quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

As vantagens da PDI

Está um frio do c*c*t* (sim cacete, mesmo) – é o tempo dele, ok, e agora está no pico - mas não aguento, o verão demora muito?
Deixa-me escrever para acalentar o espírito. Costumo ler as “correntes” que me enviam, e apago logo a seguir, pasmada como essa treta volta sempre ao mesmo, e há pessoas que sempre acreditam… Porém, há umas que até fazem algum sentido. Esta tinha um texto interessante que aproveitei e transcrevo, modificando ou acrescentando algo. E sabem que mais? Quando estamos em sintonia com o universo, dificilmente algo nos deixará infelizes, nem a p…a do inverno! 

As vantagens da idade a partir dos 40, 50...

Eu nunca trocaria os seres amados, meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa.
Enquanto vou envelhecendo torno-me mais amável para mim e menos crítica de mim mesma.
Eu me torno minha própria amiga…
Eu não me censuro por comer doces a mais, ou por não fazer a minha cama, ou pela compra de algo supérfluo.
Eu tenho o direito de ser desarrumada, de ser extravagante.
Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.
Quem vai censurar-me se resolvo ficar a ler ou estar no computador até às 4 horas e dormir até ao meio-dia?
Se me apetecer, dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 70 & 80 e se eu, ao mesmo tempo, quiser chorar por um amor perdido… eu choro!
Poderei fazer o que me der na real gana, por exemplo, andar de minissaia (se achar que me fica bem), passear na praia com um calçãozinho sobre um corpo decadente e mergulhar nas ondas com abandono, apesar dos olhares penalizados dos outros ou do “jet set”… eles também vão envelhecer.
Eu sei que sou às vezes esquecida, mas há algumas coisas na vida que devem mesmo ser esquecidas… recordo-me das coisas valiosas, isso é que importa.
Claro, ao longo dos anos o meu coração foi se partindo… Como é possível um coração não sofrer quando se perde um ente querido, ou quando vemos uma criança sofrer, ou mesmo quando algum animal de estimação tenha desaparecido ou sido atropelado por um carro?
Porém, corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril, e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.
Sou abençoada por estar vivendo o suficiente para ter os meus cabelos grisalhos e ter os risos da juventude gravados para sempre em sulcos profundos no meu rosto. Muitos nunca riram, pois morreram antes de os seus cabelos virarem prata.
Conforme envelhecemos, é mais fácil ser positivo. Preocupamo-nos menos com o que os outros pensam. Não me questiono mais. Ganhei o direito de estar errada. Se alguém me perguntar, responderei que gosto de ser “velha” e ter cãs… gosto da pessoa que me tornei.
Não vou viver para sempre, mas enquanto ainda estou aqui, não vou perder tempo a lamentar o que poderia ter sido, ou feito, ou preocupar-me com o que será no futuro…
E, se me apetecer, vou comer gelados ou sobremesas todos os dias.
E que as minhas lembranças e amizades perdurem por muitos anos, nunca nos separemos, porque valem a pena, alegram os meus dias!

Uma pessoa que valha a pena não olha só para o corpo ou o rosto do “outro”, pois essas partes envelhecem, aparecem as rugas… um “grande” ser olha o caráter, a bondade, a compreensão do outro (ou outra), independentemente dos seus defeitos.
“Olhos que olham são comuns. Olhos que vêem são raros.”

1 comentário:

  1. Gostei muito... e como adoro ter olhos que não olham o superficial... Tudo de bom e vamos andando e vendo por aí! Bj

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