sexta-feira, 27 de setembro de 2019

aMARte

A Arte de Não Amar(gar) a Vida

Não é fácil. Vou me contrariar agora, sobre a necessidade dos telemóveis na nossa vida. Então… cumé que se vivia antigamente? Agora que nos habituamos ao “bem bom” basta estar conectado 24h (se quiser) e ver quem está online, e uma pessoa até se sente acompanhada, “vendo” aquele amigo ou amiga com quem se pode conversar, se nos apetecer. A qualquer hora. 
Porém, já aconteceu comigo, habituada a ver uma pessoa querida sempre online, deixei de a ver durante horas, e fiquei agoniada pensando “o que terá acontecido?”… isto não é normal…que bad vibe! tenho mesmo que desconectar-me de verdade, evitar estas angústias, ou então me viciar de vez: preciso da rede para me sentir acompanhada, ora bolas!!!

Há coisas assim, estranhas, que nos fazem viver na contradição, ora gostamos ora detestamos, ora precisamos ora dispensamos… nada fácil esta vida cheia de escolhas, porém, que nunca nos falte o bom senso e o equilíbrio da mente e do corpo.
Por exemplo, escolhemos AMAR, pois achamos que o Amor é lindo… ohh mas também é tão chato, a gente se agarra, apega-se, quase quer respirar o ar do outro, fica dependente… que sentimento mais estranho esse “amar” que nos deixa em desassossego.
Se a gente escolher 'não querer amar', fluirá a vida melhor? Sem a ansiedade gerada pelo apego, curtem-se tão só os momentos bons, e fica-se mais solto. 

Pensei na arte de não amar, se possível, seria uma boa ideia? É que amar implica responsabilidade, cuidado, respeito… e não fica fácil para muita gente, pois infelizmente não se nasce com livro de instruções. E se for para não amar, o que resta? Apenas gostar, mas isso parece pouco... somos exigentes, queremos tudo ao extremo… ou TUDO ou nada!
Porque, se amamos uma pessoa, devemos respeitá-la como ela é, e não como queremos que ela seja. Os seres humanos não são objetos para serem possuídos ou dominados, mas sim pessoas que contribuem e enriquecem os demais com a sua forma de ser e a sua individualidade. Todos interagindo, dão e recebem. É preciso alcançar maturidade e independência, sem projetar no outro os nossos medos, inseguranças e necessidades, sem explorarmos ou tornar-nos vampiros emocionais. E há tantos.

Nem sempre corre tudo na vida com tranquilidade e harmonia. Vivemos num turbilhão, onde tudo pode acontecer: harmonia e conflito, alegria e tristeza. O amor é uma arte que nos enriquece como pessoas; estamos sempre a aprender. AMAR é uma experiência pessoal que cada qual só pode ter por si e para si. E, como dizem os psicanalistas “para amar o outro é preciso antes amar a si mesmo”.

O AMOR. Uma palavra tão pequena e simples para um sentimento tão complexo, avassalador e emocionante.
A arte de amar começa com muitas esperanças e expectativas, e mesmo assim falhamos muitas vezes. Como seres racionais que somos, deveríamos aprender com as nossas experiências, reconhecer os nossos erros, tornar-nos pessoas melhores para superar os fracassos e entender melhor o que significa e o que traz para nossa vida esse sentimento chamado "amar". 
Ninguém ama ninguém porque decidiu amar, pois o amor flui espontaneamente do ou dos encontros, quando a gente menos espera, numa direção imprevisível e além de qualquer autocontrolo da nossa parte.
O amor vai tomando formas, rumos e sentidos exclusivos e irrepetíveis para cada um de nós, seres amantes. 
A verdade é que devíamos amar pelo amor somente, não pelo que o outro "é" nem pelo que “significa”, nem pelo que ele “tem”, porém, mais do que tudo isso, “quando” o amo e se o amo, amo-o por aquilo em que me torno quando estou na sua presença… 
A poetisa Elizabeth Barrett Brown respondeu assim quando a pessoa amada lhe perguntou “como” ela a amava:
“Como te amo?
Deixa-me contar de quantas formas eu te amo!
Eu te amo até o mais fundo, o mais amplo e ao mais alto
Que a minha alma alcança, buscando para além do visível os limites
do Ser e da Graça ideal.
Eu te amo até nas mais ínfimas necessidades de todos os dias,

Na luz do sol e à luz das velas. Eu te amo com a liberdade com que os homens lutam por Justiça.
Eu te amo com pureza, com a paixão das velhas mágoas
e com a fé da minha infância.
Eu te amo com um amor que me parecia perdido com as coisas perdidas.
Eu te amo com toda a minha força, com o sorriso e as lágrimas de uma vida inteira!
E, se Deus quiser, depois da morte
eu amarei melhor.”
Porém, todo esse amor só pode ser real enquanto for gratuito, sem medos nem cobranças. Muitos exigem tanto dos seus amores, a ponto de levarem em si uma espécie de “medo de amar”, seja para evitar frustrar a pessoa amada ou por medo de não corresponder ao amor recebido.

Melhor... Não Amar?… 

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

O poder da positividade

Fica difícil ser positivo neste mundo em que vivemos, mas podemos treinar para ver sempre o copo meio cheio. Nem dou conta se tenho treinado isso, mas acredito que tenho conseguido ser positiva, quase sempre e apesar de tudo. Nada “vulgar” poderá afetar-me ou derrubar-me, disso me orgulho.

Porém, há momentos em que o pensamento nos trai com coisas tristes ou desagradáveis, que de algum modo ficamos a saber. Basta ligar o rádio ou TV, por exemplo, ou ler as notícias, pois não se pode viver sempre alienado a escutar música. Até se pode, mas não se deve...

Um mundo estranho onde quase dá medo conhecer alguém… E, por causa disso, escolhe-se ficar só. Um mundo de gente solitária. No começo de um relacionamento tudo parece perfeito (paixão, encanto, planos, sonhos), mas quantas notícias se ouvem sobre violência doméstica? Esta não começa com um crime, começa quando o seu companheiro mexe no seu telemóvel, implica com a sua roupa, quer dispor a seu belo prazer do seu tempo, sugere que você se comporte "como uma mulher”, tem opiniões depreciativas acerca dos seus amigos e amigas, etc, etc... (a criatividade para dominar a vítima é enorme, e é errado pensar que ser submissa é uma questão de educação…)
Pode acontecer, mais raramente, ser também o homem a vítima. Um que faz do outro gato-sapato e pensando que é por amor… Relações enganadoras, abusivas, tiram a alegria, a vontade de sorrir e de amar a vida… quando tudo podia ser bem melhor a DOIS… entre tantas outras misérias humanas...

Que mundo é esse? Somos todos seres estranhos, pudera, somos humanos, apesar que… uns são mais do que outros.
Eu então sou estranhíssima, venho para aqui expor a minha Alma, o meu Ser, e concedo a alguns privilegiados a sorte de me ler neste meu pequeno Universo, quase uma “sociedade secreta”.

Podemos aprender a ser positivos depois que aprendemos a ganhar confiança em nós próprios: ficar em silêncio e firme entre o caos, só é preciso acreditar em nós mesmos e na nossa verdade.

Pessoas confiantes
- ouvem as opiniões dos outros, eventualmente a fim de ganharem mais conhecimento ou uma nova perspetiva mas, em última análise, escolhem o seu próprio destino, não ficam à espera da aprovação ou aceitação de ninguém;
- assumem total responsabilidade pela sua vida, não culpam os outros pelos erros que cometem, ou infortúnios; pelo contrário, aprendem com os mesmos;
- cada nova experiência representa uma oportunidade de crescer e aprender, não fogem das responsabilidades, e enfrentam desafios;
- não se preocupam muito com o que os outros pensam; sabem que serão amadas pelas pessoas certas e ignoradas pelas erradas, e estas não interessam;
- podem muito bem viver de acordo com o seu coração e alma, e não permitem que o medo e a ansiedade social as prejudiquem;
permitem simplesmente que o universo flua através de si; sabem que têm falhas, mas quem não as tem? possuem corpo, mente e alma aqui e agora, por que desperdiçar a vida tentando provar algo aos outros, ou desejando ser outra pessoa?

Não erramos quando damos muito de nós. Erramos quando esperamos o reconhecimento de alguém que não sabe valorizar a sinceridade que lhe damos...

“Nosso medo mais profundo não é o de sermos inadequados. Nosso medo mais profundo é sermos poderosos além da medida. É a nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos assusta. Nós nos perguntamos: “Quem sou eu para ser brilhante, lindo, talentoso, fabuloso?” Na verdade, quem é você para não ser?” – Marianne Williamson

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Em processo de desconexão


Viver num mundo em que a famosa atriz escolhe o nome Lonô para o seu filho recém-nascido, o primeiro bebé do ano chama-se Kenzo, e o novo cão do vizinho chama-se Zé Maria, dá que pensar, e deixa preocupado quem andar atento. 
Tudo está girando ao contrário e parece uma espiral de loucura. Basta apreciar as aberrações todos os dias nas redes sociais, e ver como vai a gente, o mundo. Tanta hipocrisia nas frases lindas e mais que batidas, tanta futilidade… (felizmente algo se aproveita, por isso ainda não me desconectei). 
Pessoas que andam pela rua sem ver ninguém, quase se atropelam ou são atropeladas, gente que nem escuta a pessoa do lado quando esta fala, e então acaba por se agarrar também ao aparelho, e por aí fora...todos temos passado por esse tipo de experiência. Não tiram os olhos do telemóvel, e…caso sintam necessidade de trocar afetos ou ter companhia, é fácil, recorrem aos sites de encontros…Altamente!...onde isto vai parar!?
Estava mesmo a querer dissertar sobre este tema, por causa de um artigo espanhol que li “Desconectados: a nova tribo urbana que abandona a Internet para abraçar a vida real”, quando também encontro estas imagens de um fotógrafo americano que retratam claramente o que está sucedendo:
Começa a nascer uma nova tribo urbana, exótica, mas cada vez mais numerosa, a dos desconectados. Pessoas que, voluntariamente, decidem refrear o turbilhão da internet, parar com o virtual e dedicar-se à VIDA REAL. Fartaram-se de perder tempo (eu que o diga) e passam a ter o telemóvel para simplesmente receber e fazer chamadas e enviar SMS, e até a bateria passa a durar uma semana! Reencontram o prazer de apreciar uma paisagem, uma viagem, um livro, um bate-papo olhos nos olhos: coisas simples e reais, que fazem falta.
Por mim falo, também. Quase me vicio quando começo a querer cuscar ou ver as “novidades” (ou parvidades) na rede dita social FB ou outra do género. Tenho consciência que o faço para rir-me um pouco, ou conhecer o mundo em que vivo. Felizmente sei alhear-me, quando necessário, por exemplo, se deixar o telemóvel em casa não stresso nem volto atrás para buscá-lo, ou se estiver a fim de ausentar-me desse mundo louco e experimentar o MEU, aquele que inclui passeios na minha bike, apreciar a paisagem pelo caminho, aquele mergulho gostoso na água salgada que me reconforta, ou quando há em casa tanto para organizar: tudo isso AINDA é mais importante do que estar ‘ligada à máquina’. Já deu muitas vezes vontade de ficar desconectada, sim, mas penso que posso gerir bem o meu “vício”, sem ter que ser radical…

E quem faz parte desta nova tribo não são místicos ou eremitas que decidem isolar-se do mundo, ou pessoas que se retiram para o campo e começam a ordenhar vacas ou a plantar tomates – os chamados neorrurais (a maioria até comercializa os seus produtos via Internet e passam muito tempo trancados na casa de campo em frente ao computador). Não, são pessoas modernas, da cidade, muitos são jovens, que decidiram demonstrar que é possível viver sem Internet e continuar normalmente com o seu trabalho, o seu estudo ou as suas relações sociais. Apenas usam a rede para aspetos práticos e concretos como fazer alguma inscrição online, o imposto de renda, ou ver a conta bancária, entre outras coisas necessárias.
Aqueles que sentem que a rede deixou de ser uma ferramenta ao serviço da humanidade, para ser um sistema que coloca a humanidade ao seu serviço, ou seja, praticamente uma espécie de escravidão. 
A necessidade de desconexão está crescendo de tal maneira que já existem empreendedores turísticos oferecendo hotéis ou restaurantes sem Wi-Fi. E há escolas nos Estados Unidos a proibir os alunos de usarem novas tecnologias. Mesmo em algumas situadas em Silicon Valley (Vale do Silício) os filhos dos executivos do Google e da Apple aprendem a viver sem computadores, sem tablets ou sem TV!
Escritores, intelectuais de vários países - incluindo cinco prémios Nobel de literatura - já fazem parte da tribo dos desconectados, alguns tendo assinado em 2013 um manifesto contra vigilância em massa e espionagem de empresas e estados a cidadãos por meio da rede. 
Para contrastar com os smartphones cada vez mais complicados, telemóveis antigos sem conexão à Internet são uma tendência, que servirão apenas para fazer e receber chamadas e mensagens de texto.
Assim é o mundo, dá voltas e voltas, sem parar, e salve-se quem puder!
https://www.youtube.com/watch?v=OdfC3d6f0bg

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Meu Mundo arco-íris

                                                           ... onde só entra quem eu quero, e deixo FLUIR... 

Alguém nos trouxe para este mundo (cada vez mais) louco, e temos que aguentar. Uns felizardos, outros nem tanto e têm que se desenrascar para sobreviver... porque há quem nasça ‘de rabo virado pra lua’ (por exemplo, semana passada ouvi a notícia que um casal norte-americano ganhou a lotaria pela 2ª vez!!!)… é assim, outros bem sonham, e o dinheiro só sai do bolso, não entra nada.

Nós, seres humanos, somos parte de um grande mosaico que é o Universo, cada um com as suas características próprias, e nessa variedade está a sua beleza. Imaginem se todos brigássemos pela cor amarela, que chato seria.
Falando em cores, qual será a cor da FELICIDADE?
Pra mim, será o azul do MAR?... o vermelho da paixão?... os tons alaranjados dos pores do sol?… o preto, que revela sofisticação ou elegância?… ou será o lilás que está ligado à espiritualidade, à magia e ao mistério, cor que convida naturalmente à reflexão, à mudança de atitude e à tomada de consciência, a cor da transformação e, consequentemente, da libertação daquilo que ‘não me faz falta’…? (aqui falou o Escorpião)… Enfim, adoro o arco-íris!
Sou uma pessoa com gostos ecléticos, quase camaleónica, e ao mesmo tempo equilibrada (felizmente). Aprecio as mudanças, quando são para melhor (obviamente) - “pra pior já basta assim”…
Acredito que o primeiro passo para se encontrar a verdadeira felicidade é se perguntar o que nos faz felizes, sabendo para isso que com tal pergunta já estamos a meio caminho de reconhecê-la e, por fim, conquistá-la.
Com isso iremos perceber que a felicidade pode estar nas pequenas coisas e até nas grandes, por que não? Ela pode estar num beijo gostoso, um abraço, um olhar, uma boa recordação, em gestos de gentileza, uma comida bem preparada, um objeto recém comprado, uma noite bem dormida, um mergulho longo na água do mar convidativa, e em muito mais coisas simples. Porém, para que possamos viver esses momentos bons de FELICIDADE, o nosso coração tem que estar aberto, disponível e pronto para sentir todas as sensações que fazem nascer o AMOR. Amor pela Vida que Alguém nos deu!

“Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho”. Mahatma Gandhi

Por que falo de mim? Porque sou parte deste universo eclético. E porque haverá alguém igual a mim, mas ainda não conheci hahaha Todos os dias observo o que e quem me rodeia. É incrível como há disparidade de pensamentos e opiniões. Uns entram para o meu círculo de amizades e permanecem, perto ou longe, com mais ou menos ligação ou confiança, pois algo nos liga de alguma forma. Os amigos de verdade são como as estrelas, não os vemos, mas sabemos que estão ali. Há quem entre e saia da mesma forma que entrou, pois nada acrescentou ao meu SER. 
Sentimos quem - longe, ou perto - nos aprecia ou valoriza, que é feliz por existirmos, ou gosta da nossa companhia. Há pessoas que, de repente, sem mais nem menos, demonstram claramente que não precisam de nós, e então? Que bom não precisar delas também, essa a lei do retorno! E tudo fica bem, ninguém é obrigado a gostar do que não quer, cada um com as suas particularidades que devem ser respeitadas. Sim, respeito é lindo e eu gosto!

Como se consegue explicar isso, essas entradas e saídas de gente da nossa vida? Tento encontrar um argumento: faz parte do processo da existência; através dos outros aprendemos a conhecer-nos, e poderemos evoluir, acho isso saudável, pois faz parte da aprendizagem. Somos seres em construção, sempre aprendendo, e precisamos uns dos outros para isso, de qualquer maneira: para saber o que queremos para nós, e também para saber o que NÃO queremos…
E sou assim, com algumas qualidades e (provavelmente) muitos defeitos, para que conste:

O que acho bom: sou, por defeito e regra geral, uma pessoa feliz. Sobretudo na minha natureza, na simplicidade. Sou aventureira e desenrascada, à minha maneira. Não sou muito extrovertida, mas gosto de conhecer pessoas que valem a pena, com quem poderei aprender, e de quem espero orgulhar-me. Gosto de precisar de poucas coisas para viver. Deveria ser mais atenta e intuitiva com pessoas e situações, mas não posso queixar-me, a sorte tem superado qualquer coisa menos agradável.
O que acho mal: sou pouco paciente muitas vezes, confesso; outras vezes aturo até ao limite possível, aí descamba tudo! Sou preguiçosa, procrastinadora, o que me chateia. Às vezes desastrada e distraída. Pouco faladora, mais observadora. 

Detesto ouvir o cliché "os homens são todos iguais" assim como também detesto ser confundida com a maioria das mulheres! Há homens interessantes, assim como há mulheres especiais. Há mulheres inteligentes além de bonitas, isso pode assustar alguns homens mas existem, felizmente. Feliz de quem conseguir perceber as diferenças, ou a particularidade de cada um(a), e agir de acordo, para bem e felicidade de ambos. https://www.youtube.com/watch?v=LdwV0IjWVXI
É assim: feliz de quem desiste de querer mudar os outros e decide gastar o seu tempo lapidando-se a si mesmo (euzinha)…                                           Carpe diem!

sábado, 14 de setembro de 2019

Quem ama, cuida!

https://www.youtube.com/watch?v=kxZyuAt9bHo
Amar não é para qualquer pessoa
Só observando… 

Tipos de relacionamentos que dão que pensar… especialmente a partir de certa idade, quando já ambos passaram por experiências sofridas, ou nem tanto, histórias mal resolvidas, e não é fácil… mas nada que seja impossível quando se quer muito construir algo bonito e diferente do que já foi vivido. Vale sempre a pena! Para isso, há que ter a capacidade de jogar fora todas as mágoas e deceções, para se viver de amor puro.
Pior é quando há energias que não combinam, por mais que se queira “amar o outro”, e insiste-se em algo que acaba por morrer à nascença. 
Quando se age por impulso, tomam-se decisões em estado de carência e considera-se que “qualquer amor serve”, isso é o mesmo que dar um tiro no próprio pé. 
Algumas pessoas acreditam que, após certa idade, precisam carregar o rótulo de relacionamento sério a todo e qualquer custo e, por causa disso, aceitam viver relacionamentos destrutivos, perigosos, e tentam, a cada sofrimento, convencer-se de que o parceiro, ou parceira, irá mudar.
Felizmente há quem seja forte o suficiente para saltar fora de uma relação desgastante, tóxica, enquanto ainda é tempo, antes de criar mais mazelas. 
Não é porque se ama - ou pensamos que amamos - que tudo é permitido ou podemos fazer o que quisermos. Tem que existir o amor-próprio, o autorrespeito e o respeito total ao outro, e saber colocar-se no lugar do outro.
Quando alguém acha que “o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” não deve estar a referir-se a um amor doentio, desgastante e problemático. Deve referir-se sim a um amor forte o suficiente para superar os desafios impostos pela vida, e provar para os envolvidos (o casal), que o sentimento é mais forte do que a dor. Apenas isso! Amor sofrido na literatura ou nas letras de músicas é muito bonito, na vida real é loucura.
Problema é acostumar-se com as grosserias de quem se julga amar, com a teoria de que “um dia ele, ou ela, muda”. 
Querer viver um grande amor não dá o direito a ninguém de amar qualquer um(a)! 
Não dá para conviver com inconstância, insegurança, agressividade verbal (ou física), e achando que isso é normal. Simplesmente, não dá!
Valoriza-se mais o “aparentar” do que o realmente “ser”. Até chegar o dia em que ambos, feridos na alma, percebem que estavam equivocados em relação ao amor. 
Amor não tem definição, tempo, lugar, nada. Amor é algo sublime, por isso só pode trazer coisas boas, ou mais boas do que más, porque na vida não é tudo maravilha (nem para a Alice). 
Por ele – o verdadeiro Amor - sempre valerá a pena lutar, escrever rios de tinta, e… VIVER! 
(chorei e fui)

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Bib'ó Porto carago

Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto
Sou tripeira com muito prazer, mas agora só tenho vontade de lá ir de passagem, ou seja: para passar alguns dias de férias e rever os lugares e os bons amigos, além da mãe, claro (aquela de quem nunca se corta o cordão umbilical, apesar de qualquer coisa menos boa). 
Cidades grandes já não me encantam, é confusão demais, falo do centro claro. Minha onda está na praia, e ponto!

Como o Porto está na moda, lembrei-me de registar aqui algum vocabulário da terra que me viu nascer. Para quem for lá de visita, até pode dar jeito:

1. Adianta um grosso – Não vale a pena
2. Aguça – Afia
3. Alapar – Sentar
4. Andar de cu tremido – Viajar sentado num veículo
5. Arreganhar a tacha – Rir e mostrar muito os dentes
6. Banca – Pia de lavar a loiça
7. Basqueiro – Barulho
8. Beiçudo/Estar de beiças – Mal-humorado
9. Bergar a mola – Trabalhar
10. Bicha – Fila
11. Biqueiro – Pontapé
12. Biscate – Serviço temporário pago
13. Bisga – Cuspidela
14. Borra-Botas – Zé Ninguém
15. Breca – Cãibra
16. Bregalho – Pénis
17. Briol – Frio
18. Broeiro – Pessoa rude ou com maus modos
19. Bufar – Soprar
20. Cascos de rolha – Local longe (ou cujo nome a pessoa não recorda)
21. Catraio(a)/Canalha/Canalhada – Crianças/Conjunto de crianças
22. Chaço – Objeto velho (especialmente carro)
23. Chibar – Revelar um segredo ou algo a quem não deveria saber
24. Choldra – Prisão
25. Chuço/Guarda-chuva – Chapéu de chuva
26. Comer o caco – Confundir (no sentido, ‘não entendo, estás a confundir-me’)
27. Cremalheira/Roda cremalheira – Dentes/Dentadura
28. Cruzeta – Cabide
29. Cúnfias/Não dar cúnfias – Confiança/não dar confiança
30. Dar um bacalhau – Cumprimentar outra pessoa com um passou-bem
31. Endrominar – Persuadir alguém (com más intenções ou falsos depoimentos)
32. Esbardalhar – Cair
33. Esquinar – Olhar de lado
34. Está um barbeiro – Está muito frio
35. Estar com a piela – Estar embriagado
36. Estar com a rebarba – Estar de ressaca
37. Estar com a telha/com o tau – Estar rabugento
38. Esteio – Parvo
39. Esterqueira – Sujidade
40. Estrilho – Confusão (no sentido de comportamento)
41. Ficar sarapantado – Ficar assustado/muito surpreendido
42. Foguete na meia-calça – Fio que surge num collant rasgado
43. Gânfias – Unhas
44. Grizar – Rir
45. Jeco – Cão
46. Lapada – Chapada
47. Laurear a pevide/Serandar – Passear
48. Levar um pêro – Levar um soco/murro
49. Lingrinhas – Pessoa magra
50. Magnório – Nêspera
51. Mirolho – Pessoa que vê mal
52. Molete – Pão papo-seco
53. Morfar – Comer
54. Morrinha – Chuvisco
55. Naifa/Naifada – Faca/Levar uma facada
56. Não bale um chabeiro – Não vale nada
57. Paleio – aquilo a que se chama ‘ter muita garganta’ quando alguém fala demais ou é confiante demais
58. Palheiro – Local sujo/confuso
59. Palheta – Rasteira
60. Parolo – Que tem maus modos ou não se veste/comporta bem
61. Persiana – Estore
62. Peta – Mentira
63. Picheleiro – Canalizador
64. Pincho – Salto
65. Portinhola – Braguilha (referente à abertura das calças)
66. Ráfia – Fome
67. Regar – Mentir
68. Repas – Franja
69. Sabugos – Cutículas das unhas
70. Saraiva/Saraivada – Granizo
71. Sebadola – Pessoa suja ou que se suja com facilidade
72. Ser atabalhoado – Ser trapalhão/desajeitado
73. Sertã – Frigideira
74. Sostra – Preguiçoso(a)
75. Surbia – Cerveja; e bejeca será só do Porto? diminutivo de (cer)vejeca… ou bjeka…
76. Testo – Tampa do tacho
77. Traquitana – Carro velho
78. Trengo – Trapalhão/desajeitado/totó
79. Trunfa/Gadelha – Cabelo grande e desajeitado
80. Vai dar uma volta ao bilhar grande – Mandar alguém sair do caminho (especialmente em situações de zanga)
81. Bai-me à loja – Vai passear (no sentido de ‘não me chateies’)

Além de tripeira, gostar de "tripas à moda do Porto", ainda sou Portista de coração...
E agora apetecia-me era bazar daqui e dar um mergulho, apanhar uma onda…
(fui)

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Ai estes signos...

Podia ser eu, mais louquinha...
Achei piada alguém que me é querido dizer-me (na lata): 
“gostar de um Escorpião é autoflagelar-se”...
Não aguentei! Serei eu assim tão má? Ou boa demais? LOL

Não é que tenhamos que levar à letra tudo o que lemos acerca de signos, mas a verdade é que me identifico com quase tudo o que encontro acerca do mesmo. Dizer que se é do signo Escorpião sempre assusta um pouco - porém, há quem admire, e goste de conhecer escorpiões... E eu que me acho a pessoa mais “bobinha” à face da terra, muitas vezes! Enfim… quem me conhecer que me compre…ou fuja logo! LOL

Já fui casada com um homem que dava importância a essas coisas,  era prof e gostava de fazer o “mapa astral” de cada aluno e aluna cada vez que iniciava um ano letivo e, se quisesse ter um relacionamento amoroso, fugia a sete pés do escorpião! (azarito)
Hey começo a ter medo de mim mesma, se for acreditar nisso…

Não sinto medo do fim de nada, se tiver que ser - pois tudo nesta vida é efémero - mas, além de quase sentir medo de mim própria - pela reação que posso ter a pessoas que não evoluem, inconvenientes, sem respeito por nada nem ninguém - tenho também medo de pessoas ruins, que não mostram o que são realmente, ou que dizem uma coisa e fazem outra (só blabla)… 
A gente chama as pessoas de boas ou más, mas o que há (e acredito) em relação ao universo, são energias positivas ou negativas... umas atraem-se, outras repelem-se, é assim... 
Fujo do que é negativo, e tento estar em PAZ, de coração tranquilo. Isso é o que importa.
Como diria Janis Joplin:
Sou uma dessas pessoas normais raras” …
(tenho um grau de exigência adquirido ao longo do tempo, que às vezes fica difícil lidar com os outros, igualmente exigentes, mas eventualmente no que não é importante para mim…)

Ser eu mesma, SER a pessoa que há dentro de mim, não julgar, isso é o que estou tentando fazer todos os dias, mais do qualquer outra coisa na vida, para não *oder-me a mim mesma, nem *oder os outros.” - o “f” falhou de repente (ah voltou!) - (sou fã da JJ; ela era assim, de palavrões, como eu às vezes…)
https://www.mariahelena.pt/pt/pages/escorpiao-e-um-signo-fatal

Algum Escorpião que me esteja a ler...? Denuncie-se! LOL