quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

O que é o Amor...


Ontem lia no jornal que o tema mais procurado em 2015 pelos Portugueses foi “O que é o Amor?” na pesquisa do Google - http://www.jn.pt/PaginaInicial/Tecnologia/Interior.aspx?content_id=4932335

Afinal não sou só eu a embirrar com este tema. Quando penso que sou (a)normal, afinal há mais de meio mundo a pensar igual a mim. Porém, confesso que nunca fiz essa pergunta ao Dr. Google, ou nem me lembrei. Elementar, meu caro Google: cada um sabe de si, e do seu amor! 
Há uns que gostam assim, outros assado, com mais ou menos molho, e quem não gosta deixa no prato.

Não quero falar aqui do amor entre membros da família, esse acredito que exista ‘bem lá no fundo’ apesar de todas as desavenças e clivagens emocionais. Quero falar do amor homem/mulher ou agora mulher/mulher e homem/homem. Sim, porque atualmente é tudo tão (a)normal que até se torna ‘intimidativo’… Ainda hoje uma senhora amiga (estrangeira) contava-me sobre a azáfama natalícia e falava do filho cujo namorado vinha de Itália passar cá estes dias. Dei comigo a pensar: se calhar enganou-se, devia querer dizer ‘namorada’… mas depois refleti “ué, qual o problema, é normal!”…

Importante é não confundir amor com paixão. Quando ouvimos falar em amor à primeira vista, talvez a expressão “paixão (ou atração) à primeira vista” fosse mais sensata. Atração por algo que a pessoa nos transmitiu, no olhar, no toque, na maneira de ser ou de falar, na personalidade… 
O AMOR é algo mais amadurecido, e leva tempo! Muitas vezes pode começar com uma simples amizade, sem segundas intenções. Com o passar do tempo, os dois (ou as duas) descobrem que se amam e que não podem viver um sem o outro. Neste caso, o amor foi surgindo aos poucos. Ambos ou ambas tiveram tempo de se conhecer, ver as boas e más características que cada um(a) possuía. Quando resolveram namorar já sabiam que poderiam enfrentar juntos os bons e maus momentos da vida.
Claro que há também o contrário: com o tempo descobre-se as diferenças, a falta de cumplicidade, cada um(a) pensando de forma diferente, e aí não dá, poderá tornar-se (ou voltar a ser) uma boa amizade, se assim quiserem. 
E por que tem que ser sempre pelo sexo oposto? (faz sentido).

Tanto se pode fazer por amor e em nome dele. Pode haver amor de uma vida inteira, de uma noite apenas... inexplicavelmente tudo pode acontecer, sem nada planeado. Pode haver amor com ou sem sexo… afinal amor pode ser TUDO, em especial para uma pessoa romântica.
Há quem chame logo amor a quem mal conhece, outros têm dificuldade ou nunca pronunciam tal palavra, acham que isso é coisa de filmes…e assim vamos vivendo com mais ou menos amor sentido… seja lá de que forma for esse AMOR, é um sentimento muito bom, com certeza, e sem ele ninguém consegue viver, com ou sem palavras. Pode até ser invocado em vão e tornar-se perigoso, quando alguém diz que maltratou ou matou por amor; pode-se também abandonar por amor… http://www.vagalume.com.br/rui-veloso/nao-invoquem-o-amor-em-vao.html

Resumindo: Parece que o amor é também complicado, além de inexplicável. Com ou sem amor, a maior riqueza desta vida [para além do privilégio de ter saúde] é fazer boas amizades.

O romantismo do amor parece estar fora de moda, o amor verdadeiro foi banalizado, diminuído a vários tipos de experiências vividas pelas pessoas as quais se referem a estas utilizando a palavra amor. Noites descompromissadas de sexo são chamadas “fazer amor”. Não existem mais responsabilidades de se amar, a palavra amor é usada mesmo quando as pessoas não sabem direito o seu real significado.” (citando Zygmunt Bauman)

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