domingo, 12 de abril de 2015

Sobre o Desapego

Dia 12 de abril: uma data que eu poderia estar a comemorar, se não tivesse terminado o meu 2º casamento… não foi fácil, mas teve que ser, pois decididamente nasci para ser FELIZ!

Isso leva-me a querer falar hoje de FELICIDADE. E um dos caminhos para lá chegar é justamente treinar o DESAPEGO.
É assustador ver como a gente se apega facilmente a muitos e a muitas coisas nesta vida: apego pelas coisas que aprendemos a acreditar serem nossas; pelas paisagens que contemplamos e queremos levá-las na câmara fotográfica e guardá-las para sempre; pelas pessoas, lugares, papagaios (outra história para contar aqui) e outros bichinhos encantadores que nos fazem companhia!
Todos os grandes mestres do passado falaram sobre a importância do desapego. Quando aprendemos a abrir mão de objetos, sentimentos, pessoas ou lugares ‘teoricamente’ fica mais fácil encontrar a serenidade, a paz de espírito, o equilíbrio interior e até a tal de FELICIDADE. Para mim, faz sentido!

Afinal, se pensarmos bem, nem precisamos assim de tanta coisa para ser feliz; às vezes basta um abraço bem forte, uma palavra de carinho ou atenção, para nos sentirmos protegidos e seguros.


Voltando ainda ao tema do casamento, do qual decidi libertar-me há 6 anos, não me afastei por não saber o que queria, mas porque sabia que ELE não queria o mesmo que EU. E foi o que aconteceu também com o primeiro. Parece que um dia Santo António disse “troca de amor porque com esse aí nem eu faço milagres!”… Sim, e de que adianta querer ter uma aliança de ouro, se o relacionamento é de lata…?

Chega um momento na vida que sentimos necessidade de crescer, evoluir, e para isso é necessário desapegar-nos do que nos leva para trás, e podermos seguir o nosso rumo.

E na verdade até penso para mim mesma: por amar tanto aquela pessoa é que vou embora, para que ela tenha a oportunidade de ser feliz. 
E esse é o motivo das minhas partidas: eu me amo demais!

1 comentário:

  1. O desapego é pessoalmente o dilema da natureza humana aqui muito bem descrito na primeira pessoa! Abraço.

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