A
mente que nos mente
“A mente
é uma força poderosa. Ela pode escravizar ou fortalecer-nos. Ela pode mergulhar
nas profundezas da miséria ou levar-nos ao êxtase. Há que saber usar o seu poder
com sabedoria. Quando filtrarmos somente os pensamentos positivos, a nossa vida
começará a mudar”.
“A
questão não é o que os olhos veem, mas o que a mente percebe.”
“A mente, como a matemática, não mente. Mente quem fizer mau uso de uma
ou de outra. Da mesma forma que tanta gente exercita o corpo para ficar bonito
ou elegante, por que não exercitar a mente?”
"Metade dos nossos erros na vida vem do facto
de que sentimos quando deveríamos pensar, e pensamos quando deveríamos sentir."
… e finalMENTE consigo
vir aqui mandar uns bitaites, e fazer-vos pensar, como eu, se quiserem (claro).
Tanto há para falar sobre a nossa mente tão complicada. E será que a dos homens
é menos complexa que a das mulheres? É que há uns a queixar-se “a mulher diz sim quando quer dizer não, e
não quando quer dizer sim, não sabemos como lidar com elas…”
E se a mente (nos) mente
muitas vezes é porque não a usamos devidamente. E se não é bem usada, é por
isso que anda tudo destrambelhado. Neste mundo chato em que cada um quer ser
dono da verdade à sua maneira, é curioso observar a variedade de mentes (ou dementes?)
que por aí há: muitas doentes; umas curiosas, outras bondosas; outras perigosas ou perversas, maquiavélicas, e…
como destrinçá-las, para podermos acautelar-nos? Como ajudar pessoas que vivem
com uma mente atormentada uma vida inteira, sonhando ter paz algum dia…?
A nossa mente vê a vida
da forma como foi formatada, pela sociedade em que nascemos, pelos nossos
criadores, traumas, experiências boas e outras menos boas, medos que passamos, e tendências
biológicas e culturais. Cada mente interpreta os acontecimentos através de uma lente
específica. Cada uma é diferente e única. Ninguém nunca vai conseguir ter a mesma
experiência de vida que nós temos, nem nunca vamos conseguir transmiti-la em palavras.
Cada pessoa é especial e
ÚNICA no universo! Cada um de nós tem a SUA história.
E um dos maiores
problemas nas relações humanas está em querer que os outros se submetam às nossas
visões idiossincráticas, sigam os nossos preceitos, compartilhem os nossos valores e crenças, e se
curvem diante dos nossos desejos. Inclusivamente, acho que a maioria de
nós ouve o outro não com o intuito de compreender, mas apenas com a intenção de retrucar.
Por que há pessoas com
vidas difíceis, relações complexas e infelizes? Onde quer que vão só encontram problemas, e
nunca soluções. Sempre têm o “azar” de encontrar pessoas completamente
diferentes, e “todos” são maus… Ignoram que as generalizações que fazem convergem
num único ponto: elas próprias! Pessoas cuja mente foi formatada de uma forma
inadequada, com problemas, visões distorcidas ou algum “bug”...?
E é por isso que a mente
nos mente. Constantemente ela nos oferece a sua própria realidade, baseada nos seus
enganos e erros. E assim vivemos ‘de olhos vendados’, incapazes
de experimentar a realidade como ela é verdadeiramente.
Todos procuram erradicar
o mal fora, no mundo exterior, quando o mal está dentro de cada um de nós. O mal é a mente
distorcida e descontrolada, desta forma roubando-nos a paz interior e a felicidade.
E em troca, dá-nos
apenas sofrimento quando mal usada.
O que acontece quando alguém
faz algo errado ou contra a lei? A punição é ir para a solitária, ou seja, o
pior castigo que o ser humano conseguiu conceber para punir uma pessoa é deixá-la sozinha com
ela mesma, acompanhada apenas da sua própria mente!
“O ser humano quer dominar
as entranhas do imenso universo e a intimidade do pequeno átomo, mas comete um
grave erro ao não explorar o mais importante de todos os espaços: a sua própria
mente! Para poder compreender, finalmente, porque é que, no auge da indústria
do lazer, nunca fomos tão tristes; no apogeu da psicologia, nunca fomos tão
stressados e deprimidos; na era da informação, nunca formámos tantos
repetidores de dados… Para descobrir, com grande surpresa, algumas armadilhas
na sua engrenagem mental que conspiram contra a sua liberdade de escolha; para
perceber que faz guerras porque facilmente constrói inimigos na sua mente;
sofre pelo futuro porque não tem no presente um caso de amor com a sua própria
existência… Verá que traumas não são sentenças de morte, que crises são
oportunidades, lágrimas são nutrientes para novos capítulos… E, acima de tudo,
perceberá que o tempo da escravatura não terminou nas sociedades democráticas.
Nesse dia, talvez perceba que o ser humano só é verdadeiramente livre no teatro
social se primeiramente o for no teatro psíquico…”
(in “Armadilhas da Mente”).
Quanto à introdução sem comentários.
ResponderEliminarAcerca do que o homem pensa da mulher, é um facto que a mulher é em si uma equação complexa de sentimentos, onde o resulta muitas vezes não provém da mente inteligente, mas das emoções ou sentimentos que afrouxam a razão ou o resultado que a mente tenta ditar.
É verdade que todo o processo de socialização condiciona a mente e em consequência ela própria se desmente a si mesma para melhor agradar e assim mente a quem devia demonstrar que um não é tão valorizado quanto um sim ou talvez.
Sim, sou único tão único quanto a minha mente e não te minto se te disser que quanto maior a liberdade e o desapego da matéria mais real é tudo que da mente advém para assim estar tão perto da realidade quanto me for permitido.
Creio que a tua mente não te deixou mentir, quando dizes que a mente vê com maior facilidade o exterior do que o interior de cada um um de nós... mas quanto mais próximo estivermos do nosso “eu” mais felizes somos porque a mente entende muito melhor a realidade sem mentir à mente de si mesmo.
Não considero um castigo quando se está só e com a nossa mente, é quase a sublimação do indivíduo onde se encontra consigo mesmo e se eleva a ele próprio ao cimo para a si se ver e não ser visto do exterior para que outras mentes possam mentir acerca do que vai na sua mente.
...
Em conclusão, a tua mente actua mais do que mente!
Gostei do tema e da abordagem.
Foi bonito ler-te!
Bjs
“...onde o resulta muitas vezes...” deve ler-se : ...onde o resultado muitas vezes...
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