Mesmo sem ler muito, e viajando quase nada, tenho aprendido muita coisa
sozinha, que a vida é um processo ao qual devemos estar atentos, agindo
proativamente em busca das "coisas positivas". Orgulho-me de pensar
assim, que tudo acontece nesta vida por algum motivo, e se conhecemos as coisas
ou pessoas erradas, o que parece azar agora poderá ser uma sorte mais
tarde...
Simplesmente julgamos, mas não analisamos os factos, não nos perguntamos por que motivo isto ou aquilo acontece na nossa vida e o que devemos aprender com isso, e como, apesar de todas as adversidades, será possível superar uma ou outra dificuldade.
Simplesmente julgamos, mas não analisamos os factos, não nos perguntamos por que motivo isto ou aquilo acontece na nossa vida e o que devemos aprender com isso, e como, apesar de todas as adversidades, será possível superar uma ou outra dificuldade.
Poderá ser uma situação cómoda fugir das situações difíceis, mas não
nos proporcionará o crescimento pessoal (e profissional) que tanto sonhamos
alcançar. Comodidade é estagnação.
Frequentemente reclamamos por trabalhar sob pressão, ou por não fazer o que
se gosta, ou por nada fazer, mas é justamente nestes casos que despertamos para
novos horizontes, para novas soluções.
Reclamar ou simplesmente contentar-se com os factos negativos ou positivos,
respetivamente, pode ser perigoso. O sentimento de tristeza ou de euforia
imediatista decorrente desses factos pode ser perigoso. Não é que não
possamos alegrar-nos com um facto ou uma conquista importante na nossa
vida, mas isso não pode ser um motivo para "baixarmos a guarda",
acomodar-nos e achar que tudo está certo e que a vida mudou completamente.
Recentemente, encontrei um conto de origem chinesa que retrata muitas
dessas experiências e que reflete o processo da vida e a ponderação com que
devemos vivenciá-las.
Havia numa aldeia um velho muito pobre, mas até reis o invejavam, pois
tinha um lindo cavalo branco. Reis ofereciam quantias fabulosas pelo cavalo,
mas o homem dizia: "Este cavalo não é um cavalo para mim, é como se
fosse uma pessoa. E como se pode vender uma pessoa, um amigo?" O homem
era pobre, mas jamais vendeu o cavalo.
Numa manhã descobriu que o cavalo tinha fugido. A aldeia inteira
começou a dizer: "Seu velho estúpido! Sabíamos que um dia o cavalo seria
roubado! Teria sido melhor vendê-lo, que fatalidade!" O velho disse:
"Não precisam exagerar, simplesmente digam que o cavalo não está na
cocheira. Este é o facto, o resto é julgamento. Quem pode saber o que vem a
seguir?"
As pessoas riram do velho, sempre souberam que ele era um pouco louco.
Porém, passaram quinze dias e numa noite, de repente, o cavalo
tinha voltado. Não tinha sido roubado, apenas tinha fugido para a
floresta e ainda trouxera consigo uma dúzia de cavalos selvagens!
Novamente, as pessoas começaram a comentar: "Velho, você estava certo, não
se trata de uma desgraça, na verdade provou ser uma bênção."
O velho disse: "Vocês estão a adiantar-se mais uma vez. Digam
apenas que o cavalo está de volta. Quem sabe se é uma bênção ou não? Como num
livro, este é apenas um fragmento. Se lermos uma única palavra de uma
frase, como poderemos julgar toda a história do livro?"
Desta vez as pessoas não podiam dizer muito, mas interiormente sabiam que
ele estava errado, afinal, agora eram doze lindos cavalos.
O único filho do velho começou a treinar os cavalos selvagens e, passada
apenas uma semana, caiu de um cavalo e fraturou as pernas. As pessoas mais
uma vez julgaram e disseram: "Você tinha razão novamente. Foi uma
desgraça. O seu único filho, que na velhice poderia ser o seu
amparo, perdeu o uso das pernas; agora você está mais pobre do que
nunca."
O velho disse: "Vocês estão obcecados pelo julgamento. Não se
adiantem tanto. Digam apenas que o meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe
se isso será uma desgraça ou uma benção..."
Aconteceu que, depois de algumas semanas, o país entrou em guerra e todos
os jovens da aldeia foram forçados a alistarem-se. Somente o filho do velho foi
poupado, pois estava a recuperar das fraturas. A cidade inteira
chorava e lamentava-se porque aquela era uma luta perdida e, provavelmente, a
maior parte dos jovens nunca mais voltaria. Comentavam com o velho:
"Velho, você tinha razão, o que aconteceu com o seu filho foi uma bênção.
Ele pode estar aleijado, mas ainda está junto de si, e nós perdemos
os nossos para sempre."
O velho respondeu:
"Vocês continuam com julgamentos. Ninguém sabe! Digam apenas que
os vossos filhos foram forçados a entrar para o exército e que o meu filho
não foi. Só Deus sabe se isso será uma benção ou uma desgraça."
(...)
Só para lembrar que assim é a nossa vida.
Sejamos APENAS felizes em
todos os momentos, pequenos e grandes.
Os mornos serão visitados... não cheira nem fede ...
ResponderEliminarhein? oi??? mornos? mortos? WTF...?
EliminarEste comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminar"Mesmo sem entender ou concordar com uma palavra do que dizes, defenderei até ao último instante o teu direito de dizê-la!!!" (...) :-)
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