quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Quando a escrita "embanana"...

Como eu sou “meio abrasileirada” tudo o que vem do nosso país-irmão me atrai. E achei piada a este texto sobre a nossa língua, que é o Português, apesar de haver tantas expressões e frases que nem entendemos.
Como a língua portuguesa é rica em expressões! Neste texto engraçado (de autoria desconhecida) há várias metáforas do nosso dia-a-dia (ou seja, mais do dos brasileiros) relacionadas com vocabulário ‘alimentar’. 
Não é à toa que os estrangeiros a acham tão difícil.
O que significa?

“Quando me fizeram essa pergunta, pensava que escrever sobre comida seria sopa no mel, mamão com açúcar.
Só que depois de um certo tempo dá crepe, você percebe que comeu gato por lebre e acaba ficando com uma batata quente nas mãos. Como a rapadura é doce mas não é mole, nem sempre você tem ideias, e pra descascar esse abacaxi só metendo a mão na massa. E não adianta chorar as pitangas, ou simplesmente, mandar tudo às favas. Já que é pelo estômago que se conquista o leitor, o negócio é ir comendo o mingau pelas beiradas, cozinhando em banho-maria, porque é de grão em grão que a galinha enche o papo.
Contudo, é preciso tomar cuidado para não azedar, passar do ponto, encher linguiça demais. Além disso, deve-se ter consciência de que é necessário comer o pão que o diabo amassou para vender o seu peixe. Afinal não se faz uma boa omelete sem antes quebrar os ovos. Há quem pense que escrever é como tirar doce da boca de criança, e vai com muita sede ao pote. Mas como o apressado come cru, essa gente acaba falando muita abobrinha, são escritores de meia tigela, trocam alhos por bugalhos e confundem Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão.
Há também aqueles que são arroz de festa, com a faca e o queijo nas mãos, eles se perdem em devaneios (piram na batatinha, viajam na maionese… etc.). Achando que beleza não põe a mesa, pisam no tomate, enfiam o pé na jaca, e no fim quem paga o pato é o leitor que sai com cara de quem comeu e não gostou. O importante é não cuspir no prato em que se come, pois nem sempre é tudo farinha do mesmo saco. Diversificar na escrita é a melhor receita para engrossar o caldo e oferecer um texto de se comer com os olhos, literalmente. Por outro lado, se você tiver os olhos maiores que a barriga, o negócio desanda e vira um verdadeiro angu de caroço. Aí, não adianta chorar sobre o leite derramado porque ninguém vai colocar uma azeitona na sua empadinha, não. O pepino é só seu, e o máximo que você vai ganhar é uma banana, afinal pimenta nos olhos dos outros é refresco…A carne é fraca, eu sei. Às vezes dá vontade de largar tudo e ir plantar batatas. Mas quem não arrisca não petisca, e depois quando se junta a fome com a vontade de comer as coisas mudam da água pro vinho.
Se embananar de vez em quando, é normal, o importante é não desistir mesmo quando o caldo entornar. Puxe a brasa para a sua sardinha, que no frigir dos ovos a conversa chega à cozinha e fica tudo de se comer rezando. Daí, com água na boca, é só saborear, porque o que não mata engorda.
Entendeu agora o que significa ‘no frigir dos ovos’ ?”
Eu entendi, e vocês? Vivendo e aprendendo… 

2 comentários:

  1. Depois de ler o emaranhado do frigir de tantos ovos, fiquei com a sensação de preferir ler alguém que resolve escrever umas piadas de humor negro ou cinzento e que puxe pela massa cinzenta do que a ter que ouvir ou ler alguém sem senso de humor algum.
    Preferências... de uns bons ovos estrelados ou fritos num bom azeite!
    Tem ovos que fogem de um qualquer frigir... ahahahah
    Como aquele negro ou preto que brincava com a sua cor.
    Dizia ele:
    O mercado ilegal é negro, a ovelha má é negra, a magia é negra, o humor é negro, a peste é negra, há a lista negra, há dias negros como a vida negra que muitos levam com o fim numa morte negra e até o lado mau da força é negro e vi-me negro para chegar... porque eu seria o que sou?
    Negro?
    Não sou preto!

    Boa noite. Bj

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