terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Vida = Viagem

Ando sem ler há algum tempo. 
Tantos livros à minha espera e ando com este frenesi de querer blogar, será bom ou mau? É que também gosto de sair e conviver, passear, dançar… e o dia só tem 24h, e o fim-de-semana é tão curto! 
Resumindo: o tempo não chega para fazer tudo o que se gosta! 
Gosto (ainda) de perder tempo a visualizar (ou seja: cuscar um pouco) as minhas amizades no ‘Focinhobuk’ para sentir-me acompanhada (quando vejo alguém online)...

Reparo que aparece o aniversário de pessoas falecidas e ainda há quem vá à sua cronologia desejar saúde e felicidades - sermos imortais na era das redes sociais, não é este um mundo loucamente estranho? - ainda é possível ir lá e fazer uma declaração de carinho, deixar um “like” ou um 'coração de saudade' para alguém que apreciamos ou amamos e que já passou para o 'outro lado’… Estarão os dois mundos cada vez mais perto?! A verdade é que (quase) tudo não é mais como antigamente, já pouca gente se veste de luto, e pode-se até brincar com a Morte… e por que não? Para quem acredita que não somos apenas carne que se transforma em pó, mas somos espírito que vive eternamente, fica muito mais fácil aceitar a perda dos entes queridos, ou que a morte faz parte da(s) vida(s)! Apenas vamos uns antes dos outros...

Dedico este texto a Waldir Boccardo, ex jogador e treinador de basquetebol, além de ex marido de amiga minha; ele às vezes comentava as minhas fotos e me elogiava muito, era um querido, faleceu em novembro passado, e este mês (dia 28) faria a linda idade de 83:  

UM DIA SEREI PASSADO...

Virá um dia, não sei quando, se perto ou distante, que o que sou ou o que resta de mim, vai passar a residir no beco da memória, ou da falta dela.
Quando isso acontecer, talvez surjam os elogios de circunstância, aqueles que transformam as más pessoas em boas pessoas quando morrem, mas também aqueles genuínos e sentidos, de quem me acompanhou no caminho, ou mesmo afastado, esteve sempre comigo.
A vida de cada um de nós acaba por ser um repositório de presenças e de abandonos, de chegadas e de partidas, de momentos que parecem eternos, de instantes que passam, de virtudes e defeitos, de alegrias e tristezas, de promessas que ficam por cumprir, de sonhos que adormecem a sonhar. De “senhor do meu próprio tempo” vou ter que aceitar que, sem hora marcada, o tempo há-de tomar conta de mim. Um dia serei passado, mesmo habitando o futuro...

A vida é como uma viagem de comboio, com as suas estações e mudanças de carris, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns casos e profundas tristezas em outros…
Quando nascemos, apanhamos o comboio e conhecemos os nossos pais, acreditamos que eles vão viajar sempre ao nosso lado, porém eles vão sair em alguma estação e nós continuaremos a viagem. De repente ficamos sem a companhia e o amor insubstituível deles. Por um infeliz acaso, poderá acontecer o oposto, e a dor será insuportável. É inimaginável a dor resultante da perda de um filho, deve dar vontade de morrer logo a seguir...

Pelo caminho muitas outras pessoas especiais e significativas aparecerão: os nossos irmãos, primos, amigos, e supostamente a nossa (ou nossas) cara-metade…
Alguns apanham o comboio para descer na próxima estação e nem vamos notar que eles desocuparam os assentos. Outros vão amargurar a viagem, e vamos desejar que saiam o mais rápido possível. Outros ainda, ao descerem, deixarão um vazio definitivo…

Alguns “passageiros”, apesar de serem pessoas que amamos, seguirão em carruagens diferentes… Durante toda a jornada permanecerão separados, a menos que decidamos aproximar-nos e sentar-nos ao lado deles. Se realmente forem importantes para nós, é melhor apressarmo-nos antes que outra pessoa o faça antes de nós. Convém manter um relacionamento saudável com todos eles, procurando em cada passageiro o melhor que tem para oferecer-nos, e vice-versa. 
    
E a jornada continuará cheia de desafios, sonhos, fantasias, alegrias, tristezas, esperas e despedidas… Vamos mentalizar-nos que há sempre outra estação de comboios mais além, e, como não sabemos quando será a nossa última, vamos aproveitar cada momento desta viagem. 
Carpe diem!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Em modo Espera...


Dias de chuva.
Fins de semana. 
Noites de Inverno.

A chuva bate na janela e sabe-lhe bem ficar em casa, mesmo sozinha. Ela pensa que estaria melhor (bem) acompanhada, mas o que fazer? Ainda não apareceu o Mr. One, aquela pessoa com quem valerá a pena partilhar intimidades, segredos, e tantas outras coisas que um casal feliz pode fazer junto.
Candidatos? Sim, é capaz de haver “muitos” mas nenhum ainda lhe disse ou escreveu algo do género “deixa-me fazer-te feliz”… foi o que lhe contou uma amiga, que o ex namorado lhe escreveu, e ela deu nova chance para ele. Ou como um pai diria a uma filha querida “enamora-te de um homem que te ame tanto como te amo a ti”… 
É esse amor, é assim alguém que ela espera encontrar algum dia, e por isso continua solteira. Porque acredita no amor! Pode parecer algo contraditório, mas é que, após tantas situações, escolheu com toda a sua alma e coração não estar num relacionamento apenas por estar. Acredita que o amor está longe de ser aquilo por que já passou… era mais dor, carência e apego. Aprendeu a conhecer o seu valor e já não aceita qualquer coisa.
Não é fácil conhecer e confiar logo em alguém, em tempo de “fast food” - em que tudo é muito rápido tipo “vamos lá que se faz tarde”… faz falta a sedução, a conquista… atitudes bonitas que encantam, porque palavras leva-as o vento…o que parece é que os homens agora não se esforçam nadinha, desde que as mulheres começaram a “caçar”, ficam à espera da iniciativa delas… então, se assim é, por ela esperem sentados… Ela ainda gosta de ser à moda antiga, adora ser surpreendida, galanteada, mimada, sentir-se desejada pelo seu “cavaleiro andante”… às vezes lá cai do cavalo, mas não desiste de querer namorar, muito, andar de mão dada, fazer mais amor do que sexo, essa mistura explosiva…
Não são apenas as mulheres (como ela) a reclamar de falta de amor a sério, tanto eles como elas procuram um amor ou reclamam que estão sozinhos. Acredita que também não será fácil para os homens, especialmente após relações frustradas com mulheres que não os mereceram, quantos! Por isso, a moda passou a ser a falta de envolvimento. Nada de compromisso, ou, por causa do cliché “viver o momento”, a paixão é frágil porque não é construída em cima de alicerces sólidos e sim em cima de desejo, atração, situação. E tudo isso é efémero.…Não está fácil relacionar-se, para quem é exigente qb e quer algo sério e bonito, mas ficar com alguém por carência ou medo de ficar só também é deprimente e pode ser perigoso.
Antes sozinha do que encantada por quem acaba demonstrando não valer grande coisa. É perda de tempo insistir com alguém que mostra falta de interesse real na vida do outro, falta de consideração e, pior ainda, falta de respeito. Enquanto não encontrar a pessoa que divida com ela o centro do mundo e a sua paz, alguém com contexto, amor e abraços, e que acrescente algo à sua vida, vai aprendendo a conviver consigo mesma, a gostar do seu jeito de ser, dos seus costumes, hábitos e até mesmo dos seus defeitos.
(…)
Parou de chover. Parou de pensar na vida. É hora de dormir. Em paz, com o coração tranquilo.

Atrevo-me a ser feliz e, se for preciso, quebro as regras, desvio-me da estrada, sonho acordada…não é uma questão de escolha, é que a minha alma já nasceu assim, atrevida. Escolho continuar sendo exatamente eu mesma, atrevendo-me… a pior afronta é a que fazemos a nós próprios, à nossa alma, ao negar o que somos…”

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Gringa (na)turista


Recentemente, e por obra do acaso, ou as tais coincidências, conheci mais uma moça que poderá ser uma futura amiga. Mal me conheceu e “tirou logo as medidas”, pensando que há afinidades entre nós. Há pessoas assim, observadoras à primeira vista, apesar de que 'quem vê caras não vê corações'... Ligou dias mais tarde a dizer que se identificou comigo, que gosta de pessoas simples, naturistas….Fiquei a pensar, eu naturista? Acho que devo ser, mas deixa-me esclarecer com o Dr. Google (já agora) o que é isso exatamente.
Será que era por ser domingo e fui ao restaurante mesmo em fato de treino, não estava caiada (como diz um bom amigo meu) – apesar que normalmente passo apenas um pouco de creme de cor no rosto, algum blush e batom, e raramente me apetece usar o rímel (preguicite aguda)...

Ao início pensamos logo em praias de nudismo e coisas desse tipo, mas o naturismo é uma prática que vai muito além da nudez. Nascido na Alemanha, trata-se mesmo de um estilo de vida, em harmonia com a natureza; é um movimento que se caracteriza pela prática do nudismo em grupo, com a intenção de encorajar o autorrespeito, o respeito pelos outros e pelo meio ambiente. Há quem lhe chame mesmo uma filosofia de vida.
Tirar o máximo proveito dos agentes naturais - sol, terra, ar e água - exerce uma firme e equilibrada influência nos seres humanos, libertando-os do stress causado pelos tabus da sociedade dos nossos dias, mostrando o caminho para um modo mais simples, saudável e humano de vida. A alteração de hábitos alimentares ou a preocupação com o meio ambiente são algumas das práticas que contribuem para o bem-estar geral do corpo humano.
Os naturistas são felizes, são pessoas amigáveis que têm o prazer de ter descoberto este estilo de vida e de tratar  todos com respeito e igualdade. Estar entre  pessoas contentes e confortáveis traz uma sensação de bem-estar mental e, apesar do que se possa pensar, rapidamente nos habituamos ao facto de estarmos nus em conjunto com outras pessoas, mesmo que despidas fazendo tarefas do dia-a-dia, normalmente, sem que isso tenha que ser sexualmente estimulante.

É importante afirmar também que o naturismo receciona todos os conceitos morais, éticos e religiosos”…”quando inseridas na comunidade, pessoas de todas as classes sociais, credos e nível cultural estão despidas de qualquer adereço que possa demonstrar ostentação. Estando todos nus, tabus sobre sexualidade e preconceitos com o corpo são abandonados por crianças, jovens e adultosÉ um movimento unificador e pacífico que entende que a universalidade do corpo não pode ser segregada em partes indecentes e decentes” (afirma o presidente de uma associação naturista)

Ou... citando uma frase de Miguel Ângelo: “Que espírito será tão cego e vazio que não entenda que o pé humano é mais nobre que o sapato que a calça, e que a pele humana é mais bela que as vestes com que a cobrimos”…

 A vergonha habitualmente associada à nudez, nas sociedades civilizadas modernas, resulta de séculos de condicionamento cultural contra a exposição completa do corpo em público; o naturismo, ao corrigir este falso sentimento de vergonha, possibilita um novo modo de ver o corpo humano na sua beleza e dignidade.

Qualquer pessoa pode aderir a esta filosofia e em algumas partes do mundo existem milhares de famílias naturistas, algumas até já o são há várias gerações por acreditarem nesse modo de viver mais saudável e natural. 

Então, resumindo: ela afinal tinha razão, muito me identifico com esse movimento porque sou pacífica, gosto de uma simples forma de existência humana e de experimentar a liberdade (de espírito) vivendo em harmonia com o meu próprio corpo e com a natureza. Só não pratico a nudez porque não há onde nem com quem (riso). Não é costume ir a praias de nudistas porque também não as conheço por perto...por que não?

E é assim que nos autoconhecemos, através dos outros. Mesmo aquilo que muitas vezes nos irrita nos outros leva-nos à compreensão de nós mesmos. O que eu aprendo!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

História da rã cozida


Um destes dias apareceu-me uma história que achei muito interessante e que, por esse motivo, quero partilhar. É a história da rã que não sabia que estava a ser cozida. E era mais ou menos assim: colocaram uma rã numa panela cheia de água fria e por baixo da panela colocaram o fogo muito baixinho para que a água fosse aquecendo muito lentamente. A rã não se preocupou com a água fria, nem tão pouco com a água morna, que até achou agradável. A temperatura ia subindo e a rã começou a deixar de apreciar a água e a sentir-se cansada. A temperatura subiu ainda mais e a rã começou a sentir-se desconfortável, mas como estava debilitada, não tinha forças para sair da panela. A temperatura continuou a subir e a rã acabou por morrer cozida.
Será que ao menos morreu feliz? pergunto eu. Se ela tivesse sido colocada diretamente na água quente, certamente teria pulado imediatamente para fora da panela. Mas como a mudança ocorreu lentamente, ela foi apreciando até que, quando começou a desagradar-lhe, já não conseguiu ter forças suficientes para saltar dali para fora.
Esta história retrata o que está a acontecer na vida dos portugueses, e não só, talvez mesmo em todo o mundo: as mudanças vão acontecendo de forma tão lenta que não nos apercebemos delas e, quando dermos conta, a nossa maneira de viver mudou totalmente.
Às vezes percebo que estou sendo uma rã fervida, entre tantas outras… Nem percebemos as mudanças. O que fazer para acordar no meio das águas já a borbulhar e tentar saltar fora???
Se olharmos para trás 10, 20 ou mais anos, talvez não seja difícil encontrarmos coisas que nos surpreenderiam (talvez até nem acreditássemos) e que hoje nos são completamente indiferentes ou que pouco incomodam. É cada uma...
Ou seja: a água vai aquecendo, as mudanças vão acontecendo, o nosso (des)Governo vai cortando aqui e ali, desmobilizando, reduzindo, sempre tudo a ficar diferente, se ao menos fosse para melhor… e atualmente muitas pessoas já não conseguem, sem o apoio de amigos, vizinhos ou instituições de solidariedade social, sair do “caldeirão” em que estão mergulhadas.
De algum modo todos nós estamos na inércia, comodismo e apatia, achando que está tudo bem, ou que o que está mal vai passar – é só questão de tempo. Vamos ‘sobrevivendo’ sem perceber que a água quente está nos matando aos poucos… Em nome do progresso, da ciência e do lucro são feitos ataques contínuos às liberdades individuais, à dignidade, à integridade da natureza, à beleza e à alegria de viver, lentamente mas inexoravelmente, com a constante cumplicidade das vítimas, desavisadas e na maioria das vezes incapazes de defender-se.
Rãs fervidas não entendem que além de serem eficientes (fazer certo as coisas), precisam de ser eficazes (fazer as coisas certas). E para que isso aconteça, há a necessidade de um crescimento contínuo, com espaço para o diálogo, para a comunicação clara, para dividir e planear, para uma relação adulta. O desafio ainda maior está na humildade em atuar respeitando o pensamento do próximo.
Previsões para o nosso futuro, em vez de despertarem reações e medidas preventivas, não fazem outra coisa senão preparar psicologicamente as pessoas para que aceitem algumas condições de vida decadentes, aliás dramáticas. O martelar contínuo de informações dos média satura os cérebros que já não têm capacidade para distinguir as coisas...
Fala-se sempre num “amanhã” que, de repente, se torna em HOJE!!! 
Ter consciência ou ser-se cozido: é necessário fazer a escolha, e conseguir saltar fora, antes que seja muito tarde…

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Talvez S

Apetece-me

EScrever como o Saramago dizem que ele eScrevia aSSim Sem pontuação nenhuma a verdade é que nunca me apeteceu ler nenhum livro dele deve Ser chato

MaS hoje apetece-me tentar eSSa forma de eScrever deve Ser engraçada
ÀS vezeS Sinto que é preciSo Ser-Se muito petulante para querer Ser feliz num mundo como eSte é ou eStá tudo a ficar tão eStranho
AS peSSoaS noS Surpreendem pelo menoS a mim cada vez maiS pela negativa do que pela poSitiva é um mundo fake eSte e não é para qualquer um pelo menoS que tenha alguma SenSibilidade e bom SenSo
Há gente que fica canSada de viver a partir de certa altura e dá triSteza Sentir iSSo
Fake também poderá Ser a minha amargura por iSSo não Se preocupe comigo quem me ler em diaS menoS bonS haverá Sempre um day after
A vida continua e é bela cada um colhe o que Semeia é muito triSte e deprimente eStar a Sofrer peloS outroS quando já temoS que tratar e bem de nóS meSmoS
Cada um interpreta a vida à Sua maneira entende-Se que devemoS eStar bem primeiro para depoiS eStarmoS bem com oS outroS ou conSeguir deixá-loS também um pouco melhor
MaS confunde-Se tudo e cada um acaba viciado em olhar apenaS para o Seu próprio umbigo e fica a lixar-Se para o outro e aSSim caminha a mediocridade
MuitaS palavraS vãS não Se cumprem promeSSaS não Se reSpeita o Ser e eStar do outro onde iremoS parar coitadaS daS criançaS cada vez maiS deStrambelhadaS
Felizmente há coincidênciaS felizeS que chegam Sem contarmoS e que compenSam tudo o reSto aSSim é a vida que é bela
E eu vou é parar por aqui anteS que azede maiS ou fique demaSiado repetitiva ou me eSqueça de ampliar algum dos SSS
ContinuemoS a SORRIR apeSar de tudo
Haja S de Saramago e outraS coiSas boaS a começar por eSSa letra como Sexta-feira por exemplo eventualmente fazem falta
Alguém me diga Se eSta eScrita tem piada Se eStou certa ou errada e Se era aSSim que ele eScrevinhava
Entenderão alguma coiSa do que aqui rabiSquei nem Sei hahaha
Nem quero Saber
Love you anyway ah aqui não há SS
Que 2019 traga muita coiSa boa e que noS faça felizeS ora aí eStá outra vez a palavra mágica
Felicidade Sem S
Saravá e tudo de bom para vocêS

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Carpe Diem


Confesso, às vezes me sinto cansada, fico de costas voltadas para este mundo doente, megalomaníaco, que está precisando muito de terapia (seja lá de que tipo for), a começar pelas famílias, estas afinal a base da sociedade. Relações de amor-ódio doentias, falta comunicação assertiva que eventualmente poderia compensar a falta de afetos, falta de muita coisa importante e que vai corroendo a Alma…
Não sei se é de estar inverno, e quero começar a hibernar, sei lá o que é, sinto-me uma outsider! Cada vez menos com paciência… até as redes sociais (não fossem algumas coisitas engraçadas e com valor) começam a enjoar, com tanta hipocrisia… gente vazia a mandar bitaites… tanto assunto inútil, que até fico com preguiça de conhecer pessoas, virtual ou pessoalmente…
Dificilmente se acredita em alguém, tanta gente a falar e que nada diz, apenas barulho… vive-se ao sabor da maré de quem nos governa… de pais que (bem ou mal) nos educaram e só mais tarde nos damos conta que “nada a ver com a nossa essência”; também só transmitiram aquilo que souberam e puderam, a nada mais são obrigados… gente com trabalho que não traz nenhuma realização pessoal ou profissional, pelo contrário, só serve para haver dinheiro ao fim do mês e pagar contas…sofre-se com a perda de amores, com os nossos entes queridos a envelhecer, ou que vão desaparecendo, e queríamos tanto tê-los para sempre saudáveis ao nosso lado, bem ou mal…
Tudo fica tão triste se pensarmos nisso tudo, e na efemeridade, na passagem por esta Vida, a que conhecemos e chamamos de nossa… E o que falta no mundo? AMOR de verdade. O que mais vemos atualmente é que há uma enorme falta de amor ao próximo. Faltando esse sentimento, falta o respeito também, e outros valores importantes. E quem é o próximo? É aquele que encontramos todos os dias na rua, no hipermercado, que trabalha ou vive ao nosso lado, ou até dorme connosco na mesma casa.
O amor é imprescindível para se fazer alguém feliz, e não exige abraços e beijos. Muitas vezes pode manifestar-se num sorriso, num aperto de mão afetuoso ou ainda quando se olha profundamente nos olhos do outro, sentindo a sua necessidade, o seu problema.

Porém, há pessoas que condicionam o AMOR às suas necessidades neuróticas e depois acabam com ele. Vivem uma vida tentando fazer com que os outros se responsabilizem pelas suas necessidades enquanto se abandonam irresponsavelmente. Querem ser amadas e não se amam, querem ser compreendidas e não se compreendem a si próprias… quando se abandonam, querem achar alguém que venha preencher o buraco que elas próprias cavaram. A insatisfação, o vazio interior, transformam-se na busca contínua de novos relacionamentos, cujos resultados frustrantes se repetirão. Enfim, cada um de nós é o único responsável pelas suas próprias necessidades.
Como os meus, há textos de outras pessoas que leio revelando uma angústia existencial profunda, não está fácil às vezes, e é preocupante. Por isso, há que partilhar esta angústia, quem sabe vai minimizar alguma dor que queira instalar-se em nós. Para esquecer, há os que bebem uns copos “valentes” com efeitos anestésicos… outros resolvem tornar-se eremitas, na sua caverna encontrarão a paz desejada, longe do mundo enfermo. Ou, por exemplo, os que constroem uma ecoaldeia, ideia inspiradora e que vai ganhando cada vez mais adeptos – voltar à terra, à essência, o nosso sustento – longe do barulho urbano e do consumismo desenfreado. Começa a haver algumas, vale a pena pesquisar. 
Eu e meu sorriso - verão 2017
Há ainda os privilegiados, a quem nada atinge: os que se candidatam a cargos políticos; para esses a vida vai sempre bem, e para quem lhes lamberem as botas…

Maturidade a gente adquire quando a tristeza nos desafia e a gente prefere sorrir

“Hoje eu me perdoo por tudo o que não deu certo na minha vida, liberto toda a expectativa que criei das coisas que eu achava que tinham que acontecer e me abro completamente agora para o novo e para tudo o que é real e está por vir. 
Eu me liberto das amizades que não ajudam no meu crescimento, solto os relacionamentos que me puxam pra trás. 
Entrego ao Universo o que não era pra ser. Hoje eu caminho mais leve com a inocência de uma criança que não procura, não busca, só vive mais um dia com a beleza da gratidão.” 

Dia 11 de janeiro, dia do Obrigado! Gratidão atrai coisas boas.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Enfim...


Agora que andamos numa onda de coletes amarelos - onde até se pode ler “Legalizar o tuning”! (muito importante essa cena) – encontrei este texto em português do Brasil, de autor anónimo, que define muito bem o ponto onde chegamos… Os jovens de hoje (e não só jovens, pelos vistos) abusam da condição de “rebeldes”... só se lembram que o movimento que defendem é errado quando as suas mordomias são atingidas! (mundo palhaço, digo eu)



“Old Black Block”

- Filho, eu descobri essas coisas no seu armário...

- Qual é o problema de ter uma máscara do Anonymus e um taco de Baseball?

- Você usa isso?

- Não... quer dizer, às vezes.

- É que estou precisando, será que você me empresta?

- Precisando...?  Pra quê?

- É que eu li as coisas que você andou escrevendo na internet...

- Você andou lendo meu Face?

- Qual é o problema, não é público?

- É, mas...

- Pois é, eu li o que você escreveu, e...

- Pai, eu sei que você não gostou do que eu escrevi lá, mas eu não vou discutir, são as minhas ideias...  Eu tenho 27 anos!  Sou anarquista, e...

- Não!  Eu achei legal!  Você me convenceu!

- Convenceu??? Do quê?

- Tá tudo errado mesmo!  Você faz bem em nunca ter trabalhado.  Eu li o que você escreveu e concordo.  Agora eu sou anarquista também, que nem você!

- Você o quê???  Pai, que história é essa?!  Você está maluco??

- É, você fez a minha cabeça!  Tem que quebrar tudo mesmo!  Agora eu sou “Old Black Block”!!

- Pai, você não pode!!  Você é diretor de uma empresa enorme!  E...

- Não sou mais não, larguei meu emprego, e mandei meu chefe tomar no ...  Mandei todo mundo lá tomar no ...

- Pai, você não pode largar o seu emprego, você está lá há 30 anos!  Isso é um absurdo!

- Posso sim, aliás já tô juntando uma galera pra ir lá e quebrar tudo!

- Quebrar tudo onde???

- No meu trabalho, vamos quebrar TUDO!  Abaixo a opressão!  Abaixo tudo!  Sou contra TUDO!!

- Você não pode fazer isso Pai!

- Posso sim!  É só você me emprestar a máscara e o taco de Baseball.  Você vem comigo?

- Não, acho melhor não...

- É melhor você vir junto, porque agora que eu larguei tudo, a gente vai ter que sair deste apartamento.

- Sair daqui? E a gente vai morar onde???

- Sei lá!  Vamos acampar em frente a uma empresa Capitalista qualquer e exigir o fim do Capitalismo!

- Pai, você não pode fazer isso, não pode abandonar tudo!

- Tô indo, fui! 

- Peraí Pai!  Paai!  E minha mesada, e meu carro?  Onde eu vou morar??? E as minhas férias em Floripa?  Minhas compras em Miami?  E meu computador, meu tablet?  E minha internet de fibra ótica?  Volta aqui!  Volta aqui, Pai!  Voooooltaaaaaaa!!!


Como dizia Margaret Thatcher: “O socialismo é muito bom, mas só enquanto durar o dinheiro... dos outros.”

sábado, 5 de janeiro de 2019

Feliz Ano Todo! (I'm back)

É esse o compromisso com que inicio o Novo Ano.
Há quem suba à cadeira, pense em 12 desejos ao dar as badaladas da meia noite e comendo as 12 uvas passas, use uma peça de roupa nova, cuecas (calcinhas) azuis ou de outra cor qualquer (depende do desejo, vermelho se quiser muita paixão, parece que é isso)… etc...mas eu nunca me liguei a rotinas ou tradições… Quase a começar a contagem regressiva, ao deixar o velho ano, estava eu ainda a correr pela rua abaixo em direção à avenida dos Aliados onde se concentravam milhares de pessoas para ver o fogo de artifício e também o show do Abrunhosa, depois de termos encontrado um lugar para o carro, com sorte, em “cascos de rolha”…
Nem uvas passas nem espumante desta vez. Apenas o pensamento emitido para o Alto, o meu Universo, com os maiores desejos de todos nós, acho eu: MUITA SAÚDE, ALEGRIA (apesar de tudo), algum dinheiro no bolso... e... a partir daí o Mundo pode ser nosso.

Em 2019 quero continuar a mostrar a melhor versão de mim mesma, para quem merece, obviamente. Manter-me-ei fiel aos meus valores e virtudes. A respeitar-me. A amar-me. A agradecer pelos meus erros e acertos. Quero continuar a vibrar em ondas positivas por um ano novo próspero, com êxito e muita sabedoria (faz falta). Continuarei a pedir paciência ao Universo para saber lidar com quem me rodeia e não me faz bem, muitas vezes de modo inconsciente (talvez seja)…
Confiar e acreditar, porque o que tiver de ser será no tempo certo!

Quem estiver atento, nota que o Mundo está doente. Então às vezes apetece-me desconectar, para ter PAZ. Aprender a importar-me menos com certas coisas (irrelevantes), não dar corda àquilo que me faz aproximar do precipício emocional. Já não quero ter razão, quero é ter PAZ! Livrar-me de futilidades, discussões tolas, e seguir a vida mais leve, mais solta, com a mente tranquila.

Há certas coisas que aparecem no nosso caminho, para podermos aprender, curar-nos, e evoluir, pois enquanto não há cura e a situação não se resolve no devido momento, a mesma vai retornar à nossa vida as vezes que forem necessárias até que tenhamos aprendido a lição.

Discernir o que é importante e manter uma mente saudável é acrescentar tempo à nossa vida.
Vamos cuidar de nós e da nossa felicidade, mesmo que efémera, Afinal, já começam as mensagens (mais hoax?) de que o mundo vai acabar em breve, agora lá para o final de 2019…

Vamos aproveitar então! Carpe Diem!
(Dia de Reis, e as luzinhas vão apagar-se! Ohhhh)
https://www.youtube.com/watch?v=vDgG_x5vdDk