quarta-feira, 24 de abril de 2019

O fim do Eterno Amor


Tudo o que fale de AMOR, seja em que vertente for, me enternece, devoro o tema. Não pude resistir em partilhar este texto, escrito publicamente em tom de desabafo (me parece) por um músico, imagino eu que devia, ou deve, estar sofrendo pela perda de um lindo Amor… registo no meu espaço, guardando-o para mim também:
 O Fim do Eterno Amor 
 https://www.youtube.com/watch?v=Sv5Uv2l50dc                                 
Certa vez li que a separação causa mais a depressão do que a morte de alguém.
Uma estória que ilustra este facto é a da mulher que espera o marido no consultório médico e ele, ao sair após a consulta, diz a ela: “tenho uma notícia muito triste para te dar”, e ela tenta adivinhar: “tens outra mulher?”, e ele responde: “não é isso, vou morrer”, e ela: “ah graças a Deus”...

É um pouco assim. Parece mesmo que o mundo acabou. Sinto que na maioria das vezes a carência afetiva, o sentimento de perda e a falta daquela enxurrada de carinho que existia entre o casal faz mais falta do que a própria pessoa que se foi. 
O carinho a partir da separação passa a vir em doses homeopáticas. E as pessoas passam a conviver com as migalhas. O mundo fica difícil e regula as doses de afeto para os solitários e desesperados pós separados...rsrs.
É verdade que quase sempre não se suportavam mais. Aquela diferençazinha do começo, que era até engraçadinha, vira um tremendo abismo. As ameaças ocorrem durante muito tempo antes de se efetivar a separação. As conversas passam a transformar-se em disputas ferrenhas e o diálogo desaparece.

Nem aquela atração ligada à paixão, ao cheiro, ao reconhecimento do prazer alheio acontece mais. Quando não há a traição física, acontece a da imaginação. Frequentemente vejo que muitas pessoas preferem transar consigo próprias do que com o parceiro. Há gente até que espera o parceiro ir dormir para secretamente ligar-se a alguma viagem sexual e/ou virtual. 

Porém… mesmo com todos esses fatores contra aquela “geleca” que é um fim de relacionamento, é muito difícil a separação. Entrar na nova vida. “Voltar ao mercado”, rs. E o mercado mudou. kkk... A pessoa estava entregue ao relacionamento que terminou, e tem que se adaptar novamente à forma de relacionamentos diferentes das que ela conhecia. Isso muda muito, e muito rápido. Os sites de namoro e encontros cresceram de importância. Algumas pessoas que eram totalmente contra relacionar-se com alguém sem sequer tocar-lhe ou sentir o perfume, passam a aceitar isso. Pois, na realidade, se alguém conseguir encontrar um novo amor para o cidadão, com os mesmos quereres, com os mesmos gostos, classes sociais parecidas, escolaridade e padrões artísticos e musicais próximos....que o faça, será sempre muito bem vindo.  Afinal é duro encontrar alguém assim, tão parecido  consigo...

E a pessoa fica com um pouco de preguiça e tem saudades do antigo par, pois afinal tinham muitas coisas em comum. Também a educação e cultura mudaram neste tempo. Elas mudam a ritmo supersónico. A própria falta de investimento nessas áreas produz pessoas menos inteligentes, menos críticas e muito mais suscetíveis à influência dos média. E os códigos mudam... o pensamento social muda... E é preciso não esquecer, o ser também muda. O nosso SER muda... e muda muito.
E a nova vida parece que não arranca...

A pessoa escreve um texto sobre o fim de um relacionamento e acaba por se sentir bem, pois afinal conseguiu expressar-se. E qualquer expressão artística, seja ela qual for, alivia e eleva o ser a outro plano; transforma-nos um pouco mais no homem superior, consciente e íntegro, que tanto buscamos.

Passado o primeiro momento de carências e migalhas, inicia-se um processo de encontros com gente interessante. Na verdade essas pessoas existem, e começam a aparecer... Talvez no primeiro momento a própria intuição as afastava dos seres carentes...rs. Que pobreza... que dificuldade...kkk. Todo mundo foge dos tristes, mal-amados ou descontentes...kkk. 

Aquelas manhãs difíceis de convencer alguém a levantar-se da cama começam a surgir. O sol brilha. A luz entra pelas janelas da casa. A luz entra pelas janelas dos olhos... e a vida vai se mostrando.  Que lindo isso!

E até aquela gratidão necessária para se levar bem a vida. Aquela que deve aparecer a todo o instante ressurge e se agiganta a cada momento que a pessoa aumenta o amor por si própria. Definitivamente não existe FELICIDADE sem amar-se a si próprio, muito menos sem o sentimento de GRATIDÃO.

E a vida neste planeta abençoado e maravilhoso passa a dançar a música divina. Que lindo! Afinal, a VIDA é perfeita e maravilhosa.  E vamos a ela... tá tudo aí. Perfeitinho para a gente VIVER.
Valeu a pena ler, ai Amor Amor, todos te procuramos e és tão escorregadio. Tudo começa sempre tão bem, enquanto há o jogo da sedução e é tudo tão bom, perfeito até… depois, com o tempo, mais cedo ou mais tarde, a realidade vem ao de cima, e...ou se transforma em Amor de verdade, ou acaba. 
O que tiver que ser, será

“Conquistar não é suficiente, é preciso saber seduzir!” (Voltaire)

1 comentário:

  1. Será tudo! Será tudo o que tiver de ser! ... nem que escorregue numa sedução.

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