Finalmente ontem descobri como melhorar o aspeto deste
blogue; gostaria de estar a escrever aqui todos os dias, pois todos os momentos,
temas abordados em conversa ou estórias de gente bizarra dão-me muitas ideias, mas
a verdade é que demora a por em prática. Vou continuar assim, sempre que me
apetecer, mesmo sem saber qual será o feedback
ou a satisfação dos meus fiéis (ou não) “seguidores”…
As paisagens e as lindas praias sem gente são uma
inspiração, e poderia escrever sem esforço, e tempo é coisa que não me falta
neste momento. Vim para um lugar à beira-mar que me encanta, não me importava
de passar aqui todos os invernos, caso não seja possível trabalhar e morar aqui.
Em breve começará o countdown para
voltar à cidade onde nasci e moro. Tirei bué de fotografias como se quisesse
levar este lugar comigo…
Foi o tempo suficiente para impor alguma serenidade à minha
alma e ao meu coração, como se tivesse tirado uma roupa apertada ou desamarrado
nós que há muito tempo não se desfaziam… Foram caminhadas à beira-mar, belos
momentos de por do sol, falando com as gaivotas, escutando o barulho das ondas,
muitas vezes com vento chato, acordar e ver logo o mar… um pequeno luxo que o meu universo
proporcionou e ao qual brindo, por me ter encaminhado para este lugar que
sempre apreciei quando vinha de férias, onde cada gaivota, cada planta e cada
pedaço da paisagem falam uma língua que a minha alma traduz sem necessidade de
recorrer ao dicionário.
Poderia chamar a isso FELICIDADE, mas prefiro chamar
SERENIDADE, um estado de espírito em que não é preciso desfazer-se da tristeza
para sentir PAZ. Aliás, nem há tempo para ficar triste por estar longe dos
familiares (em especial a mãe) e das boas amizades que ficaram a uns 600km de
distância. Atualmente as novas tecnologias - o telemóvel com chamadas grátis (a
maioria), o skype, o email, o facebook… - permitem-nos matar a saudade a
qualquer momento; o mundo ficou bem pequenino e o coração sendo grande reúne todos
os amores e amigos, sem esquecer nenhum.
Até ir embora quero desfrutar cada segundo desta solidão (às
vezes acompanhada) que não amedronta e deste silêncio que me imponho muitas
vezes. E já estou a imaginar este lugar cheio de gente e confusão nos próximos
meses com a chegada dos turistas.
Tal como tu, preciso, como de pão para a boca, desses pequenos momentos tão cheios e ricos de serenidade. Gostaria de estar a viver uma aventura como a tua. As "férias", para mim, têm pouco significado, já que têm representado alguma estagnação, facto que estou agora a corrigir. Com pouca margem de manobra para viajar para fora, faço-o dentro de mim. Por vezes é bom e outras menos. Beijos, Lina, continua. Encanta-me o que escreves
ResponderEliminarQue bom que gostaste, Ana. Fazer uma viagem dentro do nosso mundo interior também é uma aventura espetacular, descobrimos muita coisa e crescemos, sem dúvida. Beijo
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