito tempo,
os homens eram considerados os chefes de família, muitos deles não sabem lidar
com uma mulher forte e independente, que não precisa de ninguém para cuidar
dela. E isso, muitas vezes, deixa o outro inseguro, complexado.
- Ao estabelecerem altos
padrões, e conhecendo o seu valor, elas só vão aceitar alguém se realmente for
compatível.
- Não toleram joguinhos
mentais, muitas vezes frequentes nos relacionamentos românticos. Colocam-se em
primeiro lugar e preferem estar sozinhas do que com pessoas que querem
manipulá-las.
- Não procuram a felicidade no
exterior, porque já a encontraram no seu interior. As mulheres inteligentes e
atraentes vivem as suas vidas com muita alegria e amor-próprio, e sabem que o
relacionamento consigo mesmas é o bem mais valioso que possuem.
Pessoalmente, e falando com honestidade
- achando que sou mais feminista do que outra coisa - concordo que a mulher conquiste o seu espaço no mundo, pois foi subestimada durante gerações… mas agora
também não é preciso extrapolar…
Como mulher, não quero ser mais ou menos do
que o homem, apenas caminhar ao seu lado, dar e receber amor na mesma medida; gosto
de ser mimada, e ser o centro do seu mundo, sabendo que nem sempre é fácil… (Ah esse centro
do mundo, ainda tenho que blogar sobre isso)…
Pensar que um sexo pode
viver sem o outro, seja lá por que motivo for, é um ensinamento pouco útil às
gerações atuais ou vindouras e uma celebração triste da nossa existência
enquanto espécie. A emancipação da mulher deve ser um motor de aproximação dos
dois sexos e não da sua separação. Há muitos casais que ainda têm muito orgulho
um no outro e isso é bom de ver, e saudável, um ótimo exemplo para os seus
filhos. Todos podem coabitar em harmonia se souberem gerir as suas emoções,
trabalhar em conjunto e dar suporte quando é necessário.
“O pior tipo de estranho é
aquele que um dia você tanto conheceu”…
Se gostei ou não... diria, se não me repetisse.
ResponderEliminarFica a propósito um poema que exprime o sentimento da morte do amor.
Morrem amores como tão depressa outros nascem... é o belo que o amor contém!
Sublinho uma só frase que de muitas também gostei:
«Como mulher, não quero ser mais ou menos do que o homem, apenas caminhar ao seu lado, dar e receber amor na mesma medida;»
O poema:
""
Amor que morre
O nosso amor morreu… Quem o diria!
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta.
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!
Bem estava a sentir que ele morria…
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre… e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia…
Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer
E são precisos sonhos pra partir.
Eu bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
Doutro amor impossível que há de vir!""
Florbela Espanca
Morri... de espancada...obg pelo poema e viva la vida!
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