Recentemente, e por obra do acaso, ou as tais coincidências, conheci
mais uma moça que poderá ser uma futura amiga. Mal me conheceu e “tirou logo as
medidas”, pensando que há afinidades entre nós. Há pessoas assim, observadoras
à primeira vista, apesar de que 'quem vê caras não vê corações'... Ligou dias mais
tarde a dizer que se identificou comigo, que gosta de pessoas simples,
naturistas….Fiquei a pensar, eu naturista? Acho que devo ser, mas deixa-me
esclarecer com o Dr. Google (já agora) o que é isso exatamente.
Será que era por ser domingo e fui ao restaurante mesmo em fato de
treino, não estava caiada (como diz um bom amigo meu) – apesar que normalmente
passo apenas um pouco de creme de cor no rosto, algum blush e batom, e raramente me apetece usar o rímel (preguicite aguda)...
Ao início pensamos logo em praias de nudismo e coisas
desse tipo, mas o naturismo é uma prática que vai muito além da nudez. Nascido
na Alemanha, trata-se mesmo de um estilo de vida, em harmonia com a natureza; é
um movimento que se caracteriza pela prática do nudismo em grupo, com a
intenção de encorajar o autorrespeito, o respeito pelos outros e pelo meio
ambiente. Há quem lhe chame mesmo uma filosofia de vida.
Tirar o máximo proveito dos agentes naturais - sol,
terra, ar e água - exerce uma firme e equilibrada influência nos seres humanos,
libertando-os do stress causado pelos tabus da sociedade dos nossos dias, mostrando
o caminho para um modo mais simples, saudável e humano de vida. A alteração de
hábitos alimentares ou a preocupação com o meio ambiente são algumas das
práticas que contribuem para o bem-estar geral do corpo humano.
Os naturistas são felizes, são pessoas amigáveis que têm
o prazer de ter descoberto este estilo de vida e de tratar todos com
respeito e igualdade. Estar entre pessoas contentes e confortáveis traz uma sensação de bem-estar mental e, apesar do que se possa pensar,
rapidamente nos habituamos ao facto de estarmos nus em conjunto com outras
pessoas, mesmo que despidas fazendo tarefas do dia-a-dia, normalmente, sem que isso tenha que ser sexualmente
estimulante.
“É importante afirmar também que o naturismo
receciona todos os conceitos morais, éticos e religiosos”…”quando inseridas
na comunidade, pessoas de todas as classes sociais, credos e nível cultural
estão despidas de qualquer adereço que possa demonstrar ostentação. Estando
todos nus, tabus sobre sexualidade e preconceitos com o corpo são abandonados
por crianças, jovens e adultos… É
um movimento unificador e pacífico que entende que a universalidade
do corpo não pode ser segregada em partes indecentes e decentes” (afirma o
presidente de uma associação naturista)
Ou... citando uma frase de Miguel
Ângelo: “Que espírito será tão cego e vazio que não entenda que o
pé humano é mais nobre que o sapato que a calça, e que a pele humana é mais
bela que as vestes com que a cobrimos”…
A vergonha habitualmente associada à nudez, nas
sociedades civilizadas modernas, resulta de séculos de condicionamento cultural
contra a exposição completa do corpo em público; o naturismo, ao corrigir este
falso sentimento de vergonha, possibilita um novo modo de ver o corpo humano na sua
beleza e dignidade.
Qualquer pessoa pode aderir a esta filosofia e em algumas
partes do mundo existem milhares de famílias naturistas, algumas até já o
são há várias gerações por acreditarem nesse modo de viver mais saudável
e natural.
Então, resumindo: ela afinal tinha razão, muito me identifico com esse movimento porque sou pacífica, gosto de uma simples forma de existência humana e de experimentar a liberdade (de espírito) vivendo em harmonia com o meu próprio corpo e com a natureza. Só não pratico a nudez porque
não há onde nem com quem (riso). Não é costume ir a praias de nudistas porque também não as conheço por perto...por que não?
E é assim que nos autoconhecemos, através dos outros.
Mesmo aquilo que muitas vezes nos irrita nos outros leva-nos à compreensão de
nós mesmos. O que eu aprendo!
S igreja católica muito contribuiu para a roupa excesso ...agora é o Facebook (riso)
ResponderEliminarPutzzzz andamos a regredir em tanta coisa! (...)
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