Está a chegar
o dia do PAI e ainda não tinha escrito sobre Ele.
Fiquei sem o meu aos 40 anos, e ele partiu com 67, tão novo ainda. Tinha entrado na reforma e parece que já nada fazia sentido, então a doença aproveitou-se disso e fez-lhe a vontade… Para quê continuar aqui? São sensações estranhas estas, de não conseguir chorar a perda de um ser amado pois pressente-se que estará a caminho de um lugar melhor, quando este aqui não foi o Éden, nem pouco mais ou menos. Tempos difíceis antigamente, de miséria e de ignorância. Hoje em dia também há disso, mas noutro sentido, é mais a miséria moral e espiritual.
Fiquei sem o meu aos 40 anos, e ele partiu com 67, tão novo ainda. Tinha entrado na reforma e parece que já nada fazia sentido, então a doença aproveitou-se disso e fez-lhe a vontade… Para quê continuar aqui? São sensações estranhas estas, de não conseguir chorar a perda de um ser amado pois pressente-se que estará a caminho de um lugar melhor, quando este aqui não foi o Éden, nem pouco mais ou menos. Tempos difíceis antigamente, de miséria e de ignorância. Hoje em dia também há disso, mas noutro sentido, é mais a miséria moral e espiritual.
Nos últimos dois anos da doença já andava de hospital em hospital e era tão dolorosa a
hora da visita, que palavras dizer, mesmo ele mantendo aquele sorriso e dizendo
algumas brincadeiras, para aliviar o ambiente. Quando esteve num hospital perto
do meu local de trabalho, ainda conseguia dar uma escapadinha na hora do almoço
para ir vê-lo, e foi a última vez num desses dias. Felizmente havia os outros
filhos (e a minha mãe, claro) que podiam estar mais tempo junto dele.
O que consigo
lembrar do meu Pai? Que fui a sua primeira filha... soube um dia que ele preferia um rapaz, e dizia assim “se vier menina, devolvo-a à fábrica”… mas depois sei que gostou da
menina que veio, que era ligada no pai, como são todas as meninas…

Em jovem tinha sido atleta de basquetebol pelo FCP; mais tarde, em Angola, foi treinador e quando eu era adolescente quis por-me também nessa modalidade, ainda treinei algumas vezes, mas a mãe queria-me em casa a ajudar, e desisti...
Atualmente as relações pai/filho ou filha são tão diferentes! Muitos homens são loucos para ser pais, e depois estragam com tantos mimos. Frequentemente vemos o pai a empurrar o carrinho de bebé pela rua, ou a transportar a criança ‘a tiracolo’ aconchegando-a junto ao seu peito no sling, uma prática que remonta à antiguidade e que nos recorda o continente africano e asiático, e que se tornou uma tendência popular na Europa e Estados Unidos. Além de pais-galinhas, agora são pais-cangurus. E com tanta condescendência, parece até que são eles que amam mais os filhos.

E, ainda, há aqueles pais desnaturados (uma minoria, creio) que rejeitam um filho, e não sabem o crime que cometem, essa criança nunca vai atinar na vida, conheço caso(s).
Entretanto, não
há dúvidas de que a relação que uma mãe e um pai têm com a criança é muito
diferente, e isso pode ser saudável, porque os dois complementam-se e ensinam
coisas distintas ao filhote.
Encontrei por acaso uma lista de atitudes clássicas de
mãe e pai, cuja autora convida a compartilhar, para rir ou levar na brincadeira, pois a realidade agora é bem diferente, conforme eu dizia atrás:
A diferença entre ser mãe e ser pai
·
A mãe sonha em fazer o quartinho perfeito do bebé, com a combinação de
cores ideal.
·
O pai perguntará “mas para que raios é necessária tanta mariquice…?!”
· A mãe acorda sem que o bebé precise de chorar (ela vai lá só para conferir que ele está a respirar!).
· A mãe acorda sem que o bebé precise de chorar (ela vai lá só para conferir que ele está a respirar!).
·
O pai só acorda depois que o bebé já está aos berros por mais de
dez minutos (e mesmo assim ele primeiro certifica-se se por acaso a mãe já
foi lá resolver o assunto).
· A mãe vê o filho a chorar com cólicas e até chora junto.
· A mãe vê o filho a chorar com cólicas e até chora junto.
·
O pai pendura a criança no braço, quase de pernas para o ar, e fica a andar
pela casa (e não é que funciona?).
· A mãe sente o cheirinho do cocó na fralda a uma distância de 5 metros.
· A mãe sente o cheirinho do cocó na fralda a uma distância de 5 metros.
·
O pai não sente nem a 30 cm (e, em caso de dúvida, só vai trocar a fralda
no final do dia!).
· A mãe coloca primeiro a papinha na palma da mão para saber se está quente.
· A mãe coloca primeiro a papinha na palma da mão para saber se está quente.
·
O pai prova com a colher do bebé e ainda aproveita mais umas colheradas
(afinal, está tão gostosa!).
· A mãe leva o bebé a passear com a roupa e a mantinha a combinar.
· A mãe leva o bebé a passear com a roupa e a mantinha a combinar.
·
O pai esquece-se da manta e ainda coloca uma meia de cada cor.
· A mãe morre de medo de dar-lhe banho e a criança escorregar.
· A mãe morre de medo de dar-lhe banho e a criança escorregar.
·
O pai acha piada quando o filhote faz caretas ou beicinho pois esteve
quase a afundar-se.
· A mãe se pergunta por que o pai é tão desligado.
· A mãe se pergunta por que o pai é tão desligado.
·
O pai se pergunta por que a mãe é tão stressada.
· A mãe brinca com o bebé falando de jeito engraçado e fazendo macacadas.
· A mãe brinca com o bebé falando de jeito engraçado e fazendo macacadas.
·
O pai atira a criança ao ar (e a mãe tem certeza de que o filho vai cair ao
chão!).
· A mãe brinca às escondidas, tapa o rosto com as mãos e diz “cucu!”.
· A mãe brinca às escondidas, tapa o rosto com as mãos e diz “cucu!”.
·
O pai esconde-se atrás do sofá e dá um susto tão grande, que a criança sai
a chorar pela casa!
· A mãe sai para passear com o bebé no carrinho enquanto pensa na próxima mamada.
· A mãe sai para passear com o bebé no carrinho enquanto pensa na próxima mamada.
·
O pai sai a correr com o carrinho para “dar emoção”.
· A mãe sempre leva uma frutinha quando sai de casa, no caso de o bebé ter fome.
· A mãe sempre leva uma frutinha quando sai de casa, no caso de o bebé ter fome.
·
O pai compra uma sanduíche e deixa o bebé dar uma dentadinha.
· A mãe vai falar com a coordenadora na escola quando alguma criança bate no seu filho.
· A mãe vai falar com a coordenadora na escola quando alguma criança bate no seu filho.
·
O pai diz ao filho que da próxima vez ele tem que se defender.
· A mãe deixa o último pedaço do bolo de chocolate para o filho comer.
· A mãe deixa o último pedaço do bolo de chocolate para o filho comer.
·
O pai chega enquanto o filho está a comê-lo e briga ‘de mentirinha’ (ou
não!) pelo pedaço.
· A mãe diz ao filho que primeiro ele tem que fazer os trabalhos para casa (TPC), depois pode brincar.
· A mãe diz ao filho que primeiro ele tem que fazer os trabalhos para casa (TPC), depois pode brincar.
·
O pai chega a casa e vai jogar à bola com o pequeno, e os TPC ficam para
depois!
· A mãe vê o filho a fazer birra e sai de perto para não esganá-lo.
· A mãe vê o filho a fazer birra e sai de perto para não esganá-lo.
·
O pai põe-se a escutar música rock na sala e simplesmente não ouve mais
nada!
· A mãe levanta-se durante a noite para cobrir o filho.
· A mãe levanta-se durante a noite para cobrir o filho.
·
O pai pede à mãe uma cobertinha para cobri-lo.
Conclusão: não existe mãe de filho único! Porque, além de cuidar da criança, ela tem ainda outra, do tamanho dela!
Simplesmente adorei! Adorei! É tudo isso!
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