Pois, infelizmente…
De nada
vale cativar, se não for para cultivar…
Ai se o Amor bastasse, tudo seria muito mais
simples…
Há quem se apaixone e goste de dizer logo - e também escutar, claro - a frase “eu te amo”… o que nem é de
todo um absurdo, pois “gostar de” a gente gosta de uma amiga ou amigo, da
vizinha ou da colega simpática, de feijoada, do gatinho, do papagaio, disto ou
daquilo…
Imaginamos que pode ser AMAR quando nos sentimos bem ao lado de certo
Alguém e contamos os minutos para encontrar a pessoa amada, quando
pensamos nela em todos os momentos… então, há que fazer a distinção entre amar e
gostar, simplesmente isso!
AMOR - que devia ser um
sentimento sublime - e é coisa rara, é um lindo nome que nós, seres humanos,
gostamos de dar para vários sentimentos. Posse, ciúme estúpido, paixão,
dependência, atitudes manipuladoras, orgulho, egoísmo, são frequentemente chamados de AMOR.
Porém, se procurarmos uma definição para esse sentimento, o verdadeiro AMOR é INCONDICIONAL, ou seja, não depende de condição
alguma para existir e, portanto, é difícil de encontrar!
Amor sem reciprocidade não é
amor, é vaidade.
Amor sozinho não basta. Não
é suficiente para manter uma relação.
Amor sem cumplicidade é problema na certa.
Amor sem desejo é amizade. Amor sem amizade é doença. Amor sem paciência é
paixão. Amor sem complacência é fraco. Amor sem entrega absoluta é ilusão.
E Amor com tudo isso é raro. Amor
original é caro.
Quantas vezes amamos um ser
e esse ser não teve por nós nem metade do que oferecemos? O amor tem que pesar
igual nos dois lados da balança ou, se estiver em desequilíbrio, 'desanda a
receita'.
E não temos que nos culpar por errar a mão, errados não somos nós que
demos amor demais, errado é quem não sabe receber.
O amor também cansa. Quantas
vezes tentamos e queremos manter a pessoa amada ao nosso lado, quando sabemos que
o melhor é deixá-la ir, pela sanidade mental de cada um ou de ambos.
É triste sim, mas às vezes, só
amor não basta.
É necessário que os dois caminhem juntos na mesma direção, que
tenham os mesmos objetivos e que um seja a prioridade do outro. O amor é
poliglota, não é necessário falarem a mesma língua, mas precisam entender a mesma
coisa. Afinal, AMOR é linguagem única, Universal.
Amor com submissão não é
amor, é desespero. Amor por obrigação nunca será amor, apenas carma. Amor por
conveniência é um presente inútil numa embalagem bonita, é fogo brando quando se
quer uma fogueira, é rotina monótona para alma aventureira.
O amor não basta quando os
corpos não se encaixam, quando as mãos já não se entrelaçam, quando os olhos já não se namoram... quando a voz grita alto, quando a paciência se exalta, e a
ternura já se foi, porque houve abuso, houve mágoa... quando o físico
supera o interior.
Amor só amor, não basta, é
preciso AMAR.
E quando o amor não basta,
temos que nos bastar.
Custa a entender, mas aos
poucos a gente vai descobrindo isso, depois de tanto penar…
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