Tudo o que fale de AMOR, seja em que vertente for, me
enternece, devoro o tema. Não pude resistir em partilhar este texto, escrito publicamente em
tom de desabafo (me parece) por um músico, imagino eu que devia, ou deve, estar sofrendo
pela perda de um lindo Amor… registo no meu espaço, guardando-o para mim também:
O Fim do Eterno Amor
Certa vez li que a
separação causa mais a depressão do que a morte de alguém.
Uma estória que
ilustra este facto é a da mulher que espera o marido no consultório médico e
ele, ao sair após a consulta, diz a ela: “tenho uma notícia muito triste para te
dar”, e ela tenta adivinhar: “tens outra mulher?”, e ele responde: “não é isso,
vou morrer”, e ela: “ah graças a Deus”...
É um pouco assim.
Parece mesmo que o mundo acabou. Sinto que na maioria das vezes a carência
afetiva, o sentimento de perda e a falta daquela enxurrada de carinho que
existia entre o casal faz mais falta do que a própria pessoa que se foi.
O carinho a partir da
separação passa a vir em doses homeopáticas. E as pessoas passam a conviver com
as migalhas. O mundo fica difícil e regula as doses de afeto para os solitários
e desesperados pós separados...rsrs.
É verdade que quase
sempre não se suportavam mais. Aquela diferençazinha do começo, que era até
engraçadinha, vira um tremendo abismo. As ameaças ocorrem durante muito tempo
antes de se efetivar a separação. As conversas passam a transformar-se em
disputas ferrenhas e o diálogo desaparece.
Nem aquela atração
ligada à paixão, ao cheiro, ao reconhecimento do prazer alheio acontece mais.
Quando não há a traição física, acontece a da imaginação. Frequentemente vejo
que muitas pessoas preferem transar consigo próprias do que com o parceiro. Há
gente até que espera o parceiro ir dormir para secretamente ligar-se a alguma
viagem sexual e/ou virtual.
Porém… mesmo com todos
esses fatores contra aquela “geleca” que é um fim de relacionamento, é muito
difícil a separação. Entrar na nova vida. “Voltar ao mercado”, rs. E o mercado
mudou. kkk... A pessoa estava entregue ao relacionamento que terminou, e tem que
se adaptar novamente à forma de relacionamentos diferentes das que ela
conhecia. Isso muda muito, e muito rápido. Os sites de namoro e encontros
cresceram de importância. Algumas pessoas que eram totalmente contra relacionar-se
com alguém sem sequer tocar-lhe ou sentir o perfume, passam a aceitar isso.
Pois, na realidade, se alguém conseguir encontrar um novo amor para o cidadão,
com os mesmos quereres, com os mesmos gostos, classes sociais parecidas,
escolaridade e padrões artísticos e musicais próximos....que o faça, será
sempre muito bem vindo. Afinal é duro encontrar alguém assim, tão
parecido consigo...
E a pessoa fica com um
pouco de preguiça e tem saudades do antigo par, pois afinal tinham muitas
coisas em comum. Também a educação e cultura mudaram neste tempo. Elas mudam a
ritmo supersónico. A própria falta de investimento nessas áreas produz pessoas
menos inteligentes, menos críticas e muito mais suscetíveis à influência dos média.
E os códigos mudam... o pensamento social muda... E é preciso não esquecer, o
ser também muda. O nosso SER muda... e muda muito.
E a nova vida parece
que não arranca...
A pessoa escreve um
texto sobre o fim de um relacionamento e acaba por se sentir bem, pois afinal
conseguiu expressar-se. E qualquer expressão artística, seja ela qual for,
alivia e eleva o ser a outro plano; transforma-nos um pouco mais no homem
superior, consciente e íntegro, que tanto buscamos.
Passado o primeiro
momento de carências e migalhas, inicia-se um processo de encontros com gente
interessante. Na verdade essas pessoas existem, e começam a aparecer... Talvez no
primeiro momento a própria intuição as afastava dos seres carentes...rs. Que
pobreza... que dificuldade...kkk. Todo mundo foge dos tristes, mal-amados ou
descontentes...kkk.
Aquelas manhãs difíceis
de convencer alguém a levantar-se da cama começam a surgir. O sol brilha. A luz
entra pelas janelas da casa. A luz entra pelas janelas dos olhos... e a vida vai se
mostrando. Que lindo isso!
E até aquela gratidão
necessária para se levar bem a vida. Aquela que deve aparecer a todo o instante
ressurge e se agiganta a cada momento que a pessoa aumenta o amor por si
própria. Definitivamente não existe FELICIDADE sem amar-se a si próprio, muito
menos sem o sentimento de GRATIDÃO.
E a vida neste planeta
abençoado e maravilhoso passa a dançar a música divina. Que lindo! Afinal, a VIDA
é perfeita e maravilhosa. E vamos a ela... tá tudo aí. Perfeitinho para a
gente VIVER.
Valeu a pena ler, ai Amor Amor, todos te procuramos e és tão
escorregadio. Tudo começa sempre tão bem, enquanto há o jogo da sedução e é
tudo tão bom, perfeito até… depois, com o tempo, mais cedo ou mais tarde, a realidade vem ao de cima, e...ou
se transforma em Amor de verdade, ou acaba.
O que tiver que ser, será!
“Conquistar
não é suficiente, é preciso saber seduzir!” (Voltaire)
Será tudo! Será tudo o que tiver de ser! ... nem que escorregue numa sedução.
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