A Vida é um mistério, todos sabemos. E o Amor, ai esse então,
“bota mistério nisso”!
Por que temos a oportunidade de conhecer tanta gente, e vamos
logo “implicar” com alguém em especial? Qual o motivo? O que foi que nos fez
aproximar, e muitas vezes tentar que dê certo?
Devia ser proibido chorar ou sofrer por Amor. Isso não existe!
Com Amor tudo tem que ser belo, perfeito, tristeza não é bem-vinda. Até já sou
chamada de Alice, aquela que vive na “bolha” das maravilhas (país não, esse está
do pior mesmo, assunto para outro texto)...
Uma das maiores bênçãos que podemos ter na vida é estarmos livres
da necessidade de procurar ou dar explicações. Aconteceu, pronto, vamos viver
com a intensidade que se deseja. Não encontramos ninguém por acaso. Temos a oportunidade
de aprender e evoluir com todas as Almas que encontramos.
“Os
encontros mais importantes já foram combinados pelas almas antes mesmo que os
corpos se vejam” escreve o famoso Paulo Coelho.
E
eu quero acreditar nisso, então nem me dou ao trabalho de procurar explicações
para os mistérios do Amor ou da Vida. Podemos andar à toa, perdidos anos e anos
por aí, mas - com Sorte - pode acontecer de algum dia alguém chegar e
conhecer-nos, ver-nos além da aparência exterior, ou seja: alguém tocar-nos a Alma. Estava predestinado. Simplesmente saberá quem eu sou, sem ser preciso
falar nada, essa pessoa vai saber o que eu sinto, só de olhar nos meus olhos,
ou através de um simples abraço. Sem confusão nem desconfiança, segura de si, saberá
dizer-me as palavras certas nos momentos mais difíceis, ou até no silêncio
saberá ensinar-me. https://www.youtube.com/watch?v=L3HQMbQAWRc
Conseguir que nos entendam depois que saibamos nos explicar é
ótimo, mas fazer isso sem palavras é uma dádiva. Não são muitas as pessoas que
vão realmente saber quem nós somos durante toda uma vida. E se essas chegarem aos
cinco dedos de uma mão, podemos agradecer ao Universo. E, em princípio, pelo
menos uma ou duas delas deveriam ser a nossa mãe ou o nosso pai. Será uma
bênção ter alguém que entende o nosso olhar, o nosso sentir por dentro... que nos
ama mesmo quando nos esquecemos das próprias virtudes. Essas pessoas são as que devem ficar guardadas no nosso coração, as que dispensam saber as nossas explicações. Há quem chame a isso
de Amor, outros de Amizade. Estou a desistir de encontrar definição, porque esse
encontro de Almas vai muito além da razão.
Basicamente, qualquer
pessoa pode mexer com as nossas hormonas, ou os nossos sentidos, e despertar processos químicos nos
nossos corpos, mas pouquíssimas despertarão a nossa Alma, e são estas que vão realmente fazer uma grande diferença nas nossas vidas, para melhor.
Quando nos sentimos mal
em algum relacionamento físico, poderemos afastar-nos sem prejudicar os nossos
sentimentos e sem ferir o nosso coração, mas quando se trata de uma conexão de Almas, não é possível mentir para nós mesmos porque, por mais que procuremos,
não encontraremos um outro alguém que nos faça tão bem, que nos complete e
traga a verdadeira alegria. Por isso se diz que podemos enganar o corpo com
outra pele, mas nunca o coração com outra Alma.
Creio que, muitas
vezes, duas Almas mesmo amando-se intensamente, precisam seguir caminhos
diferentes para que vivam novas experiências, aprendam as lições,
encontrem o caminho certo e talvez se encontrem novamente, numa fase melhor. E essa
separação na vida terrena não as impedirá de manterem contacto. Se um deles já partiu
para outra dimensão, quem acreditar em outras vidas, haverá o reencontro…
Normalmente, a visão
que temos sobre o Amor e a Vida se transforma quando encontramos a Alma que foi
destinada a estar junto à nossa. Prestamos mais atenção, fica mais difícil sermos
enganados por conexões falsas e os nossos corações entendem que ninguém mais
nos trará tanta felicidade e completude. Assim acontece para quem já viveu uma
relação feliz e perdeu-a, por algum motivo, trágico ou não.
Devemos aprender a
reconhecer a grande oportunidade que temos de estar perto da nossa Alma ‘gémea’
e que, apesar das experiências que tenhamos vivido nas nossas Vidas, sempre
estaremos conectados pelo Amor, aquele que nos une, alimenta e transcende os
limites da razão.
Quero acreditar e
entender que, algures e no momento certo, a Alma ideal está à espera de
encontrar-me, para que possamos continuar a nossa viagem juntos.
Até lá, confio que
o melhor está por vir e vou vivendo com a autenticidade que me caracteriza, tentando nunca enganar o meu sofrido coração. Histórias de amor
encantam-me, ainda mais quando leio testemunhos como este:
“Eu era
casada, tinha 2 filhos. Um dia encontrei o amor da minha vida, ele tinha 23 e eu
29. Foi uma história linda, mas não podíamos ficar juntos porque ele era
estudante e não tinha dinheiro pra manter uma família. Eu, ainda estando casada,
não podia tirar as crianças do conforto delas, junto ao pai. Os anos passaram e
novamente nos encontrámos, divorciei-me e casámos, hoje faz 36 anos que estamos
juntos. Somos felizes, viajamos pelo mundo inteiro e vivemos na Europa, e somos
avós de 3 crianças.”
Vida misteriosa esta!
Admito
que sou muito crente, é verdade. Só consegue entender quem
passa por esse tipo de experiências, porque não são as palavras que explicam, é
algo muito mais forte. Algo que não depende de nós. Mesmo que, por alguma razão,
os dois não possam estar juntos, eles e só eles sabem o que os une e os prende
um ao outro…
Como mulher, tenho tendência para o romantismo. Romântica
assumida, doente, daquelas que poetizam. Sentimental ao extremo. Mas tento
estar alerta, ser observadora, pois percebo que, do mesmo modo que há a
possibilidade de existir a minha Alma gémea, também pode haver quem se
aproveite desta “fragilidade” sentimental… Sem criar ilusões, nem falsas expectativas, é preciso pensar bem, avaliar (com a cabeça fria, de preferência).
Se uma Alma (gémea ou não) se predestina a estar ao
lado de outra, as coisas irão fluir, sem nenhuma confusão. O Universo CONSPIRA (AGE) para que tudo aconteça naturalmente. E há que proteger-se. Pois a carência é capaz de cegar, e a paixão ilude…
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