terça-feira, 28 de junho de 2016

Amores-(im)perfeitos

Estes dias encontrei um artigo no FB e partilhei-o porque achei o tema pertinente e revi-me nele: 
Nem sempre ficamos com os amores das nossas vidas. Eu acredito em grandes amores, amor do tipo “amor da minha vida” mas falo e namoro como se não acreditasse (…)

Não sei se foi brincadeira ou a sério, mas um amigo respondeu que não entendia... e pediu para que eu explicasse como se fosse muito loiro… e eu disse que explicaria aqui no meu blog, finalmente pude fazê-lo hoje. Falarei (ou escreverei) por experiência própria e de acordo com as minhas vivências.
A gente conhece alguém com bom ar, muita simpatia e charme; aparentemente tudo combina com o “amor da nossa vida”, mas depois vem o tempo inexorável e começam a vir ao de cima as diferenças irreparáveis (?). 
Falar demais ou de menos, atitudes estranhas, falta de romantismo ou cavalheirismo, incompatibilidade de culturas, falta de planos ou entreajuda, falta de sexo bom, ou de haver sonhos em comum...até um amor impossível (por algum motivo), ou mesmo a insanidade mental (muitas vezes bem disfarçada)...são bons motivos para fazer o amor murchar, ao fim de pouco tempo. 
E pensamos, que pena, por que tinha que ser assim? Porém, se o sentimento for recíproco e verdadeiro, ou se for possível conversar, ainda poder-se-á chegar a um acordo e construir um futuro a dois; mas se cada um continuar a puxar para caminhos diferentes, então lá se foi o que tinha tudo para ser o amor-perfeito, o da nossa vida.
Desta forma, podemos dizer que até encontrámos os amores da nossa vida, mas não conseguimos mantê-los. E acredito mesmo que a maior atitude de amor é deixar o outro ir. Sei que isto é mais fácil na teoria do que na prática, mas para quê criar batalhas e inimizades? Aquela pessoa não deixou de ser o amor da nossa vida durante algum tempo, meses ou anos, não é verdade?
Não se pode obrigar o outro a gostar de nós do jeito que bem queremos! Se os caminhos divergiram, livres terão a oportunidade de encontrar um amor maior, melhor ou mais forte, e mais apaixonado, e que poderá durar por toda a vida.
E se é ou foi amor de verdade, nunca termina. No nosso coração cabem vários amores, por que não? Esta é atualmente a (minha) visão romântica do assunto. Mas isso sou EU! Claro que romper um relacionamento faz sempre sofrer “um bocadinho” e deixa um vazio temporário, o tal apego a que nos habituámos, e porque nos ensinaram que havia o "casamento para toda a vida"... quem dera! (e há alguns, bem hajam!) Quem não tem essa sorte, o melhor é sentir gratidão por ir encontrando alguém(s) por quem sentir amor – esse sentimento sublime – e por ir aprendendo algo com isso. 
Não é nenhuma tragédia desapegar-se de uma pessoa que não combina com a gente e nos deixa mais frustração do que alegrias. Mas foi importante de alguma forma, ou não nos teríamos aproximado. Há pessoas que nunca conhecem o amor, ou nem conseguem sentir nada por ninguém, isso sim é mais triste, é uma vida vazia de sentimento.

A vida é curta demais para sofrer à toa, e perder tempo com a pessoa errada…digo eu! Verifico que há tanta gente a forçar situações à custa de xanax, ansiolíticos ou antidepressivos, tudo a pirar da cabeça, é o que  me parece. Porque a maioria é incapaz de ver que é melhor estar só do que "fazer o jeito" (quando há algum interesse em jogo), ou quando as diferenças superam as semelhanças…

Ama sempre, mas não te permitas relacionamentos conflituosos sob a justificativa de que tens a missão de salvar o outro, porque ninguém é capaz de tornar feliz aquele que a si mesmo se recusa a alegria de ser pleno!

(...)
Será que o meu amigo ficou agora a entender melhor, ou baralhei ainda mais? Tenho que lhe perguntar.

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