Apesar de ter certa tendência para o platonismo desde jovem, assim de ânimo
leve não me arrisco a dizer que sim, por isso, se tivesse que dar uma resposta
seria “depende” e depende de muitas coisas.
Relacionamentos de longa distância são
difíceis mas, pensando positivamente, até poderão tornar-se mais fáceis e estimulantes
do que aqueles que têm que sobreviver a uma rotina ao longo de anos… Viver a
pensar na pessoa amada, nos (re)encontros planeados e depois bem saboreados, aquela expectativa dos momentos a dois intensos para matar a tanta saudade... Mmmm...parece-me algo excitante!
Porém, namorar à distância supõe requerer
muita paciência, amor e confiança. Portanto, não é para qualquer simples
mortal. Há quem talvez desespere ao fim de alguns dias ou semanas e num
instante será infiel, pois tentações não faltam; haverá quem se marimbe e pense
assim “desde que eu não veja ou não saiba, quero lá saber o que ela/ele faz”… esta
pode até ser uma atitude inteligente e cómoda, mas não serve para qualquer
um(a), repito.
Nem
todos nós somos feitos para suportar um relacionamento que carece bastante da
parte física e para o qual é necessária uma dose extra de criatividade a fim de
se relacionar com a outra metade. É
preciso saber encantar-se por palavras que irão substituir o efeito de toques,
beijos e abraços. Não é preciso ser poeta, mas uma palavra ou um texto
romântico poderá mostrar o quanto o sentimento do outro é forte e iluminar um
dia de muita saudade.
Falo
como mulher, se o homem soubesse como uma palavra ou frase carinhosa ou
romântica faz milagres, nunca se esqueceria de o fazer. Nem sempre “palavras
leva-as o vento”; o amor sente-se em pequenas (e grandes) coisas quando o
sentimento de um pelo outro é verdadeiro, quando há sinceridade e cumplicidade. E claro, nem todas as mulheres são iguais, há umas que são muito
machas ou têm outros interesses, mas
acredito que a maioria quando gosta de verdade não prescinde do excesso de carinhosice!
Pessoas
diferentes terão formas diferentes de encarar um relacionamento deste género. Existe
quem consiga suportar tudo e mais alguma coisa, enquanto há quem não consiga
ficar sem a componente física ou emocional, o abraço, o beijo, o toque. Há
também aquelas pessoas que são muito ciumentas e por essa razão terão uma
grande dificuldade em conseguir suportar a distância.
Convenhamos, é muito mais fácil namorar à distância no séc. XXI do que era no passado.
Podemos aproveitar as tecnologias modernas, por exemplo, as conversas em vídeo
vão compensar um pouco da intimidade que a distância física impede. Skype,
Facebook, Whatsapp e muitos outros sites e aplicativos permitem que os casais
fiquem sempre em contacto e matem ao menos um pouquinho da saudade. Portanto, com
imaginação, comunicação, a tal cumplicidade, e inteligência emocional, não
faltarão formas de colmatar a falta do outro.
Namorar à distância é amar além de qualquer coisa. É confiar e confiar, e é a maior
prova de amizade/amor que existe. É amar sem tocar, sem ver, é amar
independentemente das barreiras. É superar a dor de não poder beijar, abraçar e
mimar a pessoa.
Namorar à distância é uma coisa gostosa, pois só nos faz querer mais e mais a outra pessoa, e isso é amar de verdade!
Namorar à distância é uma coisa gostosa, pois só nos faz querer mais e mais a outra pessoa, e isso é amar de verdade!
(esta é a minha visão
platónica da coisa! será por que andei a ler fotonovelas a mais na adolescência?!)...https://www.youtube.com/watch?v=orDox1I9CtA
Gostei muito do texto e apreciei a forma como analisaste os relacionamentos!!!
ResponderEliminarFantástico. Bj
Obrigada Rafael, comparando os meus com os teus textos no FB esse é um cumprimento que me anima o ego. Beijo.
ResponderEliminarNão tem nada de reanimar mas de RECONHECER!
ResponderEliminarTu escreves muito bem e já te tinha dito.
Gosto muito de te ler.
Bj
Obrigada Reginaldo!
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