sábado, 18 de abril de 2015

Longe da vista, perto do coração

Finalmente ontem descobri como melhorar o aspeto deste blogue; gostaria de estar a escrever aqui todos os dias, pois todos os momentos, temas abordados em conversa ou estórias de gente bizarra dão-me muitas ideias, mas a verdade é que demora a por em prática. Vou continuar assim, sempre que me apetecer, mesmo sem saber qual será o feedback ou a satisfação dos meus fiéis (ou não) “seguidores”…

As paisagens e as lindas praias sem gente são uma inspiração, e poderia escrever sem esforço, e tempo é coisa que não me falta neste momento. Vim para um lugar à beira-mar que me encanta, não me importava de passar aqui todos os invernos, caso não seja possível trabalhar e morar aqui. Em breve começará o countdown para voltar à cidade onde nasci e moro. Tirei bué de fotografias como se quisesse levar este lugar comigo…

Foi o tempo suficiente para impor alguma serenidade à minha alma e ao meu coração, como se tivesse tirado uma roupa apertada ou desamarrado nós que há muito tempo não se desfaziam… Foram caminhadas à beira-mar, belos momentos de por do sol, falando com as gaivotas, escutando o barulho das ondas, muitas vezes com vento chato, acordar e ver logo o  mar… um pequeno luxo que o meu universo proporcionou e ao qual brindo, por me ter encaminhado para este lugar que sempre apreciei quando vinha de férias, onde cada gaivota, cada planta e cada pedaço da paisagem falam uma língua que a minha alma traduz sem necessidade de recorrer ao dicionário.

Poderia chamar a isso FELICIDADE, mas prefiro chamar SERENIDADE, um estado de espírito em que não é preciso desfazer-se da tristeza para sentir PAZ. Aliás, nem há tempo para ficar triste por estar longe dos familiares (em especial a mãe) e das boas amizades que ficaram a uns 600km de distância. Atualmente as novas tecnologias - o telemóvel com chamadas grátis (a maioria), o skype, o email, o facebook… - permitem-nos matar a saudade a qualquer momento; o mundo ficou bem pequenino e o coração sendo grande reúne todos os amores e amigos, sem esquecer nenhum.


Até ir embora quero desfrutar cada segundo desta solidão (às vezes acompanhada) que não amedronta e deste silêncio que me imponho muitas vezes. E já estou a imaginar este lugar cheio de gente e confusão nos próximos meses com a chegada dos turistas.


2 comentários:

  1. Tal como tu, preciso, como de pão para a boca, desses pequenos momentos tão cheios e ricos de serenidade. Gostaria de estar a viver uma aventura como a tua. As "férias", para mim, têm pouco significado, já que têm representado alguma estagnação, facto que estou agora a corrigir. Com pouca margem de manobra para viajar para fora, faço-o dentro de mim. Por vezes é bom e outras menos. Beijos, Lina, continua. Encanta-me o que escreves

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Que bom que gostaste, Ana. Fazer uma viagem dentro do nosso mundo interior também é uma aventura espetacular, descobrimos muita coisa e crescemos, sem dúvida. Beijo

      Eliminar