Além da música, é a melhor terapia que eu poderia ter encontrado
para “sobreviver” a um vazio existencial que sinto ao meu redor nesta vida
conturbada para tanta gente e que mal se dá conta, com o esforço que todos fazem
para “tapar o sol com a peneira” e parecer tudo “na boa”…
Vidas vazias, fúteis,
gente aparvalhada há cada vez mais… Quem estiver atento, percebe tanta coisa,
que nem lhes passa… gente que fala dos outros, tantas críticas, sem olhar primeiro
por si abaixo, do tipo “deixa-me falar dos outros antes que falem de mim”…mas
deixemo-las pensar que são inteligentes, e nós os burros, às vezes não custa
nada...Oh santa ignorância!
Bem, sobra um consolo. Se os
meus amigos, que também escrevem tão bem e eu admiro-os, me pedem para não
parar de escrever oh então ninguém me vai segurar. A terapia da calimera, tá tudo
dito (ou escrito).
Fiquei viciada na palavra
escrita; é, sem dúvida, uma ferramenta de cura e uma excelente ferramenta para
harmonizar o indivíduo no seu ambiente psicoafetivo. Já a proferida evito ao
máximo, a paciência esgota-se rapidamente quando tem que descer ao nível de certos indivíduos. É muita
confusão, é uns a falar com os outros sem se ouvirem. Anda tudo autista e
torna-se contagioso, é o que parece. Autista, egoísta, comodista, uma lista com
tudo em “ista”, do pior…
Posso citar dois exemplos,
de ontem e de hoje. Eu e a amiga saímos para comer fora, era domingo, acabámos
num restaurante desconhecido mas situado em local “in”… começou logo a má
impressão com o espaço quase vazio, o galheteiro posto sujo em cima da mesa, os
bolos de sobremesa na redoma mal-amanhada… coca-cola servida quente, e obrigam
a tomar gelo, que a amiga nem gosta, não sabe de onde vem a água… um bitoque feito sem tempero só para matar a fome antes de ir espraiar, e vamos lá pagar (bem) e reclamar. O homem (diz-se
dono da espelunca) não gostou, acabou aos berros com ela, praticamente insultando-a, e eu saindo de
mansinho. Se fosse eu a querer reclamar, era pedir o livro de reclamações e
escrever “restaurante a evitar, serviço péssimo” e ligar o botão QSF!… cenas destas, tristes,
nem pensar, que mau aspeto!
Aqui em frente o vizinho tem
a mania de entrar e sair e bater a porta como a “da quinta”, quer lá saber se há gente
a dormir ao lado… hoje acordou-me às 6:40… já levou papel debaixo da porta “Don’t
slam the door, please!... Neighbors being disturbed...” ooops e se for brasileiro, ou souber português, por que raio escrevi em inglês? (a calimera a pirar do capacete...)
E por aí fora, é disto todos os dias, eu vou lá
querer olhar para a cara de gente assim, sem consideração pelos outros? É que me
passo mesmo com má educação, não me queiram ver passar de anjo a diaba quando
mexem com os meus neurónios, ou subestimam a minha (pouca) inteligência…
E aqui estou eu, calimera,
em modo lunar negro. Não sou a única, reparo todos os dias que o mundo está muito
conturbado e cheio de calimeros.
Eventualmente, todos a querer virar abelha, e
voar para bem longe. E onde se estará melhor?
Este não foi um texto de calimera, foi assertivo, foi bom de ler claro como água. !!!!!
ResponderEliminarHeHe sei que és dos meus... e dos bons... :P (obg)
ResponderEliminar
ResponderEliminarGostei do teu texto... não apreciei muito a autocrítica de crise de um vazio existencial com que te vês, nem que queiras parecer estar do lado negro ou negativo da lua... desvalorização e desvantagens de quem tem que se soltar para melhor ser a selvagem que dentro de si transporta.
Bem, se calhar, uma muito má apreciação minha para quem promete escrever e ter como essa a terapia de quem se olha como calimera... que me deixa contente por saber que mais vou ler... de quem ambiciona ser abelha... (abéélhaa).
Uma das coisas que ressalta do teu belo texto, é que nós crescemos e a vida fica sempre um pouco mais difícil porque nós passamos a ser mais exigentes. O tempo passa a ser mais curto e as distâncias sem o imaginarmos passam a ser maior entre as pessoas em nosso redor.
Tudo não significa, de modo algum, que a vida é um desespero!
Tem tanta coisa boa e tu carregas essa bondade e beleza interior contigo.
Tens revelado esse lado bom através da escrita, deves partilhar e insistir para que os amigos e amigas possam sentir-se à mesa das tuas emoções. E pelo que me apercebo são muitos os “comensais”... ahahahah ahahahah
A nossa felicidade depende muito das nossas escolhas e cuidar de nós é sempre ou quase sempre a melhor opção.
Na vida tudo vale a pena e sempre virão coisas boas, como chegará o dia de um bom prato servido no lugar paradisíaco, com galheteiros limpos e em boa companhia saboreando um bom vinho!
Isso é inspiração de quem sabe que ser um pouco louco e um nada infantil, vale a pena quando podemos no fim dar uma grande gargalhada!
Oiie?
Não queria escrever tanto... mas foi saindo-me... quase que virei Calimero a falar da abelha maia ... ahahahah ahahahah
Bj
Onde se lê “... sem o imaginarmos passam a ser maior entre as...” deves ler “...a ser maiores...”
ResponderEliminarErros!
E, oiiie? A música?
https://youtu.be/KJGg3Hpuvc4
Ena ler os teus longos textos escutando um bom e relaxing blues a esta hora é muita bommmm obg bjssss E viva os fins de tarde de verão...
Eliminar