quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Novo mundo

A caminho de "admirável"? Veremos... 
É curioso apreciar como o mundo se transforma a ritmo vertiginoso e até nos assustamos, onde é que isto vai parar? Gente da minha idade até se sente do tempo dos dinossauros, tais são as mudanças que vão acontecendo ao longo dos últimos anos.
Quando crianças, aprendemos tudo “bonitinho” e “certinho”, como a seguir os 10 mandamentos, a respeitar tudo e todos, a casar virgem e para toda a vida, com promessas de estarem juntos na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença, etc. - homem-mulher (que outro jeito?) - para muitos, aprender era uma coisa, e na prática era outra coisa, há de tudo! Aparentemente tudo corria normalzinho, seja lá o que for (a)normalidade.
Parece que, de repente, tudo começou a “sair do armário”. Já ninguém quer ser normalzinho? Olhamos em volta, em especial através da TV ou das revistas e/ou jornais, e não entendemos mais nada. Então no mundo artístico é que se nota demais, um casa-separa a toda a hora, e no caso da homossexualidade, abundam exemplos que se banalizam. Qualquer dia, anormal será ainda haver um casal homem-mulher, ou as crianças terem pai e mãe ainda juntos… Os casamentos desfazem-se “na maior”, um homem já com netos troca a sua mulher por outra 20 ou 30 anos mais nova e recomeça outra vida, nova família… tudo na boa, fácil, tudo normal!
Dá que pensar muito. Sobre a homossexualidade, será que de tanto ouvir agora “ame-se” a pessoa acaba buscando um ser do mesmo género, com quem se dá ou identifica melhor, homem com homem, mulher com mulher, sei lá! Divagando…e não só, constatando! (ainda no outro dia tinha ao meu lado no cinema duas jovenzitas apaixonadas, comendo pipocas de braço dado). Começam cedo, vê-se muito e não me choca.

Encontrei estes dias, por acaso, a notícia sobre uma ex modelo brasileira que fez sucesso nos anos 80 (quando lá vivi). Agora está com 60 anos e continua um mulherão, diferente aspeto claro, mas tudo no sítio e durinho. Depois de casamentos e namorados, assumiu há dois anos uma relação com uma garota vinte e oito anos mais jovem. Está mais feliz do que nunca e com mais prazer sexual, diz ela.

Curiosidade também é ela confidenciar “Nunca imaginei envolver-me com uma mulher. Não sei se posso considerar-me gay e dizer para você que gosto de mulher. O que sei é que gosto do jeitinho dela, me apaixonei, independente de ser homem ou mulher (…) Tento olhar para ver se reparo mais em homem ou mulher, para saber o que sou, mas não me sinto nem atraída por nenhum dos dois. Se um dia terminasse com ela, eu não sei te dizer.”.
Pois, é aquela história “nunca digas, desta água não beberei”… estas coisas deixam-me a pensar e costumo brincar “deve ser bom, pois quem vai já não volta”… a quantidade de gente que tem mudado “não está no gibi”… e, sendo difícil encontrar homens bonitos, quando os vemos até já podemos imaginar tudo (salvo ‘raras’ exceções, caramba!)…

“… me apaixonei por ela, independente de ser mulher ou homem", isto diz tudo e para mim faz sentido. Há quem acredite que se nasce gay (por exemplo, a companheira dela assume-o) mas penso que, no fundo, procuramos é quem se identifique connosco, nos ame incondicionalmente e preencha a nossa vida. Que nos faça sorrir e viver a vida pacificamente. Não é pedir muito, no entanto há muita gente do sexo oposto incapaz disso, infelizmente, muitas vezes cria é mais problemas… 
Diz quem estuda o assunto que, “de um modo geral, todos somos gays, potencialmente bissexuais ou pansexuais ou andróginos. Potencialmente somos tudo, depois escolhemos aquilo que melhor casa com a gente. Se uns querem curtir apenas uma parte das energias yang e yin  que todos somos, tudo bem. Se outros querem curtir o contrário do que indicariam os seus genitais, ou então querem misturar, ou até ainda nem sabem bem o que desejam, ok, também tudo bem. Qual o problema? Qual o dano que essa pessoa faz? Ela está se reconhecendo, se procurando, tentando aprimorar as suas condições para fazer o caminho da sua própria aprendizagem por este mundo. E isso, tão elementar, parece não ser fácil.”

A mim já nada me surpreende e aceito tanta coisa diferente, que pode ser explicada. Porém, sei que há pessoas intransigentes, fundamentalistas, e daí gerar tanta confusão neste mundo.

“A minha alma não tem barba”
Outro caso impressionante que deu bastante que falar: o caso da austríaca Conchita Wurst, 25 anos, causando um impacto arrasador quando surgiu com um estiloso vestido de cauda longa e profusa barba aparada para vencer, em Copenhaga, a 59ª edição do tradicional concurso de canção Eurovision, conquistando o público de 37 países votantes não só pela extravagância, mas também pelo seu inquestionável talento musical. Quando ainda era um jovem de 22 anos, a “mulher barbuda” decidiu criar uma figura artística que teria a colossal tarefa de provocar e questionar os conservadores valores austríacos, reivindicando com as suas atuações públicas o direito de ser diferente num mundo ainda povoado de absurdos preconceitos, batizando o seu alter-ego de Conchita Wurst, uma mulher de barba e rosto angelical.
Com o prémio nas mãos ela disse: “Não foi uma vitória apenas minha. Foi a vitória de todos aqueles que acreditam num futuro de paz, sem discriminação e baseado na tolerância e no respeito".

Ele/ela teve a criatividade e a ousadia de juntar num mesmo corpo um homem e uma mulher para dizer ao mundo alguma coisa do tipo “Escutem, não sou nem homem nem mulher, ao mesmo tempo que sou homem e sou mulher. Escutem a minha voz, escutem o que eu canto, tanto faz se quem canta tem corpo masculino ou feminino. Eu canto e vivo com a minha alma.” Esse foi o seu trunfo, conseguiu mudar mentalidades e as leis na sua terra natal.


Na realidade, antes de mais nada todos somos um espírito e uma alma. Para quê tantos preconceitos e rotular as pessoas? Vamos deixar os outros curtir as suas mais variadas fantasias e sexualidades e nós façamos o mesmo! Temos que aprender a olhar para além do corpo, não somos o nosso corpo, somos seres de espírito (alma), e o nosso corpo (mesmo que seja um corpão, um avião) é apenas um veículo provisório para andar por este mundo.

Bem... agora farei um intervalo na escrita e nos pensamentos, vou carnavalizar. Divirtam-se, e até ao meu próximo blog!

Engana-se quem pensa que as pessoas mudam. Nada disso, as máscaras é que vão caindo!
https://www.letras.com/elis-regina/87856/

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Agora sobre o desamor

Já passaram os dias alusivos ao amor (ou aos namorados), podemos começar então a falar do desamor que, esse sim, mata! (não é o amor que mata). Analisando bem as coisas, as pessoas não sofrem por amor, sofrem por falta dele. E quem sente essa falta desde a nascença ou a infância, o caso torna-se ainda mais grave.
“A falta de amor é a pior de todas as pobrezas” (Madre Teresa de Calcutá)
Conheço uma Pessoa que várias vezes lamenta o facto de ter nascido, e é muito triste ter que ouvi-la a repetir a sua história. Nitidamente é de uma carência que fica difícil de colmatar. Quando despoletava a segunda guerra mundial, nasceu do segundo casamento da mãe viúva já com netos, tornando-se o patinho feio maltratado por todos, pelos "filhos da mãe", como ela diz. Sem esquecer que, devido a uma doença contraída pouco depois de ter nascido, quase foi enterrada, mas conseguiu ser salva quando o pai decidiu apalpar-lhe o pulso e reparou que ainda estava viva. 
Péssimas recordações da extrema pobreza em tempo de guerra e de ter vivido ao deus-dará, pois os pais iam diariamente à sua vida para ganhar uns tostões, e ela ficava pela rua à mercê de tudo e todos. "Felizmente não dei em prostituta", comenta ela". Sem saber como, ainda conseguiu estudar até à quarta classe, mas foi retirada da escola logo a seguir, para servir de criada na casa dos filhos da mãe.
Agora, já quase nos seus oitenta anos, exausta com a vida que lhe calhou, às vezes pergunta “por que tinha eu de viver, por que não me deixaram ir?” (…)
Ainda pequenita, se chorava a lamentar-se, punham-na em casa de uma tia onde o tio a assediava. Era obrigada a esconder-se no sótão quando a tia saía para ir às compras, e como entretanto não fazia o serviço de casa, era ainda insultada e maltratada quando aquela chegasse e visse as coisas por fazer.  Viveu esse tormento calada, pois se abrisse a boca para queixar-se de algo, ainda levava porrada na certa…(e fala-se tanto de pedofilia agora, quando sempre houve, uma tristeza!)…
E assim, aos pontapés daqui e dali, essa criança foi crescendo, sem saber o que era ambiente familiar nem afetos...Aos 17 anos, idade de conhecer ou encontrar o Amor (para a maioria dos adolescentes), apareceu-lhe o homem que viria a ser aquele com quem poderia construir o lar que nunca tinha tido, era mais velho do que ela uns oito anos. Casaram-se, e logo na noite de núpcias houve problemas que a marcaram para toda a vida. Ao fim de nove meses nascia o filho mais velho de quatro, ou cinco (um morrera à nascença) …
Levou uma vida dura de trabalho e consumição para criar quatro filhos com a ajuda do parco salário do marido, nunca teve tempo (nem vontade) de olhar para ela própria e cuidar de si. O sexo era por obrigação, uma coisa suja, num casamento “acomodado” que durou quatro décadas… naquele tempo era assim…

Um dia ficou viúva, ainda “nova”, antes dos 60 anos de idade, e jurou que não “aturava” mais homem nenhum! Estava no seu direito.
Porém, começou a queixar-se de solidão. Quando afinal sempre tinha sido tão sozinha, pelo que conta, só que agora tinha tempo para reparar no mundo à sua volta, com os filhos criados e cada um na sua vida. Não tinha feito amizades, e agora dificilmente se adapta a alguém, pois os outros sempre têm defeitos (incompatíveis com os dela, provavelmente), ou seja, dá-se a toda a gente (segundo ela), acaba desiludida ou insatisfeita, e não se dá com ninguém… Todas as máscaras (de bravura, força etc.) caíram de repente, caiu também em si, e a seguir vieram os ataques de pânico, a ansiedade, entre outras maleitas, uma coisa aflitiva que preocupa os filhos. Estes não podem estar junto dela o tempo todo, cada um vai sempre que pode para fazer um pouco de companhia ou levar a dar um passeio. 
Entretanto, a solidão e as lembranças que não a largam (sempre as más, infelizmente) vão fazendo dela uma senhora amarga, sem sentido de humor, sem alegria, sem gosto pela vida nem por nada. Os filhos até são amigos dela mas, se estão longe, não lhe servem de nada, na sua ideia, são como estranhos quando fala deles para qualquer pessoa. É a sensação que fica quando a ouvimos falar. Devia estar feliz por eles, se têm saúde, boa aparência, e todos formados.
E os dias, anos... vão passando, naquela ânsia de um dia ainda ganhar algum dinheiro através dos concursos de televisão, raspadinhas ou euromilhões, e então irá fazer 'tanta coisa'... inclusivé, ajudar os filhos, coitadinhos (...)
Uma senhora (ainda) bonita, com muitas qualidades, que podia estar agora "liberta" e tentar ser feliz, fazer voluntariado, cuidar dela própria… nada a satisfaz, há sempre desculpas, ou inicia algo e logo desiste… A única alegria (aparentemente) é reunir os filhos de vez em quando à volta da mesa para comer ou celebrar algum aniversário, com noras e netos (apenas dois)… para ela isso é dar afetos, e ai de quem a contrarie! Mal se senta à mesa para poder estar a servir os “convidados”,  nem que algum deles parta logo a seguir ao repasto. E no final, quando já todos partiram, com a cozinha toda desarrumada, senta-se no sofá, estafada, à espera da vontade para limpar tudo. E assim se sente “feliz” por ter recebido os filhos em casa, nem que fosse por uns minutos, ou uma horita, dando-lhes de comer.
Uma família na qual mal se nota a afetividade. Entre irmãos não se nota nenhuma cumplicidade nem interesse de uns pelos outros. 
Serão filhos do desamor, alguém já pensou nisso? Depois de o marido falecer é que começou a contar aos filhos toda a triste história da sua vida conjugal, com pormenores que na verdade já não interessam nada, e que até deviam ser esquecidos, pois não contribuem para a felicidade de ninguém, nem dela.

Esta é uma história triste que conheço, entre tantas outras que há por esse mundo, claro. 
Assim como conheci alguém que em criança já tinha o sonho de ser artista; um dia fez algo errado e o pai quis castigar o menino, colocando as suas mãos sobre um cepo e ameaçando decepá-las caso fizesse mais asneiras. Nesse instante viu-se maneta para o resto da vida, e o seu sonho de artista já era, pobre criança. Em adulto falava disso algumas vezes, foi um trauma que ficou e fez dele um ser inconformado e artista frustrado, infelizmente. 
Crianças amadas tornam-se adultos que sabem amar. 
O amor desta senhora pelos seus filhos é estranho, lembra-me aquele tema "dividir para reinar", pois até parece que não se importa muito se os irmãos se dão ou não uns com os outros, o que interessa é que todos "olhem por ela", e eles tentam... 
Se os pais soubessem o mal que fazem aos filhos com certas coisas que (não) dizem ou fazem…podia-se evitar a existência de tanta gente destrambelhada neste mundo. Porém, ninguém nasce ensinado, cada um dá ou transmite o que pode e o que sabe. 
Até pra ser flor é preciso ter sorte: algumas nascem pra enfeitar a vida; outras, a morte! 

Dá pena ver tanta gente com uma vida triste e amargurada, sem gosto por nada, e como é possível acudir?

Não há dúvida de que o Amor representa o centro da nossa existência e dele depende a nossa sanidade mental. Pais felizes fazem filhos mais felizes, e vice-versa, o que promove uma família unida, trazendo saúde e harmonia para todos, inclusive para o ambiente social em que se vive. Às vezes o ser humano age de modo inconsciente, impulsionado por carências que mal compreende, e assim deambula pelo mundo na tentativa de preencher um vazio interior que não entende e, inevitavelmente, cai numa série de complicações. 
Para evitar isso, seria melhor parar e pensar (ou ouvir os outros), assumir a carência e ir à farmácia comprar uns potes de vitamina, ou seja: aprender a cuidar de si próprio(a), em vez de culpar o mundo (ou os outros) por tudo o que de mal acontece.

No fim das contas, se formos verdadeiros, acabaremos rodeados por quem bastará à nossa felicidade e nossa urgência em ser feliz, pois o AMOR reinará.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Ai Amore Amore

Hoje é dia 13, dia de sorte para quem gosta deste número, a lua esteve cheia, dia de recordar alguém que já partiu para outra dimensão e aposto que hoje gostaria de estar fazendo 58 (=13) anos.
É também véspera do dia dos namorados.

Reza assim no livro sagrado:
“O homem é filho de Deus, que é Amor, e que foi feito por amor e para amar.”
Sem querer entrar no campo da religião, pois Deus poderá ser o Universo ou a (nossa) Natureza, Amor portanto só pode ser a nossa essência. Se assim não for, seguramente algo irá correr mal ao longo da vida. Porém, como para tudo há regras, com ou sem exceção, e subjetividade, devo ressalvar: quase todos nascemos ou fomos feitos do Amor ou, em princípio, assim é que deveria ser…

nAMORar é tão bom, e faz bem! Neste dia do Amor (14/2) jogará também o Benfica, vai ser então um dia todo virado pro vermelho, mas em mim continua a correr o sangue azul (e branco) da terra invicta que me viu nascer e que foi eleita, pela terceira vez, melhor destino europeu. Mal ficam ou ficarão as consortes, emburradas, que em vez de terem um jantar à luz de velas, levam é com jogo na Luz (eu a imaginar)… ahah


AMOR: até os bichinhos gostam! E com tantos donos (ou mais as donas) a chamar amor ao seu bichinho de estimação, até este irá ter algum miminho especial nessa data. Neste assunto de amores, devo ser mesmo fraquinha, pois não me imagino a acordar cedo para levar o cãozinho à rua, levá-lo(a) a passear em dias/noites de inverno, ou a apanhar os seus cocós pelo caminho. Esse sim deve ser amor de verdade de quem “quanto mais conhece o ser humano, mais gosta dos animais”…
Falando sério, por mais que não queiramos ligar a datas, é quase impossível ficar indiferente às decorações românticas nas lojas da cidade, nos centros comerciais e restaurantes, resistir aos apelos comerciais na TV, rádio, internet, nas revistas, filmes alusivos à data que nos encantam (até a segunda parte do filme ‘50 sombras de Grey’ nesta altura me pareceu mais amoroso do que erótico…), ou quando alguém nos pergunta pelo namorado…
O facto é que, mesmo sendo esta considerada uma data comercial, todos nós (mais ou menos jovens) desejamos ter alguém ao nosso lado para respeitar e ser respeitado, admirar e ser admirado, mimar e ser mimado, e assim poder participar, cada um ao seu jeito, do Dia dos Namorados. Afinal, fazer coisas a dois sempre é muito mais agradável.
O importante é ser criativo(a) e saber aproveitar esta data para surpreender quem “namoramos" ou com quem “andamos” e, dependendo de cada bolso, irmos comprar um presente, uma singela flor ou um ramo delas, uma joia – nem que seja para nós mesmos! caso não haja ninguém a ocupar o nosso coração - enviar um SMS, despertar o ser amado com um telefonema, preparar-lhe o café da manhã, levar a jantar naquele restaurante especial, ou até pode ser na tasca com petiscos saborosos ou, por que não, simplesmente sentar na areia da praia e ficarem juntos a ver um magnífico por de sol… ah quantas ideias!
O Amor deve acontecer todos os dias, mas sabe bem haver assim um especial, e nota-se que até mesmo os homens, principalmente aqueles que pregam aos quatro ventos que não ligam para essa lamechice, nesta data deixam aflorar a sua sensibilidade, o seu lado romântico e as suas expectativas em ter ou encontrar alguém com quem possam trocar um abraço, muitos mimos, ou que lhes sussurre ao ouvido o famoso “amo-te”. Triste será para os solteiros, ou solitários, que devem perguntar-se o “porquê” de não conseguirem encontrar um parceiro(a) à altura, ou sustentar uma relação a longo prazo.
Para mim, o ideal é nAMORar sempre, todos os dias. Além de saudável, traz energia e entusiasmo pela vida, e o simples facto de dar e receber Amor alimenta a autoestima e conduz o ser humano ao equilíbrio emocional.
Desejo que todos se sintam felizes e amados(as) neste dia e em todos os outros 364 dias do ano e, mesmo que não haja troca de presentes, por qualquer motivo, recebam ao menos um abraço apertado silencioso (ou virtual) que poderá significar mais do que todos os presentes ou palavras do mundo…
Enfim, há que usar a imaginação para tornar este dia especial e ficar para sempre armazenado no pen drive que alimentará o PC do nosso coração.


“O amor não tem regra pois hoje em dia o amor é a exceção!”

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Na boa...

Nas minhas andanças pela internet, dei de caras com outra palavra nova para mim: deboísmo! Parece ser um neologismo criado por um casal brasileiro, e agora surge na internet como uma corrente filosófica cuja regra principal é “viver de boa (de bem) com a vida”.
Os brasileiros são ótimos a inventar palavras. Porém, aqui em Portugal seria mais “naboísmo” (nada a ver com nabos), ou seja: “estar ou viver na boa”!
O casal criou uma página no Facebook e começou a partilhar mensagens que incentivavam o respeito e a calma nas relações entre os usuários das redes sociais.
O bicho-preguiça é considerado a mascote do deboísmo, devido ao sentido de calma e serenidade transmitida pelo mamífero. No entanto, os criadores desta “doutrina” alertam que não se deve confundir os princípios do deboísmo com a preguiça ou o comodismo. O objetivo é enfrentar e debater os problemas ou desafios, mas com respeito, calma e, acima de tudo, paz.
Gosto desta corrente, já me considero uma deboísta, ou naboísta, qualquer coisa. A vida é mesmo para se levar na boa! Algumas características do comportamento de uma pessoa deboísta é o bom humor, a descontração, a paciência e o respeito pela opinião alheia. Sempre, sem stress, sem violência. Seria a salvação da humanidade se fosse praticada por todos. Como diria John Lennon: 'imagine all the people living na boa'. Seria muito "cool", não?

 

Os 10 mandamentos do Deboísmo
caso desejes viver na boa (ou ser deboas, na versão brasileira)

1º: Não tretarás com o próximo. (tretar com: outro verbo que desconhecia = enganar com léria)

2º: Não deixarás pequenos problemas do dia-a-dia atingir-te.

3º: Respeitarás pontos de vista diferentes e criarás opiniões independentes, com base no teu próprio raciocínio e na tua experiência de vida.

4º: Contagiarás o mundo com o deboísmo, fazendo de tudo para não provocar o mal.

5º: Seja qual for a tua natureza sexual, faz amor (não a guerra) e fica na boa, vivendo sempre com aquela sensação de alegria e deslumbramento.
 
6º: Tentarás sempre aprender algo novo e deixarás a mente fluir.

7º: Só tomarás decisões importantes após boas noites de sono e questionarás as tais verdades absolutas.

8º: Escutarás boa música, que tem o poder de te deixar na boa.

9º: Manterás o corpo, a mente e a alma saudáveis, e estarás sempre disposto(a) a perdoar o outro.

10º: Respeitarás a Mãe Terra, pois ela já estava na boa muito antes de existires, e não farás com os outros aquilo que não gostarias que fizessem contigo.


Assina: Lina, a deboísta ou naboísta (e sempre a aprender...)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Nostalgia de fim de semana

Sábado 4-2-2017
Escrevo esta data e reparo que é aniversário de uma prima minha, procuro no facebook e…oh carago, já não é minha amiga…ok - ahahah só me rindo com estas modernices (é a cena do tira-e-põe…). Mandei sms, quem sabe ainda tem o mesmo nº de tlm… who cares?
Hoje é sábado, dia de dormir até ser (de) tarde, parece que nunca deixei de ser como era em bebé, diz a minha mãe que não gostava de comer e só queria dormir; ou fui mordida pela mosca tsé-tsé, ou estou mesmo a hibernar… mas o que interessa isso? Importante é que dormir é bão e gosto muito!!!
Dia de fazer a minha caminhada ao acordar, ou andar de bicicleta. Está um dia cinzento, fico nostálgica… Quem disse que estou sozinha? A chuva (pouquinha, passou logo, foi minha amiga) é boa companhia, posso falar com as florzinhas, as árvores, os passarinhos barulhentos, o gatinho que passa também sozinho, ou o cão; digo olá ao menino estranja que parou com o seu triciclo e ficou a olhar para mim… Posso falar com o sol, com as estrelas – as visíveis e as que já partiram – com o mar, as nuvens, comigo mesma…
Quem se queixa de solidão só pode ter algum tipo de dependência… com tanta companhia ao nosso dispor, por que não sentir-nos sempre bem e felizes?… Às vezes me pergunto se serei normal, é que gosto mesmo de ser/estar sozinha. Habituei-me, na boa, porque nasci numa família pequena, tão pequena que até vai desaparecendo… Sendo o ser humano um animal de hábitos, é assim, e há quem se acostume ao desassossego e não se daria bem no meu lugar, por isso o mundo se torna tão interessante, com toda essa diversidade. Que chato seria se todos gostassem só do amarelo… pois aquela teoria poética de que “ninguém é feliz sozinho” dá que pensar.
Quem estipulou que o normal é ter família, com todas aquelas confusões de pais/filhos, avós/netos/sogros e afins, e outros atritos familiares? Costuma-se dizer “é para o que cada um nasceu” e é bem verdade. Há vidas tão confusas, que penso para mim “que sortuda eu sou”!
https://www.youtube.com/watch?v=iWhkCuff9OM
Domingo
Dia com mais sol, percorro a cidade de bicicleta, adoooro! Passei por acaso na feira das velharias e já estava na hora de arrumar. Pensei em uma amiga que provavelmente estaria lá, e estava, mas nem parei. Desde que mudou de endereço, nunca mais deu sinal de vida, e eu também só procuro quem me procura, pois cansa um pouco ser sempre eu a visitar as pessoas.
São assim certas amizades, e certos familiares, mas família temos que a chamar de nossa, não tem outro jeito. 
Porém… o que é isso comparado com as notícias com que somos confrontados constantemente, sobre o facto de, em pouco tempo, uma em cada três pessoas terá cancro… (pudera, com os alimentos cada vez mais contaminados ou plastificados)... ou que há a possibilidade de desaparecerem milhares de pessoas em Portugal (sobretudo, de Lisboa para baixo) devido a sismo ou terramoto, e que os prédios não estão preparados para isso… (e então, o que há a fazer, viajamos todos para Marte?) Ou seja, querem que andemos todos os dias alarmados com tudo e mais alguma coisa, e…daqui a cem anos já ninguém se lembra disso nem do FB ahahaha

Não há nada como uma consciência tranquila, uma vida pacata, e saber que há sempre alguém que nos quer (bem), e está à mínima distância de uma chamada telefónica! 
O resto são “paroles paroles”…  https://www.youtube.com/watch?v=_ifJapuqYiU

"Antes de mais nada, toda a sociedade exige necessariamente uma acomodação mútua e uma temperatura; por conseguinte, quanto mais numerosa, tanto mais enfadonha será. Cada um só pode ser ele mesmo, inteiramente, apenas pelo tempo em que estiver sozinho. Quem, portanto não ama a solidão, também não ama a liberdade: apenas quando se está só é que se está livre.
A coerção é a companheira inseparável de toda a sociedade, que ainda exige sacrifícios tão mais difíceis quanto mais significativa for a própria individualidade. Dessa forma, cada um fugirá, suportará ou amará a solidão na proporção exata do valor da sua personalidade. Pois, na solidão, o indivíduo mesquinho sente toda a sua mesquinhez, o grande espírito, toda a sua grandeza; numa palavra: cada um sente o que é."
Arthur Schopenhauer, in 'Aforismos para a Sabedoria de Vida'

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

WTF...

Tenho dúvidas se antigamente eram tempos melhores e agora é que vai de mal a pior, ou se a tendência do ser humano é andar sempre a queixar-se. Se possui algo ou muito, quer mais, e reclama por tudo e por nada; se possui pouco ou quase nada, tem razão para reivindicar, claro. 
As pessoas praticam cada vez mais o umbiguismo. O povo está sujeito a (ou assim escolhe) ser governado por políticos narcisistas, sem escrúpulos, e quando esse narcisismo é maligno, sabemos lá o que nos espera. Uns derrubam muros, vêm outros e constroem-nos, e assim vamos sobrevivendo neste tira-e-põe, 'às cambalhotas', num mundo tão desigual e esquizofrénico… As notícias diárias são do pior, o que nos faz estremecer e questionar se há humanidade: crianças e idosos que são maltratados, violência doméstica nas famílias, homicídios em nome do tal “amor” ou de ideologias, fanatismo, vinganças; políticos que são absolvidos de crimes tão facilmente e depois ainda se aposentam com altas reformas…! 
Assim caminha a mediocridade, gente a endoidecer por toda a parte, até dá medo falar com a pessoa ao lado, ou pena. Quando começará um novo mundo? Já não estaremos cá para (vi)ver…
Fico ciente do que se passa à volta quando vejo a TV ou leio coisas de quem é sensível e sabe escrever, e muito bem, relatando a realidade nua e crua.
“Vivemos numa era de feudalismos inflamados, onde impera o desrespeito, a falta de senso e o vitimismo. Nem os loucos se tratam tão mal, pais que matam os filhos, filhos que matam os pais e por aí fora, a era do salve-se quem puder que se faz tarde (…) Ser-se ignorante é tão fácil, pequeno, mesquinho, culpar alguém é tão prático e dá tanto jeito nesta merda de sociedade que acorda de manhã com a cabeça enfiada nas suas vidinhas de merda e fecham os olhos a tudo. Bate-se nos pais idosos, ou são enfiados no lar dos mortos, são chamados inúteis e come-se-lhes a reforma, culpa-se o mundo, vai e vota-se num palhaço qualquer que lhe promete mais uns trocos para depois calar-lhe a boca a ferro e fogo. Depois chora muito, fica bem a qualquer um, quando eles morrerem, e diz o que já é habitual “era tão boa pessoa”, vou sentir tanto a falta dele(a)…quando teve todas as oportunidades na vida para lhes dar uma vida com dignidade, com amor. 
Ah, mas tenho filhos para dar de comer, pois…pois, etc…iphones ipads, tablets, roupa de marca…e tão pouco amor.
(…) Vá, continuemos a educar os nossos filhos como coitadinhos e a compensá-los pelos traumas que temos e tudo continuará como dantes…fodem-se pais e fodem-se filhos e toda uma sociedade de clones em vias da modernidade obsoleta e proxeneta das novas tecnologias androides.” (texto publicado no FB por uma amiga pessoal, Conceição Bernardino)

“Um nojo que cresce (…) Merda por todo o lado, e mais merda. Merecíamos melhor. Merecíamos que a corrupção fosse punida por quem tem a responsabilidade jurídica e moral para o fazer. (…) É um país ao contrário, que já perdeu os sapatos, calça meias de cores diferentes e nada acontece. Amanhã tudo segue como ontem. Nada acontece a quem compra a liberdade nas traseiras de tudo. Assim é difícil acordar todos os dias. Assim é difícil não querer chamas e fogo e gritos. Feitas as contas, assim é difícil encontrar Portugal.” (Bruno Nogueira, humorista, ator e apresentador da TV portuguesa)


Às vezes é assim, dou por mim a pensar na vida. Não penso numa vida qualquer, penso apenas na minha vida, aquela que é a mais importante de todas. Chamem-lhe egoísmo, alienação, ou… também fiquei umbiguista?! Poderá ser um tipo de defesa pessoal, alguém tem que manter-se “normal” e salvar-se neste mundo doente, seja lá o que for normalidade. Penso que à minha volta nada muda. Compete a mim, a nós, ser o autor de todas as mudanças, para encontrar um pouco de felicidade em cada novo dia. Por sorte, ainda vou conhecendo gente muito boa, amiga, e tenho tendência a pensar positivamente. Agradeço por isso todos os dias.

Numa certa ocasião perguntaram a Mahatma Gandhi quais eram os fatores que destruíam o ser humano. Ele respondeu assim:
"A Política sem Princípios; o Prazer sem Responsabilidade; a Riqueza sem Trabalho; a Sabedoria sem Caráter; os Negócios sem Moral; a Ciência sem Humanidade; e a Oração sem Caridade.
A vida tem-me ensinado que as pessoas são amáveis, se eu for amável; que as pessoas são tristes, se eu estiver triste; que todos me querem bem, se eu quiser o bem deles; que todos são maus, se eu os odiar; que há rostos sorridentes, se eu lhes sorrir; que há rostos amargurados, se eu estiver amargurado; que o mundo é feliz, se eu for feliz; que as pessoas têm nojo, se eu sentir nojo; que as pessoas são gratas, se eu tiver gratidão.
A vida é como um espelho: se sorrio, o espelho devolve-me o sorriso. A atitude que tomo na vida é a mesma que a vida tomará ante mim. Quem quiser ser amado, que ame"…

A única razão porque és feliz, é porque TU decides seres FELIZ!
 
https://www.youtube.com/watch?v=JSUIQgEVDM4