segunda-feira, 8 de maio de 2017

Sempre questionando...

Não sei se em abril cada pulga deu mil, mas que maio começou frio e nublado, no sul, isso é que não gosto nada! Ainda me lembro de ser março e eu já andar a chapinhar na água do mar, no norte! Felizmente este fim-de-semana não esteve nada mal, no sábado já pude finalmente dar um passeio com a minha bike, sem vento chato, e domingo esteve um dia espetacular com um fim de tarde estival que nem dava vontade de sair da praia. Parece que durante esta semana muda outra vez para 'raios e coriscos'…Estas alterações climáticas ainda dão cabo da gente…
A verdade é que anda mesmo tudo esquisito: o tempo, as pessoas, o mundo em geral; já nada deveria surpreender-me. E admira-me sim haver alguém, uma pessoa ou grupo de pessoas que se juntam e decidem tomar iniciativas para despertar consciências (quiçá adormecidas) e partilham-nas através das redes sociais. 

Na semana passada fui a uma sessão cinematográfica às 10h da manhã de um sábado! Pelo título deduzi que o tema iria interessar-me bastante, e pulei da cama a tempo de não perder essa oportunidade. Tive o prazer de assistir a um filme sobre a busca de sentido na vida 'En quête de sens', a nostalgia pelo modo de viver antigo ou tradicional, com esplêndidas imagens e uma trilha sonora bem escolhida, um ataque às 'grandes empresas' que só escravizam o ser humano.

É curioso como eu, desde sempre com orgulho de ser citadina, não conhecia nem gostava nada da ideia de viver no campo, e agora não me importaria de viver numa casita rodeada de terreno onde podia aprender a semear, cultivar. Nunca é tarde... Como é bom comer fruta diretamente da árvore, saber o que estamos a comer e "criado" por nós. A isso podemos chamar qualidade de vida ou saber-viver-bem. É trabalho árduo o do campo, eu sei, mas não será também penoso para a maioria de nós viver em stress diário no meio do tráfego a caminho de um escritório, ficar entre quatro paredes rodeados de papelada, sentados horas e horas a dar cabo das costas e da vista diante da tela de um computador, com ar condicionado que nos ‘mata’, ou com a falta dele que nos incomoda…? Com certeza, as mazelas virão todas, mais cedo ou mais tarde, para quem trabalha no campo ou num escritório.

Um filme-documentário ambiental que nos leva a questionar o significado ou o valor da vida, ou a reformular a pergunta que desde sempre tem atormentado os grandes pensadores “por que nascemos, para onde vamos?”. Na vida moderna, desde pequeninos somos metidos em infantários, depois na escola entre quatro paredes, mais tarde no local de trabalho, anos e anos, e assim nos vamos afastando cada vez mais da TERRA - a natureza - aquela que nos dá a subsistência e a liberdade de SER… Enquanto isso, estamos continuamente sujeitos a lavagem cerebral, tudo nos indicando que vale a pena “ter”, e deixamos de SER felizes…

Em resumo, dois jovens franceses encontram-se passados 10 anos, viajam pela Índia e América Latina, encontram pessoas que vivem de modo feliz e simples, e acabam a filmar cada entrevista que fazem. Com percursos de vida bem diferentes, um deles vivia o “sonho americano” de trabalhar numa multinacional de exportação de água mineral e levava uma vida boa de curtição. Até que um dia, devido a um pequeno acidente, preso na cama, decidiu assistir a um monte de documentários sobre a globalização que o seu amigo tinha realizado. A partir daquele momento, a sua consciência não o deixa em paz e decide ir ao encontro do outro iniciando assim uma viagem improvisada, épica.
Com muitos momentos de dúvida pelo caminho, outros de alegria, e depoimentos incríveis, questionando as crenças coletivas que moldam a civilização ocidental, a viagem dos dois é como uma iniciação a uma nova maneira de ver o mundo e viver a vida. Neste filme convidam-nos a repensar em nossa afinidade com a natureza, felicidade e propósito de vida.
87 minutos de filme que nos ajudam a recuperar a confiança na nossa capacidade para efetuar a mudança dentro de nós mesmos e no seio da sociedade, motivados pelo desejo de viver em harmonia com nós próprios e com o mundo.

Se essa não for uma tarefa fácil, com tantos ensinamentos ao nosso alcance, então esperemos os transportes mais baratos que nos levem a outros planetas… E será que lá podemos começar tudo do zero, fazer um verdadeiro reset, tornando-nos uma raça humana e mais justa?

Se me derem a escolher, vou a MAR TE… 
E ir para a LUA, será possível também?..tem é que ter SOL, vou estudar o assunto…questões infindáveis...
https://www.youtube.com/watch?v=oNUiW6sKNiw

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