Dia 12 de abril: uma data que eu poderia estar a comemorar, se não
tivesse terminado o meu 2º casamento… não foi fácil, mas teve que ser, pois decididamente
nasci para ser FELIZ!
Isso leva-me a querer falar hoje de FELICIDADE. E um dos
caminhos para lá chegar é justamente treinar o DESAPEGO.
É assustador ver como a gente se apega facilmente a muitos e
a muitas coisas nesta vida: apego pelas coisas que aprendemos a acreditar serem
nossas; pelas paisagens que contemplamos e queremos levá-las na câmara
fotográfica e guardá-las para sempre; pelas pessoas, lugares, papagaios (outra
história para contar aqui) e outros bichinhos encantadores que nos fazem
companhia!
Todos os grandes mestres do passado falaram sobre a
importância do desapego. Quando aprendemos a abrir mão de objetos, sentimentos,
pessoas ou lugares ‘teoricamente’ fica mais fácil encontrar a serenidade, a
paz de espírito, o equilíbrio interior e até a tal de FELICIDADE. Para mim, faz
sentido!
Afinal, se pensarmos bem, nem precisamos assim de tanta
coisa para ser feliz; às vezes basta um abraço bem forte, uma palavra de
carinho ou atenção, para nos sentirmos protegidos e seguros.
Voltando ainda ao tema do casamento, do qual decidi
libertar-me há 6 anos, não me afastei por não saber o que queria, mas porque
sabia que ELE não queria o mesmo que EU. E foi o que aconteceu também com o
primeiro. Parece que um dia Santo António disse “troca de amor porque com esse
aí nem eu faço milagres!”… Sim, e de que adianta querer ter uma aliança de ouro,
se o relacionamento é de lata…?
Chega um momento na vida que sentimos necessidade de
crescer, evoluir, e para isso é necessário desapegar-nos do que nos leva para
trás, e podermos seguir o nosso rumo.
E na verdade até penso para mim mesma: por amar tanto aquela pessoa é que vou
embora, para que ela tenha a oportunidade de ser feliz.
E esse é o motivo das
minhas partidas: eu me amo demais!
O desapego é pessoalmente o dilema da natureza humana aqui muito bem descrito na primeira pessoa! Abraço.
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