segunda-feira, 30 de julho de 2018

O poder da escrita

Estou possuída por ela, esta minha escrita terapêutica. 
Além da música, é a melhor terapia que eu poderia ter encontrado para “sobreviver” a um vazio existencial que sinto ao meu redor nesta vida conturbada para tanta gente e que mal se dá conta, com o esforço que todos fazem para “tapar o sol com a peneira” e parecer tudo “na boa”… 
Vidas vazias, fúteis, gente aparvalhada há cada vez mais… Quem estiver atento, percebe tanta coisa, que nem lhes passa… gente que fala dos outros, tantas críticas, sem olhar primeiro por si abaixo, do tipo “deixa-me falar dos outros antes que falem de mim”…mas deixemo-las pensar que são inteligentes, e nós os burros, às vezes não custa nada...Oh santa ignorância!

Bem, sobra um consolo. Se os meus amigos, que também escrevem tão bem e eu admiro-os, me pedem para não parar de escrever oh então ninguém me vai segurar. A terapia da calimera, tá tudo dito (ou escrito).

Fiquei viciada na palavra escrita; é, sem dúvida, uma ferramenta de cura e uma excelente ferramenta para harmonizar o indivíduo no seu ambiente psicoafetivo. Já a proferida evito ao máximo, a paciência esgota-se rapidamente quando tem que descer ao nível de certos indivíduos. É muita confusão, é uns a falar com os outros sem se ouvirem. Anda tudo autista e torna-se contagioso, é o que parece. Autista, egoísta, comodista, uma lista com tudo em “ista”, do pior…
Posso citar dois exemplos, de ontem e de hoje. Eu e a amiga saímos para comer fora, era domingo, acabámos num restaurante desconhecido mas situado em local “in”… começou logo a má impressão com o espaço quase vazio, o galheteiro posto sujo em cima da mesa, os bolos de sobremesa na redoma mal-amanhada… coca-cola servida quente, e obrigam a tomar gelo, que a amiga nem gosta, não sabe de onde vem a água… um bitoque feito sem tempero só para matar a fome antes de ir espraiar, e vamos lá pagar (bem) e reclamar. O homem (diz-se dono da espelunca) não gostou, acabou aos berros com ela, praticamente insultando-a, e eu saindo de mansinho. Se fosse eu a querer reclamar, era pedir o livro de reclamações e escrever “restaurante a evitar, serviço péssimo” e ligar o botão QSF!… cenas destas, tristes, nem pensar, que mau aspeto!

Aqui em frente o vizinho tem a mania de entrar e sair e bater a porta como a “da quinta”, quer lá saber se há gente a dormir ao lado… hoje acordou-me às 6:40… já levou papel debaixo da porta “Don’t slam the door, please!... Neighbors being disturbed...” ooops e se for brasileiro, ou souber português, por que raio escrevi em inglês? (a calimera a pirar do capacete...)

E por aí fora, é disto todos os dias, eu vou lá querer olhar para a cara de gente assim, sem consideração pelos outros? É que me passo mesmo com má educação, não me queiram ver passar de anjo a diaba quando mexem com os meus neurónios, ou subestimam a minha (pouca) inteligência…




E aqui estou eu, calimera, em modo lunar negro. Não sou a única, reparo todos os dias que o mundo está muito conturbado e cheio de calimeros. 
Eventualmente, todos a querer virar abelha, e voar para bem longe. E onde se estará melhor?


sábado, 28 de julho de 2018

Estou na(s) Lua(s)

JULHO
"Esperemos uma explosão de emoções no final deste mês. O mês de julho é notícia a nível mundial por ser uma maravilha astronómica e astrológica - o tal nº 7 - e o Eclipse Lunar vai trazer uma forte mudança de energias." (...) 

Antes de ontem dia 27-07-2018 foi a noite tão comentada e fotografada de um eclipse lunar; a ‘lua de sangue’ que todos estavam à espera apareceu a partir das 20:30, dependendo do lugar onde se estivesse. Se vai trazer mudanças para cada um de nós, sei lá, mas que há logo quem comece a atribuir significado sobrenatural, há…Vamos acreditar em coisas boas, ou apenas considerar estes fenómenos naturalíssimos…?

Decidi pesquisar sobre luas e descobri que afinal há outras... Já vi a Blue Moon (lua azul), agora a sangrenta (Blood Moon)… quero registar pois, quem sabe, um dia já velhinha, sentada tranquila no meu cadeirão a ler um bom livro, ou o meu blogue, irei recordar estes momentos e estas datas.

Devido ao alinhamento com outros astros ou com a Terra, a Lua pode aparecer em diferentes formatos, ou mesmo cores, o que intriga os homens desde as antigas civilizações. Lua negra, Lua azul, Lua de sangue, Superlua… afinal, que diferenças há entre todos estes tipos de lua?

Na maioria dos casos, esses nomes dados aos fenómenos lunares não são usados pela ciência, mas são um meio do público em geral e dos média identificarem as diferentes aparições do nosso satélite.
Lua Azul
Não se refere à cor da lua, mas sim costuma tratar-se da segunda lua cheia que aparece num mesmo mês. Esse fenómeno geralmente ocorre de dois em dois anos, devido à relação entre o tempo entre uma lua cheia e outra, que é de 29,5 dias, e da duração dos meses, de 28 a 31 dias. 
Próximas luas azuis:
31 de março de 2018 (a que vi); 1 de outubro e 31 de outubro de 2020; 1 de agosto e 31 de agosto de 2023; 1 de maio e 31 de maio de 2026; 2 de dezembro e 31 de dezembro de 2028.
Dia 27-07-2018
Lua de Sangue
Também chamada Lua Sangrenta, esta acontece durante um eclipse lunar total. Durante o eclipse, a Terra fica entre o sol e a lua, fazendo com que a luz solar não alcance diretamente a lua. Essa luz acaba por passar pela atmosfera da Terra e incidir no nosso satélite em tons de vermelho. Essa cor ocorre devido a um fenómeno físico conhecido como dispersão de Rayleigh, onde a Terra absorve as diferentes frequências eletromagnéticas da radiação solar, refletindo apenas a parte vermelha do espectro.
Próximas Luas de Sangue:
25 de abril de 2032; 18 de outubro de 2032; 14 de abril de 2033; 08 de outubro de 2033; 25 de março de 2043.

SUPERLUA
A superlua ocorre quando a lua está cheia durante o seu ponto mais próximo da Terra, fazendo com que ela apareça maior e mais brilhante. Esse fenómeno acontece porque a órbita da lua em torno da Terra é elíptica, de modo que o satélite algumas vezes passe mais próximo ou mais distante do nosso planeta. Quando a lua se torna cheia ao mesmo tempo em que a sua órbita está mais próxima à Terra, acontece a Superlua, que aparece até 14% maior e 30% mais brilhante do que uma lua normal.
Próximas Superluas: 21 de janeiro de 2019; 19 de fevereiro de 2019; 9 de março de 2020; 8 de abril de 2020; 27 de abril de 2021.

O fenómeno da lua nova: Lua Negra
A Lua Negra possui vários significados, e a sua definição mais usada é para designar a segunda lua nova no mesmo mês, quando o lado oposto da lua é iluminado pelo sol e apenas a parte da sombra fica virada para a Terra. Essas luas negras ocorrem a cada 32 meses. 
Mas existe também outra definição para a Lua Negra, que ocorre quando não há luas novas durante todo o mês. Esse fenómeno só acontece em fevereiro, pelo facto desse mês normalmente ter 28 dias, enquanto o ciclo lunar é de 29,5 dias.

Outros nomes da lua
Várias culturas também atribuem nomes diferentes às luas cheias de cada mês, geralmente relacionados com a vida selvagem local e com as mudanças de estação. Por exemplo, quando uma Superlua acontece em novembro, as tribos nativas americanas chamam-na Lua do Castor, porque é ou era a época de se fazer armadilhas para esse animal. 
Já alguns povos no hemisfério norte chamam a lua cheia de dezembro de Lua Congelada, por acontecer no mês mais frio do ano nessa parte do mundo.

O que eu aprendo!

E… enquanto estava por aqui lunaticando, agora mesmo, recebo uma mensagem escrita de um amigo, assim “Estas coisas lunares e o Universo carregam-me o lombo da alma com sonhos estranhos. Vale uma realidade mais ajuizada que contraria o impulso e segreda verdades: se tudo o que podes dar é meio virtual, então eclipsa-te, limita-te ao sonho transparente e ilimitado. Aí, sim, tudo é possível.”

E foi assim uma coincidência lunática, que adorei. Aliás, adoro estas 'coisinhas'. E agora vou dormir, sonhar com a minha Lua de todas as cores e feitios, e com o Sol de outro dia de julho que está quase a terminar, o de amanhã, antepenúltimo...
https://www.youtube.com/watch?v=Af45CMPUono

terça-feira, 24 de julho de 2018

Entre amigos/as


Quem tem um amigo não morre na cadeia
Amigo não empata amigo
Amigos, amigos, negócios à parte
Os amigos são para as ocasiões
Na adversidade se conhecem os amigos
Entre amigos não há segredos
Amigo do meu amigo, meu amigo é


Há uma infinidade de provérbios sobre a amizade, todos fazem sentido. Quase arriscava a dizer que Amizade é melhor do que Amor, mas entre aquela também poderá surgir o controlo, o ciúme e outros sentimentos baixos… porém, tudo se controla, se houver empatia, respeito; pode eventualmente acontecer algo que ponha em causa a amizade de duas pessoas, mas tudo voltará ao normal depois de esclarecido. As reconciliações são sempre bem-vindas, seja no amor, na amizade, na família... Nada melhor do que fazer as pazes e voltar a falar com as pessoas com quem já brigámos, mas amamos! Se isso não acontecer, então nunca foi amizade verdadeira, nem família, apenas ‘conhecimentos’, pessoas com energia diferente.
Porém, nem sempre é tudo maravilha. Entre pessoas amigas tudo é permitido, pensamos, mas às vezes poderá haver algum stress, uma preferir dormir com luar a entrar pela janela e outra com tudo fechado, nem sequer haver uma frincha a passar qualquer luzinha… pode-se dormir a monte, na mesma cama ou em camas separadas, e saber resistir à tentação 'na festa do pijama'… 
Entre mulheres então nem se fala, há as que têm rotinas diárias, outras à balda, comem qualquer coisa ao pequeno-almoço, ou não comem, umas café ou meia de leite com açúcar branco (ainda), outras sem ou com mascavado… umas com sal, muito, e refinado, outras com quase nada, ou só flor de sal… umas só sabem falar em vitaminas de A-C, entre outras, e há quem queira só se fo(r) D...umas acordam super cedo, mesmo ao fim de semana, outras adoram dormir até tarde…uma baita confusão, elas juntas! 
Na condução, uma diz para a esquerda, outra para a direita, não leem placas, confiam no GPS e lá vamos nós parar ao lado contrário…! Às vezes, a parte masculina de mim surpreende-se ao pensar como seria aturar uma mulher, se nascesse homem! Oh My God! Então, com a idade a avançar, ficam insuportáveis, é muita trenguice, taras e manias kkkk
No final, tudo corre bem. Amizade: um Amor que nunca morre.
Não está fácil passar de calimera a(belha) oliveira, a que saiu da Maia.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Calimera


Acho que este meu espaço poderia chamar-se "O Blog da Calimera"... Gostei! Calimera…foi o que alguém me chamou estes dias. Fiquei curiosa, serei? Fui ver o seu significado, e parece que costuma manifestar-se em jeito de birrinhas, egoísmos, queixinhas, choros sem lágrimas, chantagens e amuos. Penso que (já) não faço nada disso. E se por acaso o fiz num passado remoto, não me recordo. Amadureci muito, até me sinto quase a cair de podre, então! 
Posso, no máximo, viver reclamando de muita coisa que me faz revirar os olhos, de perder a paciência com gente básica, que não se toca…enfim…
É que cuscando pelo FocinhoBook vai se mirando o espelho da realidade: cada vez mais “calimeros e calimeras” há por aí; pessoas que anunciam vezes sem conta a sua retirada, mas nunca saem de cena; que insinuam aos quatro ventos ser mal-amadas, incompreendidas e injustiçadas, procurando a aceitação pela chantagem, quando têm tanta coisa na vida que as poderia fazer felizes; pessoas insatisfeitas com o tanto que têm, transformando ninharias em tragédias. 
Esta síndrome do “Calimero” sempre existiu, não é culpa da crise, e tende a crescer exponencialmente, e pode até tornar-se moda! Talvez salte mais à vista atualmente e entra-nos pelos olhos adentro, perturbando-nos o espírito, pois temos que aprender a conviver com quem sofre dela, a lidar com o drama, o horror e outros teatros que tais.
Todos nós poderemos ser atacados por ela em determinados períodos da vida, mas, tal como as doenças normais de infância, acabam por desvanecer-se. Noutros casos, demora um pouco mais. Serão as depressões as responsáveis? Talvez sim, nas pessoas que vivem verdadeiros problemas, pelas agruras da vida; não pelas ninharias que insistimos em transformar em tragédias. Há pessoas a quem dá jeito uma depressãozinha, outras há que vivem deprimidas uma vida inteira, que chique fazer uma birra, que máximo dar um show! E costuma-se dizer “tem uma personalidade tão forte!” e ainda há quem acredite, que é tudo força do caráter.
Esta síndrome, que infelizmente não aparece nos anais da psicologia, requer como tratamento uma boa dose de estalos e portas no nariz de forma a despertar para a dura realidade: há sempre alguma m*rda que acontece nas nossas vidas. Convém é não dar importância a essas m*rdas e seguir a vida sem dizer "isto só me acontece a mim", caso contrário as pessoas que sofrem desta síndrome acabam redundantes e a saturar quem até tem paciência para ouvir os lamentos característicos.
Não me considero uma calimera, apesar de achar o Calimero uma figura adorável. Confesso que sou avessa a essa mania da autocomiseração e da paranoia do "não há nada que não me aconteça"... e aquelas pessoas que quando o dia corre lindamente e de repente dizem "Mmm estou tão contente e a vida corre-me esplendidamente… algo de ruim vai acontecer em breve, com certeza!" – uma variante da síndrome de Calimero, sem dúvida!

O Segredo da Boa Disposição
"Deixaram-nos aqui. É mesmo assim. É a vida. Tem graça, não tem? A vida tem graça. Nós temos graça. É engraçado estarmos todos aqui. A incerteza geral da existência, aliada à certeza particular do facto de termos nascido e de irmos um dia esticar o pernil, é de morrer a rir. Entre outras coisas. Já que nos puseram aqui, indispostos, mal distribuídos, condenados à confusão e à companhia dos outros, o mínimo que podemos fazer é pormo-nos o mais bem-dispostos que pudermos.
O segredo da minha boa disposição é pensar o mais possível nos outros – nos outros que amo e que me têm de aturar, nos outros de quem só conheço o sofrimento e me fazem sentir a sorte que tenho em sofrer tão poucochinho – e o menos possível em mim. Quanto mais eu me desprezo e desconheço, quanto mais eu entristeço de me entender, mais preciso que haja quem goste de mim. Ou pelo menos da minha companhia. Sempre bem-disposta, claro!"

Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume' 

terça-feira, 10 de julho de 2018

All of ME


Quem sou eu?
Prefiro que mo digam, quem sou eu, do que estar a falar de mim. O que ando aqui a fazer? Sei lá, ainda não descobri qual a minha missão, mas ainda hei-de descobrir!?
De repente lembrei-me de um livro que adorei ler e não me recordo se já falei aqui deste best-seller a nível mundial - Profecia Celestina. Trata-se de um manuscrito encontrado no Peru, onde estão nove visões capazes de libertar e elevar os seres humanos, que a humanidade precisa conhecer, pois só assim a sabedoria poderá ser atingida no próximo milénio. Adoro este tipo de leitura. Pelo menos já é bom saber do que se gosta. Cada uma das 9 visões é esclarecida em cada capítulo, enquanto é narrada a aventura de um homem que vai até o alto dos Andes e às ruínas das velhas florestas.
Primeira Visão  alerta-nos sobre as coincidências que acontecem nas nossas vidas e não lhes damos a devida atenção.
Segunda Visão  ajuda-nos a perceber que tudo faz parte de um todo, e a nossa perceção sobre o amanhã deve contar com a compreensão do hoje e do ontem.
Terceira Visão fala sobre a energia que emana de todas as coisas e seres vivos.
Quarta Visão explica como os homens têm desprezado a energia, e esta foi se tornando escassa fazendo com que atualmente exista uma competição por ela, o que gera os conflitos. (O filme Matrix aborda também esse tema – afinal somos todos vítimas de um ‘sistema inteligente e artificial’ que manipula a nossa mente e cria a ilusão de um mundo real enquanto usa os cérebros e corpos dos indivíduos para produzir energia.)
Quinta Visão fala sobre uma energia alternativa.
Sexta Visão explica como devemos atingir um nível mental que nos permita viver guiados pelas coincidências.
Sétima Visão ensina como devemos procurar e questionar novos pensamentos e incorporá-los.
Oitava Visão mostra como devemos quebrar os padrões de conduta para melhorar a energia entre nós.
Nona Visão diz que o homem vai conseguir evoluir e viver dando mais atenção ao que é realmente necessário.

De um modo geral, o autor deste livro quer chamar a nossa atenção para as chamadas "coincidências" e como elas podem explicar o sentido da vida. 
Este livro ajuda a compreender por que algumas pessoas com quem nos relacionamos têm o poder de nos fazer sentir frágeis, ou nervosos e sem forças, enquanto outras nos transmitem grande serenidade. Um livro que nos leva a entender certos comportamentos e de como podemos lidar com eles. 
Por ‘acaso’, há pouco tempo li uma frase interessante “Atrações físicas são banais, conexões mentais são raras!” e é bem verdade. E daí lembrar-me desta leitura.
Afinal, quem sou eu? Diz-me tu! Talvez um ser misterioso para alguns, dócil para outros, de ‘génio alemão’ (ou seja: mau feitio) para outro alguém… apenas serei o que quiserem que eu seja, ou o que provocarem em mim, penso eu.
Reconheço com orgulho que não preciso fingir ser algo que não sou só para agradar. E quem for igual a mim dar-se-á bem comigo, com certeza. Revejo e penso em tudo aquilo que eu REALMENTE gosto: de muita coisa, desde as mais simples às mais complexas, às vezes.
Salamaleques, nove horas, rodeios; há quem lhe chame até de educação, cultura, saber, ou ainda, saber viver; essa cena do ‘politicamente correto’ é grande treta… chamem-lhe o que quiserem, é uma arte que não domino. Mas gostaria.
O que me diverte? Música, dançar! O que me motiva? Aprender! Em que eu acredito? Num mundo melhor…
https://www.youtube.com/watch?v=450p7goxZqg&list=PLhTLxNha3-p19AfHFdVNvqslFUsem7zn2

domingo, 8 de julho de 2018

(Re)Encontros


Foi um fim de semana diferente, era para ser um dia fora e ficou quatro! Nem pente levou consigo, mas era coisa que não faria grande falta.
Os amigos têm destas coisas, pegam em nós e fazem gato-sapato. E nós deixamos, quando nos sentimos livres, é que uns mimos caem sempre bem. 
E aquele era um local de férias paradisíaco, com bela paisagem “florestal” em redor de uma piscina bem cuidada, e pensava, enquanto na espreguiçadeira via ao longe a beleza do céu a juntar-se ao mar no horizonte “não podia encontrar agora melhor cenário para uns dias de tranquilidade e dar descanso ao corpo massacrado por um pé inativo já há três semanas”.  
Era um grupo de amigos que no passado retornaram a um país que eventualmente não era o deles, seria o dos seus pais...e ali se fixaram, naquela zona com condições climatéricas similares às dos trópicos. A alegria e emoção de reencontros, lembranças do passado, fazem-nos voltar à juventude e revivê-la.
A marca maior do belo tempo passado foi reavivar memórias de um tempo que nunca mais voltará.
Os amigos e amigas dão-nos a mão, pegam-nos ao colo se preciso for, soltam gargalhadas e riem connosco, dizem-nos que o nosso sorriso é bonito, dividem o copo, o pão, a água connosco, esticam os braços para um abraço, apontam e contam os sonhos como se fossem nossos, as nossas tristezas e dores sentem-nas como se fossem nossas, falam connosco calados porque só nos querem ouvir...
É um convívio saudável e de saudade! Oferecem a alma porque estão sempre, incondicionalmente, a acreditar em nós e tudo fazem por nós, porque há AMIZADE!
A amizade sentida, trocada, oferecida é como parte do ar que respiramos, alimenta a alma e a crença de que só amamos os amigos e amigas porque eles também nos amam!
Foram dias e noites de verão (finalmente) muito bons, porque era como se estivéssemos a viver no passado!
E assim vai se viciando em pessoas extraordinárias que conseguem feitos incríveis. Como fazerem-na feliz, por exemplo.
https://www.youtube.com/watch?v=3VpvZodBb7g
Viver é sonhar, 
É decidir,
É perder ou vencer
É desistir ou retornar
É crescer sem aparecer,
É uma grande história de amor.
Viver é uma aventura tão louca
Cada dia um dia,
Cada sorriso um sorriso,
Cada pessoa um mundo,
Cada sonho um degrau,
Cada passo um risco,
Cada erro uma oportunidade de aprender.
Viver é sempre demais...
É sempre vantagens,
É sempre seguir forte.
É sorrir por teimosia
Ou não disfarçar a alegria.
É ter certeza de que valeu a pena......
Valeu a pena VIVER!!! ""

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Devaneando...

Entramos em julho e o tempo continua estranho. Nunca eu vi o Algarve acordar cinzento, sempre era um sol que me encantava e me arrancava da cama para fora, com a alegria simplesmente de ver mais um dia ensolarado… tudo está diferente, temos que aguentar.
E à noite, que frio é este na rua? Para mim, aliás, está bom assim. Em tempo de ‘recolhimento’, já não fico “de rabo alçado” para só querer ir espraiar-me. 

E não tenho escrito muito, alguém me dirá. Falar de quê? Os meus temas preferidos são os que venho escrevendo aqui, e parece-me que ando sempre à volta do mesmo. Não quero ser repetitiva. Conto estórias minhas, ou de outras pessoas, quase sempre na terceira pessoa, adotei essa ideia e gostei. De vez em quando dá-me para ser idiota, e invento umas coisas. Só pelo facto de querer escrever.
E agora poderia falar, por exemplo, da VIDA, outra vez. Posso dizer-vos que estou sempre a aprender. E uma lição que não tem sido fácil de assimilar é que é preciso deixar de criar expectativas. Ou seja: quero aprender a ser mais feliz e contente deixando qualquer expectativa de lado. Qualquer dia pode ser um ótimo dia desde que a minha única expectativa seja a de que o SOL nasça, por trás das nuvens ou em todo o seu esplendor!
Em relação às pessoas é que costumo ser tão “naive” que até tenho raiva de mim mesma, às vezes. Sempre à espera de que me surpreendam, e nada acontece. E ao meu redor tudo parece tão igual, tão à toa, com vidas stressadas, em qualquer idade, que nada já combina com a minha forma de ser e estar na Vida…
Sou a pessoa mais importante no meu mundo e ninguém é responsável pelas expectativas que eu crio. Uma verdade dolorosa, mas é a realidade. Devo assumir que toda a gente é boa até que se prove o contrário, e que ninguém erra nem me dececiona, apenas atinge ou excede as minhas expectativas. Aprendo a dosear a minha intensidade com as pessoas, saber onde piso, e se pouco recebo pouco irei doar-me. 
Há exceções, ainda há gente aberta a receber, disposta a retribuir, grata e feliz por isso. Ser intenso é uma qualidade que aprecio. Pessoas vazias ou sem entusiasmo deviam procurar um profissional de saúde e injetar colagénio algures em si para preencher o vazio existencial…
As pessoas não mudam, apenas nunca foram do jeito que pensávamos… E quem sabe, talvez também alguém espere de mim aquilo que não sou ou nem posso dar…
Um dos segredos da felicidade, evitando as deceções, é aprender a não esperar nada de ninguém. Evitar criar expectativas e deixar que os acontecimentos nos surpreendam. Gostei!
Desejo para mim e para vocês uma vida cheia de (boas) surpresas!
De autoria desconhecida:
“Aprendi que se aprende errando;
Que crescer não significa fazer aniversário;
Que o silêncio é a melhor resposta, quando se ouve uma estupidez;
Que trabalhar não significa só ganhar dinheiro;
Que sonhos existem para serem alcançados;
Que Amigos a gente conquista mostrando o que somos;
Que os verdadeiros amigos sempre ficam contigo até ao fim;
Que a maldade se esconde atrás de uma bela face;
Que não se espera a felicidade chegar, mas procura-se por ela;
Que quando penso saber de tudo ainda não aprendi nada;
Que a Natureza é a coisa mais bela da vida;
Que Amar significa dar-se por inteiro;
Que um só dia pode ser mais importante que muitos anos;
Que se pode conversar com Estrelas;
Que se pode confessar com a Lua;
Que se pode viajar além do Infinito;
Que ouvir uma palavra de carinho faz bem à saúde;
Que dar um carinho também faz...
Que sonhar é preciso;
Que se deve ser Criança a vida toda;
Que nosso SER é livre;
Que o julgamento alheio não é importante;
Que o que realmente importa é a PAZ interior. “